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Análise da Tolerância ao Risco com Fatores Demográficos e de Personalidade, Provas de Energia

Uma análise estatística da tolerância ao risco em relação a fatores demográficos e de personalidade, utilizando a regressão múltipla e dados obtidos por meio de um questionário. Foram consideradas variáveis como idade, sexo, salário, grau de instrução, conformidade social, extroversão, estabilidade emocional e outras. Os resultados demonstram que a idade, o salário e a estabilidade emocional têm uma relação significativa com a tolerância ao risco.

O que você vai aprender

  • Em que medida a estabilidade emocional influencia a tolerância ao risco?
  • Qual é a relação entre idade e tolerância ao risco?
  • Como o salário está relacionado à tolerância ao risco?

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Miguel86
Miguel86 🇧🇷

4.8

(40)

221 documentos

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Análise dos resultados
4.1.
Perfil do respondente
Através da análise dos questionários aplicados, verificou-se que o perfil
típico do respondente foi: mulher, entre 31 e 40 anos, remunerações de até oito
salários mínimos, funcionários de empresas privadas, em sua maioria com
especialização ou mestrado e ainda morando com os pais. A tabela 1, abaixo,
ilustra a distribuição da amostra pelos dados demográficos contidos no
questionário.
Em relação à tolerância ao risco, a maioria dos respondentes são pouco
tolerantes, conforme verificado na Tabela 2.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0712948/CA
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Análise dos resultados

Perfil do respondente

Através da análise dos questionários aplicados, verificou-se que o perfil

típico do respondente foi: mulher, entre 31 e 40 anos, remunerações de até oito

salários mínimos, funcionários de empresas privadas, em sua maioria com

especialização ou mestrado e ainda morando com os pais. A tabela 1, abaixo,

ilustra a distribuição da amostra pelos dados demográficos contidos no

questionário.

Em relação à tolerância ao risco, a maioria dos respondentes são pouco

tolerantes, conforme verificado na Tabela 2.

Tabela 1 Perfil da amostra – Dados Demográficos

Coefficientsa

(Constant) Escala T Escala O Escala C Escala A Escala S Escala E Escala M Escala P Escala V Escala R

Model 1

B Std. Error

Unstandardized Coefficients Beta

Standardized Coefficients t Sig.

a.Dependent Variable: Grau Tolerância Risco

Tabela 4 Análise de regressão múltipla – Escalas Personalidade x Tolerância ao Risco -

Coeficientes

Através da Tabela 4 é possível entender a relação de cada escala de

personalidade individualmente com o nível de tolerância ao risco, que seria a

variável dependente. Vide acima.

A primeira análise a ser feita é se o nível de significância da variável

independente explica, ou não, a relação entre cada escala de personalidade

individualmente ou não.

Existem três níveis aceitáveis de significância:

1. 1% de significância: maior que 0,00 e menor ou igual a 0, 2. 5% de significância: maior que 0,01 e menor ou igual a 0, 3. 10% de significância: maior que 0,05 e menor ou igual a 0,

Desta forma, as escalas de personalidade T (Confiança x Atitude

Defensiva), E (Extroversão x Introversão), P (Empatia/Altruísmo x Egocentrismo)

não explicam o nível de tolerância ao risco. Vale ressaltar que as escalas V

(Validade) e R (Tendenciosidade nas respostas), são escalas utilizadas para validar

o teste e, portanto, não deveriam ser significantes, conforme comprovado na

regressão.

As escalas que apresentaram significância foram:

a) Escala O (Ordem x Falta de Compulsão): Pontuações altas são próprias

de pessoas cuidadosas, meticulosas, ordeiras e muito organizadas (COSTA, 2003 ). Interpretação: Com um nível de significância de 5%, apresentou um beta negativo, portanto relaciona-se inversamente ao grau de tolerância ao risco, inferindo-se que quanto maior a ordem, menor será o nível de tolerância ao risco;

b) Escala C (Conformidade Social x Rebeldia): Pessoas com pontuações

altas aceitam a sociedade como ela é, ressentem-se do não conformismo de outras pessoas, procuram a aprovação da sociedade e respeitam as leis (COSTA, 2003 ). Interpretação: Com um nível de significância de 10%, apresentou um beta negativo, portanto relaciona-se inversamente ao grau de tolerância ao risco, inferindo-se que quanto maior a conformidade social, menor será o nível de tolerância ao risco;

c) Escala A (Atividade x Falta de Energia): Pessoas com pontuações altas

têm muita energia e resistência, trabalham muito e procuram padrões de excelência nas tarefas que realizam (COSTA, 2003 ). Interpretação: Com um nível de significância de 10%, apresentou um beta positivo, portanto relaciona-se diretamente ao grau de tolerância ao risco, inferindo-se que quanto maior a atividade, maior será o nível de tolerância ao risco;

d) Escala S (Estabilidade x Instabilidade Emocional): Pessoas com

pontuações altas demonstram ser otimistas, tranqüilas, confiantes, de humor estável e livre de sentimentos de depressão (COSTA, 2003). Interpretação: Com um nível de significância de 5%, apresentou um beta positivo, portanto relaciona-se diretamente ao grau de tolerância ao risco, inferindo-se que pessoas com características de estabilidade emocional, possuem maior nível de tolerância ao risco;

Coefficientsa

(Constant) Sexo Idade Estado Civil Filhos Ocupação Salário Grau de Instrução Moradia

Model 1

B Std. Error

Unstandardized Coefficients Beta

Standardized Coefficients t Sig.

a.Dependent Variable: Grau Tolerância Risco

Tabela 6 Análise de regressão múltipla – Dados Demográficos x Tolerância ao Risco -

Coeficientes

Adicionalmente, é possível entender a relação de cada característica

demográfica com o nível de tolerância ao risco, que seria a variável dependente.

Vide Tabela 6, acima.

Através da análise do nível de significância, verificou-se que características

como: estado civil, quantidade de filhos, ocupação, grau de instrução e tipo de

moradia não apresentam uma relação significante com o grau de tolerância ao

risco.

Os demais dados demográficos, sexo, idade e salário apresentaram

significância, ou seja, explicam o nível de tolerância ao risco.

a) Sexo : De acordo com a análise dos dados apresentou um nível de significância de 5% e um beta positivo, portanto relaciona-se diretamente ao grau de tolerância ao risco, inferindo-se que pessoas do sexo masculino, numeradas como 2, possuem maior nível de tolerância ao risco do que pessoas do sexo feminino, numeradas como 1;

b) Idade : De acordo com a análise dos dados apresentou um nível de significância de 1% e um beta negativo, portanto relaciona-se inversamente ao grau de tolerância ao risco, inferindo-se que pessoas mais novas possuem maior nível de tolerância ao risco do que pessoas mais velhas;

c) Salário : De acordo com a análise dos dados apresentou um nível de significância de 5% e um beta positivo, portanto relaciona-se diretamente ao grau de tolerância ao risco, inferindo-se que quanto maior o salário, maior será a tolerância ao risco.

4.4. Escalas de personalidade e dados demográficos versus tolerância ao risco

O terceiro teste foi realizado para entender a relação entre características

demográficas e perfil psicológico com tolerância ao risco. Desta forma, foi feita a

regressão múltipla stepwise considerando como variável dependente o nível de

tolerância ao risco e, como independentes, os dados demográficos e as escalas de

personalidade de Comrey. Com o auxílio do programa SPSS foram obtidos os

seguintes resultados:

Model Summary

,483 a^ ,233 ,215 , ,597 b^ ,357 ,327 , ,648 c^ ,420 ,378 ,

Model 1 2 3

R R Square

Adjusted R Square

Std. Error of the Estimate

a. Predictors: (Constant), Escala S b. Predictors: (Constant), Escala S, Idade c. Predictors: (Constant), Escala S, Idade, Escala A

Tabela 7 Análise de regressão múltipla stepwise – Dados Demográficos e Escalas de Personalidade

x Tolerância ao Risco – Sumário

nível de tolerância ao risco. O último modelo encontrado, com R² de 37,8%,

considera as escalas de personalidade S (Estabilidade x Instabilidade Emocional),

A (Atividade x Falta de Energia) e idade também relacionadas ao nível de

tolerância ao risco. A Escala S apresenta beta positivo, portanto, indica que

pessoas com maior estabilidade emocional são mais tolerantes ao risco. Já a idade,

apresentada no segundo modelo, possui beta negativo indicando que quanto

menor a idade, maior o nível de tolerância ao risco. A terceira variável, Escala A,

apresentada no terceiro modelo, com beta positivo, indica que quanto maior a

energia, maior será a tolerância ao risco.