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A Importância da Viagem na Poesia de Cecília Meireles, Notas de estudo de Poesia

Este artigo analisa a importância da viagem na produção literária, especialmente na poesia, de cecília meireles. A autora foi inspirada por suas jornadas pessoais, que lhe deram matéria para obras como doze noturnos de holanda, poemas escritos na índia e crônicas de viagem. A viagem é descrita como um 'alongamento de horizonte humano', que ensina um modo diferente de ver homens e coisas. As ruínas e lugares antigos são especialmente significativos, pois contêm testemunhos da história e dos homens que viveram lá.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Gisele
Gisele 🇧🇷

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A ARTE DE VIAJAR NA POESIA DE CE-
CÍLIA MEIR
ELES
Ana Maria Lisboa de Mello
RESUMO
:Cet article analyse l’importance du voyage dans la production
littéraire, notamment lyrique, de Cecília Meireles. Les poèmes inspirés
des voyages faits à l’étranger par l’auteur montrent que les lieux de
mémoire évoquent des reminiscences inouïes dans l’âme de la voyageuse,
permettent des reflexions sur la condition humaine et conduisent à des
transformations intimes.
PALAVRAS-CHAVE
: Viagem, memória, aprendizagem, poesia, Cecília
Meireles
A arte de viajar é uma arte de
admirar, uma arte de amar. É ir em
peregrinação, participando intensamente
de coisas, de fatos, de vidas com as
quais nos correspondemos desde sempre
e para sempre
Cecília Meireles
Ana Maria Lisboa de Mello é professora de Literatura Brasileira na Universidade Federal
do Rio Grande do Sul.
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A ARTE DE VIAJAR NA POESIA DE CE-

CÍLIA MEIR ELES

Ana Maria Lisboa de Mello

RESUMO : Cet article analyse l’importance du voyage dans la production littéraire, notamment lyrique, de Cecília Meireles. Les poèmes inspirés des voyages faits à l’étranger par l’auteur montrent que les lieux de mémoire évoquent des reminiscences inouïes dans l’âme de la voyageuse, permettent des reflexions sur la condition humaine et conduisent à des transformations intimes.

PALAVRAS-CHAVE : Viagem, memória, aprendizagem, poesia, Cecília Meireles

- A arte de viajar é uma arte de admirar, uma arte de amar. É ir em peregrinação, participando intensamente de coisas, de fatos, de vidas com as quais nos correspondemos desde sempre e para sempre Cecília Meireles

Ana Maria Lisboa de Mello é professora de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A epígrafe selecionada revela a importância da viagem na vida e obra de Cecília Meireles, cujas jornadas inspiraram explicitamente a cri- ação de Doze noturnos de Holanda (1952), Poemas escritos na Índia (1953-1956), os textos reunidos sob o título “Poemas de viagem” (1940- 62), em Poesia Completa (Nova Aguilar,1993), Crônicas de Viagem (1941-

  1. 1 , Poemas italianos (1968). Implicitamente, o tema da viagem tem um lugar especial e constante no imaginário da autora, associando-se in- clusive à idéia de morte – derradeira viagem na direção do Absoluto, con- forme já observamos em outros trabalhos. (Cf. MELLO, 2002) Interessa- nos agora refletir sobre a repercussão das viagens realizadas pela escrito- ra na sua produção lírica. Em entrevistas, Cecília Meireles revela que a sua avó açoriana exer- ceu uma grande influência sobre ela e despertou o seu interesse por outros povos, sobretudo o de Açores e da Índia. (MEIRELES, apud BLOCH,
  2. Por outro lado, a biografia de Cecília Meireles revela-nos a impor- tância que as viagens tiveram em sua vida, desde a primeira visita a Portu- gal^2 , em 1934, quando conheceu escritores e artistas portugueses, até as empreendidas posteriormente em outros países do continente europeu, no Oriente Médio, na Índia e nos Estados Unidos. Aproximando-nos dos tex- tos cecilianos que tratam de espaços percorridos em viagens, logo perce- bemos que a antiguidade dos lugares visitados ganha um brilho especial nas reflexões sobre a história dos homens que viveram e construíram nes- ses locais visitados. Cada viagem realizada deixa uma “lembrança amorável” que não se dissipa mais. Na continuidade da epígrafe deste texto, diz a autora: [A arte de viajar] é estar constantemente emocionado, e nem sempre alegre, mas, ao contrário, muitas vezes triste, de um sofrimento sem fim, porque a solidariedade humana custa, a cada um de nós, algum profundo despedaçamento. (...) As torres de San Gimignano podem desaparecer, e o palá- cio em que Dante falou, e o pátio onde Giuseppe derramou sua voz poderosa, e onde as senhoras e as crianças se enterne- ceram com sua evocação do passado. Pode desaparecer o moço melancólico e suave, que nos desejou boa viagem com um gesto de delicada simpatia. Pode o sol esconder-se nas colinas mansas, de veludo dourado e verde. Viaja conosco uma lem- brança amorável, que conserva suas cores na sombra da noi- te e suas vozes no silêncio que desce. (MEIRELES, 1999a, p. 61, grifamos)

(^1) Estas crônicas foram publicadas em três volumes pela Editora Nova Fronteira, na coleção Obra em prosa de Cecília Meireles. 2 Leila V.B.Gouvêa recupera a história desses contatos com os portugueses no livro Cecília em Portugal. SP, Iluminuras, 2001.

que se conta para nós à medida que caminhamos por ela. Significa alguma coisa, ela ecoa com a profundidade do pas- sado. (...) Também nos chama a atenção para a alma a experi- ência emocional da tragédia. A cidade como um memento mori , com lugares que nos lembram a morte. Lembranças de episó- dios específicos lembram-nos da mortalidade da vida de for- ma que as cidades possuem cemitérios dentro delas. (HILLMAN, 1993, p. 39, grifamos) Essa ressonância do passado surge em poemas cecilianos que re- velam impressões de viagem, sobretudo a respeito de lugares cuja antigui- dade provoca uma reflexão sobre os itinerários e o fazer humanos desde séculos. Essa é a idéia contida nas duas primeiras estrofes do poema “Via Appia”, a antiga estrada romana, do livro Poemas Italianos : Pedras não piso, apenas;

  • mas as próprias mãos que aqui as colocaram o suor das frontes e as antigas palavras. Ruínas não vejo, apenas:
  • mas os mortos que aqui foram guardados, com suas coragens e seus medos da vida e da morte. (MEIRELES, 1994, p. 1367) Nas duas últimas estrofes, o eu poético sente-se participante da his- tória entrevista nas ruínas, momento que se vê enredado e tocado por aque- la história e reflete sobre a sua própria efemeridade: Viver não vivo, apenas:
  • mas de amor envolvo esta brisa e esta poeira, eu também futura poeira noutra brisa. Pois não sou esta, apenas: -mas a de cada instante humano, em todos os tempos que passaram. E até quando?” (MEIRELES, 1994, p. 1367) Do mesmo livro, citamos excerto do poema “O que me disse o morto de Pompéia”, poema de duas vozes, a do eu lírico, presente apenas no título, e a que ele escuta, a voz do morto, que se dispõe a relatar a experiência vivida quando do soterramento de Pompéia em 79 d.C pelas lavas do Vesúvio. O poema traduz a atitude do viajante atento a tudo que vê, querendo penetrar no passado, entrevisto em seus indícios, para capturá- lo e compreendê-lo: Levanta-me da cinza em que me encontro, Põe nos meus olhos o seu lume antigo! Desdobra-me na boca a língua imóvel, Ergue os meus passos, leva-me contigo! Deixa a morte somente com a minha alma, Para haver seu reflexo no que digo. Andarei pela terra novamente,
  • forma efêmera já desencantada –

recordando a tristeza que sabia, provando de outro modo a dor passada, ensinando a sentir o amor que morre, e a amar todas as máscaras do nada. (...) Dize-me apenas se há quem possa ouvir-me! Senão, deixa-me estar nas cinzas quietas. (MEIRELES, 1994, p. 1363) Esse viajante corresponde àquele que Cecília Meireles, com uma aguda percepção e sensibilidade, distingue do turista na crônica “Roma, turistas e viajantes”; é aquele que tem um olhar mais demorado sobre o que vê, projetando-se em tudo e andando a passos cautelosos: Grande é a diferença entre o turista e o viajante. O primeiro é uma criatura feliz, que parte por este mundo com a sua máqui- na fotográfica a tiracolo, o guia no bolso, um sucinto vocabu- lário entre os dentes: seu destino é caminhar pela superfície das coisas, como do mundo, com a curiosidade suficiente para passar de um ponto a outro, olhando o que lhe apontam, com- prando o que lhe agrada (...). O viajante é criatura menos feliz, de movimentos mais vagaro- sos, todo enredado em afetos, querendo morar em cada coisa, descer à origem de tudo, amar loucamente cada aspecto do caminho, desde as pedras mais toscas às mais sublimadas al- mas do passado, do presente e do futuro um futuro que ele nem conhecerá. (MEIRELES, 1999 a, p. 101) O viajante olha para os prédios e monumentos e quer restituir suas formas primeiras, sepultadas no passado pelas alterações do tempo e dos homens, anelo que o turista não experimenta: O turista fotografa as belas fontes de Roma e sente-se feliz, porque as leva consigo, no papel. (...) O viajante em Roma, (...) gostaria de mudar certas coisas, - mas para restituí-la aos seus antigos sítios: portas, colunas, estátuas que perderam seus edifícios, seus palácios, seus templos, seus pedestais, seus nichos, nessa grandiosa superposição de Roma, em que os séculos todos se abraçam e confundem. O viajante, em Roma, sente-se perdido, cercado por essas so- brevivências que o solicitam, que se impõem ao seu pensa- mento, que exigem a sua atenção para velhíssimos pormeno- res de sua história. Que poderão elas dizer ao turista apressa- do, ao venturoso turista que passa por elas como as salamandras pelo fogo, sem se impressionar? O viajante olha as ruínas de Roma antiga, e já não pode dar um passo: elas o convidam a ficar, a escutá-las, a entendê-las. (MEIRELES, 1999, p. 103) Sob vários aspectos, a viagem descortina modos de vida, alteridades, histórias particulares que revelam opções de vida, mas tam- bém revela histórias coletivas, tais como a dos povos submetidos à tirania dos governantes, a dos momentos de rebeldia da coletividade e a das for- mas de lidar com o sagrado e com o profano. À medida que desloca no tempo e no espaço, a travessia e a visão do outro permite ao viajante ques-

No poema acima, o eu-lírico torna perceptível que o dépaysement suscita uma busca de si mesmo, podendo porventura abrir espaço para um “outro destino”, que está latente, espaço metaforicamente representado pela imagem da extensão de “antigos muros”. Ao mesmo tempo, trabalha com o significado simbólico do “andar”, presente na memória coletiva e proje- tada na peregrinação que os heróis dos relatos míticos e dos contos folcló- ricos incansavelmente empreendem na aparente busca de algo externo a eles, mas que, na verdade, leva ao alcance da maturidade e sabedoria. Tra- ta-se de uma viagem iniciática, sobre a qual Marcel Brion tece reflexões ao estudar o tema no romantismo alemão:“A trajetória da vida, esta ‘trajetória do peregrino’ que instrui o homem sobre a natureza do universo e sobre sua própria natureza, que o conduz ao centro de seu ser, ou o projeta a todos os pontos circunferenciais de seu devir, acrescenta conhecimento e experiência, modifica e desencadeia metamorfose.”(BRION, 1977, p. 7) Entre as viagens que Cecília Meireles realizou ao exterior, a via- gem à Índia, realizada em 1953, foi a que mais tocou sua sensibilidade, conforme ela própria declara na entrevista a Pedro Bloch: “Na Índia foi onde me senti mais dentro de meu mundo interior. As canções de Tagore 3 , que tanta gente canta como folclores, tudo na Índia, me dá a sensação de levitar. Note que não visitei, ali, nem templos, nem faquires. Não é o exó- tico. É o espírito, compreeende?” ( apud BLOCH, p. 37) De Rabindranath Tagore, Cecília traduziu obras reunidas em edição comemorativa do nasci- mento do poeta, em 1961, pelo MEC, bem como a narrativa Çaturanga , para a coleção Prêmio Nobel de Literatura, da editora Delta, em 1962.A afinidade com o escritor indiano revela-se na “Cançãozinha para Tagore”, dos Poemas escritos na Índia : Àquele lado do tempo Onde abre a rosa da aurora, Chegaremos de mãos dadas, Cantando canções de roda Com palavras encantadas. (...) Chegaremos de mãos dadas, Tagore, ao divino mundo Em que o amor eterno mora E onde a alma é o sonho profundo Da rosa dentro da aurora.

(^3) Cecília Meireles comenta sobre a circulação dos poemas de Tagore na Índia na crônica “Canções de Tagore”: E essas canções circulam pela Índia toda, de tal maneira o poeta estava identificado com a sua terra. Talvez muita gente nem saiba de quem é a canção que está cantando, aqui e ali, na imensidão da Índia. Mas todos encontram nas suas palavras a expressão da sua vida. (MEIRELES,1999b,p.258)

Chegaremos de mãos dadas Cantando canções de roda. E então nossa vida toda Será das coisas amadas. (MEIRELES, 1994, p. 735) Santiago Kovadloff, referindo-se à publicação desses Poemas , ob- serva que a “comunhão do homem com a natureza é ali arquetípica”, ha- vendo uma alta correspondência entre a paisagem natural e o ser humano. Assinala, ainda, o filósofo, “que se trata de uma obra cuja fruição dos valores propugnados pelo ideário de Cecília Meireles é intensa, celebran- do a Índia como lugar de aliança plena, quase sensual, entre o secular e o sagrado”. (KOVADLOFF, 1987, p.59). O trecho, a seguir, da crônica “Ín- dia florida” expressa essa comunhão delicada da viajante com a paisagem indiana e as lições da natureza que a observadora recolhe no ato contemplativo No fim das alamedas, o jardim se arredonda, abraçando a água represada. As flores elevam-se em toda a volta, formando um policromo anfiteatro. Param todos os passos, e os olhos per- dem-se nesta moldura delicada, feita de beleza momentânea, que brilha apenas um dia, mas nesse dia consola o copioso tempo da existência humana. Quem se sentar aqui, em solidão, ouvirá, certamente, as flores conversarem; e que lições recolherá, do mundo vegetal, para os desvairados alunos humanos? Aceitação : consente em estar cativo na terra. Sonho : há luz, sol, estrelas, - porém muito lon- ge. Bondade : teu doce mel é para as abelhas (que ferem). Dis- ciplina : quando a Primavera ordena, vem-se, - não importa para quê. Humildade : que nome temos? Ignoramos. Renún- cia : quando o vento quiser, leva-nos. Constância : em qual- quer solidão, o mesmo perfume. Coragem : as primaveras se sucedem, embora com outras flores. Esperança : a eternidade não está na corola, mas na semente. (MEIRELES, 1999a, p 209-10, grifamos) Afora a alusão a personalidades da Ín- dia, como Tagore e Mahatma Gandhi, destaca-se no re- pertório dos Poemas a atitude contemplativa do eu poé- tico, atento a tudo que compõe o universo cultural do país, como a figuras do povo indiano realizando o seu trabalho, a presença dos animais no cotidiano dos ho- mens (búfalos, elefantinhos, jumentinhos, cavalinhos de Delhi), a flora local (Romãs, campos, flores de ervilha,

Em algum lugar? (MEIRELES, 1994, p. 736-7, grifamos) Os poemas citados acima delineiam a atitude do “viajante imóvel”, descrito por Cecília Meireles na crônica “Roma , turista e viajante”; aquele se detém diante do que vê, comovendo-se compenetrado, “procurando en- tender dentro de si o que é sonho e o que é verdade”. É “uma pessoa sem data e sem nome, na qual repercutem todos os nomes e datas que clamam por amor, compreensão, ressurreição” (MEIRELES,1999b, p. 104). A ati- tude de imobilidade diante do que contempla, bem como o sentimento de pertença à história que vislumbra entre os monumentos e ruínas, faz como que se pergunte no poema “Lei do passante”, na abertura dos Poemas es- critos na Índia : “Chega?... Passa?... Volta?”. Esse “Passante” é “quase enamorado, / pelos campos do inverdadeiro, /onde o futuro é já passado...” (MEIRELES, 1994, p.699). É assim que, em Cecília Meireles, a viajante faz-se poeta e cria a partir da experiência da viagem um lugar de memória – o poema – tal como Campagnon designa certos livros, entre os quais os que compõem a Recherche du temps perdu , de Proust. Segundo esse crítico, a literatura é um lugar de memória privilegiado, que “nos ajuda a pensar a memória de um modo diferente do modelo da história” (COMPAGNON, apud NORA, v. l3, p. 3868).

BIBLIOGRAFIA

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