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a cigarra (Quesada gigas) é a principal praga da cultura do paricá, Notas de estudo de Engenharia Florestal

a cigarra (Quesada gigas) é a principal praga da cultura do paricá

Tipologia: Notas de estudo

2012
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Compartilhado em 13/11/2012

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 4
2. IMPORTÂNCIA DA CULTURA......................................................................................... 5
3. IMPORTÂNCIA DA PRAGA.............................................................................................. 7
4. BIOLOGIA DA PRAGA...................................................................... ................................ 8
4.1 Descrição das Ninfas........................................................................................................ 10
4.1.1 - 1º instar:.......................................................... ........................................................ 10
4.1.2 - 2º instar:.......................................................... ........................................................ 12
4.1.3 - 3º instar................................................................................................................... 13
4.1.4 - 4º instar................................................................................................................... 14
4.1.5 - 5º instar................................................................................................................... 16
5. METODOS DE AMOSTRAGENS....................................................................................18
6. NÍVEL DE DANO ECONÔMICO......................................................... ........................... 20
7. CONTROLES UTILIZADOS.................................................................................... ........ 21
7.1 - Biológico........................................................................................................................21
7,2-Químico----------------------------------------------------------------------------------------------------------22
7.3 - Mecânico........................................................................................................................23
7.4 - Cultural.......................................... ................................................................ ................ 23
7.5 - Etológico ou comportamental.................................................................................. 23
8. CONCLUSÃO................................................................................................................... 24
9. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.................................................................................... 25
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SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................
    1. IMPORTÂNCIA DA CULTURA.........................................................................................
    1. IMPORTÂNCIA DA PRAGA..............................................................................................
    1. BIOLOGIA DA PRAGA......................................................................................................
    • 4.1 Descrição das Ninfas........................................................................................................
      • 4.1.1 - 1º instar:..................................................................................................................
      • 4.1.2 - 2º instar:..................................................................................................................
      • 4.1.3 - 3º instar...................................................................................................................
      • 4.1.4 - 4º instar...................................................................................................................
      • 4.1.5 - 5º instar...................................................................................................................
    1. METODOS DE AMOSTRAGENS....................................................................................
    1. NÍVEL DE DANO ECONÔMICO....................................................................................
    1. CONTROLES UTILIZADOS............................................................................................
    • 7.1 - Biológico........................................................................................................................
  • 7,2-Químico----------------------------------------------------------------------------------------------------------
    • 7.3 - Mecânico........................................................................................................................
    • 7.4 - Cultural..........................................................................................................................
    • 7.5 - Etológico ou comportamental..................................................................................
    1. CONCLUSÃO...................................................................................................................
    1. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA....................................................................................

1. INTRODUÇÃO

A indústria madeireira é importante para a economia regional por contribuir com a geração de empregos e renda para a população. Porém, a grande preocupação continua sendo a forma desordenada de utilização dos recursos florestais que vem ocasionando, em algumas microrregiões, a inviabilidade econômica da extração de madeira de matas nativas. (COSTA et al ., 1998). Por esta razão, as indústrias madeireiras estão investindo em plantios, homogêneos ou consorciados, de espécies de rápido crescimento e elevado valor comercial. Os plantios estão sendo desenvolvidos em áreas alteradas por ações antrópicas. Desta forma, as indústrias pretendem manter a sua produção com madeiras oriundas de florestas plantadas. (COSTA et al ., 1998). A implantação dos plantios é bastante importante para a região, pois poderá suprir de matéria-prima as indústrias madeireiras, e assim, reduzir o desmatamento das florestas nativas. Com isto, além da recuperação das áreas alteradas, teremos a conservação da floresta amazônica, o que deverá contribuir, significativamente, para a sustentabilidade da atividade. (COSTA et al ., 1998). Dentre as espécies que estão sendo plantadas na Região destaca-se, atualmente, a Shizolobium amazonicum (Huber) Ducke (paricá), que devido apresentar rápido crescimento, fuste reto com ramificação a partir de sete metros e madeira com elevada cotação no mercado interno e externo, vem sendo, bastante, cultivada pelas empresas madeireiras. (COSTA et al., 1998). As principais pragas dos plantios são: broca-da-madeira ( Acanthoderes jaspidea ), coleobroca ( Micrapate brasilienses ) serradores ( Oncideres dejeani e O. saga ) mosca da madeira ( Rhaphiorhynchus pictus ) e espécie de cigarra ( Quesada gigas). (DIAS, 2008). A substituição dos exércitos nativos pela monocultura em extensas áreas de cultivo e durante longos períodos pode ser uma das razões que explica o desequilíbrio biológico apresentado por alguns insetos, como as cigarras especialmente com espécies da família Cicadidae (ZANUNCIO et al ., 2004). Estes insetos estão se adaptando às novas condições em que pode obter alimentos de plantas cultivadas (MARTINELLI & ZUCCHI, 1997). Segundo ZANETI (2005), a cigarra ( Quesada gigas ) é a principal praga da cultura do paricá. A presença de grandes populações deste inseto vem sendo associada a fatores provocantes de injúria e mortes de árvores nesta cultura. O acompanhamento da

desempenho tanto em formações homogêneas quanto em consórcios. Por sua arquitetura e floração vistosa, pode ser empregada em arborização de praças e jardins amplos. A casca (Figura 1) pode servir para curtume e as folhas (Figura 1) são usadas como febrífugo por algumas etnias indígena (CORDEIRO et al , 2002). Esta espécie por apresentar rápido crescimento, fuste reto e madeira com elevada cotação no mercado interno e externo, vem sendo bastante cultivada pelas empresas madeireiras da região norte e nordeste do país, principalmente nos estados do Pará e Maranhão. Segundo o Centro de Pesquisa do Paricá (CPP) localizado no município de Dom Eliseu, no sul do Pará, que representa a grande maioria dos plantadores de paricá dos estados do Pará e Maranhão, estima-se que, nestes estados, existe em torno de 40.000 hectares da espécie plantados (SOUZA et al , 2005). Quase todo o paricá processado pelo maior utilizador de madeira de reflorestamento da espécie do país é vendido para os Estados Unidos, ficando uma pequena parcela para o mercado europeu, principalmente o italiano. Somente 10% da produção é vendida no mercado nacional. Em Sistemas agroflorestais: em Rondônia, essa espécie é utilizada para sombrear plantações de café ou de cacau. Em Paragominas, no sul do Pará, foi plantado em consórcio com o cultivo de milho repetido nos três primeiros anos; no terceiro ano, junto com o terceiro cultivo de milho, foram introduzidas três gramíneas forrageiras (AMATA, 2009). As empresas que produzem compensado com madeira de paricá conseguem lançar seu produto no mercado externo e interno a um custo reduzido, quando comparado com outras espécies nativas diferentes do paricá. Tal feito tem estimulado várias empresas a buscar alternativas de redução dos custos de produção, utilizando madeira oriunda de reflorestamento com espécies nativas (COLLI, 2007).

Fig. 1 - Tronco adulto, folha composta, fruto e semente

3. IMPORTÂNCIA DA PRAGA..............................................................................................

Pesquisas sobre as cigarras no Brasil têm se restringido de espécies deste grupo associado a plantas de café ( Coffea arabica L .) devido aos danos causados por esses insetos em plantações de alguns Estados brasileiros e esta situação levou a estudos sobre taxonomia, biologia e distribuição geográfica com o objetivo de minimizar o potencial de dano destes insetos (MARTINELLI & ZUCCHI, 1997). A elaboração de chaves de identificação (MARTINELLI & ZUCCHI, 1997) e programas de monitoramento foram desenvolvidos para determinar a distribuição geográfica destas espécies no Brasil (MARTINELLI, 1990). Uma infestação de uma espécie de cigarra foi registrada em Novembro de 2002 em uma área reflorestada com Schizolobium amazonicum em Itinga, do Maranhão e Paragominas, no Pará com graves danos às árvores em 15 hectares (ZANUNCIO et al ., 2004). Ninfas e adultos do inseto foram observados em troncos de árvores, bem como nos buracos circulares no solo em torno de troncos de árvores de S. amazonicum , que são os furos de saída das ninfas de cigarras. Tais buracos demonstrados que estas ninfas foram atacando as raízes de S. amazonicum , levando a uma queda de folhas e redução no crescimento. Este dano é similar à observada em cafeeiros com os sintomas enfatizados durante o período de déficit hídrico, com insignificante floração, baixa

Fig. 2 – Quesada gigas Fig. 3 – Quesada gigas dispostas no fuste

4. BIOLOGIA DA PRAGA......................................................................................................

O ciclo das cigarras é denominado hemimetabólico, passando pelas fases de ovo, ninfa móvel, ninfa imóvel e adulta. Os prejuízos são causados pelas larvas, denominadas ninfas móveis, que sugam continuamente a seiva nas raízes das plantas,

causando sensíveis prejuízos pela quantidade de líquidos vitais que retiram e pelos ferimentos causados às raízes, facilitando a penetração de fungos e bactérias. Os adultos de Q. gigas , machos e fêmeas, emergem no período do final de agosto a outubro. Os machos medem 70 mm de comprimento total (incluindo as asas). As fêmeas são menores. Os machos cantam, para atrair as fêmeas para a cópula, que ocorre geralmente na copa das árvores, onde se abrigam, nas cidades e no campo. Após o período de cópula, os machos morrem. Os ovos são colocados dentro dos ramos e sob a casca, pelo seu ovipositor. Terminada a fase de ovo, que dura alguns dias, eclode (nasce) uma ninfa móvel muito pequena, que cai no solo. Por terem comportamento geotrópico positivo, penetram no solo à procura de raízes, onde irão alimentar-se sugando a seiva do xilema (WHITE & STREHL, 1978).

. Com o passar do tempo, vai aumentando de tamanho. Completamente desenvolvida mede de 20 a 30 mm de comprimento. Por apresentar o primeiro par de pernas fossorial, próprio para escavar, a ninfa, dentro do solo, constrói uma galeria, onde fica em seu interior para facilitar sua fixação na raiz que vai sugar. Às vezes muda de raiz para se alimentar, construindo outra galeria. A fase de ninfa dura, aproximadamente, dois anos. Finda a fase de ninfa móvel, a larva para de se alimentar, abandona as raízes e sai do solo, abrindo uma galeria circular e individual, que se comunica com o exterior, geralmente à noite. Após sair, sobe em um suporte qualquer, que pode ser o próprio caule onde se fixa, passando para a fase de ninfa imóvel, que dura, aproximadamente, duas a três horas. Depois, emerge (nasce) o adulto, que estica as asas inglutindo ar e voa, deixando no suporte sua casca ou exúvia. Novamente, a partir daí, o ciclo se repete, em gerações sobrepostas.

4.1.1.1- Cabeça : Em vista superior, aproximadamente quadrangular, pouco mais longa que larga, com dois pontos escuros, oceliformes, situados lateralmente (Fig. 5B). Antena inserida látero-anteriormente, retilínea, relativamente longa, equivalente ao comprimento da cabeça, com sete artículos, o escapo mais desenvolvido e os demais artículos gradativamente afilados. Clípeo vista superior, em forma de meia lua, duas vezes mais largo que longo; vista lateral, pouco projetado à frente da cabeça e fortemente recurvado. Rostro atingindo as coxas posteriores.

4.1.1.2-Tórax : Pró, meso e metatórax bem distintos; em vista superior, pouco mais largo que a cabeça; pronoto quase tão longo quanto o meso e metanoto juntos (Fig. 5B). Perna-I fossorial; fêmur-I dilatado, póstero-inferiormente com um forte dente pontiagudo (dente posterior) ligeiramente curvado para frente, de comprimento aproximadamente três vezes maior que a largura da porção dilatada, provido, junto à sua base, na margem anterior, de um pequeno e pontiagudo dente acessório; um diminuto dente intermediário; pente femoral ausente (fórmula femoral 2-1- 0) (Fig. 5C). Tíbia-I arqueada, achatada lateralmente, dente apical longo, lâmina da tíbia com um dente distinto, ponta da lâmina da tíbia desenvolvida e pontiaguda, separada do dente apical por forte incisão. Tarso-I desenvolvido, inserido na região anterior da face interna da tíbia e projetado para frente, biarticulado, sendo o apical mais longo e provido de uma garra de base globosa e bífida (Fig. 5D). Pernas II e III normais, tipo ambulatorial, semelhantes em tamanho; tíbia com três espinhos longos e delgados no ápice (Fig. 5E); tarso formado por único artículo longo e provido de uma garra globosa e bífida.

4.1.1.3-Abdome : Pouco mais longo que a cabeça e tórax juntos, cilíndrico, afilando no ápice. Coberto por quatro fileiras longitudinais de longas cerdas.

4.1.1.4-Comentários : Tarso desenvolvido na perna anterior ocorre apenas nos primeiro e quinto ínstares; nos outros ínstares, são atrofiados e reduzidos.

Figura 5. Quesada gigas , 1º primeiro ínstar: A – Corpo, vista lateral; B – Cabeça e tórax, vista dorsal; C – Perna anterior, vista externa (2-1-0); D – Perna anterior, vista interna; E – Perna posterior, ápice. (escala em mm).

4.1.2 - 2º instar: Coloração branca, corpo com cerdas esparsas (Fig. 6A).

4.1.2.1-Cabeça : Em vista superior, retangular, aproximadamente três vezes mais larga que longa (Fig. 6B). Antena inserida látero anteriormente, com sete artículos, angulada entre os dois basais, escapo e pedicelo mais desenvolvidos, demais artículos gradativamente afilados. Clípeo, vista superior, muito projetado à frente da cabeça, uma vez e meio mais longo que largo (Fig. 6B); vista lateral, fortemente recurvado e globoso. Rostro atingindo as coxas posteriores.

4.1.2.2-Tórax : Pró, meso e metatórax distintos; vista superior, pouco mais largo que a cabeça; pronoto pouco maior que o meso e metanoto juntos. Perna-I fossorial; fêmur-I muito dilatado, póstero - inferiormente com um forte e longo dente pontiagudo (dente posterior), ligeiramente curvado para frente, comprimento aproximadamente três vezes maior que a largura de sua base; provido, junto à sua base, na margem anterior, de um pequeno e pontiagudo dente acessório; um forte e agudo dente intermediário; pente femoral com três dentes, o anterior mais largo e projetado para frente (fórmula femoral 2-1-3) (Fig. 6C). Tíbia-I arqueada, achatada lateralmente, dente apical longo; lâmina da tíbia lisa; ponta da lâmina da tíbia desenvolvida, separada do dente apical por forte incisão. Tarso-I reduzido, apresentando-se como um pequeno processo na região anterior da face interna da tíbia (Fig. 6D). Pernas II e III ambulatórias, semelhantes em tamanho; tíbia com três espinhos no ápice; tarso formado por um artículo, longo, provido de garra globosa bífida (Fig. 6E).

4.1.2.3-Abdome : Tamanho variável em razão do desenvolvimento da ninfa, podendo ser menor e da mesma largura que o tórax ou maior e mais largo que o tórax.

Figura 6. Quesada gigas , 2º ínstar: A – Corpo, vista lateral; B – Cabeça e tórax, vista dorsal; C

  • Perna anterior, vistaexterna (2-1-3); D – Perna anterior, vista interna; E – Perna posterior, ápice. (escala em mm).

4.1.3 - 3º instar : Coloração branca, corpo com cerdas esparsas (Fig. 7A).

Figura 7. Quesada gigas , 3º ínstar: A – Corpo, vista lateral; B – Cabeça e tórax, vista dorsal; C

  • Perna anterior, vista externa (2-1-5); D – Perna anterior, vista interna; E – Perna posterior, ápice; F – Abdome da fêmea, ápice, vista ventral. (escala em mm).

4.1.4 - 4º instar : Coloração pardacenta, abdome mais claro; corpo com cerdas esparsas (Fig. 8A).

4.1.4.1-Cabeça : Em vista superior, retangular, aproximadamente três vezes mais larga que longa; cápsula ocular pouco desenvolvida (Fig. 8B). Antenas inseridas láteroanteriormente, relativamente longas; com nove artículos, angulada na articulação entre os dois basais, escapo e pedicelo mais desenvolvidos e demais artículos gradativamente afilados. Clípeo,vista superior, muito projetado à frente da cabeça, aproximadamente duas vezes maior, pouco mais largo que longo, com as laterais retilíneas e ápice curvado (Fig. 8B); vista lateral, fortemente recurvado e globoso, com tufo de cerdas no terço ínfero-anterior. Rostro atingindo as coxas posteriores.

4.1.4.2-Tórax : Pró, meso e metatórax bem distintos; vista superior, mais largo que a cabeça; pronoto pouco maior que o meso e metanoto juntos; tecas alares distintas, com as anteriores não alcançando o abdome. Perna-I fossorial; fêmur-I muito dilatado, póstero-inferiormente com um forte e longo dente pontiagudo (dente posterior), ligeiramente curvado para frente, comprimento cerca de três vezes maior que a largura de sua base; provido junto à sua base, na margem anterior, de um pequeno e pontiagudo dente acessório; um forte dente intermediário com protuberância na margem anterior; pente femoral geralmente com seis dentes, o anterior mais largo e projetado para frente (fórmula femoral 2-1-6) (Fig. 8C). Tíbia- I arqueada, achatada lateralmente, dente apical longo; lâmina da tíbia ondulada; ponta da lâmina desenvolvida, separada do dente apical por forte incisão. Tarso-I reduzido apresentando-se como um pequeno processo na região anterior da face interna da tíbia (Fig. 8D). Pernas II e III ambulatórias, semelhantes em tamanho; tíbia com quatro espinhos no ápice, um mais longo que os demais (Fig. 8E); tarso formado por único artículo bastante longo, provido de uma garra globosa bífida.

4.1.4.3-Abdome : Tamanho variável em razão do grau de desenvolvimento da ninfa, podendo ser menor e da mesma largura que o tórax ou maior e de largura superior ao do tórax. VIII e IX segmento ventral da fêmea com duas nítidas protuberâncias paramedianas na margem posterior (Fig. 8F). No macho, normais.

4.1.4.4-Comentários : Observaram-se pentes femorais com cinco e sete dentes em 2,4% e 16,5%, respectivamente, dos exemplares analisados.

Figura 8. Quesada gigas , 4º ínstar: A – Corpo, vista lateral; B – Cabeça e tórax, vista dorsal; C

  • Perna anterior, vista externa (2-1-6); D – Perna anterior, vista interna; E – Perna posterior, ápice; F – Abdome da fêmea, ápice, vista ventral. (escala em mm).

4.1.5 - 5º instar : Coloração pardacenta, pernas pouco mais escuras; corpo com cerdas na região ventral (Fig. 9A).

4.1.5.1-Cabeça : Em vista superior, retangular, aproximadamente quatro vezes mais larga que longa; cápsula ocular desenvolvida e arredondada (Fig. 9B). Antena inserida látero- anteriormente, com nove artículos, angulada entre os dois basais, escapo e pedicelo mais desenvolvidos, demais artículos gradativamente afilados. Clípeo, vista superior, em forma de meia lua, duas vezes mais largo que longo (Fig. 9B); vista lateral, projetado, margem anterior curvada forma ângulo com a inferior que é retilínea; cerdas dispostas em faixas transversais, tufo ínferoanterior. Rostro atingindo as coxas posteriores.

4.1.5.2-Tórax : Pró, meso e metatórax bem distintos; vista superior, margem anterior do pronoto pouco mais estreita que a cabeça; pró e mesonoto aproximadamente do mesmo tamanho, metanoto muito reduzido quando comparado com pró e mesonoto (Fig. 9B). Tecas alares desenvolvidas, alcançando os segmentos abdominais; as anteriores recobrem as posteriores em todo o seu comprimento. Perna-I fossorial; fêmur-I muito dilatado, póstero-inferiormente com um forte e longo dente pontiagudo (dente posterior), ligeiramente curvado para frente, aproximadamente duas vezes maior que a largura de sua base; provido junto à sua base, na margem anterior, de um pequeno e pontiagudo dente acessório; dois dentes intermediários, sendo o posterior cerca de três vezes mais desenvolvido que o anterior; pente femoral geralmente com oito dentes

Amostraram-se seis covas ao acaso em cada área experimental, determinando o número de ninfas móveis vivas nesse volume de solo.

Em reflorestamentos com paricá, uma única espécie de cigarra se tornou a praga mais importante da cultura e o dano causado confere necessidades de serem subsidiadas ações de controle de Q. gigas , sendo necessário estabelecer métodos de amostragem de ninfas adaptados à cultura e a suas características silviculturais (LUNZ et al ., 2010). Pois, atualmente, disponível na literatura científica, existem poucos métodos de monitoramento de populações de Q. gigas em S. amazonicum.

Recentemente, têm se desenvolvido trabalhos para se estabelecer um método para monitorar a população de ninfas de Q. gigas , em reflorestamentos com paricá.

Baseado nas propostas de monitoramento dessas populações em cafeeiros, mas aplicado em paricá, foi realizado um experimento no município de Dom Eliseu no estado do Pará, apresentado por SOARES et al.(2008), com unidades amostrais num raio de 1,5 m e 5 cm de profundidade para descobrir a camada superficial do solo e fazer a contagem do número de cigarras em uma árvore, a cada 30 ha. Porém esse procedimento para mapeamento das populações de Q. gigas, baseado na análise espacial de dados geográficos não se mostrou suficientemente preciso, pois diz que as populações de insetos em plantações podem ser mapeadas através do uso de procedimentos de interpolação, que permitem gerar superfícies contínuas através de unidades amostrais pontuais. Alguns procedimentos se baseiam em relações matemáticas simples, como o método de interpolação do inverso do quadrado da distância, em que os valores da infestação em pontos não amostrados são calculados a partir de uma relação entre as distâncias e os valores de pontos vizinhos amostrados. Procedimentos mais aplicados levam em consideração, além da distância entre os pontos não-amostrados e os pontos amostrados, o estabelecimento de um modelo para a dependência espacial para a variável em estudo. Tais procedimentos são conhecidos como geoestatísticos, entre os quais está incluída a krigagem ordinária. Contudo, a intensidade amostral, utilizada, de um ponto a cada 30 ha demonstrou-se insuficiente para detectar dependência espacial do número de cigarras/árvore, o que tende a invalidar procedimentos de amostragem pouco intensos e os mapas são gerados com baixa precisão e podem não ser adequados para tomadas de decisões importantes.

Segundo LUNZ et al ., 2010, a amostragem das cigarras nos solos com paricá consiste na abertura de trincheiras entre as linhas de plantio de paricá, com uso de um implemento tratorizado de raspagem de solo, adaptado a partir de uma grade aradora.

As trincheiras apresentaram uma faixa de 0,8 m de largura, 0,07 m de profundidade e 7 m de comprimento. Em seguida, foi efetuada a contagem de orifícios no solo e de ninfas vivas, com auxílio de hastes metálicas de 40 cm de comprimento e 5 a 10 mm de espessura, para avaliação da presença de ninfas vivas no interior dos buracos. Teve como resultado que a raspagem do solo com implemento proposto mostrou que os buracos são distribuídos de forma desuniforme e heterogênea em meio às trincheiras. As ninfas foram facilmente observadas próximas à superfície, a 5-10 cm de profundidade, sugando as raízes do paricá, em buracos de 2 cm de diâmetro.

A abertura de trincheiras com uso do implemento tratorizado proposto por LUNZ et al (2010) é eficaz no monitoramento da população de ninfas de Quesada gigas , em reflorestamentos com paricá, e permite avaliar a eficácia de princípios ativos para o controle do inseto. Porém, não propôs os Níveis de Dano Econômico, de Controle e o Ponto de Equilíbrio, dificultando tomadas de decisão a partir de um determinado nível de infestação da praga.

6. NÍVEL DE DANO ECONÔMICO....................................................................................

As pesquisas necessárias ao conhecimento das atribuições de Quesada gigas , relacionadas ao S. amazonicum , tem sido escassas. Essa necessidade exige o desenvolvimento de publicações, que se assemelhem em número e qualidade, às realizadas a cultura do café.

SOUZA et al. (1983) verificaram que na cultura do café são suportáveis até 36 ninfas móveis por cova (baseado no método utilizado por GONÇALVES et al .,1989) e a partir dessa informação, na década de 80, 35 ninfas por cova foram definidas como o Nível de Controle (NC), que parece ser um valor alto, porém feito o controle, resta no solo uma população de ninfas móveis aproximada daquele valor, praticamente não causadora de prejuízos, desde que os cafeeiros recebessem os tratos culturais normais (SOUZA et al. 2009). Com os inseticidas anteriormente pesquisados apresentando 80% de eficiência, para praticamente eliminar essa população residual de ninfas móveis nas raízes, SOUZA et al. (2009) sugeriu que se fizesse o controle químico por dois anos consecutivos. Esse autor também descreve, que com os novos inseticidas pesquisados apresentando acima de 90% de mortalidade das ninfas nas raízes, em uma única

naturais, as ninfas podem ser parasitadas no solo, também por fungos do gênero Metarhizium , ou atacadas por inimigos naturais como pássaros, tatus, corujas, etc.

7.2 - Químico No controle químico o engenheiro diz que se deve ocorrer com uma boa distribuição ou aplicação dos produtos, sendo essencial para a eficiência do processo. No geral grande parte do controle ocorre pela sucção de seiva contaminada, embora também ocorra algum controle pelo contato da cigarra com o defensivo. Existem no mercado vários produtos com diferentes princípios ativos que têm promovido um bom controle sobre as cigarras.

O Ministério da Agricultura ainda não tem recomendação de produtos específicos dessa cigarra para o paricá, mas LUNZ et al (2010) destacou três produtos com as seguintes variações de nível de dosagem:

  • (^) Actara (250 WG) – Ingrediente ativo: Tiamethoxam. Dosagens de 2,0, 4, e 6,0 kg ha-1 do produto comercial. Preço: R$ 40,77/ 100g (IEA-SP). Classe toxicológica III - medianamente tóxico (AGROFIT).
  • Furadan (350 FS) – Ingrediente ativo: Carbofurano. Dosagens de 7,15, 14,30 e 21,45 L ha-1 do produto comercial. Preço: R$60,17/L (IEA-SP). Classe toxicológica I- extremamente tóxico (AGROFIT).
  • Provado (200 SC) – Ingrediente ativo: Imidacloprido. Dosagens de 4,5, 9,0, 13,5 L ha-1 do produto comercial. Preço: R$ 23,00 / frasco 250 ml (Esagrovendas). Classe toxicológica III- medianamente tóxico (AGROFIT). Todos os princípios ativos testados por LUNZ et al (2010) são eficientes na população de ninfas de Q. gigas , mas o carbofuran e thiamethoxam são os mais promissores. As suas aplicações podem ser feitas aplicadas com uso de esguicho no colo das espécies ou aplicar com granuladeiras ou matracas no caso de granulados de solo. É importante observar que o controle das cigarras deve ser realizado via solo e não em copas de árvores e arbustos. Para que se tenha um melhor controle químico, devem-se seguir parâmetros como:
  • A época da revoada (momento em que as cigarras voam para se acasalar): O controle é mais eficiente sobre ninfas jovens. No caso de cigarras Q. gigas , o controle deve ser realizado em outubro.
  • Observar a umidade do solo: os inseticidas granulados de solo ou líquidos necessitam de umidade para serem solubilizados e absorvidos pelas plantas.
  • Adotar a dose e o modo de aplicação corretos: uma só aplicação por ano é suficiente para promover bom controle. No ano seguinte, realiza-se nova amostragem, não sendo necessária nova aplicação se a população de ninfas estiver abaixo do nível de controle. 7.3 - Mecânico Catação manual das cigarras. 7.4 - Cultural Consiste na eliminação de áreas ou espécies de paricá infestadas.

7.5. - Etológico ou comportamental

Segundo o site especializado em maquinários agrícolas, Makideias, o engenheiro agrônomo Tomomassa Matuo desenvolveu uma armadilha sonora para cigarras da espécie Quesada gigas. A armadilha emite um som que possui a mesma freqüência verificada no som emitido pelo macho da cigarra, para acasalar. ''A potência é de 105 decibéis e, após dois segundos, as primeiras fêmeas já se aproximam'', diz. O som atinge um raio de 80 metros, o que garante a cobertura de uma área de 2 hectares. Conforme MATUO, deve-se posicionar a armadilha no local, na caçamba de um veículo, por exemplo, e deixá-la funcionando por 30 a 40 minutos. Após esse período, parte-se para outra área. A cigarra canta enquanto houver luminosidade. Calcula-se, então, que um aparelho possa cobrir de 20 a 30 hectares por dia. O aparelho, que funciona com uma bateria de 12 volts, é composto por quatro jatos que formam um quadrado e pulverizam inseticida. ''Forma-se uma ''cortina'' de inseticida'', diz MATUO. Sob os jatos estão instaladas duas cornetas, que emitem o som. Quando as cigarras se aproximam, elas