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FRUTICULTURA
Tipologia: Notas de estudo
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coleção
FRUTEIRAS
SÉRIE VERMELHA
Embrapa Informação Tecnológica Brasília, DF
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroindústria Tropical Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Clódion Torres Bandeira Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Extensão Rural e M.Sc. em Fitotecnia – Manejo de Plantas, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical Rua Dra. Sara Mesquita, 2270 – Pici, 60511-110 Fortaleza, CE. Fone: (85) 3299- clodion@cnpat.embrapa.br
Raimundo Nonato de Lima Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Fitotecnia, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical Rua Dra. Sara Mesquita, 2270 – Pici, 60511-110 Fortaleza, CE. Fone: (85) 3299- rlima@cnpat.embrapa.br
Raimundo Braga Sobrinho Engenheiro agrônomo, Dr. em Entomologia, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical Av. Dra. Sara Mesquita, 2270 – Pici, 60511-110 Fortaleza, CE. Fone: (85) 3299- braga@cnpat.embrapa.br
Antonio Lindemberg Martins Mesquita Engenheiro agrônomo, Dr. em Agronomia, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical Rua Dra. Sara Mesquita, 2270 – Pici, 60511-110 Fortaleza, CE. Fone: (85) 3299- mesquita@cnpat.embrapa.br
Francisco Nelsieudes Sombra Oliveira Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical Rua Dra. Sara Mesquita, 2270 – Pici, 60511-110 Fortaleza, CE. Fone: (85) 3299- sombra@cnpat.embrapa.br
Francisco José de Seixas Santos Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Irrigação e Drenagem, pesquisador da Embrapa Meio Norte, BR 343, Km 35, Zona Rural – 64200-000 Parnaíba, PI Fone: (86) 315- seixas@cpamn.embrapa.br
O sapotizeiro (Manilkara sapota L. Van Royen), nativo do sul do México e da América Central, espalhou-se por toda a América Tropical, Caribe e América do Sul e nas partes mais quentes da Flórida, Esta- dos Unidos, principalmente na Região de Key West e nas proximidades de Miami.
Na primeira metade do século 20, desenvolveu-se no México e na América Central, uma grande indústria de goma de mascar, tendo como matéria-prima o látex, exsudado do tronco da planta do sapotizei- ro. Contudo, no Brasil, o consumo de sapoti ocorre na forma in natura_._ Em análises fei- tas na Embrapa Agroindústria Tropical, fo- ram registrados valores de até 25,98 oBrix em sapotis/sapotas colhidos em experimen- tos conduzidos no Campo Experimental
do Curu, no perímetro irrigado do Departa- mento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), em Paraipaba, CE.
O sapotizeiro teve adaptação muito boa em praticamente todo o Brasil, sendo plan- tado desde o sul do Estado de São Paulo até a Região Amazônica. No Nordeste, ini- cialmente foi cultivado nas serras úmidas, onde o clima é bastante favorável ao seu desenvolvimento e produção. Posteriormen- te, expandiu-se para outros ecossistemas. A planta é encontrada produzindo desde o nível do mar até altitudes de 2.500 m, onde as precipitações pluviais são sempre supe- riores a 1.000 mm anuais.
No Ceará, a maioria da produção de sapoti concentra-se na Região Metropolita- na de Fortaleza e é proveniente, quase sempre, de plantios de fundo de quintal (Fig. 1).
e pós-colheita, nos Campos Experimentais de Pesquisa de Pacajus e de Paraipaba.
Aos poucos, novos pomares de sapoti/ sapota vão sendo implantados, utilizando- se mudas enxertadas de boa qualidade e técnicas de irrigação adequadas à cultura. Estudos realizados em Paraipaba, CE, pela Embrapa Agroindústria Tropical, demons- traram que é possível produzir, durante o ano todo (Fig. 2), usando-se a fertirrigação, que altera a fenologia da planta em relação ao cultivo de sequeiro.
Esse novo cenário estimulou o surgi- mento de novos produtores, sobretudo pequenos empreendedores, pois propicia fluxos de renda. Com isso, ao contrário da oferta anterior centrada em outubro, novem- bro e dezembro, o mercado é constantemen- te abastecido, favorecendo e estimulando o consumo, o que é do interesse de toda a cadeia produtiva.
Fig. 2. Produção de sapoti durante o ano.
bem em altitudes acima de 1.000 m, mas comporta-se melhor em altitudes abaixo de 400 m. Pelo fato de ter ramos muito flexíveis, adapta-se bem aos ventos fortes.
Geralmente, as sapotáceas adaptam-se a uma ampla variedade de solos. Embora se desenvolvam e cresçam em solos muito po- bres, têm preferência por solos profundos, ricos em matéria orgânica, levemente argilo- sos e bem aerados. Uma boa drenagem é essencial para o perfeito desenvolvimento de suas raízes. Não produzem bem em so- los encharcados, são levemente tolerantes a períodos de seca e têm relativa tolerância a solos salinos.
Em todo o Nordeste, sempre que pos- sível, recomenda-se fazer o plantio com irrigação, que pode ser feito em qualquer época do ano. Não sendo possível irrigar, recomenda-se fazer o plantio sempre no início das chuvas, para garantir o bom de- senvolvimento das mudas. Em locais com chuvas regulares, pode-se plantar sem irri- gar, mas a produção ficará concentrada em poucos meses e não distribuída durante todo o ano.
Recomenda-se plantar o sapoti e a sapota no espaçamento de 6 x 6 m, quando a cultura for irrigada e acompanhada de po- das anuais.
Fig. 3. Plantas de sapoti com 5 anos de idade, em plena produção.
Como qualquer cultura econômica, o sapotizeiro sofre a concorrência de plantas daninhas que, além de abrigarem pragas, competem por água e nutrientes, podendo, nos pomares em formação, concorrer por luz, quando atingem altura superior à dos sapotizeiros. Portanto, o controle eficiente das plantas daninhas, no ano de implanta- ção do pomar, é fundamental para o rápido desenvolvimento do sistema radicular e o crescimento normal da parte aérea.
A cultura do sapoti demanda uma quantidade razoável de fertilizantes minerais, para atingir uma produtividade satisfatória,