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A INFLUÊNCIA DO FRIGORÍFICO ARMOUR NA FORMAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL DE SANTANA DO LIVRAMENTO – RS, Notas de estudo de Geografia

O presente trabalho analisa o investimento grandioso, para a época, de uma planta frigorífica da Companhia Armour no município de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, Brasil, no início do século XX. Diante disso, este trabalho de conclusão procurou avaliar as conseqüências de tal investimento na organização espacial do município e seus reflexos socioeconômicos para a comunidade em questão.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 27/06/2013

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ALEXANDRE NUNES DE FREITAS
A INFLUÊNCIA DO FRIGORÍFICO ARMOUR NA FORMAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL
DE SANTANA DO LIVRAMENTO RS
CANOAS, 2009
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ALEXANDRE NUNES DE FREITAS

A INFLUÊNCIA DO FRIGORÍFICO ARMOUR NA FORMAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL

DE SANTANA DO LIVRAMENTO – RS

CANOAS, 2009

ALEXANDRE NUNES DE FREITAS

A INFLUÊNCIA DO FRIGORÍFICO ARMOUR NA FORMAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL

DE SANTANA DO LIVRAMENTO – RS

Trabalho de conclusão apresentado à banca examinadora do curso de Geografia, do UNILASALLE

  • Centro Universitário La Salle, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Geografia, sob orientação do Prof. Paulo Roberto Fitz.

CANOAS, 2009

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, em especial, ao meu pai, in memorian , aos meus familiares de Santana do Livramento e a toda a comunidade santanense.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela oportunidade que tive de ter feito este curso, que desde tenra idade, sempre foi um desejo meu. Agradeço ainda, a proteção que foi dada a mim, a minha família e a todos os meus colegas e professores durante minha graduação, assim como a inabalável força para não desistir no meio do caminho. Agradeço também aos meus colegas de farda, mais precisamente os que trabalham diretamente comigo, pelo apoio e compreensão durante este período acadêmico, assim como meus superiores e subordinados o apoio irrestrito dispensado. Aos meus familiares, em especial a minha mãe pelo incentivo dado para a realização de mais um sonho, cursar Geografia. A Lidiane, a compreensão de tantas noites e sábados com aula, em detrimento de sua companhia, impossibilitando por várias vezes a realização de outras atividades sociais e de lazer. Aos meus colegas que, graças a vocês, ajudaram a tornar o curso de geografia uma grande família, onde a camaradagem e o respeito prevalecem entre todos os alunos e também para com os professores. Sem dúvidas, a companhia de vocês foi, e ainda é muito importante durante a minha graduação. Agradeço o apoio do professor Paulo Roberto Fitz, pela compreensão de minhas idéias e o apoio em colocá-las no contexto certo.

RESUMO

O presente trabalho analisa, com base em pesquisa bibliográfica, o investimento grandioso, para a época, de uma planta frigorífica da Companhia Armour no município de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, Brasil, no início do século XX. Diante disso, este trabalho de conclusão procurou avaliar as conseqüências de tal investimento na organização espacial do município e seus reflexos socioeconômicos para a comunidade em questão. O trabalho identificou que nos anos iniciais, pós instalação do Frigorífico Armour, até meados de 1960, a região de influência de Santana do Livramento registrou um período de crescimento significativo e que, posteriormente, com o declínio dessa atividade que já vinha desde o final da Segunda Guerra Mundial, esta região entrou em um período de estagnação socioeconômica. Palavras-chave: Análise socioeconômica. Frigorífico Armour. Fronteira. Influência. Santana do Livramento.

ABSTRACT

The objective of this paper is to analyse, based on bibliographic search, the huge investment, at that time, by Armour Company in the city of Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, Brazil, in the beggining of the 20th^ Century. Moreover, this paper aims at evaluating the consequences of such investiment in the organization of the space of this city and its economic and social consequences for the community. The work identified that in the initial years, after the installation of the Armour Cold storage room, until the middle of 1960, Santana do Livramento and surroundings registered a period of significant growth and that, later on, with the decline of this activity after the World War II, this region started a period of economic and social stagnation. Key-words: Economic and Social Anaysis. Armour cold storage room. Border. Influence. Santana’s Deliverance.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Santana do Livramento no RS Figura 2 – Macrozoneamento ambiental Figura 3 – Localização das primeiras charqueadas no RS Figura 4 – Traçado ferroviário no RS Figura 5 – Mapa antigo da Rede Ferroviária Uruguaia Figura 6 – Área urbana construída em 1900 Figura 7 – Localização e área do Frigorífico Armour em Santana do Livramento Figura 8 – Área construída em 1950, com o Frigorífico Armour à direita da planta Figura 9 – Casa da gerência do Frigorífico Armour Figura 10 – Sede do Clube Campestre Livramento Figura11 – Time do Armour F.C. de 1974/ Figura 12 – Casa de lata em Santana do Livramento Figura 13 – Santana do Livramento em 1991, nos últimos anos do Frigorífico Armour em funcionamento Figura 14 – Evolução da população Figura 15 – Composição do produto interno bruto de Livramento, atualmente

LISTA DE ANEXOS

ANEXO A – Índice de desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul ANEXO B – Transporte Urbano Binacional ANEXO C – Linha de Produtos Armour ANEXO D – Tentativas de ressuscitar o Frigorífico Armour ANEXO E – Planta atual do antigo Frigorífico Armour ANEXO F – Conurbação Santana do Livramento/Rivera

SUMÁRIO

  • 1 INTRODUÇÃO
  • 2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
  • 2.1 História e povoamento
  • 2.2 O final do século XIX e a aproximação do Prata
  • 3 SÉCULO 20: CHARQUEADAS, FRIGORÍFICOS E A CIDADE
  • 3.1 O Saladeiro Anaya-Irigoyen
  • 3.2 Da charqueada para o frigorífico
  • 4 O FRIGORÍFICO ARMOUR E OS FRIGORÍFICOS NO CONESUL
  • 4.1 O Frigorífico Armour em Santana do Livramento
  • 4.1.1 A influência do frigorífico no município
  • 4.1.2 O “Espírito” da época
  • 4.2 A organização do espaço do Armour
  • 4.2.1 O Bairro Armour
  • 4.2.2 Clube Campestre de Livramento
  • 4.2.3 O Armour F.C.
  • 4.2.4 Casas de lata
  • 5 A SAÍDA DA COMPANHIA ARMOUR DO PRATA
  • 5.1 Impactos nos indicadores municipais
  • 5.2 Análise socioeconômica dos municípios do Corede Fronteira Oeste
  • 6 CONCLUSÃO
  • REFERÊNCIAS
  • ANEXO A – Índice de desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul
  • ANEXO B – Transporte Urbano Binacional
  • ANEXO C – Linha de Produtos Armour.....................................................................
  • ANEXO D – Tentativas de ressuscitar o Frigorífico Armour
  • ANEXO E – Planta atual do antigo Frigorífico Armour
  • ANEXO F – Conurbação Santana do Livramento/Rivera

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, inicia-se o declínio da produtividade do frigorífico, bem como das matanças de bovinos em Santana do Livramento e toda a região, pois não havia mais tropas no teatro de operações europeu para serem alimentadas, assim como aos poucos foi retomada a produção de alimentos naquele continente, somando-se que a planta industrial já estava ficando obsoleta. Diante desse fato, começa um irreversível processo de declínio desse modelo de produção, forçando os executivos daquela empresa a procurarem locais onde seus capitais rendessem mais, ficando Livramento, aos poucos, sem seu maior gerador de riquezas e renda, culminando o ano de 1996 com o encerramento das atividades fabris. Este trabalho pretende lançar um “novo olhar” sobre o tema, já que privilegiou para sua elaboração, além do uso da pesquisa bibliográfica, o cenário fronteiriço Brasil – Uruguai, e utilizou, também, “coisas materiais” como fontes de informações científicas. De acordo com Santos (1998), Maurice Halbwachs pode ser identificado como um dos autores que mais influenciou a compreensão do tema da memória coletiva, além de ser indicado como um precursor na utilização de fontes materiais enquanto documentos de informação para suas investigações. Assim, a utilização das “coisas materiais” relativas ao tema como fontes de documentação justifica-se pelo fato de ser tratada como uma fonte material carregada de representações de uma época, dispostas a serem interpretadas conforme os objetivos da pesquisa. Finalmente, a escolha deste tema que integra o leque das atribuições do Geógrafo, resultou no interesse em relação à campanha gaúcha, região esta que é facilmente reconhecida na oligarquia pastoril-latifundiária.

2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O município de Santana do Livramento, conforme a figura 1, está localizado a uma latitude de 30º53’27’’ sul e a uma longitude de 55º31’58’’ oeste, numa altitude de 208 metros e a uma distância de 498 km de Porto Alegre, a capital gaúcha. No censo realizado em 2007, Livramento foi a cidade gaúcha que apresentou maior índice de evasão em todo o Rio grande do Sul, com mais de 12% da população evadida, atualmente conta com pouco mais de 82.000 habitantes. Possui uma área de 6.930,70 km², situado na fronteira oeste do estado, juntamente com outros municípios, integra a região fisiográfica da campanha gaúcha, que perfaz uma área total de 7.001 km², o que representa aproximadamente 20% do total da área territorial do Estado do Rio Grande do Sul (IBGE, 2008). Segundo Caggiani (1983), Santana do Livramento cresceu, progrediu e se desenvolveu, passando por graus sucessivos de transição, até que em 6 de abril de 1876, pela Lei Provincial nº 1013, foi elevada a categoria de cidade, até então chamada de Nossa Senhora do Livramento. Fundada por Antônio José de Menezes, nasceu sob signo da estância, tendo sua origem legítima baseada na economia pastoril, e sua vida, como a da maioria dos núcleos urbanos do Brasil, começou sob influência da instituição religiosa. O município é servido por excelentes campos para o desenvolvimento da criação pecuária, “campos limpos”, para o gado de classe e “campos sujos”, para o gado de qualidade inferior. São inúmeros os tipos de pastagens naturais existentes, destacando-se o trevo, alfafa nativa, capim mimoso, capim caninha e outros.

do Uruguai, na localidade de Três Vendas. Observa-se, nestes locais, o desenvolvimento de lentes de arenitos de granulação média a fina, argilosos e lamitos, de coloração vermelha, castanho-avermelhado, cinza-avermelhado e branco. Como estrutura característica desses arenitos, ocorre estratificação cruzada tangencial de grande porte.

Figura 2 - Macrozoneamento ambiental Fonte: Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul

Para Suertegaray (1998), sob o ponto de vista geomorfológico, Santana do Livramento se caracteriza por apresentar formas de relevo suavemente onduladas, onde se destaca a presença da coxilha de Santana, seu terminal abrupto a leste, configurando-se numa frente de cuesta voltada para a depressão do Rio Ibicuí-Rio Negro, conhecida como Cuesta do Haedo, conforme figura 2, constituído predominantemente de áreas de campos limpos e pastagens; campos subarbustivos e zona agrícola de uso intensivo de verão, e apresentado sua maior extensão em território uruguaio. Apesar de constituir-se inteiriça a sudoeste da cidade de Santana

do Livramento, o limite político internacional faz-se reverso da Cuesta, restando, portanto, a linha da Cuesta propriamente dita para o Uruguai. Possui uma orientação geral NE-SO e está balizada pelo alto curso do Rio Ibicuí, na unidade geomorfológica depressão do Rio Ibicuí-Rio Negro, representada por seus afluentes, Rio Ibicuí da Faxina e Ibicuí da Cruz, que representam seus cursos, de modo geral, paralelos a essa escarpa. No Brasil, a Cuesta do Haedo, apresenta-se contínua apenas num pequeno trecho a noroeste de Santana do Livramento (SUERTEGARAY, 1998). O clima da região caracteriza-se por apresentar um período frio com temperatura média inferior a 15ºC, com duração superior a 90 dias, durante os meses de junho, julho e agosto. Neste período, são freqüentes as formações de geadas e a entrada de frentes polares com ventos gelados de velocidade moderada, popularmente conhecido por “vento minuano” (PASTORE e FILHO, 1986). Durante os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, ocorre o ressecamento fisiológico das plantas, sintoma este observado em toda a região do pampa gaúcho, independentemente das variações de solos locais. Assim, no planalto da campanha, nas áreas de solos rasos com presença de afloramentos rochosos, observa-se o início do murchamento da vegetação campestre, mesmo em curtos períodos com ausência de precipitações. Isto se deve à baixa capacidade de retenção de água do solo, dada a pequena profundidade do mesmo, aliada à pequena profundidade do sistema radicular da vegetação graminosa (PASTORE e FILHO, 1986). Em linhas gerais, a alternância de períodos quentes e frios, acompanhada de sensíveis variações da pressão atmosférica, confere a estas áreas uma característica climática própria, abrigando massas de ar quente ou frio, independentemente da dinâmica climática zonal. Este fenômeno é observado devido à presença de barreiras montanhosas a norte e a leste protegendo esta “depressão” (campanha gaúcha) contra a invasão de massas de ar tropicais marítimas e equatoriais (PASTORE e FILHO, 1986). Segundo os autores, o comportamento térmico e pluviométrico do município é o seguinte:

  • Temperatura média anual: 17,4ºC
  • Precipitação total anual média: 1.374 mm.
  • Umidade relativa do ar: 72 a 77%

março de 1822. Posteriormente, Capela Curada: provisão Eclesiástica de 22 de março de 1824. Em seguida, Freguesia: Lei nº 156, de 07 de agosto de 1848, pertencente à Diocese de Bagé. Seqüencialmente, a Vila e sede de município: Lei nº 351, de 10 de fevereiro de 1857. A instalação e emancipação do município ocorreu em 29 de junho de 1857, com título de Cidade, obtido sob a Lei nº 1.013, de 06 de abril de 1876. Cabe lembrar que os nomes anteriores da localidade do município foram: Sant’ Ana do Livramento e Livramento, como é relatado por Fortes (1963). De acordo com o IBGE (2009), pela lei estadual nº 3308, de 13 dez. 1957, o município de Livramento passou a denominar-se Santana do Livramento. Em divisão territorial datada de 1 jan. 1995, o município é constituído de 7 distritos: Santana do Livramento, Cati, Ibicuí, Espinilho, Pampeiro, São Diogo e Upamaroti.

2.2 O final do século XIX e a aproximação do Prata

Segundo Schaffer (1993, p. 41), o final do século XIX foi marcado por investimentos importantes na área platina. Estes investimentos estimularam, pelos benefícios decorrentes, a vinculação da fronteira aos portos do Prata. Mendonça (1980), analisando esse período, diz que:

[...] o Uruguai vai assistir em poucos anos a extensão de linhas férreas, o equipamento de portos, a instalação de centrais elétricas e fábricas, as estâncias aramadas e mecanização gradativa da lavoura[...] Surgiram, assim, as primeiras estradas de ferro, os grandes saladeiros e, no fim do século, o início do processo de congelação da carne.(MENDONÇA, 1980, p. 85).

Para Schaffer (1993, p. 42), não havia como Santana do Livramento escapar dos efeitos desses investimentos. A proximidade física de Rivera, no Uruguai, transformava a cidade em ponto de penetração dessas mudanças para o território nacional. A dependência ao porto de Montevidéu, através da linha férrea e dos baixos valores de taxas e fretes, ficou definida. Montevidéu distava de Santana do Livramento de um dia de viagem, Bagé ficava a uma semana.

Segundo a autora, ao iniciar-se a última década do século XIX, Rivera contava com 400 casas e cerca de mil habitantes. A revolução de 1893, no Rio Grande do Sul, resultou no exílio de brasileiros que se fixaram naquela cidade. Em 1900, o número de prédios dobrara e a população triplicara. Os vínculos espaciais entre as duas cidades começaram a tomar forma. A intensificação do movimento comercial resultou no estabelecimento de grandes firmas importadoras e exportadoras. As transações comerciais que Santana do Livramento estabelecera com o interior da Província promoveram as atividades econômicas de caráter urbano e o aumento da população residente (SCHAFFER, 1993, p. 42). Conforme a autora, as duas cidades receberam numerosos imigrantes, em especial espanhóis e italianos. Secundariamente quanto ao número, ingressaram franceses e ingleses. Ambos, de modo geral, estão envolvidos em empresas estrangeiras que passaram a funcionar na fronteira (frigoríficos, implantação de ferrovias, etc.). Deste período também é o ingresso de etnias oriundas do Oriente Médio (sírios, libaneses, palestinos), genericamente chamados de “turcos”. A expansão das charqueadas e a implantação dos frigoríficos nos primeiros 20 anos do século passado, intensificaram esses fluxos.