

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Artigo - Artigo
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
1 / 2
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Gestão
Com a ascensão dos poderes informais na sociedade contemporânea, a engenharia relacional passa a ocupar lugar de destaque nas organizações para reverter seu déficit de credibilidade. Se a relação que as organizações têm com seus públicos, sobretudo os mais fiéis, é cada vez mais anímica, então fará sentido repensar o composto estratégico de marketing, propondo um mix onde haja lugar para o “P” de poder, que não é mais exclusivo dos órgãos executivos, legislativos ou judiciários e seus equivalentes do setor privado, mas que se radica em nossos dias em configurações informais. Falamos especialmente do poder informal de quem constrói a opinião e que é assegurado pela capacidade de representação, avaliação e reivindicação, em face dos outros poderes. Certo é que os poderes informais dominam, e por vezes detêm, o espaço de comunicação e, conseqüentemente, o espaço da legitimidade e da autoridade da informação. Tal fenômeno significa que a assunção de contrapoderes organizados favorece a eclosão de uma gestão transparente e dialogante, colocando a engenharia relacional na primeira linha da administração de marketing. Em nossos dias, os agentes que dominam o espaço da comunicação o fazem na condição de controllers do espaço da legitimidade e da autoridade da informação. Contudo, no mundo dos negócios, mesmo o poder da comunicação informal não é total, pois é muito dependente –triplamente dependente: das fontes, de seu público e da representação que este tem do próprio poder. Isso significa que tal sistema de informação necessita ser alimentado por informação confiável, tornando-se a engenharia relacional fundamental nessa representação. No mundo corporativo, a verdade objetiva é como uma paisagem pintada por um artista e não uma imagem de espelho independente do sujeito; tanto mais verdadeira será a paisagem quanto mais elevado o observatório ou terraço onde está situado o pintor, permitindo-lhe uma visão mais ampla e de maior alcance do panorama irregular e acidentado da realidade empresarial. No dia-a-dia das empresas, confrontam-se ações de natureza estratégica e comunicacional. É preciso definir um processo para contribuir para a construção de uma corrente de opinião, composto de alguns passos:
Plano de Engenharia Relacional O processo de planejamento para a engenharia relacional passa pela seguinte linha de orientação:
Estratégias operacionais Todas essas interações, assim como as metodologias enumeradas, devem ser vistas como resultado de uma série de convenções e interesses que visam, antes de mais, proporcionar a aproximação à verdade consensual. Partindo da necessidade de desenvolvimento efetivo de estratégias operacionais, ante um tecido relacional denso, junto de grupos de interlocutores estruturados e organizados, assume-se que essas ações deverão ser suportadas por correntes de opinião elaboradas, surgindo então a necessidade de profissionalização de todas as práticas comunicacionais, sem exceção. Assim, de forma a ampliarmos os vínculos de privilégio nas relações com os referidos públicos, será necessário procedermos a uma cautelosa e constante análise dos limites de decisão informativa, internos e externos. Os formadores de opinião acrescentam valor aos acontecimentos ao longo da cadeia de montagem da informação, traduzindo a mensagem para um idioma público (simplificado), uma vez que eles não são simples distribuidores (multiplicadores) de matéria-prima; mais do que isso, tornam-se juízes em causa alheia, não só por suas interpretações sobre os mais variados fenômenos (public stage), como igualmente por serem, na atualidade, a matriz do que é ou não interessante dos pontos de vista social, econômico, político etc., ou seja, dos temas que têm, ou não, notoriedade ( issues stage ). Baseados na objetividade, nos critérios de legitimidade, de credibilidade, de prestígio e de popularidade, a engenharia relacional pretende instituir meios de controle sobre os eventuais vieses provocados pelas fontes de informação e decisão, de que são exemplos principais a mídia e os orçamentos publicitários. A credibilidade obtém-se nessa atividade pela não-filiação a qualquer grupo de pressão, pela forma de ser dialogante e trabalhar pensando no longo prazo, nunca perdendo de vista seu centro de valores humanos. Falamos na gestão da influência no nível dos imperativos ideológicos, profissionais, comerciais, técnicos etc. Com o intuito de podermos projetar ações no nível da engenharia relacional, deverá existir afinidade entre os mais variados níveis de decisão interna, isso de forma a acautelar que todas as oportunidades serão aproveitadas. Lembre-se de que o poder informal de quem constrói a opinião é assegurado pela capacidade de representação, avaliação e reivindicação, em face dos outros poderes, pelo que a gestão da influência organizacional é muitas vezes difícil e mesmo embaraçosa de ignorar, devendo esses especialistas evitar fanatismos e falsos entusiasmos.
Por Paulo Vieira de Castro (diretor do Centro de Estudos Aplicados em Marketing do Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto, em Portugal, e consultor de empresas) Fonte: HSM Management Update nº 62 - Dezembro 2008