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A prevalência da incontinência urinária nos idosos frequentadores do CCI na cidade de Populina - SP, Trabalhos de Fisioterapia

Resumo Justificativa Introdução Objetivo Metodologia Desenvolvimento: definição; prevalência; classificação. Resultado Discussão Conclusão Referência bibliográfica

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 21/09/2020

rafaela-andrade-58
rafaela-andrade-58 🇧🇷

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RESUMO
A incontinência urinária (IU) é um sintoma muito comum, causando grande
impacto na vida de quem a possui, normalmente afetando mais o sexo feminino. Os
fatores de risco mais frequentes são obesidade, número de gestações, tipo de parto,
idade, entre outros. A IU nos idosos tem sido questionada quanto a sua prevalência,
sendo que a idade tende a ser um fator importante. O objetivo do trabalho é relatar a
prevalência da IU nos idosos que frequentam o Centro de Convivência do Idoso
(CCI) da cidade de Populina- SP. O estudo trata-se de uma pesquisa de campo,
onde foi aplicado questionário ICIQ-SF (International Consultation Incontinence
Questionnaire Short Form) que calcula a gravidade, o impacto e a frequência da IU
nos idosos.
Palavras-chave: incontinência urinaria, idoso, prevalência, impacto e qualidade de
vida.
1. INTRODUÇÃO
A incontinência urinária manifesta-se pela perda involuntária de urina em
quantidade suficiente para retratar um problema médico ou social (RAMOS;
CENDOROGLO, 2011).
Os três tipos mais frequentes de IU são: A incontinência urinária de esforço
(IUE), ou seja, a perda involuntária de urina através de esforços como tossir ou
espirrar; a incontinência urinária de urgência (IUU), é quando o indivíduo apresenta
uma vontade inesperada de urinar e não obtém controle; e a incontinência urinária
mista (IUM) é uma combinação dos dois tipos já citados acima (CARVALHO et al.,
2014).
Nos idosos ocorre alterações funcionais e estruturais no aparelho
genitourinário que podem predeterminar à incontinência urinária, porém esse
sintoma não corresponde a um processo natural do envelhecimento, como há muitos
anos se pensava (SEBBEN; FILHO, 2008).
A habilidade de reter urina diminui, o esfíncter da uretra fica enfraquecido e
aparecem as queixas de eliminação de urina com maior frequência e em menor
quantidade, representando um quadro de incontinência urinária (TEIXEIRA, 2013).
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RESUMO

A incontinência urinária (IU) é um sintoma muito comum, causando grande impacto na vida de quem a possui, normalmente afetando mais o sexo feminino. Os fatores de risco mais frequentes são obesidade, número de gestações, tipo de parto, idade, entre outros. A IU nos idosos tem sido questionada quanto a sua prevalência, sendo que a idade tende a ser um fator importante. O objetivo do trabalho é relatar a prevalência da IU nos idosos que frequentam o Centro de Convivência do Idoso (CCI) da cidade de Populina- SP. O estudo trata-se de uma pesquisa de campo, onde foi aplicado questionário ICIQ-SF (International Consultation Incontinence Questionnaire – Short Form) que calcula a gravidade, o impacto e a frequência da IU nos idosos. Palavras-chave: incontinência urinaria, idoso, prevalência, impacto e qualidade de vida.

1. INTRODUÇÃO A incontinência urinária manifesta-se pela perda involuntária de urina em quantidade suficiente para retratar um problema médico ou social (RAMOS; CENDOROGLO, 2011). Os três tipos mais frequentes de IU são: A incontinência urinária de esforço (IUE), ou seja, a perda involuntária de urina através de esforços como tossir ou espirrar; a incontinência urinária de urgência (IUU), é quando o indivíduo apresenta uma vontade inesperada de urinar e não obtém controle; e a incontinência urinária mista (IUM) é uma combinação dos dois tipos já citados acima (CARVALHO et al., 2014). Nos idosos ocorre alterações funcionais e estruturais no aparelho genitourinário que podem predeterminar à incontinência urinária, porém esse sintoma não corresponde a um processo natural do envelhecimento, como há muitos anos se pensava (SEBBEN; FILHO, 2008). A habilidade de reter urina diminui, o esfíncter da uretra fica enfraquecido e aparecem as queixas de eliminação de urina com maior frequência e em menor quantidade, representando um quadro de incontinência urinária (TEIXEIRA, 2013).

A IU não tem como único responsável a alteração no trato urinário inferior. Mudanças na motivação, na habilidade motora, na integridade mental e a existência de doenças como diabetes mellitus e insuficiência cardíaca, entre outras estão entre os motivos que podem predispor esse sintoma (REIS et al., 2003). De acordo com Moreno (2004), indivíduos do sexo feminino acometidos pela incontinência urinária possuem a tendência de se afastarem do seu meio social por receio que ocorra perdas urinárias em público; deixam de praticar atividades que possam revelar seu problema; sentem-se tão angustiadas ao falar sobre o problema e geralmente procuram ajuda quando a incontinência está em um estágio avançado (SEBBEN; FILHO, 2008). Segundo Freitas et al. (2002), a IU causa um grande impacto tanto na saúde como na vida do indivíduo, facilitando as infecções do trato urinário, a formação de escaras, as quedas, interromper o sono, causa grande constrangimento, o que pode levar ao isolamento social e à depressão (SEBBEN; FILHO, 2008).

2. OBJETIVO O objetivo é relatar a prevalência da incontinência urinária nos idosos frequentadores do Centro de Convivência do Idoso (CCI) na cidade de Populina- SP. 3. METODOLOGIA O presente estudo trata-se de uma pesquisa de campo onde foi aplicado o questionário ICIQ-SF (International Consultation Incontinence Questionnaire – Short Form) em sua versão completa em português, constituído por questões avaliativas sobre a frequência, a gravidade e o impacto da incontinência urinária, capaz de relatar em que momento ocorre perda de urina (CARVALHO et al., 2014). A análise do questionário utilizado considera como incontinente o indivíduo que menciona pelo menos um caso de perda urinária por semana no decorrer de poucos meses antes da entrevista e, com isso, apresenta escore ICIQ-SF maior do que 0. É continente quem assinala “nunca”, “nenhuma” ou “não interfere” nas questões três, quatro, cinco e seis no questionário. O impacto da perda de urina varia de não interfere (0) a interfere muito (10), sendo classificado em cinco categorias: 0 (nada), 1- 3 (leve), 4-6 (moderado) 7-9 (grave) e 10 (muito grave). O

Estima-se que a prevalência da IU em indivíduos de 50 e 75 anos é de 20 a 35% em mulheres e 10 a 15% nos homens. Nos idosos em recente internação hospitalar e institucionalizados, o percentual pode variar de 25 a 30%. Após os 75 anos de idade, o sexo do indivíduo não se torna significativo (BRASIL, 2006). Se a raça for levada em consideração, a branca tem maior incidência do que a negra. A IUE também se torna mais frequente em obesas. Vale ressaltar também o número de gestações e o tipo de parto por poderem lesar o assoalho pélvico (CASTRO et al., 2015). 4.3 Classificação De acordo com Reis et al (2003), são classificados três tipos principais de incontinência urinária, sendo eles: Noctúria: pacientes queixam-se de levantar mais de uma vez por noite para urinar. Essa queixa é comum, incomodando indivíduos de diversas faixas etárias, sendo mais frequente após os 50 anos. Transitória: a incontinência urinária transitória acontece quando o indivíduo possui perda involuntária de urina, podendo ser resultado de distúrbio medicamentoso, psicológico ou orgânico, que melhora após o equilíbrio do fator que desencadeio esse sintoma. Problemas no trato urinário inferior é uma das causas mais conhecidas de IU em idosos. O risco desse tipo de IU aumenta caso ocorra alterações patológicas como ingestão hídrica excessiva, constipação intestinal crônica, infecções, depressão e dificuldade para locomoção, somado com mudanças fisiológicas do trato urinário inferior. Persistente: A incontinência urinária persistente não é provocada por efeito colateral a drogas, nem por nenhuma comorbidade, e pode vir a persistir por no mínimo 3 meses. Sendo classificadas em três tipos: A - Incontinência urinária pelo esvaziamento vesical inadequado; B - Urge-incontinência; C - Incontinência urinária de esforço. Existem alguns tipos citados por outros autores na literatura, sendo eles: Incontinência paradoxal: ocorre por causa da retenção urinária crônica, onde se expande e aumenta a pressão intravesical, igualando a resistência uretral,

ocorrendo o gotejamento persistente da urina, sendo o indivíduo incapaz de iniciar ou manter um jato adequado miccional (FABICHAK, 2000). Incontinência de origem neuropática: diversos problemas neurológicas podem levar a distúrbios miccionais e à incontinência. Os sinais variam de acordo com a gravidade e localização da lesão. As lesões mais frequentes são: diabetes mellitus, doenças vasculares cerebrais, doença Alzheimer, parkinsonismo e esclerose múltipla (TATA, 2000). Incontinências temporárias: correspondem a casos onde o paciente pode se tornar incontinente, por alterações de locomoção, cognitivas, ou de dinâmica abdominal transitórias como uma internação hospitalar. As causas podem ser: regressão psicológica durante hospitalização; estados confunsionais agudos; impactação fecal, levando à retenção urinária; vaginite atrófica ou uretrite (LEME, 2000).

5. RESULTADO Foram avaliados 25 pessoas na faixa etária de 41 - 86 anos que participam das atividades oferecidas pelo CCI (Centro de Convivência do Idoso) de Populina – SP, sendo 11 (44%) no grupo incontinente, todos do sexo feminino, e 14 (56%) no grupo continente, onde 11 pessoas são mulheres e 3 homens. Participantes Total dos participantes Resultado % Mulheres Homens Que apresentam IU 11 44% 11 0 Que não apresentam IU 14 56% 11 3 Tabela 1 – Prevalência da incontinência urinária nos idosos frequentadores do CCI de Populina. **Perguntas Resultado

  1. Com que frequência você perde urina?** Nunca 14 Uma vez por semana ou menos 3

Perco quando terminei de urinar e estou me vestindo 1 Perco sem razão óbvia 2 Perco o tempo todo 1 Tabela 2 - Respostas dos participantes para as questões do questionário ICIQ-SF.

6. DISCUSSÃO Os dados do presente estudo mostram que, das 22 participantes do sexo feminino, 11 delas (50%) apresentam algum grau de incontinência urinária, ou seja, metade dessas idosas sofrem com este sintoma. Já os 3 participantes do sexo masculino não relataram ter perda de urina. Faria et al. (2014), através de seu artigo Incontinência urinária e noctúria: prevalência e impacto sobre a qualidade de vida em idosas numa Unidade Básica de Saúde, realizou um estudo com 66 mulheres, com idade entre 60 e 87 anos, utilizando o ICIQ-SF (International Consultation Incontinence Questionnaire – Short Form) e identificou que 28 delas (42,4%) possui perda de urina e dessas mulheres, 12 relatam que esse sintoma interfere na sua vida diária. Quadros et al. (2015), em seu estudo sobre a prevalência da incontinência urinária entre idosos institucionalizados e sua relação com o estado mental, independência funcional e comorbidades associadas, constatou que o trato urinário pode apresentar mudanças devido ao envelhecimento do indivíduo. Os músculos do assoalho pélvico perdem a força, sofrendo atrofia, levando a uma diminuição da capacidade vesical e a perda de urina se torna frequente. Um estudo sobre a prevalência e fatores associados a incontinência urinária em idosos realizado por Carneiro et al. (2017), identificou entre os homens idosos a prevalência de 23,2%, enquanto entre as mulheres idosas, 31,1%, desse modo, pode-se observar que as mulheres idosas são afetadas com mais frequência, ainda que a prevalência em ambos os sexos seja significativa. Silva et al. (2017), afirma que a idade é tida como um dos fatores que mais propiciam esse distúrbio visto que, com o aumento da longevidade, traz consigo transformações como a fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, diminuição do comprimento funcional da uretra prejudicando, assim, a capacidades de contração da musculatura da região pélvica.

Cândido et al. (2017), em sua breve revisão de fisiopatologia sobre incontinência urinária nas mulheres, considerou as diferentes clínicas possíveis da IU e os diferentes mecanismos fisiopatológicos e chegou à conclusão que ela pode ser classificas em cinco tipos: a incontinência urinária paradoxal, mista, contínua, de esforço e de urgência. Ele também observou que o distúrbio é mais encontrado em mulheres brancas e com histórico familiar positivo, o que ocorre a participação de fatores hereditários. Dentro de todos os riscos, também tem os fatores ambientais, como idade avançada, obesidade, tabagismo, doenças crônicas, como diabetes mellitus, prática de atividades físicas de alto impacto, grande paridade. Tomasi et al. (2017), em seu artigo sobre incontinência urinária em idosas: práticas assistenciais e propostas de cuidado âmbito da atenção primária de saúde, observou através da percepção dos profissionais acerca da IU que o conhecimento de mulheres idosas sobre o assunto é pequeno, desconhecendo os fatores de risco e os cuidados com a incontinência urinária.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se com a pesquisa de campo realizada que a incontinência urinária afeta parte significativa da população idosa, destacando-se uma maior porcentagem no sexo feminino, onde o tipo de IU mais frequente é a incontinência urinária de esforço (IUE). Não foram encontrados muitos estudos sobre o tema na literatura e devido à importância da incidência da incontinência urinaria encontrada no trabalho, sugere- se que se faça mais pesquisas sobre o assunto. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARVALHO, M. et al., 2014. O impacto da incontinência urinária e seus fatores associados em idosas. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v17n4/1809- 9823 - rbgg- 17 - 04 - 00721.pdf. Acesso em: 19 ago. 2019. CÂNDIDO, F. et al., 2017. Incontinência urinária em mulheres: breve revisão de fisiopatologia, avaliação e tratamento. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/54506. Acesso em: 31 out. 2019.

comorbidades associadas. Disponível em: <file:///C:/Users/andra/Downloads/v22n3a05%20(1).pdf>. Acesso em: 31 out. 2019. RAMOS, L; CENDOROGLO, M. Geriatria e gerontologia. 2 ed. Barueri, SP: Manole,

REIS, R. et al., 2003. Incontinência urinária no idoso. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/acb/v18s5/a18v18s5.pdf. Acesso em: 05 set. 2019. SILVA, L. et al. (2017). Fisioterapia na incontinência urinária: olhares sobre a qualidade de vida de mulheres idosas. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/2176- 901X.2017v20i1p221-238/23080>. Acesso em: 31 out. 2019. SEBBEN, V; FILHO, H., 2008. Incidência incontinência urinária em participantes do Creati do município de Passo Fundo/RS. Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/download/344/251/ Acesso em: 05 set. 2019. TATA, R. Incontinência. In: PICKLES, B. et al. Fisioterapia na terceira idade. 2 ed. São Paulo – SP: Santos Livraria Editora, 2000. cap. 17, p. 230 – 254. TEIXEIRA, M. Saúde da mulher na terceira idade. In: FERNANDES, R.; NARCHI, N. Enfermagem e saúde da mulher. 2 ed. Barueri – SP: Editora Manole, 2013. cap. 12, p. 267 – 279. TOMASI, A. et al., 2017. Incontinência urinária em idosas: práticas assistenciais e propostas de cuidado âmbito da atenção primária de saúde. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-07072017000200316&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 31 out. 2019