A QUESTÃO DA ÁGUA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO, Resumos de Sociedade e Meio Ambiente

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A QUESTÃO DA ÁGUA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

IRECÊ-BA

DAMILA SCAGLIANTI, LARISSA MOLFI

A QUESTÃO DA ÁGUA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Trabalho apresentado ao curso de Medicina veterinária III semestre da Faculdade Irecê, solicitado pela professor Willis Pires, como requisito para obtenção de nota na disciplina: Meio Ambiente e saúde. IRECÊ-BA 2019

3. POTENCIALIDADES HÍDRICAS REGIONAIS: ÁGUAS SUPERFICIAIS

As potencialidades hídricas regionais são definidas pela vazão media de extenso período em uma seção de rio, o Nordeste semi-árido, sendo uma região de carência em volume de escoamento de água dos rios, há uma incidência muito grande de solos rasos fundamentados sobre rochas cristalinas, onde, consequentemente, haverá baixas trocas de água entre o rio e o solo adjacente, vale ressaltar que, todas as grandes bacias do território são intermitentes, com exceção dos rios; São Francisco e Parnaíba, As águas subterrâneas são caracterizadas pelo o armazenamento de água que seja viável economicamente para o aproveitamento da população, em estudos feitos, Rebouças (1997) ressaltou que, a reserva de água doce subterrânea nas bacias nordestinas permite captar anualmente cerca de 20 bilhões de m³, no que corresponde a 60% da capacidade do reservatório de Sobradinho.

4. SAÚDE PUBLICA O desenvolvimento de vetores e incidências de mortalidade infantil por conta da má qualidade da água, estruturas, e tratamento de esgoto submete pessoas que residem principalmente em zonas rurais, segundo as pesquisas desenvolvidas, Costa (2009), relacionou uma queda significativa em doenças como a diarréia, sobre a população infantil e de áreas rurais de Pernambuco, após as instalações de sistemas de tratamento de água. A importância dos serviços de saneamento básico na saúde das pessoas e no seu bem-estar é vastamente reconhecida. E são essenciais à vida, com fortes ligações entre a saúde da população e o meio ambiente. Vale salientar que, de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2019), a cada real investido em saneamento básico, economizam-se nove em saúde. 5. OCORRENCIA DE PROCESSOS DE DESERTIFICAÇÃO NO NORDESTE De acordo com a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), descreve-se como desertificação o processo de degradação das terras em regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas,

decorrentes das ações naturais e climáticas associadas às ações antrópicas, Esse processo resulta na perda ou redução da produtividade econômica ou biológica dos ecossistemas secos provocados pela erosão do solo e assoreamento dos rios. O Ministério do Meio ambiente (BRASIL 2002), estimou que o processo de desertificação vem comprometendo uma área de 181.000 km² decorrente de desmatamentos ligados a atividades econômicas como a agricultura de sub- sistência e a pecuária extensiva, o que tem provocado também a salinização do solo pela deficiência ou ausência de drenagem dos solos.

6. IMPACTOS POTENCIAIS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS Dados do IPCC, Intergovernmental Panel on Climate Change, denominado IPCC AR4, apontam que o aquecimento global dos últimos 50 anos é causado pelas ações humanas e que as regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas no Brasil são Amazônia e Nordeste. As mudanças das características climáticas nas regiões nordestinas atingem, com a elevação das temperaturas, o aumento da evaporação nos corpos d’água e redução do volume escoado, reduzindo, consequentemente, a recarga dos aquíferos, isso significa também a redução do nível de precipitações e a tendência de “aridização” da região, com a substituição da caatinga por vegetação mais típica de regiões áridas. 7. SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA DA ÁGUA NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO Foi a partir dos grandes períodos de secas que ações para amenizarem a escassez. Algumas medidas tomadas foram a perfuração de poços artesianos, construção de cisternas para captar e armazenar água das chuvas, construção de barragens subterrâneas, reaproveitamento de águas servidas, transporte de água a grande distância. E políticas de uso consciente dos recursos hídricos em locais com pouca disponibilidade de água e com baixos níveis pluviométricos.