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A segurança com eletricidade, Notas de estudo de Engenharia de Manutenção

Instalações Elétricas de Baixa Tensão NOVA NORMA REGULAMENTADORA Nº10 Choque elétrico Os efeitos das perturbações do choque elétrico As perturbações e sintomas no indivíduo Duração do choque elétrico Intensidade da corrente PRECAUÇÕES E PRIMEIROS SOCORROS Dicas de segurança para residências PRIMEIROS SOCORROS À VÍTIMA DE CHOQUE ELÉTRICO

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 30/11/2009

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SENAI ROBERTO MANGE
A SEGURANÇA COM ELETRICIDADE
ANÁPOLIS
2009
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SENAI ROBERTO MANGE

A SEGURANÇA COM ELETRICIDADE

ANÁPOLIS

A SEGURANÇA COM ELETRICIDADE

ANÁPOLIS

INTRODUÇÃO

Eletricidade mata. Não tem discussão ou acordo. Errou, mata. Se não mata, inutiliza. Não importa se é de forma direta ou indireta. O resultado final da ação da eletricidade no corpo humano é e será sempre catastrófica.

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por turbinas geradoras transformam a aenergia mecânica, originada pela queda da água, em energia elétrica.

No Brasil, a geração de energia elétrica e 80% produzida a partir de hidrelétricas, 11% por termoelétricas e o restante por outros processos. A partir da usina, a energia é transmitida para os centros de consumo passando primeiro pelas subestações elevadoras, onde o nível de tensão é elevado para valores tais como 69kv, 88kv, 138 kV, 240 kV ou 440 kV, transportados através dos cabos elétricos das linhas de transmissão até as subestações rebaixadoras, onde o nível de tensão é reduzido para que possa ser distribuída aos diversos consumidores.

A distribuição de energia é feita em tensões com valores 11,9 kV , 13,8 kV e 23 kV nos centros de consumo, sendo transportada por redes elétricas aéreas ou subterrâneas constituídas por estruturas (postes, torres, dutos subterrâneos e seus acessórios), cabos elétricos e transformadores para novos rebaixamentos de tensão (110V, 127 V, 220 V, 380V) e, finalmente, entregue aos clientes industriais, comerciais, de serviços e residenciais com níveis de tensão de acordo com a capacidade de consumo instalada de cada cliente.

Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de Potencia (SEP), definido como o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia até a medição, inclusive.

Com o objetivo de uniformizar e entendimento, é importante informa que o SEP trabalha com vários níveis de tensão classificadas em alta e baixa tensão e, normalmente, com corrente alternada em 60hz.

Conforme definição dada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), considera-se “Baixa Tensão” - medida entre fases ou entre fase e terra:

  • Corrente Alternada: intervalo entre o valor superior a 50 v e valor igual ou inferior a 1.000V;

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  • Corrente Contínua: intervalo entre o valor superior a 120 v e valor igual ou inferior a 1.500V.

2. REGULAMENTAÇÕES E REFERENCIAS COMPLEMENTARES

2.1. NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão

Esta Norma estabelece as condições que as instalações elétricas de baixa tensão devem satisfazer a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequando da instalação e a conservação dos bens.

Esta Norma se aplica principalmente às instalações de edificação residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro etc., como segue:

A - áreas descobertas das propriedades, externas às edificações. B - reboques de acampamento, locais de acampamento, marinas e instalações análogas.

C - canteiros de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias.

F - redes públicas de distribuição de energia elétrica.

G - instalações de proteção contra quedas diretas de raios. No entanto, esta Norma considera as conseqüências dos fenômenos atmosféricos sobre as instalações (por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra sobretensões).

H - instalações em minas.

I - instalações de cercas eletrificadas. Os componentes da instalação são considerados apenas no que concerne à sua seleção e condições de instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos em conformidade com as normas a eles aplicáveis.

A aplicação desta Norma não dispensa:

A - o atendimento a outras normas complementares aplicava a instalações e locais específicos.

B - o respeito aos regulamentos de órgãos públicos aos quais a instalação deva satisfazer.

2.2. NBR 14039- Instalações Elétricas de Média Tensão

Esta Norma estabelece um sistema para o projeto e execução de instalações elétricas de média tensão com tensão nominal de 1,0kV a 36,2kV, à freqüência industrial, de modo a garantir segurança e continuidade de serviço.

Esta Norma aplica-se a partir de instalações alimentadas pelo concessionário, o que corresponde ao ponto de entrega definido através da legislação vigente emanada da Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Esta Norma também se aplica às instalações alimentadas por fonte própria de energia em média tensão.

Esta Norma abrange as instalações de geração, distribuição e utilização de energia elétrica, sem prejuízo das disposições particulares relativas aos locais e condições especiais de utilização constantes nas respectivas normas. As instalações especiais tais como marítimas, de tração elétrica, de usinas, pedreiras, luminosas com gases (neônio ou semelhantes), devem obedecer, além desta Norma, às normas específicas aplicáveis em cada caso.

As prescrições desta Norma constituem as exigências mínimas a que devem obedecer às instalações elétricas às quais se referem para que não venham, por suas deficiências, prejudicar e perturbar as instalações vizinhas ou causar danos a pessoas e animais e à conservação dos bens e do meio ambiente.

Esta Norma se aplica às instalações novas, às reformas em instalações existentes e às instalações de caráter permanente ou temporário.

Os componentes da instalação são considerados apenas no que concerne à sua seleção e às suas condições de instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos pré-fabricados de componentes que tenham sido submetidos aos ensaios de tipo aplicáveis.

A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos regulamentos de órgãos públicos aos quais a instalação deva satisfazer. Em particular, no trecho entre o ponto de entrega e a origem da instalação, pode ser necessário, além das prescrições desta Norma, o atendimento das normas e/ou padrões do concessionário quanto à conformidade dos valores de graduação (sobrecorrentes temporizadas e instantâneas fase/neutro) e capacidade de interrupção da potencia de curto-circuito.

Esta Norma se aplica: A - à construção e manutenção das instalações elétricas de média tensão de 1,0kV a 36,2kV a partir do ponto de entrega definido pela legislação vigente, incluindo as instalações de geração e distribuição de energia elétrica. Devem considerar a relação com as instalações vizinhas a fim de evitar danos às pessoas, animais e meio ambiente.

Esta Norma não se aplica:

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Tem foco na gestão de segurança e saúde em instalações e serviços com energia elétrica e nas responsabilidades dos envolvidos no processo desde a produção até ao consumo.

3.3 Principais avanços e impactos da Nova NR

  • Ampliação no campo de na aplicação da Norma;
  • Integração das medidas de segurança e saúde;
  • Complementação com Normas técnicas oficiais;
  • Documentação das instalações elétricas;
  • Critério de aplicabilidade da Norma;
  • Qualificação, habilitação, capacitação, treinamento e autorização dos trabalhadores;
  • Procedimentos com instruções de segurança;
  • Direito de recusa;
  • Responsabilidades solidárias;
  • Aplicação do instituto de embargo e interdição pelo MTE.

3.4 Objetivo e Campo de aplicação

Requisistos e condições minimas para implementaçao de medidas de controle e sistemas preventivos ao risco elétrico.

  • Aplica-se ao projeto, construçao, montagem, operaçao e manutençao e quaisquer serviços realizados em suas proximidades;
  • Complementa-se às normas técnicas oficiais estabelidas (Nacionais e internacionais).

3.5 Medidas de Controle

  • Análise de risco;
  • Integraçao às demais medidas de segurança da empresa;
  • Esquemas unifilares;
  • Prontuario das instalaçoes eletricas;

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  • Memoria e organizaçao documental;
  • Permantemente disponibilizado e atualizado.
  • Priorizaçao
  • Desenergizaçao das instalaçoes eletricas.

3.6 Tensao de seguraçao

  • Seccionamento automatico de alimentaçao
  • Aterramento eletrico
  • Isolaçao das partes vivas,
  • Isolaçao dupla ou reforçada barreiras e obstaculos,
  • Colocaçao fora do alcance.

3.7 Medidas de proteçao individual - EPI

Quando as medidas de proteçao coletivas forem inviavies ou insuficiente obriga-se ao uso do EPI.

  • Certificado de aprovação – CA.
  • Testes de isolaçao elétrica – CA.
  • Vestimentos de proteçao especial: inflamabilidade, condutibilidade e influencia eletromagneticas.
  • Vedado o uso de adornos pessoais.

3.8 Segurança em Projetos

Obriga a introduçao de conceitos de segurança a partir dos projetos em instaçoes eletricas;

  • Prever dispositivo que permitam tratamento;
  • Planejar espaçamento e distanciamento seguros;
  • Prever a necessidade de “aterramento elétrico”;
  • Indicar a posição “liga – desliga” de dispositivo de manobra;
  • Planejar prevenção contra as influências ambientais;
  • Prever disposições contra incêndios e explosões;
  1. Destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.

3.11 Segurança em Instalações Elétricas Energizadas

Estabelece critérios para proteção em trabalhos com instalações elétricas energizadas.

  • Intervenção em instalações elétricas com tensao igual ou superior a 50 Volts em CA ou superior a 120 Volts em CC somente por trabalhadores com concurso na área elétrica ;
  • Determinação de zonas de “risco”, “controlada” e “livre” no entorno de pontos ou conjuntos energizados;
  • Definição do treinamento de segurança em serviços em instalações eletricas para trabalhadores autorizados a intervir em instalações eletricas – basico (min.40h) e treinamento complementar ( mais 40 h
    • SEP e proximidade).

3.12 Trabalhos Envolvendo Alta Tensão (AT)

Diferencia níveis de tensao e estabelece condições para atividades realizadas envolvendo alta tensao.

  • Os serviços em AT e no SEP não podem ser realizados individualmente;
  • Procedimentos especificos , detalhados e assinados por profissional realizado;
  • Os equipamentos , ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materias isolantes, usados em AT, devem ser submetido as testes eletricos;
  • Equipamentos de comunicação permanente com equipe e Centro de Operaçao.

3.13 Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos Trabalhadores

Define o entendimento quanto a :

  • profissional qualificado;
  • habilitado;
  • pessoa capacitada ;

“Autorização - Trabalhadores capacitados ou qualificados cm avaliação e aproveitamento sastifatorio no treinamento basico ( todos) e complementar (SEP); Exames medicos;

Sistema de identificação que permita saber permanentemente a abrangencia de autorização de cada trabalhador;

Ter essa condiçao consignada no sistema de registro de empregado;

Treinamento de reciclagem bienal ou aina a troca na troca de função/ mudança de empresa; afastamento ou inatividade no trabalho, por period superior a 3 meses; modificações significativas nas instalações eletricas ou troca de metodos, processo e organizaçao do trabalho.

3.14 Proteção contra incêndio e Explosão

Adoção de proteçao incendio e explosao, conforme dispoe a NR 23 – Proteção Contra Incendios. Cria a obrigatoriedade de certificação no SBC de equipamentos, materias e dispositivos à ambiente com atmosferas potencialmente explosivas ( áreas classificadas). Para “áreas classificadas” ou com acentuado risco de incendio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção especiais; Dispositivo de descarga para o acumulo de eletricidade estatica.

3.15 Sinalização de Segurança

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3.18 Responsabilidades

As responsabilidades quanto a NR10 são solidárias a todos os contratantes e contratados envolvidos; Direito de saber (Convenção 161 da OIT – Decreto 127 de 22/05/1991); Informar e instruir os trabalhadores sobre os riscos a que estão expostos.

3.19 Disposições finais

  • Exercer o direito de recusa com evidencias de riscos graves e iminentes para sua segurança (Convenção 155 da OIT – Decreto 1.254 de 10/09/1994);
  • Interdição ou embargo (NR 03), grave e iminente riscos aos trabalhadores;
  • Toda documentação da NR 10 deve estar permanentemente à disposição dos trabalhadores e autoridades.

4 CHOQUE ELÉTRICO

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O choque elétrico é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo, utilizando-o como um condutor. Esta passagem de corrente pode não causar nenhuma conseqüência mais grave além de um susto, porém também pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou até mesmo a morte. Em termos de riscos fatais, o choque elétrico, de um modo geral, pode ser analisado sob dois aspectos:

  • Correntes de choques de baixa intensidade, sendo o efeito mais grave a considerar o da fibrilação ventricular;
  • Correntes de choques de alta intensidade, proveniente de acidentes de alta tensão, sendo o efeito térmico o mais grave.

Numa cidade, a população vive dentro de um circuito elétrico. Há redes elétricas energizadas por todos os lados. (paredes, tetos, piso, equipamentos, etc.) Devido ao gigantismo da rede elétrica, o choque é um evento corriqueiro e cada pessoa já recebeu, pelo menos um choque, muitos destes fatais ou com seqüelas. Ao circular pelo corpo humano, a corrente elétrica produz uma sensação desconfortável sentida pelo organismo, o que torna o choque elétrico mais perigoso que outros riscos físicos, como o fio, calor ou ruído. Para qualificar melhor os riscos e a gravidade do problema, são apresentados alguns dados estatísticos:

  • 43% dos acidentes ocorrem na residência;
  • 30% nas empresas;
  • 27% não foram especificadas.

4.1 Tipos de choque:

■ Espécie da corrente; ■ Freqüência; ■ Tensão; ■ Espraiamento da corrente de choque pelo corpo humano; ■ Condições da pele do indivíduo; ■ Estado de saúde do indivíduo; ■ Outras condições, ex: quanto a próteses metálicas internas, marca-passo, transplante, etc.

4.3 As perturbações e sintomas no indivíduo:

Ao passar pelo corpo humano, a corrente elétrica causa um conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifestam no organismo animal e humano desde uma ligeira contração superficial até uma violenta contração muscular, ocasionando morte instantânea. Tais distúrbios estão detalhados a seguir:

■ Inibição dos centros nervosos, inclusive dos que comandam a respiração produzindo parada respiratória; ■ Alteração no ritmo cardíaco podendo produzir fibrilação ventricular e uma conseqüente parada cardíaca; ■ Queimaduras profundas, produzindo necrose do tecido, ossos, músculo, órgãos, etc.; ■ Alterações do sangue provocadas por efeitos térmicos eletrolíticos da corrente elétrica; ■ Perturbação no sistema nervoso; ■ Seqüelas em vários órgãos do corpo humano: renais mentais; ■ Contrações musculares; ■ Eletrólise no sangue; ■ Retenção sangüínea.

Estatisticamente, as incidências em ordem decrescentes dos choques elétricos no corpo humano, estão assim relacionadas: mãos, braços, costas, cabeças, pernas, troncos, etc.

4.4 Espraiamento da corrente do choque elétrico

Em conseqüência da diferença de resistência elétrica e de seções transversais das várias regiões do corpo humano, a corrente que provoca o choque elétrico sofre, dentro de um indivíduo, uma distribuição diferenciada, isto é, um espraiamento. Evidentemente, em decorrência disto, as várias regiões do corpo humano, para uma corrente de choque, ficam sujeitas a diferentes densidades de correntes. Deste modo os efeitos térmicos são mais intensos nas regiões de alta densidade de corrente.

4.5 Macro choque

É definido quando a corrente entra, pela pele, invade o corpo e sai novamente pela pele (choque comum).

4.6 Micro choque

É o que ocorre no interior do corpo humano, provocado por defeito em equipamento médico-hospitalar. (equipamento invasivo).

4.7 Área de Contato

Quanto maior a área de contato com circuito energizado, maior será a corrente de choque e, em conseqüência, maiores danos. Quando a área de contato é muito pequena, nesta região a densidade de corrente é grande, produzindo queimaduras na pele. Quanto maior a pressão (força) do contato na área do corpo humano com o eletrodo energizado, maior será a corrente de choque elétrico.

4.8 Duração do choque elétrico

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