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Abnt nbr iso/iec 17025:2005, Notas de estudo de Engenharia de Produção

Apresentação da norma 17025, que abrange requisitos técnicos e gerenciais para acreditação de laboratórios de ensaio e calibração.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 25/05/2010

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ETEC TIQUATIRA
ABNT NRB ISO/IEC 17025
São Paulo
2010
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ETEC TIQUATIRA

ABNT NRB ISO/IEC 17025

São Paulo

4.9 Controle dos trabalhos de ensaio e/ou calibrações

    1. INTRODUÇÃO................................................................................
    • 1.1 ACREDITAÇÃO
    • 1.2 REFERÊNCIAS UTILIZADAS
      • 1.2.1 ISO
      • 1.2.2 ISO
      • 1.2.3 ISO
      • 1.2.4 VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia
    1. VANTAGENS..................................................................................
    1. MUDANÇAS EM RELAÇÃO AS ANTIGAS NORMAS....................
    1. REQUISITOS GERENCIAIS...........................................................
    • 4.1 Organização
    • 4.2 Sistema de Qualidade
    • 4.3 Controle de Documentos...........................................................
    • 4.4 Análise Crítica dos Pedidos, Propostas e Contratos
    • 4.5 Subcontratação de ensaios e calibrações
    • 4.6 Aquisição dos serviços e suprimentos.......................................
    • 4.7 Atendimento ao cliente
    • 4.8 Reclamações............................................................................. - não-conforme
    • 4.10 Ação corretiva
    • 4.11 Ação preventiva
    • 4.12 Controle de registros
    • 4.13 Auditorias internas
    • 4.14 Análises críticas pela gerência...............................................
    1. REQUISITOS TÉCNICOS
    • 5.1 Pessoal......................................................................................
    • 5.2 Acomodações e condições ambientais
    • 5.3 Métodos de ensaio e calibração e validação de métodos
      • 5.3.1 VALIDAÇÃO........................................................................
      • 5.3.2 INCERTEZA DE MEDIÇÃO
    • 5.4 Equipamentos
    • 5.5 Rastreabilidade da medição
    • 5.6 Amostragem
    • 5.7 Manuseio de itens de ensaio e calibração.................................
    • 5.8 Garantia da qualidade de ensaio e calibração.
    • 5.9 Apresentação de resultados......................................................
    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................
    1. BIBLIOGRAFIA.............................................................................

instalações e procedimentos laboratoriais necessários para, “produzir” resultados que cumprem os requisitos dos clientes e os requisitos de boas práticas aplicáveis. Um ensaio acreditado corresponde ao topo da hierarquia da Qualidade. É o reconhecimento formal de que o laboratório está operando com sistema de qualidade documentado e tecnicamente competente segundo critérios estabelecidos por normas internacionais. A acreditação é evidenciada através de um Certificado de Acreditação onde é descrito em pormenor o âmbito da acreditação (que pode não abranger todas as actividades que a entidade exerce). As entidades acreditadas podem ser reconhecidas pelo uso da Marca de Acreditação nos documentos relativos à(s) actividade(s) acreditada(s). A Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (Cgcre/Inmetro) é a responsável pelos credeciamentos de laboratóios, sendo que a Rede Brasileira de Calibração – RBC, presta serviços de calibração, e os ensaios, a Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio – RBLE. A acreditação de um laboratório de calibração é concedida por especialidade da metrologia para uma determinada relação de serviços, incluindo faixas e melhores capacidades de medição. A acreditação de um laboratório de ensaios é concedida por ensaio para atendimento a uma determinada norma ou a um método de ensaio desenvolvido pelo próprio laboratório.

1.2 REFERÊNCIAS UTILIZADAS

1.2.1 ISO 10012

Contem orientações e requisitos de garantia de qualidade para os processos de medição e equipamentos de medição. Num conjunto de elementos necessários para obter a comprovação metrológica e o controle contínuo dos processos de medição

1.2.2 ISO 19011

Fornece orientação sobre os princípios de auditoria, a realização de auditorias internas ou externas de sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental, a gestão de programas de auditoria, sobre assim como sobre a competência e a avaliação de auditores.

1.2.3 ISO 9001

Tem o foco no cliente e estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma organização, não significando, necessariamente, conformidade de produto às suas respectivas especificações. O objetivo da ABNT NBR ISO 9001 é lhe prover confiança de que o seu fornecedor poderá

fornecer, de forma consistente e repetitiva, bens e serviços de acordo com o que você especificou.

1.2.4 VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia

É um dicionário terminológico que contém designações e definições relativas a metrologia, editado no Brasil, pelo INMETRO. Algumas das mais relevantes para a compreensão da ISO/ IEC 17025 estão descritas abaixo:

  1. Medição Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza.
  2. Mensurando Grandeza que se pretende medir.
  3. Exatidão de medição Grau de concordância entre o resultado de uma medição e um valor verdadeiro do mensurando.
  4. Resultado de uma medição Conjunto de valores atribuídos a um mensurando.
  5. Repetitividade (de resultados de medições) Grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição. As condições incluem mesmo procedimento de medição, observador, instrumento de medição e local.
  6. Reprodutibilidade (dos resultados de medição Grau de concordância entre os resultados das medições de um mesmo mensurando, efetuadas sob condições variadas de medição. É necessário que sejam especificadas as condições alteradas, tais como princípio de medição, método de medição, observador, instrumento de medição, padrão de referência, local, condições de utilização e tempo.
  7. Incerteza de medição Parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser fundamentalmente atribuídos a um mensurando. Observações:
  1. O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou um múltiplo dele), ou a metade de um intervalo correspondente a um nível de confiança estabelecido;
  2. A incerteza de medição compreende, em geral, muitos componentes. Alguns destes componentes podem ser estimados com base na distribuição estatística dos resultados das séries de medições e podem ser caracterizados por desvios padrão experimentais. Os outros componentes, que também podem ser caracterizados por desvios padrão, são avaliados por meio de distribuição de probabilidade assumidas baseadas na experiência ou em outras informações;
  3. Entende-se que o resultado da medição é a melhor estimativa do valor do mensurando e que todos os componentes da incerteza, incluindo aqueles resultantes dos efeitos sistemáticos, como os componentes

2. VANTAGENS

No mundo globalizado a padronização é de fundamental importância para viabilizar e incrementar as trocas comerciais nos âmbitos nacional, regional e internacional. As organizações que desenvolvem suas atividades e operam os seus processos produtivos de acordo com normas e procedimentos harmonizados e aceitos como padrões, estarão em condições mais favoráveis para superar possíveis barreiras não-tarifárias e atender a requisitos técnicos especificados. Nesse contexto, a aplicação da ISO/IEC 17025 é de grande relevância econômica, pois confere um valor diferenciado aos certificados de calibração e aos relatórios de ensaio emitidos por laboratórios cuja competência técnica é reconhecida por um organismo de credenciamento. Esse reconhecimento poderá se reverter em vantagens econômicas para os laboratórios, tais como:

  • Diferencial competitivo, fator de divulgação e marketing, o que poderá resultar em maior participação no mercado e, consequentemente, em maior lucratividade;
  • Fidelização dos clientes atuais e conquista de novos clientes, uma vez que o credenciamento confirma e reconhece a competência técnica do laboratório para produzir dados e resultados tecnicamente válidos, o que aumenta a sua credibilidade perante o mercado;
  • Laboratórios que fazem parte de organizações maiores e que operam em conformidade com os requisitos da ISO/IEC 17025, poderão comprovar que os produtos da organização foram ensaiados e são tecnicamente capazes de atenderem às especificações de desempenho, segurança e confiabilidade;
  • Os resultados de ensaio e calibração poderão ser aceitos em outros países, desde que o laboratório utilize os critérios da ISO/IEC 17025 e seja credenciado por um organismo que estabeleça acordos de reconhecimento mútuo com organismos equivalentes de outros países;
  • Atender a exigências legais de autoridades regulamentadoras, como por exemplo, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
  • O uso da ISO/IEC 17025 facilitará a cooperação entre laboratórios e outros organismos, auxiliando na troca de informações e experiências, bem como na harmonização de normas e procedimentos, o que poderá significar redução de custos. Em suma, a adequação das atividades gerenciais e técnicas do laboratório de acordo com os critérios da ISO/IEC 17025 deve ser vista não como um custo, mas como um investimento de médio e longo prazos e cujo retorno comercial e financeiro certamente será garantido pela comprovação da competência técnica do laboratório perante o mercado.

3. MUDANÇAS EM RELAÇÃO AS ANTIGAS

NORMAS

As principais modificações presentes na norma ISO/IEC 17025, em relação a ISO Guia 25, podem ser divididas em 2 grupos: mudanças estruturais e mudanças conjunturais. As mudanças estruturais dizem a respeito de novos conceitos e enfoques. Aqui, a norma separa de forma nítida os requisitos gerenciais e os requisitos técnicos, para que seja dada uma atenção maior aos clientes do laboratório. Também foram estabelecidos critérios e orientações para a validação dos métodos de ensaios e calibrações. A norma ISO/IEC 17025 incorpora todos os requisitos da ISO 9001 e 9002 pertinentes ao escopo de ensaios e calibrações. Assim, se os laboratórios atenderem aos requisitos da norma 17025, eles operarão um sistema da qualidade que também estará de acordo com os requisitos da ISO 9001 e 9002; porém, não estarão plenamente credenciados para o pleno atendimento da norma 17025, pois os laboratórios precisam demonstrar sua competência técnica. Quanto às mudanças conjunturais, são melhorias e modificações efetuadas nos aspectos antes abordados pela ISO Guia 25. Aqui, temos uma definição de conteúdo mínimo que a política de qualidade do laboratório deve contemplar, sobre a rastreabilidade das medições e um detalhamento dos tópicos que explicam sobre a apresentação dos resultados de ensaios e calibrações.

  • Importância dessa política para a organização, produto e pessoas. O Manual da Qualidade é o documento que descreve o sistema de gestão da qualidade do laboratório. E para atender seus objetivos, o manual da qualidade deve:
  • Descrever o Sistema de Qualidade efetivamente implantado;
  • Comunicar as políticas, procedimento e requisitos de qualidade da organização;
  • Ser a base dos documentos para auditorias do Sistema de Qualidade e como treinamento pessoal;
  • Garantir a integridade do Sistema de Qualidade durante mudanças possíveis;
  • Melhorar o controle e as práticas laboratoriais. Sendo necessário no Manual da Qualidade Conter:
  • As políticas e objetivos do Sistema de Qualidade;
  • Os procedimentos complementares ou referencias aos mesmos requisitos da NBR ISO/IEC 17025);
  • A estrutura da documentação;
  • As atribuições e responsabilidades da gerencia técnica e do gerente de qualidade;
  • A estrutura organizacional e gerencial do laboratório, demonstrando suas interfaces com a organização.

Os Procedimentos Operacionais são em geral:

  • Auditoria interna;
  • Controle de documentos;
  • Treinamento;
  • Recebimento de itens adquiridos ou de itens para ensaio oi calibração;
  • Controle de equipamento do laboratório. E para se elaborar um bom Procedimento Operacional, é necessário inicialmente identificar cada detalhe de cada etapa do processo. E identificar também os clientes e fornecedores e suas próprias responsabilidades. Sendo um procedimento de fácil entendimento, tendo a participação de todos os envolvidos no processo.

4.3 Controle de Documentos

O controle de documentos é um processo que exige um alto grau de confiabilidade e confidenciabilidade. Por isso o laboratório deve ter um procedimento para o controle dos documentos. Para assim, tentar evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso a documentos de clientes ou que os funcionários do laboratório utilizem documentos desatualizados ou não aprovados pela gerencia. Para esses procedimentos, é necessário:

  • Lista de procedimentos;
  • Revisões periódicas;
  • Identificação especial para documentos inválidos, obsoletos, removidos e retidos;
  • Identificação única na documentação;
  • Analise critica e aprovação, pela mesma função que fez as análises originais, nas alterações realizadas;
  • Identificação de textos novos ou alterados.

4.4 Análise Crítica dos Pedidos, Propostas e Contratos

O laboratório deve estabelecer as suas próprias diretrizes para assim realizar as analises criticas dos pedidos, propostas e contratos. E estabelecer também um procedimento especifico para assegurar itens, como:

  • Os requisitos, inclusive métodos, são definidos, documentos e entendidos;
  • Há capacidade e recursos para atender os requisitos;
  • O método de ensaio é apropriado;
  • A solução de quaisquer diferenças é resolvida antes do inicio do trabalho;
  • Os trabalhos subcontratados são examinados sob a mesma ótica dos trabalhos do próprio laboratório.

4.5 Subcontratação de ensaios e calibrações

Tudo depende da política de contratação de cada laboratório, se ele vai optar ou não por fazer a subcontratação que pode ser por franquia, temporária, permanente ou por agenciamento. A responsabilidade perante o serviço do subcontratados esta nas mãos de quem o solicitou. O procedimento necessário para a subcontratacao é:

  • Informar ao cliente, obtendo sua aprovação;
  • Cadastrar os subcontratados;

4.6 Aquisição dos serviços e suprimentos

O procedimento deve ser de forma que:

  • A compra seja especificada por técnicos;
  • Após o recebimento seja feitos a conferência e armazenamento correto;
  • Seja feito avaliação e cadastro dos fornecedores;

4.7 Atendimento ao cliente

O laboratório deve orientar o cliente quanto a especificação correta do serviço para que os mesmo possam avaliar o serviço prestado. Posteriormente voltando-se para os pontos positivos e negativos de cada serviço para poder aprimorar-se. O laboratório deve ter uma relação com o cliente que:

  • Permita o acesso ao laboratório;
  • Mantenha boa comunicação durante todo o trabalho;
  • Ação corretiva é para prevenir a repetição;
  • Existe uma diferença entre correção e ação corretiva. Correção é a ação para eliminar uma não-conformidade identificada, não atacando a raiz do problema. Quem a ataca é a ação corretiva.

4.11 Ação preventiva

Ação para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade, eliminar uma situação potencialmente indesejável, ou ainda para aproveitar as oportunidades de melhoria. A ação preventiva é executada para prevenir a ocorrência. Identificada a não conformidade potencial é necessário um plano para definir, implementar e monitorar as ações de forma a evitar a sua ocorrência.

4.12 Controle de registros

Registros são documentos que apresentam resultados obtidos ou fornecem evidencias de atividades realizadas. Eles representam a memória das atividades do laboratório. Para que os registros cumpram as suas finalidades, o laboratório deve ter procedimentos para identificar, coletar, indexar, acessar, arquivar, armazenar, manter e dispor estes registros. São exemplos de documentos que representam registros:

  • Relatório de auditoria interna;
  • Relatório de análise crítica;
  • Registro de ações corretivas e preventivas;
  • Registro de medições;
  • Registro de avaliação do fornecedor;
  • Registro de condições ambientais, etc; As características principais de um bom registro são serem legíveis, terem o seu tempo de retenção determinado e serem armazenados em segurança, garantindo sua confidencialidade e a confiança do cliente. Os registros técnicos são particularmente importantes porque possuem dados e informações que resultam da realização de ensaios e calibrações e que indicam se os padrões de qualidade ou do processo foram alcançados. São exemplos de registros técnicos:
  • Formulários;
  • Contratos;
  • Folhas de trabalho;
  • Folhas de conferência;
  • Notas de trabalho;
  • Gráficos de controle;
  • Relatório de ensaios certificado de calibrações. Os registros de cada calibração ou ensaio devem conter um número suficiente de detalhes para permitir sua repetição nas condições o mais próximo possível das originais, bem como a identificação de quem realizou a amostragem, a preparação do item e a calibração ou ensaio.

Registros são constituídos de documentos com as informações necessárias e suficientes para estabelecer uma linha de rastreabilidade para uma auditoria. Importante:

  • Os registros devem ser feitos no momento em que a atividade é realizada e estarem bem vinculados a esta atividade;
  • Os dados armazenados em computadores devem ser protegidos, prevenindo o acesso de pessoas não autorizadas;
  • Nos registros onde ocorrerem erros, esses erros devem ser riscados. A pessoa que realizar a correção deve anotar o valor correto de forma clara e acompanhá-lo de sua assinatura;
  • Em certas áreas pode ser impraticável manter o registro de todas as observações originais.

4.13 Auditorias internas

Auditoria interna é a verificação periódica que o laboratório deve executar para assegurar que todos os aspectos do seu sistema de qualidade estão completamente implementados, são seguidos, em todos os níveis, por todo o seu pessoal como descrito no seu Manual da Qualidade e sua documentação complementar e que são efetivos. É requisito da NBR 17025:2001 que os laboratórios demonstrem que tenham implementado e que estão trabalhando de acordo com um sistema da qualidade eficaz. A administração do laboratório precisa garantir para si, para clientes e avaliadores externos que a equipe do laboratório está completamente informada dos requisitos da qualidade e que segue permanentemente suas políticas e diretrizes. A auditoria é responsável por verificar o atendimento dos seguintes requisitos:

  • Da NBR ISO IEC 17025:2001;
  • Dos clientes;
  • Dos regulamentos;
  • Dos organismos credenciados, etc. Quando estão sendo avaliados sistemas de qualidade, devem ser formuladas quatro questões básicas em relação aos processos que estão sendo avaliados:
  • O processo está identificado e apropriadamente definido?
  • As responsabilidades estão atribuídas?
  • Os processos estão implementados e mantidos?
  • O processo é eficaz em alcançar os resultados requeridos? As auditorias podem ser classificadas de primeira, segunda ou terceira partes. Auditorias de primeira parte são realizadas pelo próprio laboratório ou em seu nome, para propósitos internos, e podem formar a base para uma auto- declaração da conformidade do laboratório. Auditorias de segunda parte são realizadas pelos clientes do laboratório, ou por outras pessoas em nome do cliente.

Os registros de auditoria devem ser mantidos por, pelo menos, 5 anos e a freqüência recomendável para a realização de uma auditoria é anual, quando o sistema de qualidade está comprovadamente implantado. Quando o laboratório realiza atividades em locais diferentes das suas instalações permanentes é recomendável que estas atividades sejam incluídas no programa de auditoria.

4.14 Análises críticas pela gerência

Análise crítica é o exame que a gerência executiva deve realizar para assegurar que o sistema da qualidade, administrativo e técnico, continue a atender os requisitos estabelecidos. A análise crítica avalia se os objetivos do SQ estão sendo alcançados e a auditoria avalia se o SQ está conforme os requisitos. Participa da reunião de análise crítica, pelo menos a alta direção do laboratório, o gerente de qualidade, a gerência técnica, substitutos e signatários.

Na análise crítica devem ser levados em consideração:

  • Adequação das políticas e procedimentos;
  • Relatórios do pessoal gerencial e de supervisão;
  • Resultado de auditorias internas recentes;
  • Ações corretivas e preventivas;
  • Avaliações realizadas por organizações externas;
  • Reclamações, etc.

Os laboratórios devem manter registros de todas as análises críticas. As ações decorrentes devem ser monitoradas e também devem alimentar o planejamento do laboratório e incluir as metas, objetivos e planos de ação para o ano seguinte.

5. REQUISITOS TÉCNICOS

Os requisitos técnicos, tratam das acomodações ambientais, métodos de ensaios e de calibração, dos equipamentos, rastreabilidade de medição e calibração da, amostragem, no manuseio de itens de calibração e validação de métodos, na garantia de qualidade nos resultados e na apresentação dos mesmos.

5.1 Pessoal

É o recurso mais importante do laboratório.Todos devem ser qualificados e ter conhecimento técnico para exercer a atividade. É desejável a formação acadêmica na área, porém não é condição fundamental. É desejável também que o metrologista tenha experiência profissional. Todos necessitam de treinamento formal. Não apenas novos colaboradores. Deve existir programa de reciclagem de todo pessoal. O laboratório deve usar de preferência pessoal permanente. Quando não, esses membros da equipe devem ser treinados, principalmente estagiários e outros elementos eventuais, são considerados adicionais e devem ser supervisionados.

Perfil Pessoal

  • iniciativa; adaptação a rotinas;
  • obediência a normas e procedimentos;
  • aceitação e adaptação ao trabalho em equipe;
  • compromisso com a confidencialidade.

Perfil Técnico

  • formação na área;
  • nível superior para supervisão;
  • nível superior ou técnico para execução;
  • conhecimento em língua estrangeira;
  • conhecimentos matemáticos em estatística.

O laboratório deve ter descrições das funções e responsabilidade para:

  • realização de calibração/ensaio;
  • planejamento de calibração/ensaio;
  • análise de resultados;
  • desenvolvimento e modificação de métodos e validação de novos métodos;
  • julgamento profissional.
  • especialização e experiência requeridas;
  • qualificações e programa de treinamento;
  • tarefas gerenciais.
  • níveis de esterilização biológica;
  • poeira; umidade (35%-55%) nas dependências do laboratório;
  • temperatura [(23,0+-0,5)c];
  • pressão atmosférica;
  • ventilação; ruído (máximo de 45dB);
  • iluminação (1076/860 luz na bancada);
  • vibrações; nível de radiação;
  • interferência eletromagnética;
  • tensão de rede.

5.3 Métodos de ensaio e calibração e validação de

métodos

Os métodos devem ser os seguintes:

  • consistentes e validos tecnicamente;
  • capazes se atender a exatidão requerida;
  • capazes de atender as necessidades dos clientes;
  • apropriados e adequados às tarefas;
  • compatíveis com as normas técnicas pertinentes ás calibrações ou ensaios;
  • documentados – papel ou meio eletrônico;

Os procedimentos devem ter como base normas internacionais, nacionais ou regionais, procedimentos recomendados ou estabelecidos pelo organismo credenciado, procedimentos utilizados por instituições de reconhecida competência: INMTRO, RBC, RBLE, PTB/DKD, NIST, UKAS/NAMAS/NPL, etc, textos de publicações científicas idôneas e o sugerido pelo fabricante do equipamento utilizado. Os métodos normalizados não precisam ser reescritos, desde que possam sr usados conforme estão na sua publicação. Caso não seja possível usar a publicação original, reescrever adicionando, se necessário, os detalhes que vão garantir sua correta aplicação. O laboratório deve garantir sempre o uso da última edição válida. Os métodos não normalizados (desenvolvidos pelo laboratório) podem ser usados somente com aceite do cliente, sempre tendo como base: um plano de desenvolvimento, práticas internas, textos científicos e jornais, e envolvimento do pessoal do Laboratório. São deveres do laboratório para com o cliente; informar o método que vai usar; se o método é normalizado, ou se o método é não normalizado mas está validado, ou se houve desvio de método durante a execução do serviço solicitado, ou ainda, que o método solicitado pelo cliente está desatualizado ou não é apropriado.

5.3.1 VALIDAÇÃO

É a confirmação, por meio de exame e fornecimento de evidência objetiva, de que os requisitos específicos (do método), para um uso pretendido são atendidos (garantia de qualidade). O objetivo da validação é demonstrar que um método é apropriado para o uso pretendido.

5.3.2 INCERTEZA DE MEDIÇÃO

Não existe medição 100% exata, isto é, isenta de dúvidas no resultado final. Por isso torna se de grande importância conhecer a incerteza, identificando os erros existentes, corrigindo-os ou mantendo-os dentro dos limites aceitáveis. Uma análise plena de um resultado analítico, só se torna possível se este estiver acompanhado da informação da incerteza associada ao resultado. Definimos a incerteza como sendo um parâmetro associado ao resultado de uma medição que caracteriza a dispersão de valores que podiam ser, razoavelmente atribuídos ao mensurado (theisen,1997). E importante selecionar o método adequado para o cálculo da incerteza que é aceitável deve ser decidido com base na adequação ao uso e a decisão deve ser efetuada em consulta com o cliente. A incerteza de medição, em ensaios, recebe uma atenção especial dentro da NBR ISO./IEC 17025:

5.4 Equipamentos

O termo equipamentos abrange instrumentos, materiais de referência, reagentes e sistemas analíticos. O laboratório deve descrever ou referenciar a sistemática de compra e aceitação dos equipamentos e materiais de referência, de acordo com a norma ISO10012-1, REQUISITOS DE GARANTIA DE QUALIDADE PARA EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO. Que abrange o sistema de comprovação metrologia para equipamento de medição:

  • Ter todos os equipamentos necessários;
  • Quando utilizar equipamentos de terceiros, verificar que eles também devem atender aos requisitos deste item;
  • Conservar os seus equipamento de forma adequada e ter procedimentos e programas de manutenção adequados. Os equipamentos do laboratório só devem ser operados por pessoal autorizado e competente. Os registros de equipamentos devem conter no mínimo as seguintes informações:
  1. O nome do equipamento e do seu software;
  2. O nome do fabricante, identificação do modelo e o número de série ou outra identificação unívoca;
  3. Data do recebimento;
  4. Data da colocação do serviço;
  5. Verificações de que o equipamento atende as especificações;
  6. Localização atual, onde apropriado;