Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Acidente Vascular Cerebral: Causas, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento, Manuais, Projetos, Pesquisas de Neurologia

TRABALHO SOBRE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 24/11/2019

ana-cristina-12
ana-cristina-12 🇧🇷

3

(3)

9 documentos

1 / 6

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
INTRODUÇÃO
“Distúrbios vasculares cerebrais” é um termo genérico que se refere a qualquer anormalidade
funcional do sistema nervoso central (SNC) que acontece quando o suprimento sangüíneo normal
para o cérebro é prejudicado. As doenças do aparelho circulatório acarretam taxas de mortalidade
proporcional de 32,3%, e constituem as principais causas de óbito no Brasil. Este grupo é
liderado pela doença cerebrovascular (DCV), que é responsável por um terço de mortes. Dentre
as DCV destaca-se o acidente vascular cerebral (AVC) que pode se apresentar de formas
variadas, ter manifestações clinicas e etiológicas diversas.
O AVC é a causa de 10 a 12% de todas as mortes em países industrializados. A grande maioria
das mortes por AVC dá-se em pessoas de mais de 65 anos, sendo a terceira causa de morte nos
países ocidentais. Apesar de tudo a mortalidade por AVC vem diminuindo de modo espetacular
nas últimas décadas, até 7% anuais. Esta diminuição deve-se provavelmente, a um tratamento
precoce e agressivo dos fatores de risco, especialmente da hipertensão arterial.
Ao longo do primeiro mês após a ocorrência de um AVC, a mortalidade é de 24% (cerca da
metade pode ser atribuída ao próprio AVC), aumenta para 30% nos 3 primeiros meses e, ao fim
do primeiro ano, para 45 a 50%.
Dos sobreviventes, 15 a 30% não conseguem deambular de maneira independente, e 50 a 65 %
requerem assistência nas suas atividades de vida diária: deambulação, alimentação, higiene
pessoal, autocuidado etc.
O sistema nervoso central é formado por células altamente especializadas que possuem
metabolismo de oxigênio e glicose muito elevados. O volume sanguíneo que chega ao SNC a
cada minuto corresponde a 15% do débito cardíaco, apesar de seu peso representar apenas 2% do
peso corporal total. Analisando esses números temos noção da elevadíssima necessidade de
aporte sanguíneo ao sistema nervoso.
Fundamentalmente, o cérebro está dividido em duas partes: hemisfério ou metade direita e
hemisfério ou metade esquerda. Cada uma destas metades é responsável por diferentes atividades
do organismo.
No hemisfério esquerdo, encontramos a funções de:
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Acidente Vascular Cerebral: Causas, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Neurologia, somente na Docsity!

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

INTRODUÇÃO

“Distúrbios vasculares cerebrais” é um termo genérico que se refere a qualquer anormalidade funcional do sistema nervoso central (SNC) que acontece quando o suprimento sangüíneo normal para o cérebro é prejudicado. As doenças do aparelho circulatório acarretam taxas de mortalidade proporcional de 32,3%, e constituem as principais causas de óbito no Brasil. Este grupo é liderado pela doença cerebrovascular (DCV), que é responsável por um terço de mortes. Dentre as DCV destaca-se o acidente vascular cerebral (AVC) que pode se apresentar de formas variadas, ter manifestações clinicas e etiológicas diversas.

O AVC é a causa de 10 a 12% de todas as mortes em países industrializados. A grande maioria das mortes por AVC dá-se em pessoas de mais de 65 anos, sendo a terceira causa de morte nos países ocidentais. Apesar de tudo a mortalidade por AVC vem diminuindo de modo espetacular nas últimas décadas, até 7% anuais. Esta diminuição deve-se provavelmente, a um tratamento precoce e agressivo dos fatores de risco, especialmente da hipertensão arterial.

Ao longo do primeiro mês após a ocorrência de um AVC, a mortalidade é de 24% (cerca da metade pode ser atribuída ao próprio AVC), aumenta para 30% nos 3 primeiros meses e, ao fim do primeiro ano, para 45 a 50%.

Dos sobreviventes, 15 a 30% não conseguem deambular de maneira independente, e 50 a 65 % requerem assistência nas suas atividades de vida diária: deambulação, alimentação, higiene pessoal, autocuidado etc.

O sistema nervoso central é formado por células altamente especializadas que possuem metabolismo de oxigênio e glicose muito elevados. O volume sanguíneo que chega ao SNC a cada minuto corresponde a 15% do débito cardíaco, apesar de seu peso representar apenas 2% do peso corporal total. Analisando esses números temos noção da elevadíssima necessidade de aporte sanguíneo ao sistema nervoso.

Fundamentalmente, o cérebro está dividido em duas partes: hemisfério ou metade direita e hemisfério ou metade esquerda. Cada uma destas metades é responsável por diferentes atividades do organismo.

No hemisfério esquerdo, encontramos a funções de:

•Metade direita do corpo (movimento e sensibilidade da perna, do braço e do hemitronco direito).

•Linguagem;

No hemisfério direito localizam -se as funções de:

  • Metade esquerda do corpo, ou seja movimento e sensibilidade da perna, do braço e do hemitronco esquerdo).

Existem muitos graus de afetação no AVC. Algumas pessoas não conseguem contrair qualquer músculo da parte afetada, enquanto outros conservam uma certa capacidade de movimento.

Além dos movimentos, nestes pacientes podem ver-se prejudicadas outras funções. Podem aparecer:

  • Dificuldades na formatação e/ou na compreensão da linguagem (afasia), quando a lesão localiza-se no hemisfério esquerdo, já que neste se encontram o centro de controle da linguagem.
  • Dificuldade em deglutir (disfagia).
  • Labilidade emocional: passagem do riso ao choro e vice-versa de forma inesperada.
  • Incontinência urinária.
  • Perda da visão do mesmo lado da hemiplegia.

O paciente hemiplégico, numa primeira fase, além da perda de movimento, pode apresentar flacidez da parte afetada que, posteriormente, se converte em espasticidade ou rigidez. Quando estas aparecem, as extremidades hemiplégicas tendem a adotar posturas estereotipadas e movimentos característicos, chamados sinergias

CONCEITO:

É a interrupção súbita da circulação em uma ou mais vasos sanguíneos que suprem o cérebro. Durante um acidente vascular cerebral, o tecido cerebral falha em receber a oxigenação adequada, resultando em lesão cerebral grave ou necrose. A velocidade com a qual a circulação é restaurada determina a possibilidade de recuperação completa do paciente CLASSIFICAÇÃO: Os acidentes vasculares cerebrais são classificados por seus cursos de progressão. O tipo menos grave, chamado isquêmico transitório (IT), resulta de uma interrupção temporária do fluxo

DIAGNÓSTICOS:

  • Hemograma, VHS (velocidade de hemossedimentação), glicemia, creatinina,homocisteína, fibrinogênio, sódio e coagulograma.
  • Em pacientes com comportamento de risco: VDRL e anti-HIV devem ser considerados, tendo em vista que essas doenças podem causar doenças cerebrovasculares.
  • Anticoagulante lúpico, anticorpos antifosfolipídeos, dímero D, proteínas C e S, fator V de Leiden, resistência à proteína C ativada e antitrombina III.

TRATAMENTO E INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM:

O tratamento engloba a terapia indireta (aconselhamento familiar e psicoterapia de grupo) e o tratamento farmacológico que, na fase aguda (de duas semanas a três meses) melhora claramente os resultados da reabilitação física, dieta e regimes alimentares..

A terapia medicamentosa de AVC inclui: aspirina ou ticlopidina (antiplaquetário), benzodiazepinos e anticonvulsivantes (para evitar convulsões), trombolíticos para tratamento de emergência de avc, emolientes fecais, antihipretensivos antiarrítmicos. corticosteróides e analgésicos.

A hospitalização dos pacientes durante a fase aguda de um AVC agudo implica gastos consideráveis. No entanto, estima-se que a internação hospitalar melhora a sobrevivência e a qualidade de vida posterior (o acidente vascular cerebral abandonado à sua livre evolução aumenta a invalidez provocada pelas sequelas). Existe uma série de fatores clínicos que tornam imprescindível a internação hospitalar:

  • O diagnostico é duvidoso.
  • A necessidade de cuidados de enfermagem que não podem ser prestados no domicílio.
  • O tratamento das complicações.

COMPLICAÇÕES, RESTRINÇÕES SOCIAIS E PSICOLOGICAS, REABILITAÇÃO:

A incidência de transtornos depressivos nos pacientes com AVC oscila entre 30 e 50%, sendo os dois primeiros anos os mais vulneráveis à depressão. A presença de depressão está relacionada ao

prognóstico funcional a longo prazo, pelo fato de diminuir a motivação para participar nos programas de reabilitação

PREVENÇÃO:

A detecção , o tratamento, educação e o acompanhamento das pessoas com hipertensão são eficazes na redução da mortalidade e da incapacidade associada ao AVC do que qualquer outra medida que possamos adotar. Os benefícios do controle da pressão arterial são maiores nos grupos de risco Maximo, ou seja, na população de maior idade. A prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco, sendo a identificação e tratamento da hipertensão arterial as medidas mais eficazes nos grupos de risco.

FISIOPATOLOGIA:

A trombose, o êmbolo e a hemorragia agem de diferentes maneiras. A trombose provoca congestão e edema no vaso afetado e isquemia nos tecidos supridos pelo vaso.

O êmbolo corta a circulação na vasculatura cerebral por se alojar em uma porção estreitada da artéria, causando necrose e edema. Se o êmbolo é séptico e a infecção se estende alem da parede vascular, um aneurisma pode se formar, o que aumenta o risco de uma ruptura súbita e hemorragia cerebral.

Na hemorragia, uma artéria no cérebro se rompe, reduzindo o suprimento sangüíneo para os tecidos servidos pela artéria. O sangue se acumula profundamente dentro do cérebro, provocando lesão maior ao compreender ainda o tecido nervoso.