


Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
1-Síntese detalhada compromisso social da psicologia com as elites+ideologias de: Controle*Categorização*Diferenciação*Higienização 2-Crítica acerca do lapso temporal da publicação/hodiernamente:psicologia como uma profissão para o social 3-Síntese/Definição/Crítica *A psicologia tem naturalizado o fenômeno psicológico; *Os psicólogos não têm concebido suas intervenções como trabalho; *A psicologia tem concebido os sujeitos como responsáveis e capazes de promover seu próprio desenvolvimento
Tipologia: Resumos
1 / 4
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Contextualizando cronologicamente, o compromisso com as elites tem suas raízes desde a colonização do Brasil pelos portugueses, cujo tinha caráter exclusivamente exploratório. Porém para que isso ocorresse, fora necessária uma intervenção repressiva sob os nativos que habitavam a metrópole. Para que os tornassem mais dóceis, houve a massiva atuação de representantes da igreja ou intelectuais orgânicos portugueses, que por sua vez desenvolveram como objeto de estudo características indígenas, emoções, sentidos, autoconhecimento, adaptação ambiental, diferenças raciais e técnicas e formas mais eficazes de contê-los, bem como houveram estudos relacionados ao controle de mulheres e crianças, visando e permitindo o controle e dominância da elite portuguesa sob os mesmos, proporcionando de forma fácil e eficaz a conquista de terras.
Posteriormente ao se tornar um Império, o Brasil recebe a Corte portuguesa em suas terras, diante disso, houve uma demanda de serviços que eram até então inexistentes, como a educação, saneamento básico. A vinda da corte impulsionou o desenvolvimento no país com a criação de escolas que seriam futuras referencias, como por exemplo o Pedagogium, as escolas normais e o colégio Pedro II. Contudo, com uma rápida evolução, juntamente com a carência de infraestrutura e aglomerações na então capital, Rio de Janeiro, a cidade se encontrava num cenário de doenças, miséria, prostituição e loucura. Diante disso, houve a imersão das ideias de saneamento e higienização , sendo a higienização não só compreendida no aspecto físico da palavra, mas como também no sentido de higienização moral, na diligencia das elites para uma sociedade livre de desordens ou desvios. Na educação dando enfoque à práticas autoritárias e disciplinares, controlando impulsos considerados inadequados nas crianças, buscando desenraizar as características da natureza infantil, de forma carregada de racionalidade e controle. Na medicina há a elaboração do saber médico, onde o constructo é norteado pelos princípios de higienização, saneamento físico e principalmente moral, utilizando-se de saberes psicológicos em suas produções médicas, objetivado a categorização de doenças da moral presentes em prostitutas, pobres e loucos. Diante dessa categorização, com o intuito de manter uma sociedade livre de tais elementos considerados inadequados para uma sociedade livre de desordens ou desvios, houve a fundação de asilos higiênicos, hospícios, concentrando neles aqueles que não seguiam a moralidade da sociedade europeia. Também na área medicinal, a Teoria da Degenerescência aflorava como forma de um racismo científico, sendo tal teoria
justificada pela proporcionalidade de inferiorização da raça, ou seja, quanto mais inferior racialmente, maior a probabilidade degenerescência do indivíduo, sendo assim, ocorria um índice de alcoolismo e loucura mais elevados entre os negros.
No final do século XIX ocorria uma abundância cafeeira gerando crescimento do polo econômico do Sudeste e a produção agrária. Contudo posteriormente no início do século XX, houve uma luta para que houvesse uma modernização com o desígnio de sair de um cenário fundiário, para uma imersão na modernidade através da expansão da industrialização. Demandava-se uma nova sociedade, para um “homem novo”. Como embasamento para tal, eram empregues ideais da defesa da educação, da difusão do ensino e das ideias escolanovistas, cujo desempenharam um importante papel referente a mudanças na perspectiva educacional. As Escolas Novas foram assistidas por conhecimentos da Psicologia do Desenvolvimento, valorizando a infância buscando preservar o que cada um havia dentro de si, dando ênfase a conhecimentos cientificistas, e quais seriam necessários para desenvolver as crianças na direção desta sociedade moderna que era requerida pela elite. Com a experiência da Psicologia aplicada à educação conjuntamente a industrialização, a Psicologia pôde colaborar com instrumentos como as testagens psicológicas visando a diferenciação de pessoas, a partir da noção de capacidades inerentes de cada um, os diferenciando e categorizando , solucionando a problemática do desafio da modernização: o indivíduo certo no lugar certo. Diante desse entendimento, seria mais viável que nas seleções de trabalho se diferenciasse aqueles que eram adequados ou não para cargos e empresas. Nas escolas eram criados grupos para que fossem mais homogêneos de acordo com sua categorização. Tais testes também era usados para diferenciação e categorização no contexto de guerras.
É inerente que mudanças aconteçam, contudo foram parciais no contexto da psicologia social. Há trabalhos neste seguimento ofertados por instituições públicas, dentre elas podemos citar, como por exemplo, o CAPS, CREA e alguns PSF´s. Contudo, diante da proporção da demanda em contrapartida com os profissionais disponíveis, há uma considerável demora para o atendimento, fazendo com que este tipo de serviço deixe muito a desejar. Assim como a psicologia fora introduzida no Brasil como elitizada, psicólogos ainda atuam em massa em consultórios particulares de forma autônoma, sendo cabível citar questões monetárias envolvidas, e majoritariamente restringem-se somente à este campo de atuação, por conseguinte não sendo relevantes no que se abrange ao social; não há elaboração de conhecimento científico através de publicações e pesquisas, tampouco atribuições profissionais de caráter social, portanto, em detrimento dessa escassez, há uma contribuição para a para a concepção e atribuição de um uma psicologia voltada para as elites, deste modo consequentemente estando em uma posição muito distante de um desempenho consideravelmente adequado para a Psicologia Social. .
adaptabilidade, busca da felicidade e homeostase, diante de uma ideia de ajuda incondicional, estímulos, conversão de percepção em consciência, portanto possibilitando uma melhor saúde mental do indivíduo, enquanto um profissional provido de conhecimentos, humanidade e intuição. Contudo, o psicólogo nega seu trabalho no âmbito de mudanças, mas apenas intervindo em contribuições para que tal processo ocorra. Acredito que até hoje haja esse conceito do psicólogo auxiliar as pessoas, não trazendo as respostas objetivas nem soluções prontas para seus problemas, mas sim como se ele fosse um espelho, no qual o indivíduo exterioriza suas questões e tem como reflexo a subjetividade do seu próprio questionamento e reflexão interior levando a mudanças, apenas sendo assistido.
C) Há varias concepções que colocam o homem como capaz de produzir seu próprio caminho. Possuímos a força que movimenta o nosso desenvolvimento, assim como o barão de Munchhausen que puxou seus cabelos para sair do lago em que caiu. Tem-se a sociedade, que ajuda ou atrapalha, contudo, não sendo vista como algo do homem; a partir disso a psicologia novamente vira as costas para a realidade social. Consequentemente na pratica profissional houve uma responsabilização do homem pelo seu desenvolvimento ou fracasso e até no âmbito de dificuldades de aprendizagem. A partir disso, ocorre a isenção das instituições sociais da responsabilidade dos sofrimentos psicológicos, contribuindo para uma menor quantidade de projetos públicos e continuidade do trabalho particular em clínicas. Problema este presente na sociedade atual.