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Guias e Dicas
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Anamnese: A Chave para o Diagnóstico Médico, Resumos de Semiologia

Este documento aborda a importância da anamnese, que é a parte mais crucial da medicina. A anamnese consiste em trazer de volta à mente todos os fatos relacionados com a doença e a pessoa doente, permitindo uma avaliação completa da história, exame físico e exames complementares. O documento detalha as informações relevantes a serem coletadas durante a anamnese, como sintomas, histórico médico, hábitos de vida e outros dados importantes para o diagnóstico e tratamento do paciente. Além disso, o documento destaca a relevância da anamnese em diferentes sistemas do corpo, como respiratório, cardiovascular e dermatológico, fornecendo orientações sobre como conduzir essa etapa fundamental do atendimento médico.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 05/06/2024

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Documento criado por Stephanie Johnson 3º período de medicina, AFYA- UNISL 2022.1
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Aula 1 Anamnese tradicional, método SOAP e método clínico ............................................................................ 2-14
Aula 2- Sistema cardiovascular .............................................................................................................................. 15-16
Aula 3- Insuficiência cardíaca, soprologia .............................................................................................................. 17-18
Aula 4- cardiopatias congênitas/valvopatias do adulto ......................................................................................... 19-21
Aula 5- Trombose .................................................................................................................................................... 22-23
Aula 6- Pressão arterial ................................................................................................................................................ 24
Aula 7- Comunicação de más notícias ........................................................................................................................ 25
Aula 8- Sistema respiratório ................................................................................................................................... 26-28
Aula 9- Doenças pleurais ....................................................................................................................................... 29-32
Aula 10- Pneumonia comunitária ........................................................................................................................... 33-34
Aula 11- Sistema hemolinfopoietico ..................................................................................................................... 35-38
Aula 12- Semiologia dermatológica ....................................................................................................................... 39- 47
Aula 13- Ética médica ................................................................................................................................................... 47
REFERÊNCIA ................................................................................................................................................................. 48
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  • Ham
  • Aula 1 – Anamnese tradicional, método SOAP e método clínico 2 -
  • Aula 2- Sistema cardiovascular 15 -
  • Aula 3 - Insuficiência cardíaca, soprologia 17 -
  • Aula 4 - cardiopatias congênitas/valvopatias do adulto 19 -
  • Aula 5 - Trombose 22 -
  • Aula 6 - Pressão arterial
  • Aula 7 - Comunicação de más notícias
  • Aula 8 - Sistema respiratório 26 -
  • Aula 9- Doenças pleurais 29 -
  • Aula 10- Pneumonia comunitária 33 -
  • Aula 11- Sistema hemolinfopoietico 35 -
  • Aula 12 - Semiologia dermatológica 39 -
  • Aula 13- Ética médica
  • REFERÊNCIA

Anamnese (aná= trazer de novo e mnesis= memória), significa trazer de volta à mente todos

os fatos relacionados com a doença e a pessoa doente; É a parte mais importante da medicina,

pois:

1) É o núcleo no qual se desenvolve a relação médico- Paciente (pilar da medicina)

2) È o local onde princípios éticos passam de conceito abstrato para o mundo real através

de ações e atitudes.

3) É necessária para preservar o atendimento humanizado.

Ela se inicia com perguntas do tipo: “o que o senhor está sentindo?? Qual o seu problema?” e

para conseguir tal resposta o médico pode utilizar diferentes técnicas, como: Silêncio,

facilitação, esclarecimento, confronto, apoio, reafirmação e compreensão.

Focaremos em 3 modelos clássicos utilizados nos dias de hoje para realizar a anamnese, são

eles: Anamnese tradicional, método SOAP e método clínico centrado na pessoa.

Anamnese tradicional

o Dividida em partes

o Busca esmiuçar o sintoma guia e enquadrá-lo dentro de uma síndrome clínica que leve

a um diagnóstico final.

Interrogatório sintomatológico

▶ Sintomas gerais

  • Febre: Sensação de aumento da temperatura corporal acompanhada ou não de outros sintomas quando então caracteriza-se a síndrome febril (cefaleia, calafrios, sede etc.).
  • Astenia : Sensação de fraqueza.
  • Alterações do peso : Especificar perda ou ganho de peso, quantos quilos, intervalo de tempo e motivo (dieta, estresse, outros fatores).
  • Sudorese: Eliminação abundante de suor. Generalizada ou predominante nas mãos e pés.
  • Calafrios: Sensação momentânea de frio com ereção de pelos e arrepiamento da pele. Relação com febre.
  • Cãibras: Contrações involuntárias de um músculo ou grupo muscular.

▶ Pele e fâneros

  • Alterações da pele: Cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade, prurido, lesões.
  • Alterações dos fâneros. Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, alterações nas unhas.

▶ Cabeça e pescoço

CRÂNIO, FACE E PESCOÇO

  • Dor: Localizar o mais corretamente possível a sensação dolorosa. A partir daí, indaga-se sobre as outras características semiológicas da dor.
  • Alterações do pescoço : Dor, tumorações, alterações dos movimentos, pulsações anormais.

OLHOS

  • Diminuição ou perda da visão: Uni ou bilateral, súbita ou gradual, relação com a intensidade da iluminação, visão noturna,

FARINGE

  • Dispneia : Dificuldade para respirar relacionada com a faringe
  • Dor de garganta: Espontânea ou provocada pela deglutição. Verificar todas as características semiológicas da dor.
  • Disfagia: Dificuldade de deglutir localizada na bucofaringe (disfagia alta).
  • Tosse: Seca ou produtiva.
  • Halitose: Mau hálito.
  • Pigarro: Ato de raspar muco da garganta.
  • Ronco: Pode estar associado à apneia do sono. LARINGE
  • Dor: Espontânea ou à deglutição. Verificar as outras características semiológicas da dor.
  • Dispneia: Dificuldade para respirar.
  • Alterações da voz: Disfonia; afonia; voz lenta e monótona; voz fanhosa ou anasalada.
  • Tosse: Seca ou produtiva; tosse rouca; tosse bitonal.
  • Disfagia: Disfagia alta.
  • Pigarro: Ato de raspar a garganta. TIREOIDE E PARATIREOIDES
  • Dor: Espontânea ou à deglutição. Verificar as outras características semiológicas.
  • Outras alterações: Nódulo, bócio, rouquidão, dispneia, disfagia. VASOS E LINFONODOS
  • Dor: Localização e outras características semiológicas.
  • Adenomegalias : Localização e outras características semiológicas.
  • Pulsações e turgência jugular.

▶ Tórax

PAREDE TORÁCICA

  • Dor: Localização e demais características semiológicas, em particular a relação da dor com os movimentos do tórax.
  • Alterações da forma do tórax: Alterações localizadas na caixa torácica como um todo.
  • Dispneia: Relacionada com dor ou alterações da configuração do tórax.

MAMAS

  • Dor: Relação com a menstruação e outras características semiológicas.
  • Nódulos: Localização e evolução; modificações durante o ciclo menstrual.
  • Secreção mamilar: Uni ou bilateral, espontânea ou provocada; aspecto da secreção. ✓ Promoção da saúde. Autoexame mamário; última mamografia/USG (mulheres ≥ 40 anos). TRAQUEIA, BRÔNQUIOS, PULMÕES E PLEURAS
  • Dor: Localização e outras características semiológicas.
  • Tosse. Seca ou com expectoração: Frequência, intensidade, tonalidade, relação com o decúbito, período em que predomina.
  • Expectoração: Volume, cor, odor, aspecto e consistência. Tipos de expectoração: mucoide, serosa, purulenta, mucopurulenta, hemoptoica.
  • Hemoptise: Eliminação de sangue pela boca, através da glote, proveniente dos brônquios ou pulmões. Obter os dados para diferenciar a hemoptise da epistaxe e da hematêmese.
  • Vômica: Eliminação súbita, através da glote, de quantidade abundante de pus ou líquido de aspecto mucoide ou seroso.
  • Dispneia: Relação com esforço ou decúbito; instalação súbita ou gradativa; relação com tosse ou chieira; tipo de dispneia.
  • Chieira: Ruído sibilante percebido pelo paciente durante a respiração; relação com tosse e dispneia; uni ou bilateral; horário em que predomina.
  • Cornagem: Ruído grave provocado pela passagem do ar pelas vias respiratórias altas reduzidas de calibre.
  • Estridor: Respiração ruidosa, algo parecido com cornagem.
  • Tiragem: Aumento da retração dos espaços intercostais. DIAFRAGMA E MEDIASTINO
  • Dor: Localização e demais características semiológicas.
  • Soluço: Contrações espasmódicas do diafragma, concomitantes com o fechamento da glote, acompanhadas de um ruído rouco. Isolados ou em crises.
  • Dispneia: Dificuldade respiratória.
  • Sintomas de compressão: Relacionados com o comprometimento do simpático, do nervo recorrente, do frênico, das veias cavas, das vias respiratórias e do esôfago. CORAÇÃO E GRANDES VASOS
  • Dor: Localização e outras características semiológicas; dor isquêmica (angina do peito e infarto do miocárdio); dor da pericardite; dor de origem aórtica; dor de origem psicogênica.
  • Palpitações: Percepção incômoda dos batimentos cardíacos; tipo de sensação, horário de aparecimento, modo de instalação e desaparecimento; relação com esforço ou outros fatores desencadeantes.
  • Dispneia: Relação com esforço e decúbito; dispneia paroxística noturna; dispneia periódica ou de Cheyne-Stokes.
  • Intolerância aos esforços : Sensação desagradável ao fazer esforço físico.
  • Tosse e expectoração: Tosse seca ou produtiva; relação com esforço e decúbito; tipo de expectoração (serosa, serossanguinolenta).
  • Chieira: Relação com dispneia e tosse: horário em que predomina.
  • Hemoptise: Quantidade e características do sangue eliminado. Obter dados para diferenciar da epistaxe e da hematêmese.
  • Desmaio e síncope: Perda súbita e transitória, parcial ou total, da consciência; situação em que ocorreu; duração; manifestações que antecederam o desmaio e que vieram depois.
  • Alterações do sono: Insônia; sono inquieto.
  • Cianose: Coloração azulada da pele; época do aparecimento (desde o nascimento ou surgiu tempos depois); intensidade; relação com choro e esforço.
  • Edema: Época em que apareceu; como evoluiu, região em que predomina.
  • Astenia: Sensação de fraqueza.
    • Posição de cócoras: O paciente fica agachado, apoiando as nádegas nos calcanhares. ESÔFAGO
    • Disfagia: Dificuldade à deglutição; disfagia alta (bucofaríngea); disfagia baixa (esofágica).
    • Odinofagia. Dor retroesternal durante a deglutição.
    • Dor: Independente da deglutição.
    • Pirose: Sensação de queimação retroesternal; relação com a ingestão de alimentos ou medicamentos; horário em que aparece.
    • Regurgitação: Volta à cavidade bucal de alimento ou de secreções contidas no esôfago ou no estômago.
    • Eructação: Relação com a ingestão de alimentos ou com alterações emocionais.
    • Soluço: Horário em que aparece; isolado ou em crise; duração.
    • Hematêmese: Vômito de sangue; características do sangue eliminado; diferenciar de epistaxe e de hemoptise.
    • Sialose: (sialorreia ou ptialismo). Produção excessiva de secreção salivar.

▶ Abdome

  • O interrogatório sobre os sintomas das doenças abdominais inclui vários sistemas, mas, por comodidade, é melhor nos restringirmos aos órgãos do sistema digestivo. Os outros órgãos localizados no abdome devem ser analisados separadamente, reunindo-se o sistema urinário com os órgãos genitais, o sistema endócrino e o hemolinfopoiético. PAREDE ABDOMINAL
  • Dor: Localização e outras características semiológicas.
  • Alterações da forma e do volume: Crescimento do abdome; hérnias; tumorações. ESTÔMAGO
  • Dor: Localização na região epigástrica; outras características semiológicas.

ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS

  • Ciclo menstrual: Data da primeira menstruação; duração dos ciclos subsequentes.
  • Distúrbios menstruais: Polimenorreia; oligomenorreia; amenorreia; hipermenorreia; hipomenorreia; menorragia; dismenorreia.
  • Tensão pré-menstrual: Cólicas; outros sintomas.
  • Hemorragias: Relação com o ciclo menstrual.
  • Corrimento: Quantidade; aspecto; relação com as diferentes fases do ciclo menstrual.
  • Prurido: Localizado na vulva.
  • Disfunções sexuais: Dispareunia; frigidez; diminuição da libido; anorgasmia.
  • Menopausa e climatério: Idade em que ocorreu a menopausa; fogachos ou ondas de calor; insônia.
  • Alterações endócrinas: Amenorreia; síndrome de Turner.

▶ Sistema hemolinfopoético

  • Astenia: Instalação lenta ou progressiva.
  • Hemorragias: hematomas; gengivorragia; hematúria; hemorragia digestiva – hematêmese; hemorragia de intestino alto – melena; hemorragia de intestino baixo – enterorragia; aumento do fluxo menstrual – menorragia e metrorragia. (por conta da falha de plaquetas e fatores de coagulação)
  • Adenomegalias: Localizadas ou generalizadas; sinais flogísticos; fistulização.
  • Febre: Tipo da curva térmica.
  • Esplenomegalia e hepatomegalia: Época do aparecimento; evolução.
  • Dor. Bucofaringe: tórax; abdome; articulações; ossos.
  • Icterícia: Cor das fezes e da urina.
  • Manifestações cutâneas: Petéquias; equimoses; palidez; prurido; eritemas; pápulas; herpes.
  • Sintomas osteoarticulares, cardiorrespiratórios (palpitações/ dispneia), gastrintestinais, geniturinários, neurológicos.

▶ Sistema endócrino

  • O interrogatório dos sintomas relacionados com as glândulas endócrinas abrange o organismo como um todo, desde os sintomas gerais até o psíquico, mas há interesse em caracterizar um grupo de manifestações clínicas diretamente relacionadas com cada glândula para desenvolver a capacidade de reconhecimento, pelo clínico geral, dessas enfermidades. HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE
  • Alterações do desenvolvimento físico: Nanismo, gigantismo, acromegalia.
  • Alterações do desenvolvimento sexual: Puberdade precoce; puberdade atrasada.
  • Outras alterações: Galactorreia; síndromes poliúricas; alterações visuais. TIREOIDE
  • Alterações locais: Dor; nódulo; bócio; rouquidão; dispneia; disfagia.
  • Manifestações de hiperfunção : Hipersensibilidade ao calor, aumento da sudorese; perda de peso; taquicardia; tremor; irritabilidade; insônia; astenia; diarreia; exoftalmia.
  • Manifestações de hipofunção: Hipersensibilidade ao frio; diminuição da sudorese; aumento do peso; obstipação intestinal; cansaço facial; apatia; sonolência; alterações menstruais; ginecomastia; unhas quebradiças; pele seca; rouquidão; macroglossia; bradicardia. PARATIREOIDES
  • Manifestações de hiperfunção : Emagrecimento; astenia; parestesias; cãibras; dor nos ossos e nas articulações; arritmias cardíacas; alterações ósseas; raquitismo; osteomalacia; tetania.
  • Manifestações de hipofunção: Tetania; convulsões; queda de cabelos; unhas frágeis e quebradiças; dentes hipoplásicos; catarata.

SUPRARRENAIS

  • Manifestações por hiperprodução de glicocorticoides: Aumento de peso; fácies “de lua cheia”; acúmulo de gordura na face, região cervical e dorso; fraqueza muscular; poliúria; polidipsia; irregularidade menstrual; infertilidade; hipertensão arterial.
  • Manifestações por diminuição de glicocorticoides: Anorexia; náuseas e vômitos; astenia; hipotensão arterial; hiperpigmentação da pele e das mucosas.
  • Aumento de produção de mineralocorticoides: Hipertensão arterial; astenia; cãibras; parestesias.
  • Aumento da produção de esteroides sexuais: Pseudopuberdade precoce; hirsutismo; virilismo.
  • Aumento de produção de catecolaminas: Crises de hipertensão arterial, cefaleia, palpitações, sudorese. GÔNADAS
  • Alterações locais e em outras regiões corporais indicativas de anormalidades da função endócrina.

▶ Coluna vertebral, ossos, articulações e

extremidades

  • Neste item, além do sistema locomotor, serão analisados órgãos pertencentes a outros sistemas pela sua localização nas extremidades. COLUNA VERTEBRAL
  • Dor: Localização cervical, dorsal, lombossacra; relação com os movimentos; demais características semiológicas.
  • Rigidez pós-repouso: Tempo de duração após iniciar as atividades. OSSOS
  • Dor: Localização e demais características semiológicas.
  • Deformidades ósseas: Caroços; arqueamento do osso; rosário raquítico.

ARTICULAÇÕES

  • Dor: Localização e demais características semiológicas.
  • Rigidez pós-repouso: Pela manhã.
  • Sinais inflamatórios: Edema, calor, rubor e dor.
  • Crepitação articular: Localização.
  • Manifestações sistêmicas: Febre; astenia; anorexia; perda de peso. BURSAS E TENDÕES
  • Dor: Localização e demais características semiológicas.
  • Limitação de movimento: Localização; grau de limitação. MÚSCULOS
  • Fraqueza muscular: Segmentar; generalizada; evolução no decorrer do dia.
  • Dificuldade para andar ou para subir escadas.
  • Atrofia muscular : Localização.
  • Dor: Localização e demais características semiológicas; cãibras.
  • Cãibras: Dor acompanhada de contração muscular.
  • Espasmos musculares: Miotonia; tétano.

▶ Artérias, veias, linfáticos e

microcirculação

ARTÉRIAS

  • Dor: Claudicação intermitente; dor de repouso.
  • Alterações da cor da pele: Palidez, cianose, rubor, fenômeno de Raynaud.
  • Alterações da temperatura da pele: Frialdade localizada.
  • Alterações tróficas: Atrofia da pele, diminuição do tecido subcutâneo, queda de pelos, alterações ungueais, calosidades, ulcerações, edema, sufusões hemorrágicas, bolhas e gangrena.
  • Edema: Localização; duração e evolução. VEIAS
  • Dor: Tipo de dor; fatores que a agravam ou aliviam.

Método clínico centrado na pessoa

o Busca a necessidade do paciente, preocupações e vivencias relacionadas a saúde ou as

doenças, observando o ambiente em que a pessoa está inserida.

o Apresenta resultados mais positivos que o modelo tradicional, pois: melhora a aderência

o a tratamentos, reduz a ansiedade e preocupações, diminui a utilização dos serviços de

saúde ou queixas por má-prática, melhora a saúde mental, melhora situações fisiológicas

e problemas recorrentes.

o O método está estruturado em 6 componentes estruturados entre si, são eles:

1) Explorar a doença e a experiencia da

pessoa com a doença

  • Avalia a história, exame físico e exames complementares.
  • Avalia a dimensão da doença através do SIFE: Conceito doença X Adoecimento

2) Entender a pessoa como um todo:

  • A pessoa: Historia de vida, aspectos pessoais e de desenvolvimento.
  • Contexto próximo: Família, comunidade, emprego e suporte social.
  • Contexto distante : sua comunidade, cultura e ecossistema.

3) Elaborar um projeto comum de manejo

  • Avaliar problemas e prioridades.
    • Estabelecer objetivos do tratamento e manejo.
    • Avaliar e estabelecer os papeis da pessoa e do profissional de saúde. Para finalizar a construção de uma proposta, é necessário que se negocie de forma clara quais papeis e tarefas deverão ser realizadas pelo profissional e paciente/cuidador.

4) Incorporar a prevenção e promoção a

saúde

  • Melhorias de saúde
  • Evitando ou reduzindo riscos
  • Identificando precocemente os riscos ou doenças
  • Reduzindo complicações

5) Fortalecer a relação médico-pessoa

  • Exercendo a: A) Compaixão; B) Relação de poder; C) Cura (efeito terapêutico da relação); D) O autoconhecimento; E) A transferência e contra-transferência.

6) Sendo realista

  • Tempo e timing
  • Construindo e trabalhando em equipe
  • Usando adequadamente os recursos disponíveis. Sentimentos relacionados ao problema atual Ideias da pessoa sobre o que pode dar errado Função da sua rotina que pode ser afetada por causa do que está passando. Expectativa do que pode ser feito pelo profissional para ajudá-lo a melhorar.

S

I

F

E

Método SOAP

o É um acrônimo utilizado em um prontuário orientado por problemas e evidências para

registro de evolução dos problemas das pessoas atendidas na prática médica;

o SOAP significa: Subjetivo, objetivo, avaliação e plano.

Subjetivo

Registra todas as informações baseadas na experiencia do atendido; também utiliza a o SIFE.

Objetivo

Informação do ponto de vista médico; dados do exame físico/exames complementares.

  • Impressão sobre o estado geral
  • Exame físico
  • Exame complementar
  • Procedimentos anteriores

Avaliação

Hipótese diagnóstica do caso

  • Problemas evidenciados na consulta.
  • Reprodução de sinais e sintomas
  • Elemento para diagnóstico mais preciso

Plano

Proposta terapêutica elaborada pelo médico

  • Medicação prescrita
  • Solicitação de exames
  • Orientações
  • Encaminhamento e pendências para o próximo atendimento.
  • Plano de ação para o paciente. Sentimentos relacionados ao problema atual Ideias da pessoa sobre o que pode dar errado Função da sua rotina que pode ser afetada por causa do que está passando. Expectativa do que pode ser feito pelo profissional para ajudá-lo a melhorar.

S

I

F

E

Definimos a pontuação por 3 tópicos, são eles:

Tipo de dor, fatores de melhora/piora e

irradiação e sintomas associados. Cada tópico

vale 1 ponto.

Tipos de dor

  • Aperto
  • Opressiva
  • Queimação
  • Agonia
  • Mal-estar

Fatores de melhora/piora

  • Piora ao esforço/ melhora em repouso.
  • Melhora com nitrato em baixo da língua.

(isordil = Vasodilatador)

Irradiação e sintomas associados

  • Da ponta do nariz ao epigástrico.
  • Sintomas: Náuseas, vômito, dispneia e

sudorese.

Tipo A e B = atenção urgente (sala vermelha)

Tipo C= Fica em observação, não pode ir

para casa (Idosos, mulheres, diabéticos,

cardiopatias e doenças arteriais crônicas)

  • Nesses casos pede-se eletro.

Maior causa de infarto em jovens = Cocaína.

Dispneia

É caracterizada pela falta de ar ou dificuldade

ao respirar, pode ser classificada em graus.

Grau 1 Ausência^ de^ sintomas^ durante

atividades cotidianas

Grau 2 Sintomas leves durante atividades

cotidianas

Grau 3 Sintomas^ desencadeados^ por

atividades menos intensas que as cotidianas ou aos pequenos esforços

Grau 4 Sintomas aos mínimos esforços ou

em repouso

Principal causa de dispneia? IC

▪ pode vir acompanhada de ortopneia e

dispneia paroxística noturna

▪ ventrículo esquerdo é o que mais fica

doente

Palpitação

Batimento cardíaco com percepção por ser

muito forte ou mais rápido que o habitual

Como contar a frequência cardíaca?

Através as ausculta.

FC é ≠ F. de pulso

O que é B3 e B3?

São bulhas cardíacas, isto é, sons gerados pelo

impacto do sangue em diversas estruturas

cardíacas.

  • B1 – Sangue indo para o ventrículo e valva

fechando.

  • B2 – Sangue indo para aorta e valva

fechando.

  • B3 – Depois da B2, marca o começo da

sístole.

  • B4 – aparece no final da diástole, grudada

na B1, ocorre quando há um acumulo de

sangue no ventrículo e não cabe mais para

deposito (turbilhonamento)

B3: Tum ta tu

B4: Tu tum ta

B3 e B4 tem relação com o encontro de sangue

por excesso de volume.

Sinais de baixo débito

Cianose, a pele sempre irá evidenciar pois

recebe-se menos sangue nas periferias.

  • Síncope: Não chega sangue no cérebro
  • Poliúria: Não chega sangue nos rins

Ciclo cardíaco

A regulação do bombeamento cardíaco se dá

por dois mecanismos:

1. Mecanismo de Franklin Starling

2. SNA

Mecanismo de Franklin Starling

Relacionada à capacidade intrínseca do coração

se adaptar a volumes crescentes de afluxo

sanguíneo, respeitando seu limite fisiológico.

Ocorre nos seguintes passos:

1. Quantidade adicional de sangue chega aos

ventrículos

2. Há distensão do músculo cardíaco

3. Aumenta a força de contração do músculo,

pois o filamento de miosina e actina ficam

dispostos em ponto mais próximo do grau

ideal de superposição para a geração de

força

4. Ventrículo automaticamente bombeia mais

sangue para as artérias

Pré-

carga

Grau de tensão do músculo quando

ele começa a contrair; volume

diastólico final.

Pós-

carga

Dificuldade imposta ao

esvaziamento ventricular, refere-se

a pressão nas artérias aorta e

pulmonar que impede a saída só

sangue dos ventrículos para estes

vasos

SNA

▪ Estimulação simpática: aumenta a FC e a

força de contração, a qual em consequência

aumenta o volume de sangue bombeando

(débito cardíaco)

▪ Inibição simpática: Diminui

moderadamente o bombeamento cardíaco,

em decorrência da diminuição da FC e da

força de bombeamento.

▪ Estimulação parassimpática (vagal): atua

reduzindo a FC, visto que as fibras vagais

estão dispersas, em grande parte, pelos

átrios e muito pouco pelos ventrículos, onde

realmente ocorre a geração da força de

contração, o que impede grandes alterações

na intensidade das contrações.

Para o coração funcionar bem, precisa-se

de:

▪ Suprimento sanguíneo miocárdico

adequado

▪ Pleno funcionamento do sistema de

condução (excitatório)

▪ Sistema valvar integro

▪ Boa contratilidade miocárdica

▪ FC dentro da normalidade

▪ Adequada pré e pós carga

Termo utilizado para descrever anormalidades

do coração ou dos grandes vasos presentes

desde o nascimento, o defeito da embriogênese

vai da 3ª a 8ª semana de gestação.

Frequência das malformações cardíacas

congênitas

Malformação

Nascidos

vivos por

milhões

Defeito do septo

ventricular

Defeito do septo atrial 1.043 10%

Estenose pulmonar 836 8%

Persistência do canal

arterial

Tetralogia de Fallot 577 5%

Coartação da aorta 492 5%

Defeito do septo

atrioventricular

Estenose aórtica 388 4%

Transposição das

grandes artérias

Tronco arterial 136 1%

Drenagem venosa

pulmonar anômala total

Atresia da tricúspide 118 1%

Total 9.

Shunt = tipo de deposito de líquido para uma

estrutura; Defeito de persistência do canal

arterial

Shunt esquerda - direita

A- defeito no septo atrial

B- defeito no septo ventricular

C- ducto arterial patente

Consequências?

▪ Sobrecarga do VD (insuficiência)

▪ Aumento do fluxo sanguíneo pulmonar e da

resistência vascular pulmonar

▪ Reversão do fluxo de sangue

▪ Síndrome de Eisenmenger (elevação da PA

pulmonar e níveis sistêmicos

▪ Não apresenta cianose

Shunt direita - esquerda

▪ Tetralogia de Fallot, transposição de

grandes artérias, persistência do tronco

arterial, atresia tricúspide e drenagem

venosa pulmonar anômala total

Consequências?

▪ Êmbolos sépticos (múltiplos abcessos na

periferia do parênquima pulmonar em adição ao isolamento de bactérias no sangue ou em locais de infecção)

▪ Embolia paradoxal (quando o embolo passa

da circulação arterial para venosa)

▪ Infartos e abscessos cerebrais

▪ Baqueteamento de extremidades e

Policitemia (aumento de hemácias)

▪ Cianose

Tetralogia de fallot = Shunt da direita para

esquerda, diminuição do fluxo sanguíneo

pulmonar e aumento do volume aórtico.

Malformações associadas a doenças

obstrutivas

Estreitamento anormal das câmaras, valvas ou

vasos sanguíneos

▪ Coartação da aorta: estreitamento ou

constrição da aorta pode ocorrer, com ou

sem ducto arterioso patente.

  • Com DAP: Cianose na metade inferior do corpo, sem adaptação não sobrevive.
  • Sem DAP: hipertensão nas extremidades superiores e hipotensão nos membros inferiores.

Obstrução completa = Atresia

Valvas cardíacas

Doenças valvares

Estenose Insuficiência

Dificuldade de

abertura

Dificuldade de

fechamento

Restrição ao fluxo Restrição ao fluxo

Sobrecarga de

pressão

Sobrecarga de

volume

Fluxo turbilhonado Fluxo turbilhonado

Como avaliar um sopro?

▪ Situação no ciclo cardíaco: sistólico,

sistólico, sistodiastólico.

▪ Localização

▪ Irradiação

▪ Intensidade +/+++

▪ Tonalidade

▪ Modificação com respiração e exercício