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Anatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto Normal, Transcrições de Periodontia

Anatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto Normal

Tipologia: Transcrições

2022

Compartilhado em 26/04/2022

NicoleRosa
NicoleRosa 🇧🇷

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Resumo livros: - Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral, 6ª edição
Niklaus P. Lang; Jan Lindhe;
- Newman e Carranza - Periodontia Clínica Michael G. Newman, 13ª edição
Anatomia, Histologia
e Fisiologia do
Periodoonto Normal
INTRODUÇÂO
Anatomia do Periodonto:
°Perio- ao redor de
°Odonto- dente
PERIODONTO compreende os seguintes tecidos:
1. Gengiva,
2. Ligamento Periodontal
3. Cemento radicular
4. Osso Propriamente dito (ABP; do inglês, alveolar bone proper) e Processo
alveolar (O processo alveolar, que se estende do osso basal da maxila e da
mandíbula, consiste no osso alveolar e no osso alveolar propriamente dito.)
QUAL A PRINCIPAL FUNÇÃO DO PERIODONTO?
A principal função do periodonto é inserir o dente no tecido ósseo da maxila e
mandíbula; & manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória na
cavidade oral.
NOMES QUE O PERIODONTO PODE RECEBER:
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Resumo livros: - Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral, 6ª edição Niklaus P. Lang; Jan Lindhe;

  • Newman e Carranza - Periodontia Clínica Michael G. Newman, 13ª edição

Anatomia, Histologia

e Fisiologia do

Periodoonto Normal

INTRODUÇÂO

Anatomia do Periodonto: °Perio- ao redor de °Odonto- dente PERIODONTO compreende os seguintes tecidos:

1. Gengiva, 2. Ligamento Periodontal 3. Cemento radicular

4. Osso Propriamente dito (ABP; do inglês, alveolar bone proper ) e Processo

alveolar (O processo alveolar , que se estende do osso basal da maxila e da

mandíbula, consiste no osso alveolar e no osso alveolar propriamente dito .)

QUAL A PRINCIPAL FUNÇÃO DO PERIODONTO?

A principal função do periodonto é inserir o dente no tecido ósseo da maxila e mandíbula; & manter a integridade da superfície da mucosa mastigatória na cavidade oral. NOMES QUE O PERIODONTO PODE RECEBER:

  • Periodonto de inserção;
  • Tecidos de suporte dos dentes O periodonto forma uma unidade de desenvolvimento biológica e funcional, que sofre determinadas alterações com a idade. Além disso, está sujeita a alterações morfológicas relacionadas a modificações funcionais e no meio oral. DESENVOLVIMENTO DO PERIODONTO O desenvolvimento dos tecidos periodontais ocorre durante o crescimento e formação dos dentes. Esse processo começa no início da fase embrionária quando as células da crista neural (do tubo neural do embrião) migram para o primeiro arco branquial. Nessa posição, as células da crista neural formam uma faixa de ectomesênquima abaixo do epitélio do estomodeu (cavidade oral primitiva). Após as células não comprometidas da crista neural atingirem sua localização no espaço mandibular, o epitélio do estomodeu libera fatores que iniciam a interação do epitélio com o ectomesênquima. Após essas interações, o ectomesênquima assume papel dominante no desenvolvimento posterior. Após a formação da lâmina dental, ocorrem processos (estágio de botão, estágio de capuz, estágio de campânula e desenvolvimento da raiz) que resultam na formação de um dente e seus tecidos periodontais, incluindo o osso alveolar propriamente dito. Durante o estágio de capuz, células ectomesenquimais condensam-se em relação ao epitélio oral (o órgão dental [DO; do inglês, dental organ]), formando a papila dentária (DP; do inglês, dental papilla), que dá origem à dentina e à polpa, e o folículo dentário (DF; do inglês, dental follicle), que origina os tecidos periodontais de suporte (Figura 1.2). O papel decisivo desempenhado pelo ectomesênquima nesse processo é estabelecido pelo fato de que o tecido da papila dentária, aparentemente, também determina a forma e o formato dos dentes.

Gengiva consiste em uma camada epitelial e um tecido conjuntivo subjacente, chamado de lâmina própria. A gengiva assume sua forma e textura definitivas em associação com a erupção dos dentes. Na direção coronal, a gengiva de cor rósea termina na margem gengival livre, que possui um contorno festonado. No sentido apical, a gengiva é contínua com a mucosa alveolar (mucosa de revestimento), que é frouxa e de cor vermelha mais escura, da qual a gengiva em geral é separada por uma linha limitante facilmente reconhecida, chamada de junção mucogengival ou de linha mucogengival.  3 PARTES DA GENGIVA PODEM SER IDENTIFICADAS (Macroscópico)

  • Gengiva Marginal livre/ Gengiva Livre: Cor rósea, superfície opaca e consistência firme (FG)
  • Gengiva interdental/ Área interdental ou Papila interdental: A papila interdental ocupa a ameia gengival, que é o espaço interproximal sob a área de contato do dente. A papila interdental pode ter um formato piramidal ou em “col”. Na primeira, a ponta de uma papila está localizada imediatamente sob o ponto de contato; a última, apresenta uma depressão em forma de vale que liga a papila lingual à papila vestibular e que se adapta à forma do contato interproximal ÁREA DE COL - Só em dentes posteriores, interproximal entre posteriores. Quando há acúmulo de placa é mais fácil de progredir, pois tem pouca ceratina, pouco protegido.
  • Gengiva inserida: Demarcada pela JMG ou MGJ( junção mucogengival)

(Microscópico)

  • Gengiva Marginal livre/ Gengiva Livre:A gengiva livre compreende todas as estruturas epiteliais e do tecido conjuntivo localizadas coronalmente a uma linha horizontal que passa no nível da junção cemento-esmalte. O epitélio que recobre a gengiva livre pode ser diferenciado em:
  • Epitélio Oral: Voltado para a cavidade oral
  • Epitélio Sulcular Oral: Voltado para o dente, sem entrar em contato com a superfície do dente
  • Epitélio Juncional: Promove o contato da gengiva com o dente
  • Epitélio Juncional Longo- Após a raspagem, o tecido cicatriza formando o EPL

Ele se apresenta como um epitélio escamoso estratificado não queratinizado, fino, sem prolongamentos, que se estende desde o limite coronal do epitélio juncional até a crista da margem gengival. Espaço de inserção supracrestal EPITÉLIO JUNCIONAL Composto por uma banda de Epitélio escamoso estratificado não queratinizado semelhante a um colarinho. Tem três a quatro camadas de espessura no início da vida, porém esse número aumenta com a idade para até 10 ou mesmo 20 camadas. Quando o esmalte dentário alcança seu desenvolvimento completo, as células produtoras do esmalte (ameloblastos) sofrem redução de sua altura, produzem uma lâmina basal e formam, juntamente com as demais células do epitélio externo do órgão do esmalte, o chamado epitélio reduzido do esmalte (RE). À medida que o dente em erupção se aproxima do epitélio oral, as células da camada externa do epitélio reduzido do esmalte (RE), bem como as células da camada basal do epitélio oral (OE), apresentam aumento da atividade mitótica ( setas ) e começam a migrar para o tecido conjuntivo subjacente. O epitélio que migra produz massa epitelial entre o epitélio oral e o epitélio reduzido do esmalte, de modo que o dente consegue erupcionar sem que ocorra sangramento.

Quando o dente penetra na cavidade oral, grandes porções imediatamente apicais à área incisal do esmalte são, então, recobertas pelo epitélio juncional (JE), que contém apenas algumas camadas de células. EPITÉLIO JUNCIONAL TEM ORIGEM DO EPITÉLIO REDUZIDO DO ESMALTE TECIDO CONJUNTIVO GENGIVAL (LÂMINA PRÓPRIA) O tecido conjuntivo (lâmina própria) é o componente tecidual predominante da gengiva. Os principais constituintes do tecido conjuntivo são: As fibras colágenas (cerca de 60% do volume do tecido conjuntivo), Os fibroblastos (cerca de 5%) e Os vasos e nervos (cerca de 35%), que estão integrados a uma substância fundamental amorfa (matriz). MATRIZ- o espaço interveniente é preenchido por Matriz, que constitui o “meio ambiente” para a célula Células: Os diferentes tipos de células existentes no tecido conjuntivo são: (1) fibroblastos , (2) mastócitos , (3) macrófagos e (4) células inflamatórias****. 1- Fibroblasto é a célula predominante do tecido conjuntivo (65% da população celular total). Participa na produção de vários tipos de fibras

Orientação dos feixes (fibras): Embora muitas das fibras colágenas na gengiva e no ligamento periodontal estejam distribuídas de modo irregular ou aleatório, a maioria delas tende a se dispor em grupos de feixes com orientação bem-definida. De acordo com sua inserção e a trajetória que seguem no tecido, os feixes orientados de fibras gengivais podem ser divididos nos seguintes grupos: Fibras circulares (CF; do inglês, circular fibers) são feixes de fibras localizados na gengiva livre e que circundam o dente como se fossem um anel ou uma bainha. CIRCUNDAM NA GENGIVA LIVRE •Fibras dentogengivais (DGF; do inglês, dentogingival fibers) estão integradas ao cemento da porção supra-alveolar da raiz e se projetam a partir do cemento, em forma de leque, para o tecido gengival livre das superfícies vestibular, lingual e interproximal. CEMENTO À GENGIVA LIVRE •Fibras dentoperiósteas (DPF; do inglês, dentoperiosteal fibers) estão integradas na mesma porção do cemento que as fibras dentogengivais, porém fazem a trajetória em sentido apical sobre a crista óssea vestibular e lingual, para terminarem no tecido da gengiva inserida. Na área limítrofe entre as gengivas livre e inserida, com frequência o epitélio não é sustentado por feixes orientados de fibras colágenas. Nessa área, com frequência é encontrado o sulco gengival livre (GG). PERIÓSTEO Á GENGIVA INSERIDA •Fibras transeptais (TF; do inglês, trans-septal fibers), vistas à direita do desenho, estendem-se entre o cemento supra-alveolar de dentes vizinhos. As fibras transeptais seguem um trajeto retilíneo através do septo interdental e estão inseridas no cemento de dentes adjacentes. DE CEMENTO A CEMENTO(DENTE A DENTE) OU OSSO Á OSSO

Para decorar um mnemônico- CDDT Matriz: A matriz do tecido conjuntivo é produzida principalmente pelos fibroblastos, embora alguns componentes sejam elaborados pelos mastócitos e outros sejam derivados do sangue. Os principais componentes da matriz do tecido conjuntivo são macromoléculas de carboidratos e proteínas. Normalmente, esses complexos são diferenciados em proteoglicanas e glicoproteínas. A substância fundamental preenche o espaço entre as fibras e as células, é amorfa e tem alto teor de água. É composta por proteoglicanos (principalmente o ácido hialurônico e o sulfato de condroitina) e glicoproteínas (principalmente a fibronectina). LIGAMENTO PERIODONTAL O ligamento periodontal é o tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e celular, que circunda as raízes dos dentes e une o cemento radicular à lâmina dura ou ao osso alveolar propriamente dito. No sentido coronal, o ligamento periodontal é contínuo com a lâmina própria da gengiva e está separado da gengiva pelos feixes de fibras colágenas que conectam a crista do osso alveolar à raiz (as fibras da crista alveolar). Anquilose- junção do cemento com o osso, ausência do Ligamento Periodontal Mobilidade fisiológica- o dente se movimenta um pouco naturalmente A borda coronal do osso é chamada de crista óssea (BC; do inglês, bone crest). O espaço do ligamento periodontal tem a forma de ampulheta e é mais estreito no nível do terço médio da raiz. A largura do ligamento periodontal é de cerca de 0,25 mm (0,2 a 0,4 mm). A presença de um ligamento periodontal permite que forças, produzidas durante a função mastigatória e outros contatos dentários, sejam distribuídas e absorvidas pelo processo alveolar através do osso alveolar propriamente dito.

As fibras principais integradas ao cemento (fibras de Sharpey) têm um diâmetro menor, porém são mais numerosas do que aquelas integradas ao osso alveolar propriamente dito Células: As células do ligamento periodontal são: fibroblastos, osteoblastos, cementoblastos, osteoclastos, bem como células epiteliais e fibras nervosas. Os fibroblastos estão alinhados ao longo das fibras principais, enquanto os cementoblastos revestem a superfície do cemento, e os osteoblastos revestem a superfície óssea. Pequenos agrupamentos de células epiteliais (ER) no ligamento periodontal (PDL). Trata-se dos restos de células epiteliais de Mallassez – remanescentes da bainha epitelial de Hertwig. Os restos de células epiteliais estão situados no ligamento periodontal à distância de 15 a 75 μm do cemento (C) na superfície radicular. CEMENTO RADICULAR O cemento radicular é um tecido mineralizado especializado que reveste as superfícies radiculares e, ocasionalmente, pequenas porções das coroas dos dentes, podendo estender-se também para o canal radicular.

Ao contrário do tecido ósseo, o cemento não contém vasos sanguíneos ou linfáticos, não tem inervação, não sofre remodelagem nem reabsorção fisiológicas, porém se caracteriza por formação contínua ao longo da vida. Como outros tecidos mineralizados, contém fibras colágenas embutidas em matriz orgânica. Sua porção mineral, que é principalmente hidroxiapatita, é aproximadamente 65% de seu peso, um pouco mais que no osso (60%). Cementoblastos(produzem cemento) e cementócitos(ficam retidas) As porções das fibras principais do ligamento periodontal engastadas no cemento radicular e no osso fasciculado são chamadas fibras de Sharpey. As duas fontes principais de fibras colágenas no cemento são as fibras Sharpey ( extrínsecas ), que são a porção aprisionada das fibras principais do ligamento periodontal,^214 que são produzidas pelos fibroblastos; e as fibras pertencentes à matriz de cemento ( intrínsecas ), que são produzidas pelos cementoblastos. A maior parte da matriz orgânica do cemento é composta de colágeno tipo I (90%) e tipo III (cerca de 5%). FUNÇÕES:

  • Conecta as fibras principais do ligamento periodontal à raiz;
  • Contribui para o processo de reparo após danos à superfície radicular.
  • Também ajusta a posição dos dentes às novas demandas. Diferentes formas de cemento têm sido descritas: •Cemento acelular afibrilar (AAC; do inglês, acellular afibrillar cementum) é encontrado principalmente na porção cervical do esmalte •Cemento acelular de fibras extrínsecas (AEFC; do inglês, acellular extrinsic fiber cementum) é encontrado nas porções coronal e média da raiz e contém principalmente feixes de fibras de Sharpey. Esse tipo de cemento é uma parte importante dos tecidos de inserção e conecta o dente ao osso alveolar propriamente dito •Cemento celular estratificado misto (CMSC; do inglês, cellular mixed stratified cementum) é encontrado no terço apical das raízes e nas áreas de ramificação. Ele contém fibras extrínsecas e intrínsecas, assim como cementócitos

Vasos sanguíneos (ramos perfurantes; setas) oriundos da artéria intrasseptal no osso alveolar percorrem os canais de Volkmann na parede do alvéolo (VC; do inglês, Volkmann’s canals), atingindo o ligamento periodontal (PL), onde se anastomosam. Os ósteons são não apenas unidades estruturais, mas também metabólicas. Assim, a nutrição das células ósseas (osteoblastos, osteócitos e osteoclastos) é garantida pelos vasos sanguíneos existentes nos canais de Havers e nos vasos nos chamados canais de Volkmann. Suprimento Sanguíneo do Periodonto: A artéria dentária (a.d.), que é um ramo da artéria dentária alveolar superior ou inferior (a.a.i.), emite a artéria intrasseptal (a.i.) antes de penetrar no alvéolo. Os ramos terminais da artéria intrasseptal (ramos perfurantes, rr.p.) penetram no osso alveolar propriamente dito pelos canais em todos os níveis do alvéolo pelos Canais de Volkman. Sistema Linfático do Periodonto: Os menores vasos linfáticos, os capilares linfáticos, formam uma rede extensa no tecido conjuntivo. Antes de penetrar na circulação sanguínea, a linfa atravessa um ou mais linfonodos, nos quais é filtrada e suprida de linfócitos. Os vasos linfáticos são semelhantes às veias porque têm válvulas. A linfa dos tecidos periodontais é drenada para os linfonodos da cabeça e do pescoço. As gengivas vestibular e lingual da região dos incisivos inferiores drenam para os linfonodos submentuais (sme). A gengiva palatina da maxila é drenada para os linfonodos cervicais profundos (cp).

A gengiva vestibular da maxila e as gengivas vestibular e lingual da região de pré-molares inferiores drenam para os linfonodos submandibulares (sma). Com exceção dos terceiros molares e incisivos inferiores, todos os dentes , com seus tecidos periodontais adjacentes, drenam para os linfonodos submandibulares. Os terceiros molares são drenados pelos linfonodos jugulodigástricos (jd), e os incisivos inferiores, pelos linfonodos submentuais.