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Anatomia Interna Dental, Notas de estudo de Endodontia

Anatomia interna para endodontia

Tipologia: Notas de estudo

2021

Compartilhado em 08/03/2021

luana-souza-87
luana-souza-87 🇧🇷

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ANATOMIA INTERNA
O conhecimento da morfologia dos canais
radiculares é um dos requisitos básicos para se atingir os
objetivos do preparo químico-mecânico: a completa
remoção do tecido pulpar, dos microrganismos e da
dentina infectada, além da adequada modelagem,
propiciando condições ideais para o selamento da
cavidade pulpar e reparo dos tecidos perirradiculares.
O dente recebe vascularização e inervação que
vem da parte óssea e penetrará pelo forame apical
oferecendo vitalidade ao órgão. Quando o órgão
responde a uma infecção com inflamação ou necrose, é
necessário muitas vezes o tratamento endodôntico.
As radiografias convencionais podem nos fornecer
informações básicas, como número de raízes, severidade
da curvatura radicular, presença de calcificações e
reabsorções; porém, como as imagens são
bidimensionais, elas não possibilitam visualizar detalhes
importantes da anatomia interna, como o grau de
achatamento dos canais, a presença de istmos, canais
acessórios e deltas apicais.
- Macroconfiguração: pode ser visualizada por
radiografia, a exemplo da direção da raiz, a amplitude da
câmara pulpar.
- Microconfiguração: não visível em radiografia, a
exemplo das diversas ramificações de canais acessórios.
A cavidade pulpar é subdividida em câmara pulpar
e canal radicular. As projeções em direções a cúspide são
chamadas de corno pulpar. Teto da câmara é mais
superior e o assoalho da câmara é uma convexidade
inferior.
CAMARA PULPAR
Paredes:
Dentes anteriores com 01 canal: 04 paredes (V,
L, M, D) e um bordo incisal (apesar de alguns autores
considerarem outra parede, em endo não se considera);
Dentes anteriores com 02 canais: 05 paredes (V,
L, M, D + assoalho da câmara) e o bordo incisal (ocorre
mais em incisivos e caninos inferiores);
Dentes posteriores com 01 canal: 05 paredes(V,
L, M, D + teto da câmara/parede oclusal), maior
prevalência em 3º molares e PM com uma raiz;
Dentes posteriores com mais de um canal: 06
paredes (V, L, M, D + parede oclusal + assoalho da
câmara).
Forma (da câmara):
Dentes anteriores superiores: Triangular com a
base na incisal, sendo que os incisivos tem a ponta da
base triangular mais pontuda, acentuada do que os
caninos que terão bases mais arredondadas devido a sua
anatomia;
Dentes anteriores inferiores: triangular ou em
forma de fita, pois, são menores que os superiores e
podem não chegar a uma forma triangular clara e
pontuda;
Dentes PM superiores: maior no sentido V-L e
mais achatado no sentido M-D, formato oval.
Dentes PM inferiores: tem coroa mais
arredondada e terá a câmara também mais
arredondada. A câmara central será circular, deslocada
um pouco mais para mesial;
•Dentes M inferiores com 03 canais: teremos 02
canais na mesial (V e L) e 1 na distal. O formato será
triangular, com base na mesial;
Dentes M inferiores com 04 canais: forma
trapezoidal ou quadrangular sempre com base maior na
mesial.
•Dentes M superiores: formato triangular mais
para mesial e com base maior na vestibular. A base do
triangulo será paralela a forma coronária externa.
Localização(do orifício de entrada dos canais)
A entrada do canal se encontra normalmente na
direção da ponta de cúspide serão encontro entre as
paredes. Por ex: o canal distal estará no local de
encontro das paredes D, V e L.
O canal distal é o mais difícil de achar, por ser
menos amplo que os mesiais. Além disso, o disto
palatino é mais amplo que o disto vestibular.
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ANATOMIA INTERNA

O conhecimento da morfologia dos canais radiculares é um dos requisitos básicos para se atingir os objetivos do preparo químico-mecânico: a completa remoção do tecido pulpar, dos microrganismos e da dentina infectada, além da adequada modelagem, propiciando condições ideais para o selamento da cavidade pulpar e reparo dos tecidos perirradiculares. O dente recebe vascularização e inervação que vem da parte óssea e penetrará pelo forame apical oferecendo vitalidade ao órgão. Quando o órgão responde a uma infecção com inflamação ou necrose, é necessário muitas vezes o tratamento endodôntico. As radiografias convencionais podem nos fornecer informações básicas, como número de raízes, severidade da curvatura radicular, presença de calcificações e reabsorções; porém, como as imagens são bidimensionais, elas não possibilitam visualizar detalhes importantes da anatomia interna, como o grau de achatamento dos canais, a presença de istmos, canais acessórios e deltas apicais.

  • Macroconfiguração: pode ser visualizada por radiografia, a exemplo da direção da raiz, a amplitude da câmara pulpar.
  • Microconfiguração: não visível em radiografia, a exemplo das diversas ramificações de canais acessórios.

A cavidade pulpar é subdividida em câmara pulpar e canal radicular. As projeções em direções a cúspide são chamadas de corno pulpar. Teto da câmara é mais superior e o assoalho da câmara é uma convexidade inferior.

→ CAMARA PULPAR ←

 Paredes:

  • Dentes anteriores com 01 canal: 04 paredes (V, L, M, D) e um bordo incisal (apesar de alguns autores considerarem outra parede, em endo não se considera);
  • Dentes anteriores com 02 canais: 05 paredes (V, L, M, D + assoalho da câmara) e o bordo incisal (ocorre mais em incisivos e caninos inferiores);
  • Dentes posteriores com 01 canal: 05 paredes(V, L, M, D + teto da câmara/parede oclusal), maior prevalência em 3º molares e PM com uma raiz;
  • Dentes posteriores com mais de um canal: 06 paredes (V, L, M, D + parede oclusal + assoalho da câmara).

 Forma (da câmara):

  • Dentes anteriores superiores: Triangular com a base na incisal, sendo que os incisivos tem a ponta da base triangular mais pontuda, acentuada do que os caninos que terão bases mais arredondadas devido a sua anatomia;
  • Dentes anteriores inferiores: triangular ou em forma de fita, pois, são menores que os superiores e podem não chegar a uma forma triangular clara e pontuda;
  • Dentes PM superiores: maior no sentido V-L e mais achatado no sentido M-D, formato oval.
  • Dentes PM inferiores: tem coroa mais arredondada e terá a câmara também mais arredondada. A câmara central será circular, deslocada um pouco mais para mesial; •Dentes M inferiores com 03 canais: teremos 02 canais na mesial (V e L) e 1 na distal. O formato será triangular, com base na mesial;
  • Dentes M inferiores com 04 canais: forma trapezoidal ou quadrangular sempre com base maior na mesial. •Dentes M superiores: formato triangular mais para mesial e com base maior na vestibular. A base do triangulo será paralela a forma coronária externa.

 Localização(do orifício de entrada dos canais)

  • A entrada do canal se encontra normalmente na direção da ponta de cúspide serão encontro entre as paredes. Por ex: o canal distal estará no local de encontro das paredes D, V e L.
  • O canal distal é o mais difícil de achar, por ser menos amplo que os mesiais. Além disso, o disto palatino é mais amplo que o disto vestibular.

→ Sistemas de Canais Radiculares ←

A principal característica desta região é sua variabilidade e imprevisibilidade, o que tem alimentado inúmeras controvérsias a respeito do limite apical de instrumentação e obturação, da dimensão do alargamento apical, bem como da realização de procedimentos complementares como a patência apical e a ampliação foraminal. A porção apical do canal radicular que apresenta menor diâmetro e que, às vezes, coincide com a zona de união entre a dentina e o cemento, é chamada de constrição apical ou forame menor. A topografia da constrição apical não é constante, e, quando presente, normalmente se localiza de a partir de um ponto de referência virtual no centro do forame. A partir da constrição apical, o canal se amplia à medida que se aproxima do forame apical (forame maior), estrutura que separa o término do canal da superfície externa da raiz. O forame apical é a principal abertura do canal radicular na região apical através do qual os tecidos da polpa e do ligamento periodontal se comunicam e por onde penetram os vasos sanguíneos que vão suprir a polpa dentária, enquanto o ápice anatômico é a ponta ou a extremidade da raiz. O forame não apresenta formato uniforme, e, na maioria dos dentes, se encontra lateralmente à superfície da raiz, em uma distância que pode variar de 0,2 a 3,8 mm do ápice anatômico.

O ápice radicular pode ainda conter o delta apical, definido como múltiplas derivações do canal principal que se encontram próximas no mesmo ápice radicular e que originam o aparecimento de várias foraminas, em um quantitativo que pode variar de 1 a 16 mm em uma mesma raiz.

 Anatomia interna  Canal Principal: o maior de todos, visualizado na radiografia. Canal que desemboca no forame apical (1);  Canal Colateral: canal menor que o principal e paralelo a ele (2);  Canal Lateral: perpendicular ao principal. Se estendedo canal principal ao periodonto lateral, mais em terço médio e cervical (3);  Canal secundário: canal que se estende do principal até o periodonto lateral, no entanto no terço apical (muitas vezes seu trajeto não é perpendicular igual ao anterior) (4);  Canais acessórios: são ramificações dos canais secundários (5);  Canal interradicular: em dentes com mais de uma raiz, será o canal que vai do assoalho da câmara em direção a furca (6);  Delta apical: saídas secundárias ao ápice radicular, foramíneas ao redor do forame apical, menores que o principal (7);  Interconduto: canal que liga o canal principal ao colateral (8).

→ Quantidade de raízes por dente

 Terço Apical  Temos dois cones truncados pelas suas bases: um cone maior, que é o canal dentinário, e o menor, que é o canal cementário. Então temos o chamado limite CDC (cemento-dentina-canal), local que une dentina com cemento, sendo o ponto de maior constrição do terço apical do canal radicular, sendo muito importante, já que ele é o limite do trabalho do endodontista;  Junção dos cones: 0,5 a 0,7mm do ápice

  • dentinário: tende a diminuir coma idade (aumenta deposição de dentina de forma centrípeta);
  • Cementário: tende a aumentar com a idade (aumenta deposição de cemento);  92% dos forames apicais encontram-se aquém do ápice anatômico. O forame apical, onde desemboca o canal principal e o feixe vasculo-nervoso principal na maioria das vezes não coincide com o ápice radiográfico; geralmente sai lateralmente e chamamos de para-apical. Na maioria das vezes, está deslocado para distal; é explicado anatomicamente, já que a inervação vem do trigêmeo.