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Anatomia do Tubo Digestório: Uma Abordagem Comparativa em Diferentes Espécies, Notas de estudo de Anatomia e Fisiologia Animal

Resumo sobre o sistema digestório animal com base em anotações de aula, slides e revisões de literaturas. Resumo com imagens ilustrativas que auxiliam muito na hora de estudo.

Tipologia: Notas de estudo

2021

À venda por 13/01/2022

beatriz-guidugli
beatriz-guidugli 🇧🇷

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ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo 2° Período
MEDVET.BIAA
Sistema Digestório
Formado por órgãos responsáveis pela digestão dos
alimentos.
Existem várias diferenças anatômicas adaptativas
entre as espécies, pois animais possuem
alimentações diferentes.
Bem complexo.
Tubo digestório é uma passagem única que vai
da boca até o ânus. O alimento deve ser digerido,
absorvido o que é bom e excretado o que não
interessa.
Além desse tubo, existem glândulas anexas que
participam desse sistema ajudando-o. São
estruturas que produzem determinadas substâncias
que são lançadas no tubo.
Pâncreas, vesícula biliar que se encontra no
fígado, o fígado, as glândulas salivares.
Pâncreas:
Emulsifica o quilo por meio da produção do sulco
pancreático. Possui uma parte exócrina e outra
endócrina. Sua função importante no sistema
digestório é a exócrina que produz o sulco
pancreático que vai para o duodeno.
Fígado:
Produz a bile que é liberada no duodeno.
Glândulas salivares:
Produzem a saliva lançando-a na cavidade oral.
Para ocorrer a digestão, o alimento precisa ser
fracionado (quebrado) para depois ser absorvido.
No alimento se retiram as partículas essenciais, ou
seja, os nutrientes que irão para o sangue e para isso
o alimento precisa ser quebrado.
A quebra começa na cavidade oral por meio da
mastigação.
Ocorrem também processos de quebra que são os
processos físico (mastigação quebra por meio dos
dentes) e químicos (suco gástrico no estômago
quebra por meio do ácido clorídrico HCL) que
são os processos digestórios de quebra.
Introdução
Digestão é o fracionamento/quebra do alimento
para depois ser absorvido.
Absorção passagem dos nutrientes por meio do
epitélio intestinal alcançando a circulação
sanguínea chegando no local adequado.
Classificação
Animais podem ser classificados de acordo com o
hábito alimentar como carnívoros, herbívoros e
onívoros.
o Carnívoros se alimentam de proteína
animal (caninos e felinos).
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ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

Sistema Digestório

Formado por órgãos responsáveis pela digestão dos alimentos.

Existem várias diferenças anatômicas adaptativas entre as espécies, pois animais possuem alimentações diferentes.

Bem complexo.

Tubo digestório – é uma passagem única que vai da boca até o ânus. O alimento deve ser digerido,

absorvido o que é bom e excretado o que não interessa.

Além desse tubo, existem glândulas anexas que participam desse sistema ajudando-o. São estruturas que produzem determinadas substâncias que são lançadas no tubo.

 Pâncreas, vesícula biliar que se encontra no fígado, o fígado, as glândulas salivares.

Pâncreas:

Emulsifica o quilo por meio da produção do sulco pancreático. Possui uma parte exócrina e outra endócrina. Sua função importante no sistema digestório é a exócrina que produz o sulco pancreático que vai para o duodeno.

Fígado:

Produz a bile que é liberada no duodeno.

Glândulas salivares:

Produzem a saliva lançando-a na cavidade oral.

Para ocorrer a digestão , o alimento precisa ser fracionado (quebrado) para depois ser absorvido. No alimento se retiram as partículas essenciais, ou seja, os nutrientes que irão para o sangue e para isso o alimento precisa ser quebrado.

A quebra começa na cavidade oral por meio da mastigação.

Ocorrem também processos de quebra que são os processos físico (mastigação – quebra por meio dos dentes) e químicos (suco gástrico no estômago – quebra por meio do ácido clorídrico – HCL) que são os processos digestórios de quebra.

Introdução

Digestão – é o fracionamento/quebra do alimento para depois ser absorvido.

Absorção – passagem dos nutrientes por meio do epitélio intestinal alcançando a circulação sanguínea chegando no local adequado.

Classificação

Animais podem ser classificados de acordo com o hábito alimentar como – carnívoros, herbívoros e onívoros.

o Carnívoros – se alimentam de proteína animal (caninos e felinos).

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

o Herbívoros – se alimentam de proteína vegetal (ruminantes e equinos). Essa digestão não é muito simples. o Onívoros – se alimentam de carnes e vegetais (suínos e aves).

Componentes – Sistema Digestório

Órgãos anexos – pâncreas, fígado e glândulas salivares. Não se encontram no tubo, porém produzem e lançam substâncias no interior do tubo digestório auxiliando na degradação dos alimentos.

o Boca – cavidade oral; o Dentes – cavidade oral. Realizam a 1ª degradação do alimento por meio do processo físico; o Língua ; o Faringe ; o Esôfago – leva o alimento até o estômago; o Estômago; o Intestino Delgado – dividido em 3 porções. o Intestino Grosso – 2ª parte. Dividido em 3 porções. o Ânus – esfíncter de saída do conteúdo fecal.

Cavidade Oral

Funções:

 Apreensão  Seleção  Mastigação  Salivação  Deglutição do alimento.

Cada animal possui um diferente tipo de apreensão do alimento.

Alguns animais são mais seletivos do que outros em relação ao alimento.

Toda a mastigação é realizada por meio dos dentes no interior da cavidade oral.

Salivação é feita por meio das glândulas salivares que lançam a saliva nessa cavidade.

Deglutição é o ato de engolir o alimento.

Bovino:

o Apreensão – feita por meio da língua que é espessa e bem móvel. o Dentes – não possuem dentes incisivos superiores (são os rostrais). o Utilizam molares superiores e inferiores para realizar a mastigação. o Não são seletivos, ou seja, comem tudo. o Possuem lábios espessos e insensíveis.

Pequeno ruminante:

o Apreensão – lábios, língua e dentes incisivos. o Possuem lábios e língua muito móveis. o Também não possuem os dentes incisivos superiores. o Mais seletivos que os bovinos. o Lábios são movimentados pelos músculos da face. o Fenda labial – separa o lábio se juntando ao filtro da narina. Equinos:

o Apreensão – lábios e dentes incisivos. o Possuem lábios móveis. o Possuem incisivos superiores e inferiores.

Suíno:

o Apreensão – lábio inferior. o Selecionam o alimento com o focinho, ou seja, revolvem o solo. o Levam o alimento para a cavidade oral por meio do lábio inferior.

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período Palato mole é a 2ª porção do teto da cavidade oral. Localizado caudalmente.

Constituintes: o Processos palatinos – ossos incisivos, maxilares e osso palatino.

Possui revestimento mucoso espesso e queratinizado em herbívoros.

Estruturas – todos os animais possuem rugas platinas (cristas transversais presentes na mucosa) e papilas incisivas (local onde se abrem ductos do órgão vomeronasal). No centro se encontra a rafe palatina.

 Ruminantes possuem a mais o pulvino dentário (região que não possui dentes incisivos superior) que é uma “almofada” queratinizada.

|Palato mole ou véu palatino :

É a parte muscular.

Porção superior constituindo a maior parte da faringe.

É contínuo ao palato duro, porém localizado caudal a ele.

Possui uma relação íntima com a epiglote participando do processo de deglutição.

A deglutição possui dois processos – a primeira parte é voluntária (por meio da língua, do palato e do músculo milo hióideo que auxiliam a empurrar o alimento) e a segunda parte é involuntária (alimento entra em contato com a faringe e vai para o esôfago por conta do fechamento da epiglote).

Frênulo – prende a língua na cavidade oral ventralmente.

Carúnculas sublinguais – onde se abrem os ductos de algumas glândulas salivares. Uma das entradas da saliva na cavidade oral.

Tonsilas palatinas – são do sistema linfoide não encapsulado e são denominadas erroneamente de amígdalas.

Arco palato gloso – ligação do palato mole com a raiz da língua.

Língua

3 partes – raiz (parte mais caudal que se inicia na orofaringe), corpo (parte maior e mais volumosa), o ápice (parte móvel) e o frênulo.

Possui mobilidade principalmente o ápice e se prende ao assoalho por meio do frênulo da língua.

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

É um órgão muscular. Sua maior parte se encontra na cavidade oral e uma pequena porção na orofaringe.

Função:

o Mastigação (movimenta o bolo alimentar); o Sucção (puxada de líquidos); o Deglutição (consegue empurrar o alimento para a faringe); o Funções gustativas por meio de papilas mecânicas (movimento e alimento) e gustativas (capta sabor de alimentos) e funções táteis (sentir se o alimento está quente ou frio).  Caninos – ela também participa na regulação de temperatura. Túnica mucosa:

Em cima ela é mais rígida e em baixo (ventralmente) e lateralmente é fina e mais delicada.

Papilas possuem funções, nomes e formatos diferentes.

o Papilas gustativas – fungiformes, folhosas e valadas/circunvaladas. o Papilas mecânicas – bucais (apenas em ruminantes), filiformes, lenticulares/lentiformes. São as papilas restantes.

As espécies nem sempre vão possuir todas as papilas. Espécies possuem variações.

o Folhosas – localizadas na lateral próximas a raiz da língua. o Filiformes – ficam na língua inteira sendo mais visíveis em umas espécies do que em outras. o Fungiformes – situadas no meio das filiformes. Pontinhos pretos ou brancos.

o Valadas – encontradas na raiz dorsalmente. o Cônicas – localizadas perto da epiglote na região de orofaringe sendo mais caudais às valadas. o Lenticulares – localizadas no toros lingual.

o Cães – somente eles possuem uma linha no meio da língua denominada de sulco mediano. Também possuem a lissa da língua (tecido fibroso localizado na mesma posição do sulco mediano) que auxilia na captação de água por meio da “concha” que eles formam. o Ruminantes – somente eles possuem uma elevação na língua denominada de toros lingual que auxilia na mastigação pressionando o alimento contra o teto da

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

 Alguns animais possuem também 1º médio e 2º médio. o Caninos o Pré-molares – 1º pré-molar, 2º pré- molar... o Molares – mais caudais. 1º molar, 2º molar...  Quanto ao formato da superfície oclusal (parte de cima do dente, onde um dente toca em outro): o Bunodontes – possuem uma superfície oclusal arredondada. Dentes importantes para triturar e esmagar o alimento.  Suínos. o Selenodontes – possuem cristas elevadas que auxiliam no corte do alimento.  Herbívoros (ruminantes e equinos). o Lofodontes – possuem cristas paralelas transversais formando raladores.  Roedores. o Secodontes – possuem lâminas cortantes e afiadas por conta de seu hábito alimentar ser de carne.  Carnívoros.  Quanto ao número de dentições: o Monofiodontes – apenas uma dentição (dentes nascem e permanecem pelo resto da vida);  Golfinhos. o Difiodontes – possuem duas dentições, sendo uma decídua e a outra permanente, pois os primeiros dentes caem e nascem dentes permanentes no lugar.  Mamíferos domésticos. o Polifiodontes – caem e nascem dentes diversas vezes ao longo da vida.  Crocodilo.  Quanto à ação: o Incisivos – cortantes; o Caninos – penetrantes; o Pré-molares e molares – trituradores.

Fórmula dentária nas espécies domésticas (usada para saber a quantidade de dentes em cada espécie):

Bovinos – possuem em torno de 32 dentes e um espaço Inter dentário ( diastema ) e um espaço após o último molar ( espaço retomolar ) ; o Fórmula dentição temporária: 0/4 I (0 incisivos em cima e 4 incisivos em baixo); 0/0 C ( caninos tanto em cima como em baixo); 3/3 P (3 pré-molares em cima e 3 em baixo). o Fórmula dentição permanente: 0/4 I (0 incisivos em cima e 4 incisivos em baixo); 0/0 C ( caninos tanto em cima como em baixo); 3/3 P (3 pré-molares em cima e 3 em baixo); 3/3 M ( molares em cima e 3 em baixo).  Suínos – possuem 44 dentes. o Dentição temporária – 3/3 I; 1/ C; 3/3 P; o Dentição permanente – 3/3 I; 1/ C; 4/4 P; 3/3 M.  Equinos – possuem de 40 a 42 dentes. o Dentição temporária – 3/3 I; 0/ C; 3/3 P; o Dentição permanente – 3/3 I; 1/ C; 3 ou 4/3 P; 3/3 M.  Pode ocorrer do 1º pré- molar ser apenas um vestígio sendo chamado de dente de lobo. Geralmente deve ser arrancado por ocasionar desconforto ao animal.  Cães – possuem 42 dentes. o Dentição temporária – 3/3 I; 1/ C; 3/3 P.

É uma fórmula que resulta apenas na quantidade de dentes da hemi arcada (metade da arcada dentária), então o resultado se deve multiplicar por 2. O 1º número está relacionado com a dentição superior e o 2º com a inferior.

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

o Dentição permanente – 3/3 I; 1/ C; 4/4 P; 2/3 M.  Gatos – possuem 30 dentes. o Dentição temporária – 3/3 I; 1/ C; 3/2 P; o Dentição permanente – 3/3 I; 1/ C; 3/2 P; 1/1 M. Funções do dentes:

 Mastigação;  Apreensão;  Transporte de filhotes;  Locomoção – morsas se locomovem pelos dentes;  Ataque e defesa;  Característica sexual;  Fonação;  Estética.

Faringe

É um órgão comum ao sistema digestório e ao sistema respiratório.

Localizada entre as cavidades nasal e oral e laringe e esôfago.

Dividida em 3 regiões – nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.

Alimento entre na cavidade oral onde ocorre o processo de mastigação e deglutição indo para orofaringe, passa pela laringofaringe chegando no esôfago.

Nasofaringe é importante para a passagem de ar

Epiglote se fecha para que ocorra a passagem do alimento.

Esôfago

É um órgão tubular que leva o alimento dês da faringe até o estômago.

Fica colabado e à medida que o alimento vai passando ele vai se abrindo.

Em sua parede se tem musculatura lisa com movimentos peristálticos de contração e relaxamento para levar o alimento até o estômago.

Localizado dorsal à traqueia e percorre toda a região do pescoço (esôfago cervical), da cavidade torácica (esôfago torácico) e atravessa o diafragma pelo hiato esofágico chegando ao estômago (esôfago abdominal).

Esôfago abdominal é a porção mais curta.

Estômago

É uma dilatação entre o esôfago e o intestino.

Alimento chega ao estômago pelo esôfago e vai par ao intestino saindo do estômago.

É um órgão cavitário.

Sua parede média possui musculatura lisa e internamente possui uma mucosa que é diferente em cada espécie.

A mucosa possui glândulas que produzem o suco gástrico (HCl) que age sobre o alimento realizando o início da digestão química.

Localizado em sua maior parte no lado esquerdo do plano mediano do abdômen, porém quando repleto de alimento ele acaba invadindo o lado direito caudalmente.

Possui formatos diferentes entre as espécies, pois ruminantes possuem 4 câmaras gástricas.

Possui 2 óstios (aberturas), pois uma abertura é para a chegada do alimento no esôfago ( óstio cárdico ) e outra abertura é para a saída do alimento para chegar no intestino delgado ( óstio pilórico ).

Pode ser unicavitário ou pluricavitário.

Unicavitário – apenas uma cavidade. Também chamado de monogástricos. Ex.: cães, felinos, equinos e suínos.  Pluricavitário – mais de numa cavidade. Também chamado de poligástrico. Ex.: ruminantes e pequenos ruminantes que possuem 4. Estômago Unicavitário:

Morfologia externa:

Externamente o estômago é formado por 2 curvaturas sendo uma denominada maior e outra denominada menor.

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

Rúmen

Presente em ruminantes e bovinos.

Vai dês do diafragma até a pelve, tomando conta de todo o antímero esquerdo dos animais.

Realiza a digestão microbiana e a absorção de ácidos graxos voláteis.

Possui uma mucosa queratinizada com papilas ruminais (absorvem ácidos graxos voláteis).

Possui músculo liso em sua parede média, realizando contrações movimentando e misturando o alimento.

Em bovinos ele realiza 3 movimentos a cada 2 minutos. Em pequenos ruminantes realiza de 3 a 4 movimentos a cada 2 minutos.

Por fora possui sulcos e por dentro possui dobras denominadas de pilares ruminais.

Morfologia externa:

Sacos possuem nomes diferentes, porém todos possuem a função de abrigar microrganismo para que ocorra a digestão microbiana.

Face parietal – face esquerda voltada para a parede do abdômen.  Face visceral – lado direito voltado para as outras vísceras.

Morfologia interna:

Possui uma mucosa ruminal com pilares e papilas ruminais.

Retículo

É crânio ventral com uma íntima relação morfofuncional (mesma função) com o rúmen.

Realiza a digestão microbiana e forma os bolos alimentares.

Forma pequenos bolos alimentares que irão retornar para a boca que irão ser novamente mastigados e irá ocorrer novamente outra digestão.

Do retículo para o omaso existe uma abertura denominada de óstio retículo-omasal.

Retículo é observado também no lado esquerdo entre a 6ª e 8ª costela na cavidade abdominal.

Morfologia interna: Possui células reticulares com papilas reticulares em seu interior e ao seu redor são delimitadas pelas as cristas reticulares.

Mucosa reticular

Animais não desmamados o leite é digerido no estômago verdadeiro (abomaso), então ele vai direto para o omaso sem precisar ocorrer toda aquela digestão em animais desmamados que não

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

se alimentam apenas de leite. Então, os animais jovens possuem o sulco reticular (goteira esofágica), que funciona como uma “canaleta” um atalho, escorrendo o leite que chegou do esôfago no interior do retículo, direto para o omaso.

Omaso

É esférico e folhoso.

Voltado para o lado direito.

Sua entrada é realizada por meio do óstio que vem do retículo (óstio retículo-omasal).

Localizado entre a 8ª e a 11ª costela.

Função – reabsorção de líquidos, principalmente de água.

Internamente é formado por folhas/lâminas.

Mucosa é formada por lâminas musculares e por pequenas papilas que realizam a reabsorção de líquidos e nutrientes.

Abomaso

É o estômago químico, verdadeiro.

Possui glândulas gástricas que produzem o suco gástrico.

É semelhante ao estômago dos monogástricos.

Localizado ventralmente no assoalho da cavidade abdominal voltado para o lado direito.

Função – realizar a digestão química.

Sua mucosa é pregueada.

Possui curvatura menor e maior, um toro pilórico, óstio pilórico e região pilórica.

Não possui região cárdica.

Possui uma abertura denominada de óstio omaso- abomasal.

Morfologia interna:

Mucosa abomasal possui pregas espirais altas onde são distribuídas as glândulas gástricas.

Possui regiões glandulares que produzem secreções para a digestão.

Processo de ruminação

Animal se alimenta, ocorre a mastigação e a 1ª deglutição passando pelo esôfago.

Do esôfago o alimento vai para o rúmen e para o retículo, onde ocorrem contrações que misturam o alimento e a ação de microrganismos.

Do retículo inicia a fase de regurgitação em que o alimento vai retornando para o esôfago até chegar na boca onde o animal mastiga novamente o alimento, ocorre mais salivação e a 2ª deglutição.

Na 2ª deglutição após o alimento passar pelo esôfago, ele passa pelo retículo e vai direto para o omaso, abomaso e intestino.

Vascularização

Artéria celíaca vai para o baço, estômago e fígado.

Da celíaca saem artéria esplênica ou lineal (baço), a. gástrica esquerda (estômago) e a. hepática (fígado).

A A. Gástrica esquerda irriga quase todo o estômago.

Da A. Hepática surgem outras duas artérias que são a A. Gástrica Direita (estômago) e a A. Gastroepiplóica Direita que vai para a região do omento.

A A. Gástrica Direita se anastomosa com a Gástrica Esquerda.

Da A. Esplênica sai um ramo que é a A. Gastroepiplóica Esquerda que se anastomosa com a direita.

As artérias gástricas vão para a região de curvatura menor e as artérias gastroepiplóicas vão para a região de curvatura maior.

Ruminantes – além de todas essas artérias, eles possuem mais duas que são a A. Ruminal Esquerda e a A. Ruminal Direita que saem da A. Celíaca.

Intestinos

São órgãos tubulares por onde o bolo alimentar e o bolo fecal passam por meio de movimentos musculares.

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

  • Suíno.
  • Bovino.
  • Equino

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

Intestino Grosso

Possui um diâmetro maior.

Ceco:

 1ª porção  É uma bolsa em fundo cego  É uma câmara de fermentação, principalmente em herbívoros como os equinos.  Em carnívoros sua função não é muito conhecida.  Em equinos é muito desenvolvido, podendo chegar até 1,5 metros e é dividido em base, corpo e ápice.  Em ruminantes ele possui de 45 a 50 cm.  Possui formatos diferenciados nas espécies: o Canino – espiralado e pequeno. o Bovino - cilíndrico. o Equino – formato de “C”. o Suíno – cilíndrico. Colo:

 É a maior porção do intestino grosso  Realiza a reabsorção de líquidos  Vai dês da base do ceco até chegar no reto  Dividido em ascendente, transverso e descendente (parte final que chega no reto).  Seu formato e arranjo variam entre as espécies podendo ter de 3 a 13 metros: o Carnívoros – ascendente, transverso e descendente. o Ruminantes – espiralado com curvas centrípetas e centrífugas. o Suíno – helicoidal com curvas centrípetas e centrífugas. o Equinos – formato de 2 “C” superpostos, dessa forma ele possui um colo ventral e um colo dorsal com várias flexuras.

*Entre o ceco e o colo se tem a prega cecocórica.

Reto:

 Parte final do intestino grosso  É bem curto  Realiza a mesma função do colo de reabsorção de líquido para deixar as fezes

mais secas e não ser eliminado muito líquido  Localizado na pelve  Macho – é próximo da bexiga urinária, da próstata e da uretra pélvica.  Fêmea – é próximo ao útero e a vagina. Ânus:

 Porção final do tubo digestório  É um esfíncter duplo com uma parte externa (músculo estriado esquelético) e uma parte interna (músculo liso)  Existe um plexo hemorroidal (conjunto de vasos) que auxiliam os esfíncteres fornecendo suporte controlando a passagem das fezes para o exterior.

Vascularização

Feita pelas artérias mesentéricas.

A artéria mesentérica cranial leva sangue para a porção inicial do intestino delgado.

A artéria mesentérica caudal irriga o intestino grosso. O duodeno e o reto além da artéria mesentérica, eles também são vascularizados por outras. O começo do duodeno recebe sangue também de ramos da artéria hepática. O reto recebe também sangue da artéria pudenda interna.

- Caminho do alimento dês da boca até o ânus no equino: alimento é deglutido indo de faringe para esôfago chegando no estômago onde sofre os processos gástricos. Em seguida, vai para o duodeno, jejuno, íleo, ceco, cólon ventral direito, flexura external, colo ventral esquerdo, flexura pélvica, colo dorsal esquerdo, flexura diafragmática, colo dorsal direito, colo transverso, colo descendente, reto e ânus.

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

Equino é o único que não possui glândula sublingual monostomática.

A glândula bucal dorsal no cão é chamada de glândula zigomática salivar.

Fígado:

É a maior glândula.

É um órgão parenquimatoso.

Localizado caudalmente ao diafragma.

Funções:

 Metaboliza carboidratos, lipídios e proteínas  Produz, armazena (na vesícula biliar) e lança no duodeno, na papila duodenal maior, a bile (emulsificador que quebra a gordura)

Vesícula biliar se localiza entre o lobo caudado e o lobo medial direito.

Possui 2 faces – face diafragmática (voltada para o diafragma) e a face visceral (voltada para o interior da cavidade abdominal).

Face visceral – local onde se localiza a vesícula biliar e o espaço porta (região onde

chega a artéria hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os vasos linfáticos e os nervos).

Formado por lobos (laterais, médios, quadrado e caudado) com diferenças entre as espécies.

Vascularização:

 Irrigado pela artéria hepática que sai da celíaca.  Irrigado por veia porta.  Drenado (retorno venoso) pelas veias hepáticas que irão para a veia cava caudal.

Vias biliares:

 A maioria das espécies possuem a vesícula biliar que armazena a bile produzida pelo fígado.  Ductos hepáticos presentes no interior do fígado levam a bile ao local que deve ser encaminhada e se transformam no ducto hepático comum que chegam no ducto cístico que leva a bile para a vesícula biliar.  Quando a bile precisa ser liberada o ducto colédopo que realiza a sua condução para o duodeno desembocando na papila duodenal maior.

  • No carnívoro o lobo caudado é dividido em processo caudado e processo papilar.

ANATOMIA Beatriz Guidugli Dal’ Pozzo – 2° Período

  • Suíno.
  • Equino não possui vesícula biliar, então ela só não será armazenada.
  • Bovino.