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Angina Estável - Cardiologia, Notas de aula de Cardiologia

Documento referente a uma ótima aula de Cardiologia abordando manejo e tratamentos de Angina Estável

Tipologia: Notas de aula

2023

Compartilhado em 23/08/2023

joao-pedro-ribeiro-44
joao-pedro-ribeiro-44 🇧🇷

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ANGINA ESTÁVEL
- Conceito de dor isquêmica – qualquer coisa que faça desequilíbrio entre oferta e consumo de
O2– não necessariamente precisa ter doença coronária para ter dor no peito
oOferta O2: perfusão (DAC), oxigenação (DPOC, Anemia), PA (choque), disfunção
endotelial (vasoespasmo), Síndrome X (doença microvascular), anomalia coronária
o Consumo O2: FC, PA, Pós Carga (estenose valvar, RVS), Pré Carga, Miocardiopatia
hipertrófica ou dilatada
Quando ocorre elevação enzimática?
oQuando o tempo de isquemia for suficiente para causar necrose
oNão há elevação de marcador enzimático na angina estável – tempo de isquemia é curto
(2-20 minutos)
- Dor anginosa – dores extremamente curtas (não dá tempo de ocorrer o desequilíbrio, logo, não gera
isquemia) e extremamente prolongadas (é IAM) – melhora com nitrato e com repouso
- Sem mudança de característica nos últimos 2 meses
OBS - Pacientes Diabéticos - muitos deles apresentam todos os sintomas anginosos aos esforços
físicos, mas dificilmente irão apresentar dor no peito
- Fatores de Risco – mesmos fatores de risco para doença aterosclerótica (homem, tabagista,
sedentário...)
CLASSIFICAÇÃO DE DOR
Típica (dor tipo A) – anginosa – irradia principalmente para mandíbula, dura entre 2-20
minutos, relação direta com esforços e estresse e melhora com repouso e nitrato – deve ter 3
ou mais dessas características
Provavelmente típica (dor tipo B) – quase que é – 3 das características ali de cima
Provavelmente atípica (dor tipo C) – quase que não – máximo de 2 características
Completamente atípica (dor tipo D) – não é – se tiver nenhuma ou uma
GRADIENTE ESTENÓTICO
1 – DAC assintomática (só tratamos pacientes sintomáticos) – lesão <50% encontrada
ocasionalmente em outros exames
oOBS – nem sempre angina quer dizer DAC
2 – Angina estávellesão > 70%
oAumento de consumo de O2 = desencadeia quadro doloroso
oPadrão previsível e recorrente - não pode mudar dentro do prazo de 2 meses para poder ser
caracterizado como angina
oMelhora em minutos com diminuição do consumo de O2 (repouso) e aumento da oferta
(nitratos)
oTem risco de eventos como IAM no futuro
3 – Angina Instávellesão > 80%
oDor desencadeada também no repouso
oPadrão imprevisível
oMelhora após vários minutos (>20 min) apenas com medicação ou repouso prolongado
oMuito alto risco de evento em curto prazo ou imediato = EMERGÊNCIA MÉDICA
4 – Angina de início recente – sintomas se iniciaram à menos de 2 meses
5 – Angina Progressiva – deixa de ser estável e começa a entrar no quadro de instabilidade
o da intensidade, duração ou frequência dos episódios
o do limiar de esforço ou do limiar ou doses das medidas de alívio
6 – IAM SEM SUPRAobstrução por mais de 20 min
oVai ter elevação enzimática por causa do tempo de isquemia
oÉ uma emergência hospitalar
oPlacas instáveis - rotura de placa trombo local sintomas (horas) e NECROSE lise do
trombo reperfusão alívio dos sintomas
oRemissão apenas com medicação ou intervenção hospitalar
7 – IAM COM SUPRA DE “ST” – ocorre oclusão total – placas instáveis com trombo e oclusão
8 – Angina variante de Prinzmetal – não tem DAC, mas tem disfunção coronária e fica fazendo
vasoespasmo (dor noturna e começa no início da manhã)
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ANGINA ESTÁVEL

  • Conceito de dor isquêmica – qualquer coisa que faça desequilíbrio entre oferta e consumo de O2 – não necessariamente precisa ter doença coronária para ter dor no peito o ↓ Oferta O2: ↓ perfusão (DAC), ↓ oxigenação (DPOC, Anemia), ↓ PA (choque), disfunção endotelial (vasoespasmo), Síndrome X (doença microvascular), anomalia coronária o ↑ Consumo O2: ↑ FC, ↑ PA, ↑ Pós Carga (estenose valvar, RVS), ↑ Pré Carga, Miocardiopatia hipertrófica ou dilatada  Quando ocorre elevação enzimática? o Quando o tempo de isquemia for suficiente para causar necrose o Não há elevação de marcador enzimático na angina estável – tempo de isquemia é curto (2-20 minutos)
  • Dor anginosa – dores extremamente curtas (não dá tempo de ocorrer o desequilíbrio, logo, não gera isquemia) e extremamente prolongadas (é IAM) – melhora com nitrato e com repouso
  • Sem mudança de característica nos últimos 2 meses OBS - Pacientes Diabéticos - muitos deles apresentam todos os sintomas anginosos aos esforços físicos, mas dificilmente irão apresentar dor no peito
  • Fatores de Risco – mesmos fatores de risco para doença aterosclerótica (homem, tabagista, sedentário...)

 CLASSIFICAÇÃO DE DOR

Típica (dor tipo A) – anginosa – irradia principalmente para mandíbula, dura entre 2- minutos , relação direta com esforços e estresse e melhora com repouso e nitrato – deve ter 3 ou mais dessas características  Provavelmente típica (dor tipo B) – quase que é – 3 das características ali de cima  Provavelmente atípica (dor tipo C) – quase que não – máximo de 2 características  Completamente atípica (dor tipo D) – não é – se tiver nenhuma ou uma

 GRADIENTE ESTENÓTICO

1 – DAC assintomática (só tratamos pacientes sintomáticos) – lesão <50% encontrada ocasionalmente em outros exames o OBS – nem sempre angina quer dizer DAC 2 – Angina estávellesão > 70% o Aumento de consumo de O2 = desencadeia quadro doloroso o Padrão previsível e recorrente - não pode mudar dentro do prazo de 2 meses para poder ser caracterizado como angina o Melhora em minutos com diminuição do consumo de O2 ( repouso ) e aumento da oferta ( nitratos ) o Tem risco de eventos como IAM no futuro 3 – Angina Instávellesão > 80% o Dor desencadeada também no repouso o Padrão imprevisível o Melhora após vários minutos (>20 min) apenas com medicação ou repouso prolongado o Muito alto risco de evento em curto prazo ou imediato = EMERGÊNCIA MÉDICA 4 – Angina de início recente – sintomas se iniciaram à menos de 2 meses 5 – Angina Progressiva – deixa de ser estável e começa a entrar no quadro de instabilidade o ↑ da intensidade, duração ou frequência dos episódios o ↓ do limiar de esforço ou ↑ do limiar ou doses das medidas de alívio 6 – IAM SEM SUPRAobstrução por mais de 20 min o Vai ter elevação enzimática por causa do tempo de isquemia o É uma emergência hospitalar o Placas instáveis - rotura de placa → trombo local → sintomas (horas) e NECROSE → lise do trombo  reperfusão  alívio dos sintomas o Remissão apenas com medicação ou intervenção hospitalar 7 – IAM COM SUPRA DE “ST” – ocorre oclusão total – placas instáveis com trombo e oclusão 8 – Angina variante de Prinzmetal – não tem DAC, mas tem disfunção coronária e fica fazendo vasoespasmo (dor noturna e começa no início da manhã)

o Sem necrose = sem elevação enzimática o Pacientes jovens o Sem relação com esforço ou estresse o Diagnóstico difícil – holter ou teste de vasoespasmo 9 – Equivalente Anginoso – comum em pacientes diabéticosnão apresentam dor, mas apresentam cansaço, sufocação, dispneia, sudorese

 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

  • Avalia o nível dos sintomas – quanto maior, mais rapidamente devemos tratar os sintomas  Classe 1 – sem dor às atividades habituais (caminhar, subir escadas) e dor aos esforços extremos não habituais, rápidos ou prolongados o Esforços > 7 METS (minutos na esteira)  Classe 2 – passa a ter dor às atividades mais moderadas o Esforço = 5 METS  Classe 3 – dor aos pequenos esforços o Esforço = 2 METS  Classe 4 – não consegue nem tomar banho sem sentir dor e, DE VEZ EM QUANDO, também sente dor em repouso

 DIAGNÓSTICO

  • Exame físico é inespecífico
  • ICC – presença de disfunção V.E + quadro anginoso  estertor
  • Avaliar doenças de base, sinais e fatores de risco, complicações

EXAMES COMPLEMENTARES

  • ECG – usa para comparar avaliações futuras, observar se tem algum indício de que o paciente já teve algum IAM antes
  • ECO de repouso – vai te dizer se aquilo tem probabilidade de ser uma DAC (áreas de cinesia, ou discinesia – já fica com o pé atrás pois já deve ter tido alguma coisa ali), procurar ICC (avaliando globalmente o V.E)
  • Teste Ergométrico – teste funcional que permite avaliar arritmias e função do coração ao esforço físico – é inferior aos demais, mas é usado como teste inicial
 PRESCRIÇÃO PADRÃO

o ASS 100mg/dia o Betabloqueador (máxima dose possível: FC=60bpm) o Estatina (máxima dose possível até alvo de LDL – C) o IECA ou BRA (se possível)

  • Correção da estenose – angioplastia ou cirurgia de revascularização o O melhor método é aquele que vai revascularizar o paciente o máximo possível, independente do método o De uma forma geral, pacientes com anatomia ruim são candidatos à cirurgia (SINTAXE 22-32, se for acima de 32 o paciente é um bom candidato à cirurgia – é um cálculo complicado que é feito pelo hemodinamicista) o O que o paciente quer fazer também interfere na decisão o Paciente clinicamente ruim – angioplastia o Paciente anatomicamente ruim – cirurgia
  • Tempo de Clopidogrel – se for aguda (IAM com supra ou sem supra)  AAS + clopidogrel por 1 ano
  • independente do Stent e do tratamento o Angina estável – 6 meses o Pacientes que precisarem retirar antes a medicação – retirar o Tempo mínimo para Stent convencional – 30 dias o Stent farmacológico – 3 meses o Todos esses casos, sempre devemos manter o AAS
  • Alto risco de trombose – colocou Stent em tronco, bifurcação, vaso fino, vaso longo – manter 6 meses pelo menos
  • Alto risco de sangramento – diminuir o tempo o Risco de sangramento > risco de trombosemantem Clopidogrel e retira AAS
  • Anticoagulado – com 30 dias (manter os 3 fármacos por esse período)

o Tira AAS - mantem Clopidogrel + anticoagulante – mantem o clopidogrel pelo tempo indicado

para aquele caso (geralmente uns 6 meses)

o Depois retira o Clopidogrel e volta com o AAS + anticoagulante