



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Diabetes e terapia farmacológica
Tipologia: Notas de estudo
1 / 6
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
A síndrome do diabetes resulta de um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos caracterizados por hiperglicemia. A hiperglicemia pode resultar de uma ausência absoluta de insulina [diabetes melito tipo 1, também denominado diabetes melito insulino-dependente (DMID)] ou de uma insuficiência relativa de produção de insulina na presença de resistência à insulina [diabetes melito tipo 2, também denominado diabetes melito não-insulino-dependente (DMNID)]. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006) O diabetes tipo 1, que é responsável por cerca de 10% dos casos, ocorre mais comumente em indivíduos jovens, mas algumas vezes em adultos, sobretudo nos indivíduos não-obesos e indivíduos já idosos quando a hiperglicemia aparece pela primeira vez. Acredita-se que o diabetes tipo 1 seja consequência de uma lesão infecciosa ou ambiental tóxica em pessoas cujo sistema imune está geneticamente predisposto a desenvolver uma resposta auto-imune vigorosa contra antígenos das células β do pâncreas. (KATZUNG, 2005) Na ausência de células β, a insulina não é sintetizada nem liberada, e a concentração de insulina circulante aproxima-se de zero. Dessa forma, os tecidos sensíveis à insulina não conseguem captar e armazenar glicose, aminoácidos e lipídios, até mesmo na presença de níveis plasmáticos circulantes elevados dessas substâncias energéticas. (GOLAN, 2009) O diabetes tipo 2 responde por cerca de 90% dos casos e representa um grupo heterogêneo de formas mais leves de diabetes. Ocorre predominantemente em adultos, embora, ocasionalmente, seja observado em adolescentes. O diabetes tipo 2 começa com um estado de resistência à insulina. Os tecidos que antes eram normalmente responsivos à insulina tornam-se relativamente refratários à ação do hormônio e necessitam de níveis aumentados de insulina para responder de modo apropriado. Em muitos casos, a resistência à insulina resulta de obesidade ou de um estilo de vida sedentário. (GOLAN, 2009) Portanto, embora os pacientes com diabetes tipo 2 geralmente tenham níveis circulantes elevados de insulina, esses níveis não são suficientes para superar a resistência à insulina nos tecidos-alvo.
A INSULINA
A insulina é liberada das células β do pâncreas em baixa taxa no estado basal e numa taxa muito mais alta no estado estimulado, em resposta a uma variedade de estímulos, em particular a glicose. A insulina liga-se a receptores presentes na superfície das células-alvo. Apesar de praticamente todos os tecidos expressarem receptores de insulina, os tecidos que armazenam energia (fígado, músculo e tecido adiposo) expressam níveis muitos mais elevados de receptores de insulina e, por conseguinte, constituem os principais tecidos- alvo da insulina.
A insulina promove o armazenamento de gordura e de glicose no interior das células-alvo especializadas e influencia o crescimento e as funções metabólicas de uma ampla variedade de tecidos.
Efeitos da insulina
No fígado: inibe glicogenólise e gliconeogênese; aumenta armazenamento de glicose na forma glicogênio. No músculo: aumenta captação de glicose e síntese de proteínas; aumenta síntese de glicogênio. No tecido adiposo: reduz ácidos graxos livres e promove armazenamento de triglicerídeos; aumenta captação de glicose produzindo glicerofosfato.
TERAPIA FARMACOLÓGICA DO DIABETES
O principal objetivo da terapia farmacológica no diabetes consiste em normalizar os parâmetros metabólicos, como a glicemia, para reduzir o risco de complicações a longo prazo. Como os pacientes com diabetes tipo 1 produzem pouca ou nenhuma insulina endógena, a terapia consiste em reposição com insulina exógena. A capacidade de pacientes com diabetes tipo 2 de produzir insulina sugere que esses indivíduos podem ser tratados com agentes disponíveis por via oral que: (1) controlam os níveis de glicemia ao diminuir a velocidade de absorção dos açúcares pelo trato gastrointestinal; (2) aumentam a secreção de insulina pelas células β do pâncreas; ou (3) sensibilizam as células-alvo à ação da insulina. (GOLAN, 2009)
TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 1
A insulina constitui o único tratamento para pacientes com diabetes tipo 1. As preparações comerciais de insulina diferem em vários aspectos, incluindo diferenças na espécie animal a partir da qual são obtidas; pureza, concentração e solubilidade; e tempo de início e duração de sua ação biológica. Como a insulina é uma proteína sujeita a rápida degradação no trato gastrointestinal, não é efetiva como agente oral. Com efeito, a insulina é administrada por via parenteral, tipicamente com injeção subcutânea com agulha de calibre fino, que cria um pequeno depósito do hormônio no local de injeção. A velocidade de absorção desse depósito de insulina depende de uma variedade de fatores, incluindo a solubilidade da preparação e a circulação local. Quanto mais rápida a absorção de determinada preparação, mais rápido também o seu início de ação e mais curta a duração de ação. A variabilidade entre pessoas e a variabilidade de um local de injeção para outro podem produzir grandes diferenças na velocidade de absorção e, portanto, no perfil de ação da insulina injetada. A insulina inalada e a bomba de insulina são formas de administração mais recentes, que já estão sendo usadas no Brasil por algumas pessoas e vem apresentando ótimos resultados. A insulina inalada é de ação rápida e serve para corrigir ou prevenir picos de hiperglicemia, portanto não substitui todas as aplicações de insulina, obrigando
O principal perigo da insulinoterapia é o de que a administração de insulina na ausência de ingestão adequada de carboidratos pode resultar em hipoglicemia.
TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2
Sulfoniluréias
São disponíveis por via oral e metabolizadas pelo fígado. Em geral, esses fármacos são seguros, e o principal efeito adverso consiste em hipoglicemia devido à secreção excessiva de insulina. A terapia convencional com múltiplas doses, que produz níveis sanguíneos prolongados de sulfoniluréias de ação longa pode induzir um estado de refratariedade das células β pancreáticas, levando a uma perda de resposta satisfatória à terapia.
Meglitidinas
Biguanidas
As biguanidas atuam ao aumentar a sensibilidade à insulina. O alvo molecular das biguanidas parece ser a proteinocinase dependente de AMP (AMPPK). As biguanidas ativam a AMPPK, bloqueando a degradação dos ácidos graxos e inibindo a gliconeogênese e a glicogenólise hepáticas.
O efeito adverso mais comum consiste em leve desconforto gastrintestinal, que é habitualmente transitório e pode ser minimizado por uma titulação lenta da dose. A acidose láctica representa um efeito adverso potencialmente mais grave.
Não afetam diretamente a secreção de insulina, de modo que o seu uso não está associado ao desenvolvimento de hipoglicemia. Além disso, ao contrário da insulina e dos secretagogos da insulina, as biguanidas estão associadas a uma redução dos lipídios séricos e a uma diminuição do peso corporal.
Glitazonas
Outros fármacos
O GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon 1) é um hormônio produzido na porção final do intestino delgado, pela célula L. Ele é secretado quando o alimento chega nessa parte do intestino.