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Apologia da Relação Cinema e História, Resumos de História Moderna

Nóvoa faz uma abordagem do cinema como um modelo de mentalidades e sentimentos que refletem a sociedade na qual um filme é produzido, como um registro do imaginário dos diversos tipos de cultura.

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 18/10/2019

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Resumo
APOLOGIA DA RELAÇÃO CINEMA-HISTÓRIA
Autor: Jorge Nóvoa
Plínio C. Rodrigues
Graduação em História (licenciatura)
Universidade Federal do Oeste da Bahia
Trata-se de um texto fundamental para os estudos da relação cinema-história no
Brasil. “Apologia da relação cinema-história”, escrito pelo professor Jorge Nóvoa, foi
publicado no primeiro número da Revista de História Contemporânea ‘O Olho da
História’, em 1995. Nele, o autor defende a importância do cinema para a História
enquanto documento.
Nóvoa faz uma abordagem do cinema como um modelo de mentalidades e
sentimentos que refletem a sociedade na qual um filme é produzido, como um registro
do imaginário dos diversos tipos de cultura. O autor critica o ceticismo em tono do uso
do cinema como fonte histórica e até mesmo como agente da História, se alinhando à
Escola dos Annales, que ampliou o leque de perguntas e enfoques que podem ser feitos
ao passado.
Para ele, o historiador muitas vezes precisa recorrer à imaginação, principalmente
quando aborda as civilizações mais remotas, cujos vestígios se apresentam escassos.
Nisso, se aproxima da arte e da literatura, não anulando o rigor do método científico que
constitui a historiografia. Assim, faz a associação do cinema com a formação de uma
consciência social, uma mentalidade urbana e industrial, enfatizando o impacto da
sétima arte na construção do conhecimento.
Dentre os possíveis usos da película no ensino de História, problematizando as
temáticas a partir da análise crítica das produções cinematográficas, o autor enfatiza o
potencial didático que o cinema carrega. A linguagem de fácil entendimento que o
recurso audiovisual apresenta, aparece como estímulo à compreensão do conteúdo, que
deve ser acompanhado de material textual, estimulando o aprofundamento das
discussões.
Por fim, o autor aponta algumas etapas metodológicas para a utilização didática do
cinema. Pensado e escrito há 23 anos, o texto traz a leitura das relações entre os meios
de comunicação de massa e a estruturação ideológica e identitária de um povo. O
caráter de construção de narrativas nacionalistas também é citado como uma das
características que o cinema possibilitou, com seu viés propagandístico.
Em tempos de redes sociais, essa análise é infinitamente potencializada, tendo em
vista o avanço dos equipamentos tecnológicos, a transformação comportamental
provocada pela internet e a ampliação das relações mediadas pelas redes sociais. Pensar
a relação entre história e cinema nos dias atuais engloba novos desafios que vão além da
influência do cinema na cultura e nas mentalidades, uma vez que o registro audiovisual
da vida privada ganhou proporções antes inimagináveis.

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Resumo

APOLOGIA DA RELAÇÃO CINEMA-HISTÓRIA

Autor: Jorge Nóvoa

Plínio C. Rodrigues Graduação em História (licenciatura) Universidade Federal do Oeste da Bahia

Trata-se de um texto fundamental para os estudos da relação cinema-história no Brasil. “Apologia da relação cinema-história”, escrito pelo professor Jorge Nóvoa, foi publicado no primeiro número da Revista de História Contemporânea ‘O Olho da História’, em 1995. Nele, o autor defende a importância do cinema para a História enquanto documento.

Nóvoa faz uma abordagem do cinema como um modelo de mentalidades e sentimentos que refletem a sociedade na qual um filme é produzido, como um registro do imaginário dos diversos tipos de cultura. O autor critica o ceticismo em tono do uso do cinema como fonte histórica e até mesmo como agente da História, se alinhando à Escola dos Annales, que ampliou o leque de perguntas e enfoques que podem ser feitos ao passado.

Para ele, o historiador muitas vezes precisa recorrer à imaginação, principalmente quando aborda as civilizações mais remotas, cujos vestígios se apresentam escassos. Nisso, se aproxima da arte e da literatura, não anulando o rigor do método científico que constitui a historiografia. Assim, faz a associação do cinema com a formação de uma consciência social, uma mentalidade urbana e industrial, enfatizando o impacto da sétima arte na construção do conhecimento.

Dentre os possíveis usos da película no ensino de História, problematizando as temáticas a partir da análise crítica das produções cinematográficas, o autor enfatiza o potencial didático que o cinema carrega. A linguagem de fácil entendimento que o recurso audiovisual apresenta, aparece como estímulo à compreensão do conteúdo, que deve ser acompanhado de material textual, estimulando o aprofundamento das discussões.

Por fim, o autor aponta algumas etapas metodológicas para a utilização didática do cinema. Pensado e escrito há 23 anos, o texto traz a leitura das relações entre os meios de comunicação de massa e a estruturação ideológica e identitária de um povo. O caráter de construção de narrativas nacionalistas também é citado como uma das características que o cinema possibilitou, com seu viés propagandístico.

Em tempos de redes sociais, essa análise é infinitamente potencializada, tendo em vista o avanço dos equipamentos tecnológicos, a transformação comportamental provocada pela internet e a ampliação das relações mediadas pelas redes sociais. Pensar a relação entre história e cinema nos dias atuais engloba novos desafios que vão além da influência do cinema na cultura e nas mentalidades, uma vez que o registro audiovisual da vida privada ganhou proporções antes inimagináveis.