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Apostila contendo conceitos básicos, passo a passo para dimensionamento e exemplos numéricos de dimensionamento de dente Gerber
Tipologia: Notas de aula
1 / 35
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Não perca as partes importantes!
Autor do capítulo: Dr. Leandro Dias Küster
Figura 7. 2 : Caminho dos esforços do dente Gerber
d
d
Vk
d
vig
Tirante
aref
Suspensão
Hk
Biela de Compressão
Fonte: Adaptado de El Debs (2017)
É importante também conhecer as formas de ruptura que podem ocorrer nos dentes Gerber. As
possibilidades de ruptura são, de modo geral, as mesmas do consolo:
➢ Deformação excessiva da armadura do tirante;
➢ Esmagamento do concreto;
➢ Cisalhamento do dente.
Mas, El Debs (2017) enfatiza dois tipos de ruína nas extremidades da viga (Figura 7. 3 ):
Figura 7. 3 : Tipos básicos de ruína de dentes Gerber
Fonte: Adaptado de El Debs (2017)
✓ (a) Ruptura ou escoamento da armadura que cruza a fissura que sai do canto
reentrante;
✓ (b) Ruptura segundo fissura que sai do canto inferior, por falta ou deficiência de
ancoragem das armaduras que chegam no canto inferior.
A inclinação dessas fissuras depende da relação entre a altura do dente (hc) e a altura da viga
(h). Quanto menor a relação hc/h, mais as fissuras tendem à direção horizontal (Figura 7. 4 ).
Figura 7. 4 : Formas de ruínas nos dentes de concreto
45°
20° hd=
hvig 2
hd=
hvig 3
h
vig Vk
Vk
Vk
Fonte: Adaptado de El Debs (2017)
Observa-se nessa figura que a existência do chanfro no canto reentrante evita a formação de
fissura principal que sai do canto, além do que a existência do chanfro retarda o aparecimento
da fissuração.
Assim como nos consolos, deve ser prevista força horizontal no dimensionamento dos dentes.
Também se aplicam as indicações para consolos relativas à introdução de coeficientes
adicionais de segurança.
Os principais modelos para calcular os dentes Gerber são:
➢ Modelo de biela e tirante;
➢ Modelo de atrito-cisalhamento.
O Modelo de biela e tirante é mais comum de ser utilizado aqui no Brasil, sendo assim esse será
o modelo utilizado na presente apostila.
Além da força vertical, que normalmente é o principal esforço a ser transmitido, deve-se
considerar obrigatoriamente a ocorrência de força horizontal devido à variação volumétrica e
eventualmente, de outras ações, como, por exemplo, a frenagem de pontes rolantes. A NBR
9062 (ABNT, 2017) comenta que “na ausência de impedimento ao movimento horizontal,
permite-se estimar a força horizontal Hd pela força vertical Fd:
➢ a) 𝐻𝑑 = 0 , 8. 𝐹𝑑 para juntas a seco;
➢ b) 𝐻𝑑 = 0 , 5. 𝐹𝑑 para elementos assentados com argamassa;
➢ c) 𝐻𝑑 = 0 , 16. 𝐹𝑑 para aparelhos de apoio de elastômero;
➢ d) 𝐻𝑑 = 0 , 08. 𝐹𝑑 para aparelhos de apoio revestidos de plásticos politetrafluoretileno;
Para tirante ancorado por solda de barra transversal de mesmo diâmetro:
1 º Passo – Verificação da biela de compressão
A única verificação necessária para dente Gerber é a da biela de compressão. A tensão 𝜏𝑤𝑑 de
cálculo é dada pela Equação 7.3.
wu d
d wd bd
(Equação 7.3)
Sendo:
Vd =ForçaVerticaldecálculo
b =Larguradodente
dd =Alturaútildodente
A tensão resistente 𝜏𝑤𝑢 é dada pela Equação 7.
( )
2 2 0 , 9
d
cd wu
d
a
Obs. Dentes Gerber sempre tem cargas indiretas, devido a necessidade de suspender a
ação antes de passar para o consolo.
c
ck cd
f f
= (Equação 7.5)
1 , 4 paraelementospré-moldadosouelementosmoldadosinloco
1 , 3 paraelementospré-fabricados
Para se determinar a altura útil do dente Gerber, utiliza-se a Equação 7.6.
tirante dd hdente Cnom estribo
= − − − (Equação 7.6)
El Debs (2017) recomenda para o valor do ponto de aplicação de carga a equação 7.7.
tirante^ viga nom
d ref
d C
l a = + + +
(Equação 7.7)
Sendo:
ld =Comprimentododente
dvig =Alturaútildaviga
Caso a tensão resistente ( ^ wd ) seja inferior a tensão de cálculo ( ^ wu ), deve-se alterar as
dimensões do dente ou a resistência do concreto.
2 º Passo – Armadura do tirante
Para o cálculo das armaduras do tirante, deve-se inicialmente escolher a forma que será
realizado o detalhamento do conjunto.
Alternativa A para detalhamento de dente Gerber
Na Figura 7. 5 é apresentado a primeira opção para o detalhamento das armaduras do dente
Gerber.
Figura 7. 5 : Alternativa A para detalhamento das armaduras de dente Gerber
Ash
As,tir Asv
As,susp
Vk
aref
Fonte: Adaptado de El Debs (2017)
A área de aço necessária para o tirante utilizando a alternativa A é dada pela Equação 7.8.
= + d d
d ref
yd
s tir H d
V a
f
,^ (Equação^ 7.8)
Sendo:
aref = Distância do ponto de aplicação da força vertical em relação ao eixo da armadura de
suspensão;
𝐻𝑑 = Força horizontal (Recomendado mínimo de 20% de 𝑉𝑑);
115 paraelementospré-moldadosouelementosmoldadosinloco
1 , 10 paraelementospré-fabricados
,
f (^) yd
ck
yk
d
stir
f
f
bd
, = (Equação 7.12)
Ancoragem do tirante
Para evitar a possibilidade de ruptura do concreto na extremidade do consolo, que pode ocorrer
quando se faz o dobramento das barras, a armadura do tirante deve ser ancorada utilizando laço
ou com barra transversal soldada de mesmo diâmetro ou maior na extremidade, conforme
indicado nas Figura 7. 7 e Figura 7. 8.
Figura 7. 7 : Ancoragem do tirante do dente Gerber por solda transversal
Figura 7. 8 : Ancoragem do tirante do dente Gerber por laço
El Debs (2017) comenta que “O início da ancoragem do tirante na viga deve ser considerado a
partir da fissura potencial que sai do canto inferior da viga” (Figura 7. 9 ).
Figura 7. 9 : Ancoragens do dente Gerber
armadura de costura do tirante
Ash
As,tir Asv
As,susp
Início da ancoragem da (^) Início da ancoragem
lb
1,5.lb
Fonte: Adaptado da NBR 9062 (ABNT, 2017)
Geralmente supõe-se que a fissura em potencial tenha inclinação de 45°.
Obs. Geralmente essa armadura está posicionada em uma região de má aderência.
Diâmetro Máximo
O diâmetro máximo das barras do tirante deve satisfazer, respectivamente, as seguintes
condições:
Tirante ancorado por solda de barra transversal (Figura 7. 7 ):
mm
b h
(omenordosdois) 6
ou 6 (Equação 7.13)
Tirante ancorado por laço (Figura 7. 8 ):
Espaçamento Máximo
O espaçamento máximo das barras do tirante deve satisfazer, respectivamente, as seguintes
condições:
Tirante ancorado por solda de barra transversal (Figura 7. 7 ):
d d
(Equação 7.14)
Tirante ancorado por laço (Figura 7. 8 ):
5 º Passo – Estribos verticais
Os estribos verticais podem ser escolhidos tomando por base os valores mínimos para vigas,
como indicado na Tabela 7. 2. Esse valor serve para CA-50 e CA-60, em cm²/m.
Tabela 7. 2 : Armadura mínima de estribos verticais de dente Gerber
Aço
Concreto C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C55 C60 C65 C70 C75 C80 C85 C CA- 25 0,177 0,205 0,232 0,257 0,281 0,304 0,326 0,331 0,344 0,356 0,367 0,377 0,387 0,396 0, CA- 50 0,088^ 0,103^ 0,116^ 0,128^ 0,140^ 0,152^ 0,163^ 0,166^ 0,172^ 0,178^ 0,183^ 0,189^ 0,194^ 0,198^ 0, CA- 60 0,074 0,085 0,097 0,107 0,117 0,127 0,136 0,138 0,143 0,148 0,153 0,157 0,161 0,165 0, Fonte: Adaptado de Pinheiro et al (201 6 )
Sendo assim, a armadura para os estribos verticais é dada pela Equação 7.19.
sw w stir
sv b A s
= ,min. 0 , 25. , (Equação 7.19)
Essas armaduras devem ser distribuídas em uma faixa determinada pela Equação 7.20, e o
espaçamento das barras pode ser calculado através da equação 7.21.
Espaçamento disponível= l (^) d − 2 .Cnom (Equação 7.20)
Espaçamentodisponível
−
n
Asv (Equação 6.23)
Sendo:
ld =comprimentododente
n =númerodeestribosadotados
6 º Passo – Aramdura especial para reduzir fissuração
El Debs (20 17 ) recomenda que “no caso de se utilizar a disposição da armadura tipo A (Figura
em forma de estribo inclinado, na mesma direção da armadura Asi do arranjo tipo B (Figura
A adoção dessa armadura deve ser feita após estudar as condições de alojamento e montagem
da armadura resultante. Nesse caso, recomenda-se ainda considerar no cálculo das armaduras a
contribuição dessa armadura especial, pois ela faz parte do arranjo tipo B (Figura 7. 6 ).”
8º Passo – Detalhamento
Na Figura 7. 10 são apresentadas as armaduras do dente Gerber bem como as suas respectivas
posições.
Figura 7. 10 : Arranjo das armaduras de dente Gerber
Ash
As,tir Asv
As,susp
Corte AA
Corte BB
A B
A B
Tirante
Tirante
Armadura de Costura
Armadura de Costura Armadura da viga
Armadura da viga
Estribo Vertical
Armadura de Suspensão
Armadura de costura
Estribo Vertical
Armadura de Suspensão
Armadura do tirante
Barra soldada
Barra soldada
Fonte: Adaptado de El Debs (2017)
Definições
Adotar a distância do ponto de aplicação da força vertical mediante recomendação de El DEBS
(2017):
tirante^ viga nom
d ref
d C
l a = + + +
, ,
l viga dviga hviga Cnom tviga
Adotando que:
dviga 78 , 5 cm 2
Adotando inicialmente que:
tirante = 20 mm
aref 290 , 63 mm 8
tirante dd hdente Cnom estribo
Adotando inicialmente que:
estribo = 5 mm
dd 365 mm 2
Verificação da biela de compressão
wu d
d wd bd
2 0 , 2557 /
kN cm bd
d
d wd = = =
( ) (^ )^
2 2 2
2 2
kN cm
d
a
f
d
cd wu =
Como a carga é indireta, = 0,
aref = 290,63mm
dd = 365 mm
Armadura do tirante
2 , 1 ,^2.^567 ,^57 0 , 85. 36 , 5
H cm d
V a
f
A (^) d d
d ref
yd
s tir =
A armadura do tirante que corresponde a força horizontal é dada por:
2 ,.^1 ,^2.^561 ,^54 43 , 5
H cm f
A (^) d yd
s tir = = =
Armadura mínima
ck
yk
d
stir
f
f
bd
,
cm A Ok f
bd f A (^) stir yk
d ck s tir =^ = = ,
2 , 2 ,^628 50
2 2 A (^) , 7 , 57 cm 3 20 9 , 42 cm
Utilizar s tir = ⎯⎯⎯^ → =
Diâmetro máximo da armadura do tirante
Como a armadura do tirante é ancorada por solda de barra transversal, a verificação do diâmetro
máximo da armadura é dada por:
mm
b h
(omenordosdois) 6
ou 6
mm
b 50 6
mm
h 66 , 67 6
mm mm
mm 25 25
Espaçamento máximo da armadura do tirante
Como a armadura do tirante é ancorada por solda de barra transversal, a verificação do
espaçamento máximo da armadura é dada por:
S mm cm d mm
mm S d
1
−
n
b C S
nom estribo tirante ef
As,tir = 3 20
El Debs (20 17 ) comenta que “O início da ancoragem do tirante na viga deve ser considerado a
partir da fissura potencial que sai do canto inferior da viga”.
Geralmente supõe-se que a fissura em potencial tenha inclinação de 45°.
l (^) efetivo = ld − Cnom + dviga − dd + lb , nec = 32 , 5 − 2 + 78 , 5 − 36 , 5 + 76 , 66 = 149 , 16 cm 150 cm
Armadura de suspensão
2 , 6 ,^44 43 , 5
cm f
yd
d s susp = = =
2 3 12 , 5 mm ( 2 ramos) As , susp = 7 , 36 cm
Armadura de costura
( ) ( )
2 A (^) sh = 0 , 5. As , tir − As , tir , Hd = 0 , 5. 7 , 57 − 1 , 54 = 3 , 02 cm
2
2
2
2
2 10 (doisramos) 3 , 14
3 8 (doisramos) 3 , 00
5 6 , 3 (doisramos) 3 , 10
cm
cm
cm
Ash cm
Ancoragem da armadura de costura
A armadura de costura será ancorada por meio de laço na extremidade do dente Gerber. Na
viga, será realizada ancoragem reta. O esquema de ancoragem segue os detalhes expostos na
ABNT NBR 6118 (2014) item 22.5.1.4. O cálculo do comprimento de ancoragem é feito
segundo o item 9.4 da referida norma.
Deve-se efetuar ancoragem igual a 1,5.lb,nec a partir do centro das armaduras de suspensão.
O comprimento básico de ancoragem é dado por:
bd
yd b f
f l. 4
f (^) bd = 1 . 2. 3. fctd
2 , 25 parabarras nervuradas
1 , 4 parabarrasentalhadas
1 , 0 parabarraslisas
0 ,7parasituaçõesdemáaderência
1 , 0 parasituaçõesdeboaaderência
Ash = 210 (dois ramos)
As,susp = 312,5 (dois ramos)
𝜂 2 = 0 , 7 (𝑧𝑜𝑛𝑎 𝑑𝑒 𝑚á 𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎)
mm
mm
para 32 100
1 , 0 para 32
3
2
2 / (^32) / 3 ,inf , 1 , 448 0 , 1448 / 1 , 4
MPa kN cm
f f f f
ck
c
ctm
c
ctk ctd = = = = = =
2 fbd = 2 , 25. 0 , 70. 1 , 00. 0 , 1448 = 0 , 228 kN / cm
cm f
f l bd
yd b^47 ,^70 0 , 228
sef
scalc b nec b A
l l ,
,
l (^) b nec 45 , 88 cm 3 , 14
viga nom ref bnec
d efetivo
d C a l
l l
lefetivo = 121 , 95 cm 125 cm
Estribos verticais
Os estribos verticais podem ser escolhidos tomando por base os valores de 25% da taxa de
armadura do tirante ou valores mínimos para vigas. Para isso serão utilizados os valores
recomendados pela NBR 6118 (ABNT, 2014), item 17.4.1.1.1. O valor para taxa de armadura
transversal mínima, que depende do aço e do concreto, foi retirado da tabela 13.1 de Pinheiro,
Muzardo e Santos (2003).
sw w stir
sv b A s
= ,min. 0 , 25. ,
2 em32,5cm 2 2
. 30 0 , 0348 / 1 , 13 0 , 25. 7 , 57 1 , 89 100
cm cm cm cm s
Asv
2 5 5 mm (doisramos) Asv , ef = 2 , 00 cm
Essa armadura deve ser distribuída em uma faixa horizontal de:
l (^) c − 2. Cnom = 32 , 5 − 2. 2 = 28 , 5 cm
O espaçamento destas barras será de:
Espaçamentodisponível
−
n
Asv
Asv = 55 (dois ramos)