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apostila detalhada de endodontia da faculdade unitri
Tipologia: Resumos
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Compartilhado em 16/03/2021
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Profa. RENATA PEREIRA GEORJUTTI Prof. RODRIGO ANTÔNIO DE FARIA COLABORADORA: FERNANDA LADICO MIURA
UBERLÂNDIA-
Aplicar os princípios biológicos e técnico-científicos para: diagnosticar as alterações pulpares e periapicais, bem como planejar e estabelecer o tratamento endodôntico indicado; executar o tratamento endodôntico radical em dentes posteriores; examinar e avaliar tratamentos endodônticos e retratá-los quando necessário.
HABILIDADES: − Respeitar os princípios éticos e legais inerentes ao exercício profissional na área de Endodontia; − Identificação do papel da ciência endodôntica para o correto exercício da odontologia. − Correta realização de diagnósticos com vista ao estabelecimento de um adequado tratamento preventivo e/ou curativo. − Coleta, observação e interpretação de dados para a construção do diagnóstico; − Comunicação com pacientes, com profissionais da saúde e com a comunidade em geral; − Manuseio dos instrumentos, materiais endodônticos e técnicas radiográficas; − Identificação das dificuldades que os diferentes casos clínicos impõem, selecionando recursos técnico-científicos, que contemplem de forma satisfatória a sua condução − Atuação como profissionais em programas sociais na comunidade dentro de uma política de promoção de saúde.
ARTICULAÇÃO COM OUTRAS DISCIPLINAS DO CURSO: As disciplinas básicas, como Microbiologia, Imunologia e Histologia, são fundamentais para se compreender a fisiopatologia das alterações pulpares e periapicais que podem levar à perda do elemento dentário comprometendo a saúde geral do paciente. Desta forma, a Endodontia se constitui em um dos níveis de prevenção das doenças que acometeram a polpa e periápice e está diretamente articulada com a disciplina de Patologia Bucal, onde o aluno estuda as alterações do tecido pulpar e suas consequências, e a Dentística, onde o aluno realiza procedimentos que preservam a integridade do tecido pulpar a fim de evitar a intervenção endodôntica. Ressaltam-se ainda a articulação com as disciplinas de Semiologia, Radiologia e Periodontia, essenciais para a correta seleção e indicação de casos clínicos com finalidade de tratamento endodôntico. A fim de evitar iatrogenias odontológicas e agravos à saúde do paciente, a disciplina de Endodontia preconiza o respeito à correta conduta de diagnóstico e planejamento integral e integrado com as demais disciplinas com enfoque clínico, tais como Estágio Supervisionado e Clínica Integrada. Assim, concluído adequadamente o tratamento endodôntico radical, define-se a direta relação com a reabilitação protética
3.4 Para frequentar a clínica, o aluno deverá se apresentar uniformizado: jaleco, roupas e sapatos brancos, assim como EPI. 3.5 Durante o atendimento ao paciente, o aluno deverá usar obrigatoriamente – gorro, luvas, máscara, jaleco e óculos de proteção. 3.6 O aluno que não portar todo o material e instrumental solicitado pela disciplina, não poderá permanecer na clínica. 3.7 O aluno que não estiver com o instrumental esterilizado, através do Setor de Esterilização, não poderá efetuar o atendimento. 3.8 Para melhorar acompanhamento das atividades clínicas, os alunos trabalharão em dupla. 3.9 A clínica será dividida por setores e cada professor ficará responsável pela orientação e avaliação de um determinado grupo de duplas. Cada um dos passos do tratamento endodôntico, por mais simples ou rotineiro que seja, deverá ser submetido à apreciação do professor orientador. 3.10 NENHUM TRATAMENTO PODERÁ SER INICIADO SEM QUE O PROFESSOR ORIENTADOR ANALISE A RADIOGRAFIA DE DIAGNÓSTICO, FICHA ENDODÔNTICA E PORTIFÓLIO. 3.11 Tratamentos realizados sem esta autorização não serão considerados no momento da avaliação. 3.12 Todo o trabalho feito na clínica deverá ser anotado na ficha da disciplina e prontuário do paciente. 3.13 No mesmo dia em que o atendimento for efetuado, após realizar as verificações que julgar necessárias, o professor responsável pelo setor, dará o visto ao tratamento executado. 3.14 Todas as radiografias realizadas durante os procedimentos deverão estar devidamente reveladas, arquivadas, identificadas em cartelas e datadas juntamente à ficha endodôntica. 3.15 Não dispensem o seu paciente antes de obter o visto na ficha onde registrou os dados relativos ao trabalho executado. 3.16 Cada aluno deverá possuir um portifólio referente à disciplina de Endodontia II. 3.17 Todo o material de consumo retirado na farmacinha da clínica deverá ser devolvido IMEDIATAMENTE após o uso. 3.18 Para retirar material na farmacinha esteja sem luva ou com sobre luvas. 3.19 No período de aula não é permitido ao aluno afastar-se da clínica, sem prévia autorização dos professores. 3.20 Durante a clínica é proibido fumar e usar telefone celular (somente para fotografias).
4.1 Nos dias de aula na clínica, os instrumentais de endodontia deverão estar esterilizados. Providencie a entrega dos mesmos no Setor de Esterilização no horário estabelecido. A entrega será confirmada pelo Setor de Esterilização. O aluno que não comprovar a esterilização estará impedido de trabalhar.
5 CONDUTA PESSOAL 5.1 O aluno deverá manter o devido respeito com os professores, colegas e funcionários do curso. 5.2 O aluno, no trato com o paciente, deverá manter “conduta doutoral”, nunca esquecendo os princípios de boa educação, respeito e ética. 5.3 Não poderá frequentar a clínica o aluno que não estiver devidamente uniformizado.
6 SOLICITAÇÃO DE PACIENTE 6.1 Antes das atividades clínicas é indicado que o aluno confirme se existe paciente agendado para a dupla e se este se encontra confirmado, sendo que o próprio aluno também pode fazer essa confirmação. 6.2 Solicite sempre um paciente para o dia em que a dupla estiver concluindo um tratamento. 6.3 Sempre que por algum motivo a dupla não puder comparecer para realizar o atendimento pedimos que esse paciente seja desmarcado juntamente à recepção.
7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 7.1 Será exigido um trabalho mínimo para cada aluno. 7.2 A avaliação do aluno será feita através de provas teóricas, exercícios em sala, desempenho prático, conduta clínica, organização e discussão de casos clínicos. 7.3 Estes itens com pesos específicos formaram as três médias parciais (V1, V2, VT). 7.4 A média final para aprovação na disciplina deverá ser igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero). 7.5 As provas teóricas serão realizadas para toda a turma, em datas antecipadamente determinadas e constantes dos cronogramas das disciplinas. 7.6 As provas teóricas poderão incluir, além da matéria lecionada nas disciplinas de Endodontia do 5° período e Endodontia do 6° período, os assuntos ministrados em outras disciplinas também poderão ser abordados, visto a importância de um estudo multidisciplinar.
Incisivo central superior 1 conduto = 100% Comprimento médio = 22,
Incisivo central inferior 1 conduto = 73,4% 2 condutos = 26,6% (V e um L) Limar conduto para V e para L não tentar unir Incisivo lateral superior 1 conduto = 97% 2 condutos = 3% Curvatura para distal no terço apical da raiz
Incisivo lateral inferior 1 conduto = 84,6% 2 condutos = 15,4%
Canino superior 1 conduto = 100% Comprimento médio = 27,
Canino inferior 1 raiz e 1 conduto = 88,2% 1 raiz e 2 condutos = 2,3% 2 raízes e 2 condutos = 9,5% Câmara pulpar acompanha o achatamento M-D e alargamento V-L (barriga) 1º Pré molar superior 1 conduto = 8,3% 2 condutos = 84,2% 3 condutos = 7,5% (anatomia do molar)
1º Pré molar inferior 1 conduto = 66,6% 2 condutos = 31,3% 3 condutos = 2,1% Radiografia quando é 2 ou 3 condutos fica embaçada na apical 2º Pré molar superior 1 conduto = 53,7% 2 condutos = 46,3%
2º Pré molar inferior 1 conduto = 89,3% 2 condutos = 10,7% 1º Molar superior 4 condutos = 70% 3 condutos = 30% Não há canal da ponta de esmalte para distal
1º Molar inferior (5 cúspides) 2 condutos = 8% 3 condutos = 56% 4 condutos = 36% Canal distal quando só tem 1 mais amplo se tiver 2 menos amplo 2º Molar superior 3 condutos = 50% (VD, MV e P) 4 condutos = 50% (VD; MV, MP e P)
2º Molar inferior 2 condutos = 16,2% 3 condutos = 72,5% (MV, ML e D)
4 condutos = 11,3% (MV, ML, DV e DL) 3º Molar superior 1 conduto = 10,5% 2 condutos = 11,9% 3 condutos = 57,5% 4 condutos = 19,0% 5 condutos 1,1%
3º Molar inferior 1 conduto = 5% 2 condutos = 63,3% 3 condutos = 27,8% 4 condutos = 3,9%
Diagnóstico é a arte de identificar uma doença a partir de seus sinais e sintomas. Por esta definição compreendemos que por mais que se evolua cientificamente, nunca conseguiremos exprimir em palavras todas as formas patológicas e suas manifestações clínicas e toda a semiotécnica necessária para se interpretar objetivamente uma situação clínica. Será sempre necessário o aprendizado clínico, diário e metódico. Devemos sempre ter em mente os conceitos científicos, pois eles são os norteadores das condutas terapêuticas, mas o absoluto, o ideal nunca será atingido. Por isso, o constante aperfeiçoamento teórico e prático deve fazer parte da rotina profissional. Para um perfeito diagnóstico deve-se levar em consideração a história médica, bem como os dados subjetivos e objetivos.
2.1 MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO
ANAMNESE: representa o segmento subjetivo do exame para obtenção de informações que possam auxiliar na definição do diagnóstico e das modalidades de tratamento, além de servir para formalizar os registros legais. Compreende informações obtidas do paciente ou de responsável a respeito da história médica, queixa principal, condição dental atual, hábitos e vícios.
HISTÓRIA MÉDICA: Ainda que as situações de contraindicação para a terapia endodôntica sejam raras, torna-se obrigatória a construção de uma história médica ampla e atualizada. Devem ser considerados problemas de ordem sistêmica, bem como alergia a medicamentos, produtos ou soluções. Alguns pacientes requerem profilaxia antibiótica antes do tratamento clínico devido a certas condições sistêmicas, tais como colocação de válvulas cardíacas artificiais, história de febre reumática, ou AIDS em estágio avançado. Pacientes que tomam diariamente medicações anticoagulantes podem necessitar reduzir a dose ou até mesmo suspendê-la se o clínico for levado a fazer um exame periodontal completo, o que é essencial
moles e duros. Lábios, mucosa jugal, língua, palato, assoalho, gengivas e orofaringe devem ser examinados, observando alterações de cor e contorno dos tecidos moles, fístulas ou áreas de vermelhidão ou edema envolvendo os tecidos de sustentação. A presença de fístula pode indicar uma infecção periapical que resultou da necrose pulpar e deve ter seu curso rastreado com um cone de guta-percha para localizar sua origem. A inspeção visual dos dentes inicia-se com a secagem do quadrante a ser examinado. Procura-se cáries, abrasão, dentes escurecidos, fratura de coroas e restaurações defeituosas. Deve-se checar também a higiene oral do paciente e a integridade de sua dentição. Todos os dados que indicam uma anormalidade devem ser registrados na ficha clínica tão logo quanto possível, para evitar o esquecimento. Se há indicação para o tratamento endodôntico, deve-se avaliar a possibilidade do tratamento restaurador após o tratamento, seu valor estratégico e o prognóstico periodontal.
B - Palpação Na palpação, por meio do tato e compressão ou preensão digital do dedo indicador, colhem-se sinais sobre a porção superficial e, ao mesmo tempo, exacerbasse os sintomas locais. A compressão fornece impressões sobre a porção mais profunda da área que se está palpando, podendo definir sua localização, forma, limites, consistência, modificações de textura, espessura, sensibilidade, volume, mobilidade, conteúdo, flutuação, temperatura e elasticidade. Este procedimento é indispensável à observação das glândulas salivares,
músculos e cadeias linfáticas. Os linfonodos também devem ser avaliados e a palpação de linfonodos pode conduzir a suspeita de metástases de neoplasias malignas, bem como indicar processos infecciosos. A palpação pode ser digital, bi digital, dígito-palmar e também indireta, na qual se utiliza um instrumento confirmando ou não a suspeita clínica e auxiliando o clínico a determinar a extensão do processo patológico. Quando a inflamação periapical se desenvolve após a necrose pulpar, o processo inflamatório pode se estender através da cortical óssea e começar a afetar o muco periósteo adjacente.
C - Percussão O teste da percussão não fornece indicação sobre a integridade do tecido pulpar, mas apresenta importância para avaliar-se o grau de comprometimento dos tecidos periapicais e se existe inflamação no tecido periodontal, auxiliando, desta forma, no diagnóstico de patologias periapicais e/ou periodontais por intermédio da percussão dentária vertical ou horizontal. A percussão pode ser direta ou indireta. A percussão direta é aquela que se realiza com os dedos, enquanto que a indireta é feita com um instrumento. Recomenda-se o exame de percussão inicialmente com a utilização o dedo indicador, uma vez que se torna menos doloroso do que com a utilização de um instrumento, principalmente quando o elemento dentário encontra-se com uma patologia periapical aguda. Ao realizar esse tipo de exame, o cirurgião-dentista deve tocar os dentes de maneira aleatória, para que o paciente não induza o diagnóstico. A força aplicada deve ser suficiente para que o paciente identifique a diferença entre o dente portador ou não de inflamação do ligamento periodontal, ajudando a localizar a origem da dor.
F – Teste de Sensibilidade Pulpar Os testes de vitalidade (sensibilidade) pulpar são utilizados como recursos suplementares do exame físico para se estabelecer diagnóstico diferencial das odontalgias e para se avaliar a vitalidade da polpa dentária em diversas circunstâncias. Dentre vários estímulos empregados para estes testes, os mais utilizados são os testes térmicos, elétricos e mecânicos.
Testes Térmicos A dor produzida por estímulos térmicos, calor ou frio, é um dos sintomas mais comuns presentes nos casos de pulpites. Quando há comprometimento pulpar reversível, a resposta dolorosa ao frio é mais intensa que o normal, desaparecendo assim que o estímulo é removido. Caso ocorra, a resposta ao calor e a dor se mantiver após a remoção do estímulo, a polpa está irreversivelmente inflamada. Se não houver resposta, a necrose já poderá estar instalada. Para realização dos testes térmicos, o dente a ser testado deve estar seco e isolado dos demais por gaze ou algodão. Aplica-se o agente térmico nos dentes anteriores sobre a superfície vestibular, e nos posteriores, sobre a superfície oclusal. Antes do teste, o paciente deve ser informado sobre o tipo de teste e o porquê da sua realização.
o Teste Térmico pelo Frio: Este teste pode ser realizado com bastão de gelo ou por gases refrigerantes: o tetrafluoroetano, o diclorofluorometano e o cloreto de etila.
- Bastão de gelo: O bastão de gelo pode ser feito com água congelada dentro de um tubo anestésico ou dentro do invólucro da agulha de anestesia. Devido à temperatura de apenas 2ºC do bastão de gelo no ato da aplicação sobre o dente, além da própria característica do esmalte e dentina de isolantes térmicos, este referido agente não possui confiabilidade e apresenta dificuldade em gerar resposta em dentes portadores de grandes cavidades de cárie (polpa retraída), caninos (grande volume), coroas de porcelana, plásticas ou metálicas, dentes traumatizados ou com rizogênese incompleta, e em pacientes idosos. Frente à insuficiente capacidade de resfriamento e aos avanços
nos métodos de diagnóstico na determinação da vitalidade pulpar, recomenda-se substituir o bastão de gelo pelos gases refrigerantes.
- Gases refrigerantes: Os gases refrigerantes, representados pelo tetrafluoroetano, diclorodifluorometano e cloreto de etila, vêm acondicionados em tubos com válvula para saída de spray. Representam agentes térmicos de baixo custo, grande praticidade e confiabilidade, cujas temperaturas estão entre –30ºC e –55ºC. Para aplicá-los basta um jato de spray sobre um penso de algodão ou cotonete, levado imediatamente ao colo do dente a ser testado, pois ocorre grande evaporação do gás, ocasionando perda de sua capacidade de resfriamento. Na fonte, os agentes refrigerantes atingem temperaturas entre -50ºC e -55ºC, enquanto que no algodão -40ºC. É importante que o dente seja seco com uma gaze antes do teste para potencializá-lo e padronizá-lo. O ar da seringa deve ser evitado para que não haja choque térmico e cause dor desnecessária. Os gases refrigerantes criam um rápido movimento de fluidos nos túbulos dentinários, melhor do que quaisquer outras substâncias geladas, sendo altamente recomendáveis mesmo em coroas metálicas e de porcelana, dentes traumatizados, restaurações profundas e câmaras pulpares atrésicas. Sempre testar o dente homólogo primeiro.
o Teste Térmico pelo Calor: O teste térmico pelo calor pode ser realizado com um bastão de guta-percha aquecido na chama de uma lamparina até que se torne brilhoso e comece a se curvar, mas antes de tornar-se fumegante, pois se o bastão for aquecido demais, poderá causar uma lesão por queimadura numa polpa que esteja sã, ou, por outro lado, obstruir a possibilidade de reparo de uma polpa debilitada. Deve-se aplicar vaselina à superfície do dente previamente ao teste para evitar a adesão da guta percha. Deve-se tomar muito cuidado ao aplicar os testes térmicos pelo calor, pois, como mencionado anteriormente, o tecido pulpar pode sofrer consequências irreversíveis pelo aquecimento excessivo. A temperatura ideal para a sua realização é de aproximadamente 65,5ºC. Se esses dois testes isolados não permitirem a obtenção de uma resposta adequada, pode-se lançar mão do choque térmico, que consiste basicamente em aplicar-se calor sobre um dente e, imediatamente após, o frio, para
do problema por meio do acesso na face palatina dos dentes anteriores ou oclusal dos posteriores, sem o emprego de anestesia, com brocas de pequenas dimensões. Este teste não dá informações sobre a condição da polpa dentária, a não ser se ela se encontra com vitalidade ou não.
Teste Fluxométrico Pulpar por Laser (Laser Doppler Flow-Meter): Constitui um método não invasivo para determinar a vitalidade pulpar. Baseia-se na detecção do movimento de células sanguíneas em vasos sanguíneos pulpares, e não em respostas neurais, dando, assim, um quadro mais verdadeiro de vitalidade pulpar que o fornecido pelos demais testes principalmente o elétrico. O laser é direcionado à polpa dentária a ser testada, posicionando-se uma sonda na superfície do elemento dentário. A luz, que é refletida de volta das células sanguíneas em movimento, sofre mudança (Doppler) e possui, por conseguinte, uma frequência diferente daquela que é refletida de volta do tecido mortificado (estático) e que tem frequência inalterada.
Teste de Anestesia: Outro de teste de muita valia para a realização do diagnóstico em Endodontia é a anestesia seletiva. Nesse teste, a possível fonte de dor é anestesiada seletivamente, em circunstâncias incomuns de dor forte e difusa de origem desconhecida, para auxiliar a identificação da origem álgica. A base deste teste reside no fato de que a dor de origem pulpar, mesmo quando referida, é quase que invariavelmente unilateral e se origina de somente uma das duas ramificações do nervo trigêmeo, que faz a inervação sensorial dos maxilares. Só deve ser utilizado quando os demais testes apresentaram respostas não-elucidativas. Assim, uma anestesia intra-ligamentar ou anestesia por bloqueio regional pode ser útil.
EXAME RADIOGRÁFICO: Para diagnóstico correto das condições periapicais, a radiografia é um recurso insubstituível. Embora as radiografias periapicais sejam essenciais para o tratamento endodôntico, pode ser necessária a panorâmica, laterais, oclusais e/ou interproximais. O exame radiográfico, quando devidamente associado ao exame clínico do paciente, e ao teste clínico ou laboratorial, é um notável recurso suplementar, que auxilia na localização e identificação do problema relatado pelo paciente, obtendo-se, assim, o diagnóstico e a orientação para o devido planejamento e tratamento. A radiografia não deve ser o único exame utilizado para se determinar o diagnóstico, pois pode conduzir a diagnósticos equivocados e tratamentos inadequados. Sendo a radiografia a imagem bidimensional de um objeto tridimensional, uma interpretação errônea é risco constante. Alguns cuidados podem ser tomados para minimizar este risco, como uma angulação correta do cone, colocação adequada do filme, processamento apropriado e observação através de um negatoscópio com lentes de aumento. Deve-se observar inicialmente a coroa dental, os diferentes terços da raiz, a continuidade da lâmina dura, a estrutura óssea e os demais acidentes anatômicos presentes. Qualquer alteração no gradiente de cores ou sombras da radiografia merece ser minuciosamente analisado. Deve-se atentar para possíveis fraturas, problemas periodontais, reabsorções, calcificações e também para as condições da obturação do canal. É importante ressaltar que toda a área radiografada deve ser avaliada e não apenas o dente supostamente em questão.
2.2 CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DAS DOENÇAS PULPARES Uma classificação clínica não pode listar todas as possíveis variações e ser prática ao mesmo tempo. Numa avaliação ampla a polpa deve ser considerada vital ou não; e como tratamento, ser removida ou não. Assim, o tratamento final vai desde o paliativo, passando por tratamentos conservadores e chegando a pulpectomia.