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Regulamento do Saneamento Básico no Brasil, Notas de aula de Tratamento de Água

O regulamento do saneamento básico no brasil, incluindo serviços públicos, infraestruturas e instalações operacionais necessárias ao abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, gestão associada, universalização, controle social, prestação regionalizada, subsídios, localidades de pequeno porte, contratos regulares, núcleos urbanos, núcleos urbanos informais, núcleos urbanos informais consolidados, operações regulares, serviços públicos de saneamento básico de interesse comum e local, sistema condominial, sistema individual alternativo de saneamento, sistema separador absoluto e sistema unitário.

Tipologia: Notas de aula

2024

Compartilhado em 08/04/2024

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Dica do professor
O vídeo a seguir apresenta uma breve apresentação desta Unidade de Aprendizagem, assim como a
situação do saneamento básico, a partir de dados de pesquisas contemporâneas. Além disso,
aborda os benefícios e os problemas associados à presença e à ausência de saneamento básico,
respectivamente.
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elm = info. genéricas e básicas
sobre saneamento.
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Dica do professor

O vídeo a seguir apresenta uma breve apresentação desta Unidade de Aprendizagem, assim como a

situação do saneamento básico, a partir de dados de pesquisas contemporâneas. Além disso,

aborda os benefícios e os problemas associados à presença e à ausência de saneamento básico,

respectivamente.

C.3

https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ fb06fae0300fdcc2da9531933c31f42f

4min

elm = info. genéricas e básicas sobre saneamento.

Exercícios

1) O que se entende por saneamento básico segundo a Lei Federal no 11.445/2007?

A) Conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água

doce, de esgotamento sanitário, de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de

drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

B) Conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água

potável, de esgotamento sanitário, de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de

drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

C) Conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água

potável, de esgotamento sanitário, de podas das árvores e manejo de resíduos sólidos e de

drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

D) Conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água

potável, de esgotamento sanitário, de limpeza urbana e manejo de efluentes e de drenagem e

manejo das águas pluviais urbanas.

E) Conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água

potável, de esgotamento sanitário, de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de

drenagem e manejo das águas fluviais.

C.3

A not = Não seria qualquer tipo de água doce, e sim água potável.

B GAB = Esta alternativa apresenta o conceito de saneamento básico presente

na Lei Federal no 11.445/2007.

C not = Não seria podas das árvores, mas limpeza urbana como um todo.

D not = Não seria manejo de efluentes, mas de resíduos sólidos.

E not = Não seriam águas fluviais, e sim pluviais.

3) Entre os benefícios da presença de saneamento básico em uma determinada região podem

estar:

A) Prejuízo à saúde da população e redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças;

diminuição dos custos de tratamento da água para abastecimento; melhoria do potencial

produtivo das pessoas, dinamização da economia e geração de empregos; eliminação da

poluição estético-visual e desenvolvimento do turismo; conservação ambiental; melhoria da

imagem institucional.

B) Melhoria da saúde da população e aumento dos recursos aplicados no tratamento de

doenças; diminuição dos custos de tratamento da água para abastecimento; melhoria do

potencial produtivo das pessoas, dinamização da economia e geração de empregos;

eliminação da poluição estético-visual e desenvolvimento do turismo; conservação ambiental;

melhoria da imagem institucional.

C) Melhoria da saúde da população e redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças;

aumento dos custos de tratamento da água para abastecimento; melhoria do potencial

produtivo das pessoas, dinamização da economia e geração de empregos; eliminação da

poluição estético-visual e desenvolvimento do turismo; conservação ambiental; melhoria da

imagem institucional.

D) Melhoria da saúde da população e redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças;

diminuição dos custos de tratamento da água para abastecimento; melhoria do potencial

produtivo das pessoas, estagnação da economia e geração de empregos; eliminação da

poluição estético-visual e desenvolvimento do turismo; conservação ambiental; melhoria da

imagem institucional.

E) Melhoria da saúde da população e redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças;

diminuição dos custos de tratamento da água para abastecimento; melhoria do potencial

produtivo das pessoas, dinamização da economia e geração de empregos; eliminação da

poluição estético-visual e desenvolvimento do turismo; conservação ambiental; melhoria da

imagem institucional.

A not = Não seria prejuízo à saúde da população, e sim melhoria.

B not = Não seria aumento dos recursos aplicados, e sim redução, visto que

muitas das doenças não ocorreriam.

C not = Não seria aumento dos custos de tratamento de água para

abastecimento, e sim redução.

D not = Não seria estagnação da economia, e sim dinamização, pois as

condições locais seriam mais favoráveis e atrativas para diversos

empreendimentos.

E GAB = Tais benefícios decorrem da existência de saneamento básico e

contribuem com a melhoria da qualidade de vida e com a conservação da

biodiversidade local.

Qual é a causa da morte de cerca de 8 milhões de pessoas no mundo anualmente e que

possui relação com o saneamento básico?

A) Aids

B) Câncer

C) Rubéola

D) Falta de acesso à água potável e ao esgotamento sanitário.

E) Gripe H1N

A not = A aids compreende uma doença sexualmente transmissível que não

possui relação direta com o saneamento.

B not = O câncer não possui relação direta com o saneamento.

C not = A rubéola não possui relação direta com o saneamento.

D GAB = A dificuldade de acesso à água potável e às medidas de esgotamento

sanitário contribui com cerca de 8 milhões de mortes anuais, além de

causar inúmeros prejuízos à qualidade de vida e à biodiversidade local.

E not = A gripe H1N1 é transmitida pelo ar, não havendo relação direta com

o saneamento.

Na prática

Na prática, se uma indústria que produz resíduos líquidos (efluentes) não realizar as etapas corretas

de armazenamento, transporte e tratamento desses resíduos, além de crime ambiental, terá pelo

menos outras três consequências cruciais:

C.3

> Problemas ambientais:

Se o descarte de efluentes for indevido, haverá transformações nas

características do solo e da água ao redor, o que implicará em contaminação

do meio ambiente.

> Prejuízo à saúde

Se há impactos ambientais em função de mau tratamento de efluentes de uma

indústria, isso acarretará em dano à saúde da população do entorno.

> Prejuízo financeiro

Indústrias que não seguem princípios de responsabilidade social e

ambiental podem perder financiamentos e liberação de recursos promovidos

por instituições financeiras que exigem licenciamento ambiental em

projetos, por exemplo.

Saiba +

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007

Leia sobre a Lei no 11.445 no Portal da Câmara dos Deputados no link abaixo.

IBGE: 35,7% dos brasileiros vive sem esgoto, mas 79,9% já tem

acesso à internet

Pouco mais de um terço dos brasileiros vivem em domicílios sem coleta de esgoto sanitário. Leia

mais a reportagem da UOL escrita por Daniela Amorim e Vinicius Neder.

INFOGRÁFICO: A realidade do saneamento básico no Brasil

Plataforma digital da CNI apresenta, de forma interativa e dinâmica, um retrato detalhado dos

serviços de água e esgoto em todo país e da deficiência no atendimento enfrentada pela população

brasileira (Consta no final da página)

C.3

https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2007/lei-11445-5-janeiro-2007-549031- publicacaooriginal-64311-pl.html

Art. 1º Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico.

elm = lei copiada inteira na aula 3.

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2019/11/06/ibge-357-dos- brasileiros-vive-sem-esgoto-mas-799-tem-internet.htm

pág internet uol notícia.

https://noticias.portaldaindustria.com.br/especiais/infografico-a-realidade-do-saneamento- basico-no-brasil/

pág internet com infográficos interativos sobre saneamento no Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CRÉDITOS DE IMAGENS

ROSA, André Henrique; FRACETO, Leonardo F.; MOSCHINI-CARLOS, Viviane. Meio ambiente e sustentabilidade. Porto Alegre: Bookman, 2012. Banco de imagens Shutterstock. SAGAH, 2015.

EQUIPE SAGAH Coordenador(a) de Curso Vanessa de Souza Machado Professor(a) Daniel Araújo Gerente Rodrigo Severo Analista de Projetos Fernanda Osório

Desafio

Você é gestor ambiental de um município e precisa convencer o prefeito quanto à implantação de

políticas públicas voltadas ao saneamento básico.

C.4

elm = Desafio similar ao da Aula C.3. Copiada a resposta dada lá: "Presença de saneamento básico:

Melhoria da saúde da população e redução dos recursos; Diminuição dos custos de tratamento da água para abastecimento; Melhoria do potencial produtivo das pessoas; Eliminação da poluição estético-visual e desenvolvimento de turismo; Conservação ambiental Melhoria da imagem institucional Ausência de saneamento básico: Hábitos higiênicos insatisfatórios; Elevado número de enfermidades; Reprodução de vetores de doença, como o mosquito Aedes aegypti, trasmissor da dengue."

Padrão de resposta esperado

Assim como aumento da população e áreas urbanizadas, existem várias outras

justificativas que serviriam para fundamentar uma conversa com o prefeito e

conseguir que ações de saneamento básico sejam inseridas nas políticas de

governo.

A Lei nº 11.445/07 elenca como sendo atividades de serviço público de

limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos, a coleta, o

transbordo e o transporte dos resíduos; a triagem para fins de reuso ou

reciclagem, de tratamento, inclusive por compostagem, e de disposição final

dos resíduos, bem como a de varrição, capina e poda de árvores em vias e

logradouros públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza

pública urbana.

A redução em impactos ambientais e melhorias sociais também deve ser

trazida como argumento, sendo o saneamento o conjunto de medidas que visa

preservar ou modificar as condições do meio ambiente, estando também

associado diretamente à prevenção de doenças e à saúde pública.

Infográfico

O infográfico a seguir demonstra alguns dos principais pontos relacionados ao saneamento básico

conforme a Lei no 11.445/07:

C.4

SANEAMENTO BÁSICO

LEI No. 11.445/2007, ATUALIZADA PELA LEI No. 14.026/

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:

> Universalização do acesso.

> Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo

dos resíduos sólidos realizados de forma adequada à saúde pública, à

conservação dos recursos naturais e à proteção do meio ambiente.

> Eficiência e sustentabilidade econômica.

> Segurança, qualidade, regularidade e continuidade.

SANEAMENTO BÁSICO:

> Abastecimento de água potável.

> Esgotamento sanitário.

> Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

> Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

PLANEJAMENTO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO:

> Diagnóstico da situação e impactos nas condições de vida com base em

sistemas de indicadores.

> Objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização

do acesso.

> Programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e

metas.

> Ações para emergências e contingências.

> Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e

eficácia das ações programadas.

OUTROS ASPECTOS

> Prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde

pública.

> Ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda aos

serviços.

> Inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos.

> Estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes.

> Incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços.

ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

> Prestação do serviço de saneamento básico regulado pela Agência Nacional

de Águas e Saneamento Básico (ANA).

> Estabelecimento de metas nos contratos de prestação de serviço público de

saneamento básico que garantam o atendimento de 99% da população com água

potável e de 90% da população com coleta e tratamento de esgotos até 31 e

dezembro de 2033.

~UMÁRIO

1Unidade

Int rodução à ecologia .............. ................... ......... ........ .... ... ......... ............ 15 Ronei Tiago Stein Ecologia definições gerais ·····-···-···················· - ····-·································--···················-·········-··· 15 Níveis de organização biológica ............ ...............................................................................·-·······-- 19 Ecologia e acontec imentos aruais ........·-············-········-························ ···································-······· 23

Conceito de me io ambiente e meio ambiente

como b em jurídi co ............... .. .. ....... ................. ...................... .......... ......... 31

Magnum Koury de Figueiredo Eltz Conceito de meio ambiente.·-··········-·····················-·······································-·-···················-··········-··· 32 Meio ambiente nacural. artificial e cultural.......... .................-................. .................................... Meio ambiente como bemjurídico ..................·-················· ············································-······ ····· ··· 37

Gerenciam ento de res íduos só lidos ...................................................

Ronei Tiago Stein Resíduos sólidos - definições gerais ...............·-·····················-·················-············-······-·············· 43 Gestão dos resíduos sólidos urbanos .....·-········-················ ·····-·-········-······-··············-·····-····· ·- ······· 47 Tratamento dos resíduos sólidos urbanos ................................ .................................................. 52

Gerenciamento e tratamento de res íd uos só lid os

in du st ria is ...................................................................... ....................... ....... 61

Ronei Tiago Stein Classificação dos resíduos gerados na indústria ········· ·· ······················ ··-·············· ···-·········· ···· 61 Etapas para a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) ......................·-······························-······················································ Vantagens do gerenciamento ambiental em indúst rias ................................·-················ 74

Unidade 2 ~^ ~?t f __.!.?:..' "-t.--"""'t'.

Diretr iz es Nacionais de Saneamento Básico - Parte 11 ................. 81

Ronei Tiago Stein lmponância da Lei n°. 11.445/2007 para o saneamento ..........._.. ..................................... 81 Diretrizes nacionais para o saneamento básico ...................................................................... 85 Atividades e estruturas contempladas no saneamenco básico ............ ........................ 89

Indicadores microbiano s: qualidade da água e do solo .............. 97

Ronei Tiago Stein Importância da qualidade da água e do solo ·····-········....···· ·-····-····-··--········ ························· Legisla ção aplicada para garantir a qualidade da água e do solo ........................... 103 Fatores importantes na escolha de bioindicadores para água e solo ................... 10 5

Dimensionamento de red es de distr ibui ção de ág ua ................ 115

Lélis Espart el Associação de condutos ..................................... ......-....................................... .... ............................... 116 Vazão de distribuição.. ....·-································--···-···········-·················-····-········-·····························- 119 Redes de abastecimento ..................................................................................................................... 121

1

Unidade 3

Re d es col eto ras ..... ................................................................................... 129

Eliane Conterato

Defini ções bás i cas e órgãos acessór i os ...... ... ......... ... .... ... ..... ... .... ....... ......... ... ................ ... ..... ... 129 Unidades do sistema ·- ········· ··· ····· ·· ····· ··· ···· ················-·· ········· ······· ··· ····· ··· ···· ··· ···· ·······-···· ······· ········· ··· ····- 133 Noções de dimensionamento e manutenção de um sis t ema de esgotamento san it ário ........ ... ..... .. ......... ... ..... ... .... ... .... ......... .......... ......... ... .... ... ....13 7

Saneament o am bienta l e sua im po rtância soci oamb ient al. ... 145

Eliane Conterato

Sanea men to ambi en tal··· ········· ··· ····· ·· ····· ··· ···· ·········-·· ··· ···· ········· ······· ··· ····· ··· ···· ··· ···· -···· ··· ···· ······· ········· 146 Saneamen to e desenvolvimento .. .... ......... ........ .. ......... ... .... ... ..... ... .... ................... ......... ....... ... .... 148 Ações vol ta d as para o sanea men to..... ............... .... ......... ....... ... ..... ... .... ... .... ........ .... ....... ......... .... 150

Qualidade da água pa ra consu mo h um ano .................................. 157

Eliane Conterato

A água e sua classi fi cação .............. ... ..... ... .... ... .... ..... ... .... ... .... ......... ... ..... .. ..... ... .... ..... ... .... ... .... ......... 1 58 Tra tamento da ág ua .. ............... ... ..... ... .... ... .... ......... ... ... .... ......... ... ..... .. ..... ... .... ............... .... ......... ....... .... 1 61

Unidade 4

Processos gerais e es tações de tratam ento de esgot o .............. 175

Eli ane Conterato O tra tamento de esgoto e sua import ãncia ... ... ..... .. ..... ... .... ................ ... ..... ... .... ... .... ......... .... Processos de t ratamen to de esgoto ..... ..... ... .... ................ ... ..... ... .... ... .... ......... ... .... ... ..... ... .... ...... 179

Esgotos: t ratamen to .............................................................................. 195

Eli ane Conterato O esgoto sanitá ri o .. ... .... ....... ......... ... ..... ... .... ... .... ......... ....... ... ..... ... .... ... .... ......... ... ..... .. ..... ... .... ............... 195 Tratamen to de es goto san itário .. .... ... .... ....... ......... ... ..... ... .... ... .... ......... ....... ... ..... ... .... ... .... ......... .... 197 Dimensi ona mento dos elementos de um sist ema de t ra tamento de esgoto individual .. .... ... .... ....... ......... ... ..... ... .... ... .... ......... ... .... ... ..... ... .... ....... ......... ... ..... ... .... ... ..... 20 O

Gaba rito ..................................................................... 212

Diretrizes Nacionais

de Saneamento

Básico – Parte II

Objetivos de aprendizagem

Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Definir saneamento básico segundo a Lei Federal nº. 11.445, de 5 de janeiro de 2007  Identificar as diretrizes nacionais para o saneamento básico.  Nomear quais atividades e estruturas estão contempladas no abas- tecimento de água, no esgotamento sanitário, na limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e na drenagem e manejo das águas pluviais urbanas

Introdução

Neste capítulo, serão discutidas as diretrizes nacionais do saneamento básico. Essas diretrizes são orientadas pela Lei nº. 11.445/2007 e estão diretamente vinculadas aos quatro eixos do saneamento: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e drenagem de águas superficiais.

Importância da Lei nº. 11.445/ para o saneamento

De modo geral, saneamento é o conjunto de medidas que buscam preservar ou modificar o meio ambiente para prevenir doenças e semear saúde. Com saneamento, é possível melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, a produtivi-

dade do indivíduo e otimizar a atividade econômica. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei nº. 11.445/2007, a Lei Federal de Saneamento Básico. A Lei nº. 11.445/2007 trouxe novas diretrizes nacionais e definiu o plane- jamento dos serviços básicos como instrumento fundamental para se alcançar o acesso universal ao saneamento básico. Todas as cidades devem formular as suas políticas públicas visando à universalização, sendo o plano municipal de saneamento básico (PMSB) o instrumento de estratégia e diretrizes. Os componentes do saneamento básico são o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e a dre- nagem e manejo das águas pluviais urbanas (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018). Saneamento é um fator essencial para o desenvolvimento econômico e social de um país. Os serviços de água tratada, de coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na saúde infantil, com redução da mortalidade infantil e melhorias na educação. Tembém levam à expansão do turismo, valorização dos imóveis, melhoria da renda do trabalhador, despoluição dos rios e preservação dos recursos hídricos, etc. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta algumas medidas para promover o saneamento básico:

 instalação e manutenção de esgotos sanitários;  drenagem das águas pluviais;  administração do nível de poluição do meio ambiente;  planejamento para ocupação dos territórios levando em conta o saneamento;  abastecimento da população com água potável;  administração da quantidade de insetos e animais nocivos à saúde humana;  coleta de lixo e sua adequação;  saneamento dos lares, locais de trabalho e de lazer.

Aspectos relevantes da Lei nº. 11.445/

A Lei nº. 11.445/2007 cria as diretrizes básicas para a organização dos serviços de saneamento básico no Brasil. Entre as quais, pode-se destacar (BRASIL, 2007):

2 Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico – Parte II

-estar geral da sociedade, mas, como um “serviço público”, tem de ter sustentabilidade econômica para garantir sua prestação com qualidade, confiabilidade e continuidade.  Possibilidade de resolução gradual dos problemas ambientais decorrentes da deficiência ou ausência de serviços de saneamento básico.  Regulamentação da prestação regionalizada de serviços de saneamento básico, criando condições legais estáveis para a atuação de entidades e empresas estaduais, municipais e privadas em vários municípios, com ganhos de escala e otimização de recursos logísticos, administrativos, técnicos e operacionais.  Elaboração de planos de saneamento básico, compatibilizando os quatro serviços que o compõem, além da elaboração de mecanismos de controle social e de sistema de informações sobre os mesmos.  Formalização por contrato de toda relação entre titular e prestadores de serviços e entre prestadores de etapas complementares do mesmo serviço.  Planejamento e regulação de todos os serviços. A lei fornece o conteúdo mínimo da regulação e permite que o planejamento seja elaborado mediante cooperação de outras entidades, inclusive prestadores de serviços. Também permite e delegação da regulação a outras entidades, inclusive de outros entes da federação, e a consórcios de municípios.  Estabelecimento de diretrizes econômicas e sociais, as quais incluem as regras gerais para a cobrança dos serviços de saneamento — tarifas, taxas e tributos, além das formas de quantificação dos serviços, como o volume de água consumida e de esgoto coletado e a quantidade de lixo coletado.  Estabelecimento de diretrizes técnicas para a prestação de serviços de saneamento básico: requisitos mínimos de qualidade, regularidade e continuidade. A lei centraliza na União a definição de parâmetros mínimos de potabilidade da água para o abastecimento público, o que já é feito pelo Ministério da Saúde. Estabelece condições específicas para o licenciamento ambiental de unidades de tratamento de esgotos e de resíduos gerados pelos processos de tratamento de água. Torna obrigatória a ligação de toda edificação nas redes públicas de água e de esgotos.  Controle social dos serviços de saneamento básico, remetendo aos titulares dos serviços a definição da forma como esse controle será organizado e exercido.

4 Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico – Parte II

Diretrizes nacionais para o saneamento básico

A superação das desigualdades sociais no acesso aos serviços públicos de saneamento básico é questão fundamental para alavancar a área e cumprir seu objetivo de universalização no atendimento à população, conforme esta- belecido nas diretrizes nacionais e na Política Federal de Saneamento Básico (BRASIL, 2007). Conforme art. 48 da Lei nº. 11.445/2007, a União deve respeitar as seguintes diretrizes (BRASIL, 2007):

 prioridade para as ações que promovam a equidade social e territorial no acesso ao saneamento básico;  aplicação dos recursos financeiros, de modo a promover o desenvolvi- mento sustentável, sua eficiência e eficácia;  estímulo ao estabelecimento de adequada regulação dos serviços;  utilização de indicadores epidemiológicos e de desenvolvimento so- cial no planejamento, implementação e avaliação das suas ações de saneamento básico;  melhoria da qualidade de vida e das condições ambientais e de saúde pública;  colaboração para o desenvolvimento urbano e regional;  garantia de meios adequados para o atendimento da população rural dispersa, inclusive mediante à utilização de soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais peculiares;  fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico, à adoção de tecnologias apropriadas e à difusão dos conhecimentos gerados;  adoção de critérios objetivos de elegibilidade e prioridade, levando em consideração fatores como nível de renda e cobertura, grau de urbanização, concentração populacional, disponibilidade hídrica, riscos sanitários, epidemiológicos e ambientais;  adoção da bacia hidrográfica como unidade de referência para o pla- nejamento de suas ações;  estímulo à implementação de infraestruturas e serviços comuns a mu- nicípios, mediante mecanismos de cooperação entre entes federados.  estímulo ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos e métodos economizadores de água.

Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico – Parte II 5