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Apostila elaborada para a disciplina de Eletrônica Analógica I, para o curso de Tecnologia em Automação Industrial. Compreende o primeiro e segundo módulo da disciplina, envolvendo dispositivos pn - diodos.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Tubarão / SC
2013
UNISUL – Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial
Esta apostila tem por objetivo suprir a necessidade de um material de apoio e consulta básico, no entanto conciso para a teoria necessária para a disciplina de Eletrônica Analógica I. Este material complementa os estudos desenvolvidos em sala de aula, mas não deve ser a única fonte de estudos do aluno.
Inicialmente será feita uma revisão dos métodos de Thévenin, Norton e do teorema da superposição para análise de circuitos. A seguir, é introduzido o conceito de reta de carga, que facilita a análise de circuitos formados por componentes não lineares. Os capítulos a seguir dão forma à teoria mínima necessária para a conclusão da primeira parte da disciplina, que compreende os dispositivos de uma junção pn , denominados diodos.
No decorrer da apostila são disponibilizados exemplos que ajudam o aluno a firmar o conteúdo. Faz-se necessário ainda que o aluno tenha uma noção de cálculo e análise de circuitos, portanto é de boa praxe revisar estas disciplinas.
Bons estudos.
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=
Figura 03 – Encontrando o valor de Rth
Figura 04 – Substituindo o circuito complexo pelo circuito Thévenin Equivalente
O Teorema de Norton pode ser utilizado de maneira semelhante ao Teorema de Thévenin, no entanto o circuito resultante é formado por um Gerador Nórton de corrente – In – e uma resistência em paralelo Rn.
O processo consiste também em duas partes:
Um dos métodos mais úteis para a análise de circuitos lineares é a superposição. O teorema da superposição é utilizado na análise de circuitos com transistores e amplificadores operacionais, por exemplo. O método enuncia que a corrente que circula por um ramo de um circuito com várias fontes é igual à soma algébrica das correntes, considerando uma fonte de cada vez, curto-circuitando as demais. (CAPUANO, 1998. P. 87) No caso de fontes de corrente, abrimos as que não estão sendo analisadas ao invés de curto-circuitar.
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Vamos analisar o circuito a seguir utilizando o método da superposição. O objetivo é encontrar a corrente no ramo do resistor R3.
Figura 05 – Circuito original
Figura 06 – Encontrando a corrente I
Figura 07 – Encontrando a corrente I
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A análise por reta de carga é um método gráfico extremamente útil para a obtenção de valores precisos de tensão e corrente de componentes não lineares, como lâmpadas incandescentes, diodos e transistores, em um determinado ponto de operação – também denominado Ponto Quiescente ou Ponto Q.
Devemos dispor antecipadamente da curva V x I do componente não linear, seja a mesma obtida através da folha de dados do componente, ou através de um método experimental. A figura a seguir demonstra a curva V x I do componente não linear do exemplo.
Figura 09 – Gráfico V x I de um componente não linear
Devemos reduzir o circuito ao seu equivalente Thévenin, caso o mesmo seja composto de mais de um componente linear, encontrando a resistência e o gerador Thévenin quando for o caso. O objetivo é encontrar somente uma resistência em série com o componente não linear. Após este passo, podemos prosseguir com o método.
Figura 10 – Circuito a ser analisado
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Figura 11 – Obtenção do ponto Q e dos valores de tensão e corrente no componente não linear
A obtenção do valor médio de uma função é utilizada constantemente na análise de circuitos retificadores , que serão estudados posteriormente. Para obtermos o valor médio de uma função, dividimos o resultado da integração da função pelo período (to = 1/f) da função. Portanto:
Vamos obter, por exemplo, o valor médio da função O período desta função é igual a 2π. Portanto:
Ou seja, o valor médio de uma função senoidal é igual à zero. Isto fica claro se analisarmos o gráfico desta função e observarmos que a área “positiva” anula a área “negativa” da função senoidal.
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equação a seguir:
Ou então
Por exemplo, vamos obter o valor eficaz da função. Sabendo que esta função
Vamos agora encontrar o valor eficaz da função cujo gráfico está demonstrado na figura 12. Substituindo os termos na equação do valor eficaz, obtemos:
O valor eficaz será utilizado posteriormente para a análise da eficiência de circuitos retificadores.
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O diodo semicondutor é, em seu formato mais simples, um dispositivo que permite a passagem de corrente elétrica somente no sentido indicado pela seta do seu símbolo. Esta é a primeira aproximação do diodo, também denominada de Diodo Ideal. O símbolo do diodo, bem como seus terminais, está identificado na figura abaixo.
Figura 13 – Símbolo e terminais do diodo semicondutor
A equação que rege a corrente de um diodo é a seguinte: , onde:
ou 1 para diodos de germânio ou silício na linha vertical.
O gráfico genérico da corrente dos diodos está representado a seguir:
Figura 14 – Curva característica dos diodos, em desproporção
A região à esquerda do eixo das ordenadas é denominada região de polarização reversa. Podemos
zener ou avalanche, onde a corrente reversa cresce para valores muito altos. Esta região deve ser evitada em diodos convencionais. A região à direita é denominada região de polarização direta. Pode-se
Is
Região de ruptura
Vt
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Terceiro modelo do diodo O terceiro modelo do diodo é o modelo linear mais preciso, que consiste na substituição do diodo por
consideração a fonte de tensão aplicada ao circuito.
Figura 17– Terceiro modelo do diodo
Resistência CC do diodo Se a fonte for de tensão contínua, podemos utilizar a lei de Ohm, obtendo os valores de tensão e corrente do gráfico do diodo para um determinado ponto de operação escolhido, encontrando então a resistência CC do diodo. Escolhendo um ponto de operação (por exemplo, escolhendo um valor de corrente direta do diodo), basta dividir a tensão pela corrente, obtendo a resistência CC. Ou seja:
10mA. Observa-se que no gráfico que, para um valor de corrente de 10mA, obtemos o valor de tensão de 0,55V, obtendo então uma resistência de 55Ω. Portanto, ’ = 0,55V e = 55Ω.
Exemplo: Determinado diodo possui uma tensão de ruptura de 1000V e uma corrente de fuga igual a
Sabe-se que na região de polarização reversa para valores abaixo da região de ruptura a corrente que circulará pelo diodo na temperatura ambiente será igual à corrente de fuga Is. Portanto:
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Figura 18 – Resistência CC do diodo
A resistência CC é válida para qualquer região da curva do diodo, tanto para a polarização direta quanto para a reversa. Podemos utiliza-la quando queremos definir um ponto de operação de tensão ou corrente do diodo.
Resistência CA ou dinâmica do diodo Se a fonte for do tipo alternada com pequena variação (≤10% do valor escolhido), podemos utilizar a resistência CA ou dinâmica do diodo.
O valor dinâmico é obtido tomando-se a derivada em torno de um ponto de operação. Para a equação do diodo acima do joelho, considerando o diodo de silício à temperatura ambiente, obtemos a seguinte equação que expressa o valor da resistência dinâmica:
Onde Id é o valor de corrente escolhido como ponto de operação.
variação de 1,0mA em torno do ponto de operação.
Pode-se observar que uma variação de 1,0mA corresponde a um valor baixo, portanto podemos utilizar a equação da resistência dinâmica do diodo, que neste exemplo é igual a 2,6Ω.
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Figura 19 – Resistência média do diodo
A seguir, faremos a análise de um circuito com diodo, utilizando os métodos já descritos. De maneira geral, podemos considerar os seguintes passos para realizar a análise CC:
Exemplo: Considere o circuito abaixo. Analise o mesmo utilizando os três modelos do diodo e o método da reta de carga, considerando que o diodo possui as características da figura 19. Discuta os resultados.
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Figura 20 – Circuito com diodo
Análise pelo primeiro modelo A primeira providência é identificar a polarização do diodo. Para facilitar a análise, tente visualizar os resistores R1 e R3 como curtos-circuitos. Neste caso, fica implícita a polarização direta do diodo. Substituindo o diodo pelo seu modelo equivalente, nos deparamos com o seguinte circuito:
Figura 21 – Primeiro modelo utilizado no circuito
Podemos realizar a análise pelo método das resistências equivalentes, obtendo os valores de tensão e corrente em cada componente:
Análise pelo segundo modelo Ao substituir o diodo pelo segundo modelo, devemos tomar cuidado com a polarização da fonte do modelo equivalente. O polo positivo da fonte estará do lado do anodo do diodo, para que o mesmo possa causar uma queda de tensão. Outro ponto importante a ser considerado é o diodo não é um componente ativo, ou seja, se conectarmos um voltímetro CC nos terminais do mesmo quando isolado, não encontraremos 0,7V. Este valor é somente a queda de tensão que o diodo causa no circuito.