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Guias e Dicas
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Apostila fundamentos de enf.010, Notas de aula de Administração Empresarial

Reunião de vários materiais de Enfermagem

Tipologia: Notas de aula

2010

Compartilhado em 12/10/2010

iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha-
iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha- 🇧🇷

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APOSTILA DE FUNDAMENTOS
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APOSTILA DE FUNDAMENTOS

1-HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

1.1-A ENFERMAGEM NO BRASIL E NO MUNDO

A profissão de enfermagem surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no decorrer dos períodos históricos. As práticas de saúde maquinal foram as primeiras formas de prestação de assistência. Num estágio inicial da civilização, estas ações de enfermagem garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pelo aprendizado do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionistas e teológicas, Mas, como o domínio dos meios de cura passaram a significar poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele.O cuidado de Enfermagem, tem como únicas referência à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes. As práticas de saúde mágico-sacerdotais fundamentavam-se em relação mística entre as práticas religiosas e de saúde primitivas realizadas pelos sacerdotes nos templos. Este período foi marcado pelo empirismo, constatada antes do surgimento do raciocínio filosófico que ocorre por volta do século V a.C. Essas ações de enfermagem sem embasamento científico permaneceu por muitos séculos a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram postulados e posteriormente, desenvolveram-se escolas especiais para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa. A herança uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio. As práticas de saúde comprovaram a evolução das ações de saúde e, em especial, do exercício da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI. A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem. Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças utilizam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos. Sob exploração deliberada, considerada um serviço doméstico, pela queda dos padrões morais que a sustentava, a prática de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais. Enfermagem, na visão do sistema político-econômico da sociedade capitalista. mostram o surgimento da Enfermagem como atividade profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX. O avanço da Medicina vem beneficiar a reorganização dos hospitais. É na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplina e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então. Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada.

planejada de prestar cuidados aos pacientes .que, gradativamente, vem sendo implantada em diversos serviços de saúde. 2.2- ANAMNESE EXAME CLÍNICO: Anamnese (do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória) Nada mais é que uma entrevista feita por um profissional da área da saúde com um paciente, que tem a intenção de ser um ponto chave no diagnóstico de uma doença. Ou seja, é uma entrevista que tem por finalidade relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente. A anamnese, como qualquer outro tipo de entrevista, possui formas ou técnicas corretas de serem aplicadas. Ao seguir as técnicas pode-se aproveitar ao máximo o tempo disponível para o atendimento, o que produz um diagnóstico seguro e um tratamento correto. Sabe-se que nos dias hoje que a anamnese, quando bem conduzida, é responsável por 85% do diagnóstico na clínica médica, liberando 10% para o exame clínico (físico) e apenas 5% para os exames laboratoriais ou complementares. 2.2.1-Elementos da Anamnese Identificação : A identificação é o primeiro passo do relacionamento terapêutico com o paciente. Investiga-se o nome, idade, sexo, cor (raça), estado civil, profissão atual, profissão anterior, local onde o mesmo trabalha, naturalidade, nacionalidade, residência atual e residência anterior. Queixa principal (QP) : Em poucas palavras, o profissional registra a queixa principal, o motivo que levou o paciente a procurar ajuda do profissional. História da doença atual (HDA) : No histórico da doença atual é registrado tudo que se relaciona quanto à doença atual: sintomatologia, época de início, história da evolução da doença, entre outros. Em caso de dor, deve-se caracterizá-la por completo. Histórico médica pregressa (HMP) : Adquire-se informações sobre toda a história médica do paciente, mesmo das condições que não estejam relacionadas com a doença atual. Histórico familiar (HF) : Neste histórico é perguntado ao paciente sobre sua família e suas condições de trabalho e vida. Procura-se alguma relação de hereditariedade das doenças. História pessoal e social : Procura-se a informação sobre a ocupação do paciente,como: onde trabalha, onde mora , se é tabagista, alcoolista ou faz uso de outras drogas. Pergunta-se se o mesmo viajou recentemente, se possui animais de estimação (para se determinar a exposição a agentes patogênicos ambientais). Que atividades recreativas faz, se utiliza algum tipo de droga medicamentosa (inclusive os da medicina alternativa),pois estas informações são muito valiosas para o médico levantar hipóteses de diagnóstico. Revisão de sistemas : Esta revisão, também é chamada de interrogatório sintomatológico ou anamnese especial, consiste num interrogatório de todos os sistemas do paciente, permitindo ao médico levantar hipóteses de diagnósticos. Caracterizando a dor do paciente : As principais perguntas que se referem à dor, nos dão indicativos para continuação da anamnese. São elas:

  • Onde dói? (o paciente deve mostrar o local)
  • Quando começou?
  • Como começou? (súbito ou progressivo)
  • Como evoluiu? (como estava antes e como está agora)
  • Qual o tipo da dor? (queimação, pontada, pulsátil, cólica, constritiva, contínua, cíclica, profunda, superficial)
  • Qual a duração da crise? (se a dor for cíclica)
  • É uma dor que se espalha ou não?
  • Qual a intensidade da dor? (forte, fraca ou usar escala de 1 a 10).
  • A dor impede a realização de alguma tarefa?
  • Em que hora do dia ela é mais forte?
  • Existe alguma coisa que o sr. faça que a dor melhore?
  • E que piora?
  • A dor é acompanhada de mais algum sintoma? Questionário direcionados ao paciente: As perguntas a serem feitas ao pacientes dividem-se em 3 tipos: abertas, focadas e fechadas.
  • Perguntas Abertas - As do tipo abertas devem ser feitas de tal maneira que o paciente se sinta livre para expressar-se, sem que haja nem um tipo de restrição. Ex: "O que o sr. está sentindo?"
  • Perguntas Focadas - As focadas são tipos de perguntas abertas, porém sobre um assunto específico, ou seja, o paciente deve sentir-se à vontade para falar, porém agora sob um determinado tema ou sintoma apenas. Ex: "Qual parte dói mais? ".
  • Perguntas Fechadas - As perguntas fechadas servem para que o entrevistador complemente o que o paciente ainda não falou, com questões diretas de interesse específico. Ex: "A perna dói quando o sr. anda ou quando o sr. está parado?". 2.3-EXAME FÍSICO E MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A SUA REALIZAÇÃO O exame físico ou exame clínico é a união de técnicas e manobras médicas, usadas quando examinamos um paciente com a finalidade de diagnosticar uma patologia. Em geral é utilizada após a anamnese, o exame físico pode utilizar aparelhos médicos específicos, tais como: estetoscópio, esfigmomanômetro, termômetro, entre outros, com o intuito de realizar uma boa avaliação dos órgãos ou sistemas na procura de mudanças anatômicas ou funcionais que são resultantes de diversas patologias. O exame físico pode ser: Geral ou focal e se divide em quatro etapas: inspeção, ausculta, palpação e percussão. Essas técnicas podem ser aperfeiçoadas com paciência, prática e perseverança. 2.4-EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM- São as anotações que são realizadas no momento da internação até a alta do cliente. 1- Nível de consciência (sonolento, confuso); 2- Locomoção (acamado, deambulando); 3- PA (elevada, anotar valores SSVV); 4- Mantendo jejum (sim ou não/24hs, se não porque?); 5- Sono ou repouso (sim ou não/24hs, se não porque?); 6- Incisão cirúrgica (dreno, catéter); 7- Incisão cirúrgica abdominal (aspecto da secreção drenada); 8- Sondas (fechada ou aberta); 9- Venóclise e dispositivo de infusão (onde, tipo, periférica: IC ou SCVD); 10- Eliminações urinárias e fecais (ausente, presente, quantos dias); 11- Queixas (náuseas, dor, etc.). Exemplo 1º dia: Paciente no 1º dia de internação por DM descompensada (+) labirintite, apresenta-se calmo, consciente, contactuando, deambulando sob supervisão, corado, hidratado, afebril, normocárdio, eupnéico, hipertenso com pressão variando de 150x90-100mmHg, dextro variando entre 282 a 186 mg/dl, evolui sem queixas e sem êmese. Refere melhora da tontura. Acuidade auditiva e visual diminuída. Ausculta pulmonar com presença de murmúrios vesiculares s/ ruídos adventícios. Ausculta cardíaca BRNF. Abdômen flácido, indolor a palpação com presença de ruídos hidroaéreos, perfusão periférica normal. Mantém venóclise em MSE. Eliminações fisiológicas presentes. (seu nome).Exemplo 2º dia: paciente no 2º dia de internação por DM descompensada e labirintite, apresenta-se calmo, consciente, orientado em tempo e espaço, contactuando, deambula com auxílio, apresenta equimoses em MMSS e

sinais e sintomas, drenos, sondas, cateteres além do dados referentes às necessidades humanas básicas. 2.7ANOTAÇÃO NO PRONTUÁRIO DO PACIENTE SERVE PARA OBSERVAR AS:

  1. As medidas terapêuticas executadas pelos vários membros da equipe de saúde;
  2. As medidas prescritas pelo médicos e executadas
  3. pela enfermagem;
    1. Procedimentos de enfermagem não prescritos pelo médico, porém executados pela enfermeira, para atender às necessidades específicas de um paciente;
  4. O comportamento e outras observações relativas ao paciente, consideradas pertinentes à saúde;
  5. Respostas específicas do paciente à terapia e à assistência;
  6. O registro dos ensinamentos recebidos pelos pacientes Anotação de Enfermagem Deve abranger todos os cuidados prestados como: Verificação dos sinais vitais; Banho (leito ou chuveiro, c/ ou s/ auxílio); Massagem de conforto; Troca de curativos (tipo, local, aberto ou fechado); Aceitou ou não o desjejum; Exemplo 1º dia: 08:00hs: paciente consciente, orientado em tempo e espaço, contactuando, corado, hidratado, pele íntegra, deambula sob supervisão, mantém venóclise em MSE, realizado dextro (186mg/dl), aceitou parcialmente o desjejum, refere ter dormido em. Diurese (+) espontânea. Fezes (-) ausente. Exemplo 2º dia: 08:20hs: paciente consciente, orientado em tempo e espaço, calmo, corado, deambula sem auxílio da enfermagem, apresenta equimoses em MMSS e MMII, pele ressecada e descrita isquemação nas mãos. Mantém scalp salinizado em MSD, sudorese intensa e prudiro em panturrilha. Aceitou totalmente o desjejum, refere ter evacuado a noite e ter dormido bem. (seu nome). Anexo (Roteiro norteador de anotação de enfermagem)

1. Comportamento e observações relativas ao paciente Nível de consciência / Estado emocional / Integridade da pele e mucosa / Hidratação / Aceitação de dieta Manutenção venóclise / Movimentação / Eliminação / Presença de cateteres e drenos 2. Cuidados prestados aos pacientes prescritos ou não pelo enfermeiro Mudança de decúbito / Banho / Curativos / Retirada de drenos, etc 3. Medidas prescritas pelo médico e prestadas pela enfermagem Repouso / Sentar fora do leito/ Trendelemburg / Uso de colete/faixas / Recusa de medicação ou tratamento 4. Respostas específicas do paciente a terapia e assistência

Alterações do quadro clínico / Sinais e sintomas Alterações de sinais vitais / Intercorrências / Providências / Resultados

4. Orientações educativas De alimentação / Atividade física / Uso de medicações / Cuidados em casa. 1. Outros fatos relevantes ( de qualquer natureza ) referidos pelo paciente ou percebido pelo profissional.

3-MEDIDAS ANTROPROMÉTRICAS

No hospital, as medidas de peso e altura necessitam de serem obtidas no ato da internação. Determinados tratamentos ou terapias podem ocasionar oscilações rápidas e freqüentes de peso, por retenção ou perda de líquidos do organismo. Quando nos referimos a um caso como este ,há necessidade de controle mais freqüente. Quanto ao paciente acamado, seu controle de peso é feito por intermédio de balanças especiais (cama-balança). 2.4- Medindo a altura e o peso no adulto

  • Material necessário: -. 1-balança;
  • .2- papel para forrar a plataforma da balança. A balança a ser usada para a pesagem deve ser antecipadamente aferida (nivelada, tarada) para o alcance de valores mais exatos e destravada somente quando o paciente encontra-se sobre ela. O piso da balança deve estar sempre limpo e protegido com papel-toalha, evitando que os pés fiquem diretamente colocados sobre ele. Para prevenir a ocorrência de quedas, fornecer auxílio ao paciente durante todo o procedimento. O paciente deve ser pesado com o mínimo de roupa e sempre com peças aproximadas em peso.Para obter um resultado correto, deve ser orientado a retirar o calçado e manter os braços livres. Após ter-se posicionado de maneira adequada , o profissional deve deslocar os pesos de quilo e grama até que haja o nivelamento horizontal da régua graduada; a seguir, travar e fazer a leitura e a anotação de enfermagem. Em pacientes internados, com controle diário, o peso deve ser verificado em jejum, sempre no mesmo horário, para avaliação das alterações. Para maior exatidão do resultado na verificação da altura, orientar o paciente a manter a posição ereta, de costas para a haste, e os pés unidos e centralizados no piso da balança. Posicionar a barra sobre a superfície superior da cabeça, sem deixar folga, e travá- la para posterior leitura e anotação. Para se tarar uma balança, faz-se necessário soltar a trava, colocar os pesos de quilo e grama no zero e observar o nivelamento do fiel da balança com a marca na trava. Quando há desnivelamento, movimenta- se o calibrador até o nivelamento. em todo esse processo não deve haver nada sobre a balança. 35-SINAIS VITAIS 3.5.1-Controlando a temperatura corporal Muitos processos físicos e químicos, são controlados pelo hipotálamo, promovem a produção ou perda de calor, mantendo nosso organismo com temperatura mais ou menos constante, independente das variações do meio externo. A temperatura corpórea está intensamente ligada à atividade metabólica, ou seja, a um processo de liberação de energia através das reações químicas ocorridas nas células.

O bulbo do termômetro deve ser colocado sob a axila seca e o profissional deve requerer ao paciente que disponha o braço sobre o peito, com a mão em direção ao ombro oposto.

1. Manter o termômetro pelo tempo indicado, lembrando que duas leituras consecutivas com o

mesmo valor reflete um resultado bastante fidedigno.

  1. Para a leitura da temperatura, segurar o termômetro ao nível dos olhos, o que facilita a visualização.
  2. Após o uso, a desinfecção do termômetro deve ser realizada no sentido do corpo para o bulbo, obedecendo o princípio do mais limpo para o mais sujo, mediante lavagem com água e sabão ou limpeza com álcool a 70% - processo que diminui os microrganismos e a possibilidade de infecções cruzadas. 3.5.2- Controlando o Pulso Também consideradas como importante parâmetro dos sinais vitais, as oscilações da pulsação, verificadas através do controle de pulso, podem trazer informações significativas sobre estado do paciente. Porque da verificação esta manobra, denominada controle de pulso, é possível porque o sangue impulsionado do ventrículo esquerdo para a aorta provoca oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, que podem ser sentidas quando se comprime brandamente a artéria contra uma estrutura dura. Assim como a freqüência, é importante advertir o ritmo e força que o sangue exerce ao passar pela artéria. Há fatores que podem provocar alterações passageiras na freqüência Cardíaca: São as emoções, os exercícios físicos e a alimentação.Lembrando que ao longo do ciclo vital seus valores vão se modificando, sendo maiores em crianças e menores nos adultos. Freqüências da Pulsação normal :
  3. freqüência do pulso no recém-nascido é, em média, de 120 batimentos por minuto (bpm), podendo chegar aos limites de 70 a 170 bpm
  4. -Aos 4 anos, a média aproxima-se de 100 bpm, variando entre 80 e 120 bpm, assim se mantendo até os 6 anos;

3. a partir dessa idade e até os 12 anos a média fica em torno de 90 bpm, com variação de 70

a 110 bpm.

4. Aos 18 anos, atinge 75 bpm nas mulheres e 70 bpm nos homens.

5. A partir da adolescência observamos nítida diferenciação entre o crescimento físico de

mulheres e homens, o que influencia a freqüência do pulso:

6. na fase adulta, de 65 a 80 bpm nas mulheres e de 60 a 70 bpm, nos homens.

Habitualmente, faz-se a verificação do pulso sobre a artéria radial e, eventualmente, quando o pulso está filiforme, sobre as artérias mais calibrosas - como a carótida e a femoral. Outras artérias, como a temporal, a facial, a braquial, a poplítea e a dorsal do pé também possibilitam a verificação do pulso. O pulso normal - denominado normocardia - é regular, ou seja, o período entre os batimentos se mantém constante, com volume perceptível à pressão moderada dos dedos.

  • O pulso apresenta as seguintes alterações: . bradicardia: freqüência cardíaca abaixo da normal; . taquicardia: freqüência cardíaca acima da normal; . taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico; . bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico ;

Cuidados na verificação da Pulsação

. Verificando a pulsação Material necessário: . relógio . papel e caneta A pulsação da artéria radial pode ser verificada exercendo moderada pressão dos dedos médio e indicador sobre o rádio e o polegar oposto a estes dedos sobre a parte posterior dos punhos (movimento de preensão). O profissional não deve usar o polegar para fazer a palpação do pulso, pois pode vir a confundir sua própria pulsação com a do paciente. Contar o número de pulsações por um minuto, observados no relógio na outra mão. Registrar o procedimento, destacando as características observadas. 3.5.3-Controlando a P.A A pressão arterial é um indicador importante na avaliação do doente. . Pressão Arterial: A pressão arterial resulta da tensão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias e depende: a) do débito cardíaco relacionado à capacidade de o coração impulsionar sangue para as artérias e do volume de sangue circulante; b) da resistência vascular periférica, determinada pelo lúmen (calibre), elasticidade dos vasos e viscosidade sangüínea, traduzindo uma força oposta ao fluxo sangüíneo; c) da viscosidade do sangue, que significa, em outros termos, sua consistência resultante das proteínas e células sangüíneas. O controle compreende a verificação da pressão máxima ou sistólica e da pressão mínima ou diastólica, registrada em forma de fração ou usando-se a letra x entre a máxima e a mínima. Por exemplo, pressão sistólica de 120mmHg e diastólica de 70mmHg devem ser assim registradas: 120/70mmHg ou 120x70mmHg. O resultado real da verificação de Pressão Arterial se faz quando : - o indivíduo esteja em repouso por 10 minutos ou isento de fatores estimulantes (frio, tensão, uso de álcool, fumo). Hipertensão arterial é o termo usado para indicar pressão arterial acima da normal; e hipotensão arterial para indicar pressão arterial abaixo da normal. - Quando a pressão arterial se encontra normal, dizemos que está normotensa. A pressão sangüínea geralmente é mais baixa durante o sono e ao despertar. A ingestão de alimentos, exercícios, dor e emoções como medo, ansiedade, raiva e estresse aumentam a pressão arterial. Habitualmente, a verificação é feita nos braços, sobre a artéria braquial. - A pressão arterial varia ao longo do ciclo vital, aumentando conforme

4-POSIÇÕES PARA EXAME

FOWLER (Posição para Exames) Paciente fica semi sentado. Usado para descanso, conforto, alimentação e patologias respiratórias. SIMs (Posição para Exames) Lado direito: deitar o paciente sobre o lado direito flexionando-lhe as pernas, ficando a direita semi flexionada e a esquerda mais flexionada, chegando próxima ao abdômen. Para o lado esquerdo, basta inverter o lado e a posição das pernas. Posição usada para lavagem intestinal, exames e toque. GENU-PEITORAL (Posição para Exames) Paciente se mantém ajoelhado e com o peito descansando na cama, os joelhos devem ficar ligeiramente afastados. Posição usada para exames vaginais, retais e cirurgias. GINECOLÓGICA (Posição para Exames) A paciente fica deitada de costas, com as pernas flexionadas sobre as coxas, a planta dos pés sobre o colchão e os joelhos afastados um do outro. É usado para sondagem vesical, exames vaginais e retal. LITOTOMIA (Posição para Exames) A paciente é colocada em decúbito dorsal, as coxas são bem afastadas uma das outras e flexionadas sobre o abdômen; para manter as pernas nesta posição usam-se suportes para as pernas (perneiras). Posição usada para parto, toque,curetagem.

TREDELEMBURG (Posição para Exames). O paciente fica em decúbito dorsal, com as pernas e pé acima do nível da cabeça, posição usada para retorno venoso, cirurgia de varizes, edema. ERETA ou ORTOSTÁTICA (Posição para Exames) O paciente permanece em pé com chinelos ou com o chão forrado com um lençol. Posição usada para exames neurológicos e certas anormalidades ortopédicas. 5 –TÉCNICAS BÁSICAS HIGIENE E CONFORTO PARA O PACIENTE E CUIDADOS AOS PACIENTES 4.1- HIGIENE ORAL Material: escova de dente; dentifrício; copo descartável com água; toalha de rosto; cuba-rim; espátula; canudo s/n; lubrificante labial (vaselina); anti-septico oral (Cepacol); luva de procedimento; gaze. Procedimento (paciente com pouca limitação) em posição de Fowler e com a cabeça lateralizada; proteger o tórax com a toalha de rosto; colocar a cuba-rim sob a bochecha; solicitar para que abra a boca ou abri-la com auxíliio da espátula; utilizar a escova com movimentos da raiz em direção à extremidade dos dentes. Fazer cerca de 6 a 10 movimentos em cada superfície dental, com pressão constante da escova; repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando a língua com espátula protegida com gaze, s/n; oferecer copo com água para enxaguar a boca; utilizar canudo s/n. Procedimento (paciente com prótese) Solicitar que retire a prótese ou fazer por ele, utilizando a gaze; Colocá-la na cuba rim; Escovar a gengiva, palato e língua, se o paciente não puder fazê-lo; Oferecê-la para que o paciente coloque-a ainda molhada.

5-PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A ENFERMAGEM

Fonte de infecção relacionada à equipe de saúde A equipe de saúde tem importante papel na cadeia de transmissão da infecção hospitalar ou domiciliar.As práticas adotadas para sua prevenção visam controlar a propagação de microrganismos que habitam o ambiente hospitalar e diminuir os riscos do paciente vir a adquirir uma infecção. 5.1-LAVAGEM DAS MÃOS Técnica de lavagem das mãos Para que a lavagem das mãos seja eficaz, faz-se necessário utilizar uma técnica apropriada para a remoção mecânica da sujidade, suor, células descamativas e microrganismos transitórios em todas as partes da mão: palma, dorso, espaços interdigitais, unhas e punhos. Visando evitar contaminação durante o processo, antes de iniciar a lavagem das mãos devem ser retirados objetos como anéis, pulseiras e relógio de pulso. Preferencialmente, utilizar sabão líquido, pois o sabão em barra facilmente se torna meio de contamina- ção. Outro cuidado adicional é evitar que, durante a lavagem, as mãos entrem em contato direto com a pia. Para uma lavagem adequada das mãos deve-se, após molhá-las e colocar o sabão, fazer os seguintes movimentos: friccionar palma contra palma (figura 1), palma direita sobre o dorso da mão esquerda, com os dedos entremeados (figura 2) e vice-versa, palma contra palma, friccionando a região interdigital com os dedos entremeados (figura 3), dedos semi-fechados em gancho da mão esquerda contra a mão direita (figura 4) e vice-versa, movimento circular do polegar direito (figura 5) e esquerdo, movimento circular para a frente e para trás com os dedos fechados da mão direita sobre a palma da mão esquerda (figura 6) e vice-versa. O processo de fricção repetida deve ser realizado com as mãos e os antebraços voltados para baixo, evitando-se que o sabão e a água, já sujos, retornem às áreas limpas. Cinco fricções de cada tipo são suficientes para remover mecanicamente os microrganismos. Após esse processo, as mãos não devem ser enxagüadas em água corrente, mas sim posicionadas sob a torneira com os dedos voltados para cima, de modo que a água escorra das mãos para os punhos. Após a lavagem, mantendo os dedos voltados para cima, secar as mãos com papel-toalha descartável, começando pelas mãos e, depois, os antebraços. O uso de sabão é suficiente para a lavagem rotineira das mãos. Em situações especiais, como surtos de infecção ou isolamento de microrganismo multirresistente, seguir as orientações do setor responsável pela prevenção e controle de infecção hospitalar. A lavagem das mãos é de extrema importância para a segurança do paciente e do próprio profissional, haja vista que, no hospital, a disseminação de microrganismos ocorre principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos. 5.2-CALÇANDO AS LUVAS Luvas esterilizadas e de procedimento

Outra barreira utilizada para o controle da disseminação de microrganismos no ambiente hospitalar são as luvas, esterilizadas ou não, indicadas para proteger o paciente e o profissional de contaminação.

  • As luvas esterilizadas, denominadas luvas cirúrgicas, são indicadas para a realização de procedimentos invasivos ou manipulação de material estéril, impedindo a deposição de microrganismos no local. Exemplos: cirurgias, suturas, curativos, cateterismo vesical, dentre outros. As luvas de procedimento são limpas, porém não esterilizadas, e seu uso é indicado para proteger o profissional durante a manipulação de material, quando do contato com superfícies contaminadas ou durante a execução de procedimentos com risco de exposição a sangue, fluidos corpóreos e secreções.
  • Não há nenhum cuidado especial para calçá-las, porém devem ser removidas da mesma maneira que a luva estéril, para evitar que o profissional se contamine.
  • Calçando e descalçando luvas estéreis
  1. Antes de qualquer coisa, ressalte-se que a luva deve ter um ajuste adequado, cuja numeração corresponda ao tamanho da mão. Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do envelope para cima e o punho em sua direção (figura 1).
  2. Toque somente a parte externa do pacote, mantendo estéreis a luva e a área interna do pacote.
  3. Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte que irá se aderir à pele ao calçá-la, única face que pode ser tocada com a mão não-enluvada (figura 1) - desta forma, sua parte externa se mantém estéril (figura 2).
  4. Para pegar a outra luva, introduza os dedos da mão enluvada sob a dobra do punho (figura 3) e calce-a, ajustando- a pela face externa (figuras 4 e 5).
  5. Calçando a luva, mantenha distância dos mobiliários e as mãos em nível mais elevado, evitando a contaminação externa da mesma.
  6. Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante sua retirada a face externa não deve tocar a pele. Para que isto não ocorra, puxe a primeira luva em direção aos dedos, segurando-a na altura do punho com a mão enluvada (figura 6);

7. em seguida, remova a segunda luva,segurando-a pela parte interna do punho e puxando-

a em direção aos dedos (figura 7).Esta face deve ser mantida voltada para dentro para evitar auto-contaminação e infecção hospitalar.

  1. Se não houver disponibilidade de papel-toalha, antes de fechar o fluxo de água deve-se despejar água com as mãos em concha sobre a torneira ensaboada - procedimento que assegurará que as mãos, já limpas, toquem apenas a superf ície também limpa da torneira.

Válvula de exalação ou expiratória: o circuito do paciente possui ainda válvulas que permitem que o gás exalado pelo paciente saia para a atmosfera ou para outro circuito fechado. Quando o ar é entregue ao paciente, a pressão positiva precisa forçar o pulmão a receber o ar e, portanto, é necessário que a via usada para expiração do ar seja fechada. Essa válvula tem as funções de fechar o circuito de saída na inspiração e abrir o circuito de saída na expiração. Alarmes: os alarmes de um ventilador pulmonar não devem nunca ser permanentemente desabilitados. Servem para monitorar problemas que podem ocorrer durante a operação do equipamento, tais como: apnéia; pressão muito alta ou muito baixa; freqüência do ciclo respiratório muito alta ou muito baixa; falta dos gases utilizados; desconexãó do circuito ventilatório; bloqueio no circuito respiratório; perda de energia elétrica ou bateria muito fraca Controles: os controles serão vistos no item O controle básico de um ventilador. Os modelos mais completos possuem, ainda, sensores e interface para computador e através destes é possível monitorar e controlar diversos parâmetros. Também é possível enviar à sala de controle e armazenar as medidas críticas, os alarmes e os dados sobre o procedimento. Controles do ventilador Os circuitos de controle são responsáveis pela maneira com que o paciente será ventilado. Basicamente, os ventiladores possuem os seguintes controles: Fluxo e, ou pressão e, ou volume: Fluxo: ajusta o valor do pico de fluxo de ar a ser enviado pelo equipamento (l/min). Pressão: ajusta o pico de pressão a ser atingida. Num sistema fechado, o gás flui até PIP ser atingido e, então, é desligado, sendo que a válvula de exalação permanece fechada durante o tempo inspiratório. Se um vazamento causar um decréscimo no nível de pressão, o fluxo pode ser reiniciado. PATOLOGIAS ASSOCIADAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA Algumas patologias estão associadas ao uso de ventiladores mecânicos. As mais comuns são:

  • Pneumonia: a pneumonia associada à ventilação (PAV) é o problema mais comum no uso de ventiladores de cuidado intensivo. É desencadeada por um edema inicial que eleva a umidade do pulmão. Pode ocorrer devido à falha no sistema de umidificação, insuficiência cardíaca e baixa diurese. Pode ser prevenida com a troca constante do circuito de respiração e com o dreno de secreção subglótica e intubação oral em vez de nasal.
  • Atelectasia: atelectasia difusa é outra complicação comum em pacientes submetidos à ventilação mecânica e ocorre quando o paciente recebe um volume corrente muito próximo ao normal (6 a 8 1/min) durante um longo período de tempo.
  • Atelectasia localizada é geralmente provocada por secreções retidas ou obstrução das vias aéreas por corpo estranho ou por introdução do tubo no brônquio direito. Intoxicação por oxigênio: ocorre se o nível de oxigênio for superior a 21% por um período prolongado ou por níveis maiores em períodos menores. A administração de oxigênio em concentrações iguais ou maiores

que 60% por mais de 48 horas, causa dispnéia progressiva, tosse, dor retroesternal, diminuição da complacência pulmonar e hipoxemia..

  • Algumas patologias gástricas, hipoventilação e Hipotensão. 2-INCUBADORAS Para aumentar a taxa de sobrevivência dos recém-nascidos prematuros, coloca-se os mesmos em câmaras fechadas, com temperatura mantida em uma faixa específica, o que diminui os requisitos de consumo de oxigênio e os mantém aquecidos. O mesmo procedimento também é indicado para bebês nascidos a termo, mas que estejam doentes. A incubadora é um dispositivo com uma câmara fechada e transparente, que mantém o recém-nascido em um ambiente controlado de modo que seja favorável: Ao seu crescimento; − Ao seu desenvolvimento; − A sua resistência às doença; − E finalmente a sua sobrevivência. Os elementos deste ambiente que podem ser controlados incluem: − Temperatura; − Umidade; − Circulação de ar; − Oxigênio; − Luz. Regra geral Numa incubadora fechada, aquecida por convecção e bem umidificada, com paredes simples de Plexiglass, a temperatura ambiente percebida pelo recém nascido é aproximadamente 1ºC menor que a temperatura do ar medida no meio da câmara, para cada 7ºC de diferença entre a temperatura do ar da incubadora e a temperatura do ar da sala onde está a incubadora. Ambiente termicamente neutro Definição aproximada de ambiente termicamente neutro: ambiente onde existe um conjunto de condições térmicas que estabelece para o recém nascido, um estado metabólico mínimo e mantém a temperatura de seu corpo dentro da faixa normal.