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apostila historia da enfermagem, Notas de estudo de Enfermagem

CURSO TECNICO ENFERMAGEM

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 09/06/2011

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maria-clara-oliveira-12 🇧🇷

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A Evolução da Assistência à Saúde nos Períodos Históricos
- Período Pré-Cristão
Neste período as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do
demônio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros.
O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de
sacrifícios. Usavam-se: massagens, banho de água fria ou quente, purgativos, substâncias
provocadoras de náuseas. Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre planteas
medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e
farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações política e
religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma idéia do
tratamento dos doentes.
- Egito
Os egípicios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua época. As
receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas.
Pratica-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos; acreditava-se na influência de algumas
pessoas sobre a saúde de outras. Havia ambulatórios gratuitos, onde era recomendada a
hospitalidade e o auxílio aos desamparados.
- Índia
Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, músculos,
nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo
digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações,
trepanações e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribui para o desenvolvimento da
enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais.
Foram os únicos, na época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e
conhecimentos científicos. Nos hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para
distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado
respeito ao corpo humano - proibia a dissecação de cadáveres e o derramamento de sangue. As
doenças eram consideradas castigo.
- Assíria e Babilônia
Entre os assírios e babilônios existiam penalidades para médicos incompetentes, tais como:
amputação das mãos, indenização, etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que
sete demônios eram os causadores das doenças. Os sacerdotes-médicos vendiam talismãs com
orações usadas contra ataques dos demônios. Nos documentos assírios e babilônicos não há
menção de hospitais, nem de enfermeiros. Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres
de Deus, como no episódio bíblico do banho no rio Jordão. "Vai, lava-te sete vezes no Rio
Jordão e tua carne ficará limpa".(II Reis: 5, 10-11)
- China
Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram classificadas da seguinte
maneira: benignas, médias e graves. Os sacerdotes eram divididos em três categorias que
correspondiam ao grau da doença da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas
medicinais. Os chineses conheciam algumas doenças: varíola e sífilis. Procedimentos:
operações de lábio. Tratamento: anemias, indicavam ferro e fígado; doenças da pele, aplicavam
o arsênico. Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A
cirurgia não evoluiu devido a proibição da dissecação de cadáveres.
- Japão
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A Evolução da Assistência à Saúde nos Períodos Históricos

- Período Pré-Cristão

Neste período as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios. Usavam-se: massagens, banho de água fria ou quente, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas. Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre planteas medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações política e religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma idéia do tratamento dos doentes.

- Egito

Os egípicios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua época. As receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas. Pratica-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos; acreditava-se na influência de algumas pessoas sobre a saúde de outras. Havia ambulatórios gratuitos, onde era recomendada a hospitalidade e o auxílio aos desamparados.

- Índia

Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações, trepanações e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribui para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais. Foram os únicos, na época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos científicos. Nos hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano - proibia a dissecação de cadáveres e o derramamento de sangue. As doenças eram consideradas castigo.

- Assíria e Babilônia

Entre os assírios e babilônios existiam penalidades para médicos incompetentes, tais como: amputação das mãos, indenização, etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que sete demônios eram os causadores das doenças. Os sacerdotes-médicos vendiam talismãs com orações usadas contra ataques dos demônios. Nos documentos assírios e babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros. Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do banho no rio Jordão. "Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa".(II Reis: 5, 10-11)

- China

Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram classificadas da seguinte maneira: benignas, médias e graves. Os sacerdotes eram divididos em três categorias que correspondiam ao grau da doença da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas medicinais. Os chineses conheciam algumas doenças: varíola e sífilis. Procedimentos: operações de lábio. Tratamento: anemias, indicavam ferro e fígado; doenças da pele, aplicavam o arsênico. Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A cirurgia não evoluiu devido a proibição da dissecação de cadáveres.

- Japão

Os japoneses aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a única terapêutica era o uso de águas termais.

- Grécia As primeiras teorias gregas se prendiam à mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes-médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral. Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade. O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos anatômicos. O nascimento e a morte eram considerados impuros, causando desprezo pela obstetrícia e abandono dos doentes graves. A medicina tornou-se científica, graças a Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram causadas por maus espíritos. Hipócrates é considerado o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagnóstico, prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças como: tuberculose, malária, histeria, neurose, luxações e fraturas. Seu princípio fundamental na terapêutica consistia em "não contrariar a natureza, porém auxiliá-la a reagir". Tratamentos usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias, ventosas, vomitórios, purgativos e calmantes, ervas medicinais e medicamentos minerais. - Roma A medicina não teve prestígio em Roma. Durante muito tempo era exercida por escravos ou estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro. O indivíduo recebia cuidados do Estado como cidadão destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso. Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas, água pura e abundante e redes de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via Ápia. O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influência do povo grago. O cristianismo foi a maior revolução social de todos os tempos. Influiu positivamente através da reforma dos indivíduos e da família. Os cristãos praticavam uma tal caridade, que movia os pagãos: "Vede como eles se amam". Desde o início do cristianismo os pobres e enfermos foram objeto de cuidados especiais por parte da Igreja.

Enfermagem Moderna

O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. É na reorganização

da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta

reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplina e seus reflexos na

Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então.

Naquela época, estiveram sob piores condições, devido a predominância de doenças

infecto-contagiosas e a falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos

continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta

alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior

conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada.

É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é

convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em

combate na Guerra da Criméia.

dedicação ao próximo, estabeleceram diretrizes e caminhos para enfermagem

moderna.

Florence Nightingale, enfermeira britânica recebeu o nome em inglês da

cidade onde nasceu, em maio de 1820. Ficou famosa por ser pioneira no

tratamento a feridos, durante a Guerra da Criméia. Também contribuiu no campo

da Estatística, na criação de sistemas de representação gráfica com o gráfico

setorial- comumente conhecido como do tipo "pizza".

Ainda jovem rebelou-se contra o papel convencional das mulheres de seu

status, e decidiu dedicar-se à enfermagem. Era preocupada com as condições de

tratamento médico dos mais pobres e indigentes. Em dezembro de 1844, em

resposta à morte de um mendigo numa enfermaria em Londres, ela se tornou a

principal defensora de melhorias no tratamento médico. Teve papel ativo na

reforma das Leis dos Pobres, estendendo o papel do Estado para muito além do

fornecimento de tratamento médico.

Contribuiu muito durante a Guerra da Criméia, onde atuou desde outubro

de 1854 nos cuidados com os feridos nos Campos de Scurati (Turquia).

Durante a guerra constatou que a falta de higiene e as doenças matavam

grande numero de soldados hospitalizados por ferimentos. Assim desenvolveu um

trabalho de assistência aos enfermos e de organização da infra-estrutura hospitalar

que a tornou conhecida em toda a frente de batalha, consagrando a assistência aos

enfermos em hospitais de campanha. Suas reformas reduziram a taxa de

mortalidade em seu hospital militar de 42,7% para 2,2% e voltou famosa da

guerra e logo passou a batalhar, com considerável sucesso, pela reforma do

sistema militar de saúde.

Voltou para a Inglaterra como heroína em agosto de 1857 e, de acordo com

a BBC, era provavelmente a pessoa mais famosa da Era Vitoriana além da própria

Rainha Vitória.

A estatística para ela era essencial no entendimento dos problemas sociais

e procurou introduzir o estudo deste ramo da matemática para justificar suas

conclusões. Ela se utilizou em seus esforços dos dados que tinha, tornando-se

pioneira na utilização de gráficos, para apresentar de forma clara para que todos,

inclusive os generais e membros do parlamento, pudessem compreender. Seus

gráficos criativos constituíram-se em um marco no crescimento da nova ciência

da estatística.

Dedica-se porém, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na

Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, consegue

iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem -

uma Escola de Enfermagem em 1959.

Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital

Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram

fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das

características da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades

morais das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias

ministradas por médicos.

Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de fato a única pessoa

qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções

poderiam colocar nas mãos das enfermeiras. Florence morre em 13 de agosto de

1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge

não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas

como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra

nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e

específica.

AS PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM

Apesar das dificuldades que as da Enfermagem tiveram que enfrentar, devido à

incompreensão dos valores necessários ao desempenho da profissão, as escolas se

espalharam pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira

Escola foi criada em 1873.

Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas começam a prestar serviços a

domicílio em New York. As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia

da Escola de Florence Nightingale, baseada em quatro idéias-chave: