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apostila primeiros socorros, Notas de estudo de Cultura

noções basicas que todo mundo deve saber...

Tipologia: Notas de estudo

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PRIMEIROS SOCORROS
PROFESSORAS
MARIA JOSÉLY DE FIGUEIRÊDO GOMES
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PRIMEIROS SOCORROS

PROFESSORAS

MARIA JOSÉLY DE FIGUEIRÊDO GOMES

CYVA CYNARA DOS SANTOS LIMA

CEFET-RN

INTRODUÇÃO AOS PRIMEIROS SOCORROS

É muito importante entender que um socorrista nunca substitui um médico e

que os conteúdos abordados para o Ensino Técnico Integrado do CEFET-RN,

não tem a intenção de formar socorrista profissionais e sim de dar noções de

primeiros socorros para os alunos deste nível de ensino.

CONCEITOS IMPORTANTES

PRIMEIROS SOCORROS - Refere-se ao atendimento prestado a uma vítima

de um acidente ou mal súbito. Consiste num primeiro atendimento até que o

socorro avançado esteja no local. Primeiros Socorros é a ação de que cada

cidadão dentro de suas limitações possa ajudar ao outro.

URGÊNCIA - Situação onde não há risco à vida

EMERGÊNCIA - Situação onde há risco á vida

SOCORRO BÁSICO - são os procedimentos não invasivos.

SOCORRO AVANÇADO - são os procedimentos invasivos.

ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRISMO

- OMISSÃO DE SOCORRO (ART. 135º DO CÓDIGO PENAL.)

Todo cidadão é obrigado a prestar auxílio a quem esteja necessitando,

tendo três formas para fazê-lo: atender, auxiliar quem esteja atendendo

ou solicitar auxílio.

  • Exceções da lei (em relação a atender e/ou auxiliar): menores de 16

anos, maiores de 65, gestantes a partir do terceiro mês, deficientes

visuais, mentais e físicos (incapacitados).

Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.

Telefones de emergência:

CB: 193

SAMU: 192

imediatamente se a vítima for adulta e não tiver reagindo; se a vítima for

uma criança ou um bebê e estiver inconsciente, realize o atendimento de

salvamento por 1 minuto e, em seguida, ative o resgate.

Se não tiver um telefone disponível, prossiga com o atendimento de

emergência até que um espectador consiga ativar o resgate.

SINALIZAÇÃO Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer objeto que chame a atenção de outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique sinalizando a certa distância. ATENDIMENTO Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter o autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima. Procure expressar segurança e confiança no que faz. È importante que o primeiro socorrista possua iniciativa e certa liderança ao atuar junto à vítima. O atendimento deve estar baseado numa rápida avaliação das necessidades, que indicam ao prestador de primeiros socorros suas prioridades. Para isso, deve-se:

  • Manter-se calmo, transmitindo confiança, tranqüilidade e segurança;
  • Garantir a segurança;
  • Pedir socorro;
  • Controlar a situação;
  • Verificar situação das vítimas (dê prioridade ao atendimento dos casos de parada cardiorrespiratória, inconsciência, hemorragia abundante, estado de choque e envenenamento, pois EXIGEM SOCORRO IMEDIATO).
  • Agir rapidamente, porém dentro dos próprios limites, utilizando conhecimentos básicos de Primeiros Socorros.
  • Certifique-se de que qualquer providência a ser tomada não venha a agravar o estado da vítima.

No atendimento, a pessoa que estiver prestando os primeiros socorros

deve realizar: Exame primário, verificar os Sinais Vitais e o Exame

secundário.

EXAME PRIMÁRIO

Envolve a avaliação completa da vítima, com especial atenção para tudo o que

possa provocar risco de vida:

  • Observar o ambiente em que a vítima se encontra;
  • Colocar reto o pescoço da vítima e manter a mandíbula segura, visando

desobstruir as vias respiratórias e amenizar a pressão na coluna cervical;

  • Avaliar se a vítima apresenta parada respiratória ou cardíaca. Em caso

positivo, começar imediatamente a reanimação cárdio-pulmonar (R.C.P.);

  • Analisar a existência de hemorragias , e buscar meios para contê-las;
  • Verificar o estado de consciência da vítima;
  • Avaliar a intensidade da dor;
  • Conferir a temperatura do acidentado;
  • Manter a vítima aquecida com cobertores e/ou lençóis. 1 - Respiração (ver, ouvir, sentir) 2 - Pulso no adulto 3 - Pulso no bebê SINAIS VITAIS:

Use os sentidos- visão, audição, tato e olfato, para determinar o pulso, a

respiração, a temperatura e a cor da pele da vítima.

Avaliar o pulso: Vítima consciente (Punho)- inconsciente (carótida)

  • Freqüência: É aferida em batimentos por minuto, podendo ser normal, lenta ou rápida. Adulto 60 a 100 btm, criança 80 a 200 btm.
  • Ritmo: um pulso normal é regular.
  • A força- um pulso normal é completo e forte. OBS: A Vítima deve estar deitada ou sentada: use as pontas de dois ou três dedos. 15 segundo e multiplique por 4.

Avaliar a respiração:

  • Mão no tórax da vítima e sinta o movimento. Sinais de angústia respiratória (roncos e sibilos, dilatação das narinas e uso dos músculos acessórios do pescoço e abdome.

6. Distribuir tarefas.

7. Evitar atitudes impensadas.

8. Havendo muitas vítimas, dar preferência àquelas com maior risco de vida

(sofrendo de parada cárdio-respiratória ou sangramento excessivo, por

exemplo).

9. Agir como socorrista, não como herói.

10. Pedir auxílio, especialmente do Corpo de Bombeiros local.

CHOQUE

Conceito: Colapso e falência progressiva do sistema cardiovascular. Se não

for tratado o choque é fatal.

Os órgãos mais importantes do corpo humano, quanto à necessidade de

recebimento do fluxo sanguíneo são: cérebro / coração / rins.

O estado de choque afeta todos esses órgãos, porém, caracteriza-se pela

diminuição de aporte sanguíneo cerebral, o que automaticamente reduz a

oferta de oxigênio.

CLASSIFICAÇÃO DOS ESTADOS DE CHOQUE

- HEMORRÁGICO - É caracterizado pela própria perda de sangue.

  • PSICOGÊNICO – Algo psicológico afeta a vítima; o sangue drena da cabeça

e se acumula no abdome, causando desmaios.

- CARDIOGÊNICO - Ocasionado por disfunção do coração como bomba,

dificultando sua capacidade de ejeção.

- SÉPTICO – As toxinas de infecção graves causam dilatação dos vasos,

acúmulo de sangue nos vasos capilares pequenos e invasão dos vasos

sanguíneos por bactérias

  • ANAFILÁTICO - Por reação alérgica a uma determinada substância, em

indivíduos previamente sensibilizados, ocosionando edemas e vasodilatação.

- NEUROGÊNICO - Esse é o estado de choque mais difícil de ser tratado.

Lesão medular ou cefálica ocasionando perda do controle nervoso; os vasos

sanguíneos dilatam e não existe sangue suficiente para enchê-lo.

SINAIS E SINTOMAS DOS 3 ESTÁGIOS DE CHOQUE

- COMPENSATÓRIO- i nquietação, ansiedade, irritabilidade, apreensão. Ligeiro

aumento da FC E F.respiratória, pele pálida e fria (CHOQUE

HEMORRÁGICO), quente e ruborizada (CHOQUE SÉPTICO, ANAFILÁTICO

OU NEUROGÊNICO). PA mínima-normal, fraqueza, pele opaca-cor

acinzentada.

- PROGRESSIVO- I ndiferença, apatia, confusão, fala lenta, confusa e

incoerente. BC acelerado, Pulso diminuído e irregular, diminuição da PA,

respiração rápida, pele fria, úmida e cianótica.

- IRREVERSÍVEL- Pupilas dilatadas, respiração superficial e irregular; perda de

consciência.

CONTROLE DO CHOQUE

  • Ative imediatamente o resgate;
  • Desobstrua as vias aéreas. Dê atenção especial a vítima com

comprometimento óbvio das vias aéreas.

  • Coloque a vítima de costas a menos que ela esteja em estado avançado de

gestação, apresente lesão torácica, dificuldade respiratória, sintoma de ataque

cardíaco ou lesão penetrante no olho. Nesses casos, coloque a vítima semi-

sentada para facilitar a respiração.

  • controle qualquer sangramento óbvio.
  • Eleve as pernas a não mais de 20-30 cm acima do nível do coração. Nunca

eleve uma pessoa com traumatismo craniano, AVC ou lesões na perna; nestes

casos, eleve ligeiramente a cabeça se não houve sinal de lesão medular.

  • Imobilize a fratura; isso pode reduzir o choque, controlando o sangramento e

aliviando a dor;

  • Mantenha a vida aquecida, mas não superaqueça
  • Mantenha a vítima imóvel e quieta; o choque é agravado por manuseio brusco

e/ou excessivo.

  • Não administre nada a vítima por via oral. Se reclamar de sede umedeça os

lábios com toalha molhada.

  • Monitore os sinais vitais e o estado de consciência em intervalo de 5 min. Até

a chegada do resgate.

OBS: O choque pode apresentar um quadro um pouco diferente em crianças –

em geral, ele se desenvolve logo no início e progride com extrema rapidez. A

criança pode não exibir nenhum sinal ou sintoma, ou apenas sinais sutis e, de

repente, exibir sinais dramáticos de choque irreversível. Por este motivo.

Sempre comece imediatamente o atendimento de emergência a uma criança.

Nunca espere os sintomas se desenvolve.

VERTIGENS, DESMAIOS, CONVULSÕES E INSOLAÇÃO

No entanto, se o desmaio já ocorreu os procedimentos a serem realizados serão:

  • Deitar a vítima em decúbito dorsal, devendo evitar aglomerações.
  • Elevar as pernas a um nível superior à cabeça.
  • Afrouxar as roupas da vítima
  • Havendo sinais de vômito lateralizar a cabeça
  • Se a vítima desmaiar novamente ou se ficar inconsciente por mais de 2 minutos, sem causa aparente, agasalhe-a e providencie assistência adequada.
  • Ficar atento aos sinais vitais, desmaios prolongados podem levar ao estado de choque. CONVULSÕES São contrações musculares involuntárias e descontroladas de todo o corpo, com causas variadas, tais como hipoxemia de qualquer natureza, febre, TCE (Trauma crânio encefálico), hipertensão, infecções SNC (Sistema Nervoso Central), epilepsia, abstinência de drogas, alergias, etc. SINAIS E SINTOMAS
  • Súbita perda de consciência e queda ao chão
  • Contrações musculares em todo corpo
  • Lábios roxos e salivação
  • Respiração forte e irregular CONDUTA
  • Afastar objetos próximos e proteger a cabeça da vítima
  • Afrouxar as roupas e retirar óculos, próteses dentarias, colares e outras coisas que possam quebrar ou machucar a vítima.
  • Não tente impedir os movimentos convulsivos
  • Mantenha a cabeça lateralizada, para evitar que a vítima se sufoque com a saliva.
  • Não introduzir objetos na boca
  • Controlar sinais vitais
  • Se possível registre o tempo aproximado da crise, se durarem muito tempo, igual ou superior a 15 minutos, pode haver risco de morte, providencie socorro imediato.
  • Passada a crise, confortar a vítima, colocá-la na posição lateral de segurança (PLS - figura 4) e a deixe descansar, em seguida encaminhe a assistência médica.

Figura 4 INSOLAÇÃO Ocorre após uma grande exposição ao sol, em dias de calor intenso. O corpo desidrata mais rápido por causa do excesso de suor. Fenômenos como o golpe de calor podem ocorrer quando a regulação da temperatura é incapaz de dissipar o acúmulo de calor corporal. Este fenômeno é muito grave e potencialmente fatal. Por isso, o tempo de exposição ao calor ou ao sol deve ser criteriosamente observado. Muitas vezes, um curto período de tempo — 15 a 30 minutos, por exemplo — é suficiente para causar sérios danos se a temperatura a que se está exposto for muito alta, como freqüentemente ocorre em países tropicais como o nosso.

Sinais e Sintomas

  • Mal-estar;
  • Dor de cabeça forte;
  • Calor;
  • Ardor;
  • Febre;
  • Redução da quantidade de urina;
  • Sede em excesso;
  • Vermelhidão por todo o corpo, em alguns casos com o aparecimento de bolhas d'água;
  • convulsão nos casos mais sérios.

Conduta

  • Transporte a vítima para um local arejado, fresco e de preferência em frente a um ventilador. Nunca permita que ela permaneça em um ambiente abafado e quente;
  • Aplique compressas frias pelo corpo;

EXISTE 4 ESTÁGIO DA HEMORRAGIA

1- Perda de até 15% de sangue

2- Perda de até 25% de sangue

3- Perda de até 30% de sangue

4- Perda de mais de 30% de sangue

SINAIS E SINTOMAS

  • Enjôos e vômitos;
  • Ritmo cardíaco acelerado;
  • Pulso fino (que mal se pode sentir);
  • Respiração rápida e superficial;
  • Sede;
  • Sudorese; - Desmaios;
  • Diminuição da temperatura, ocasionando frio e calafrios; - Estado de choque;
  • Tonteira;
  • Mucosas sem cor.

AÇÃO DE CONTENÇÃO DAS HEMORRAGIAS

· Método da compressão direta , é o método mais utilizado e eficaz.

1- Coloque um curativo estéril sobre o ferimento (ou use material disponível

mais limpo).

2- Pressione firme, usando dedos ou parte posterior da palma da mão.

Mantenha a pressão firme e constante por, no mínimo, 10 min. Ferimentos

no coro cabeludo, fase e mãos sangram mais profusamente.

3- Eleve a região que apresenta sangramento acima do nível do coração, a

menos que haja suspeita de fratura, deslocamento, objeto cravado ou lesão

medular. Somente a elevação não é suficiente para parar o sangramento,

ela deve ser combinada como a pressão direta.

4- Se quiser, use uma compressão fria sobre o ferimento, enquanto aplica a

pressão direta e elevação. Não se esqueça de colocar uma camada de

gaze ou outro material fino entre a compressa e a pele da vítima.

5- Verifique o curativo em intervalos pequenos. Se ele estiver ensopado, não o

remova, coloque outro sobre ele e reaplique pressão.

6- Nunca aplique pressão direta em um ferimento se houver objeto cravado ou

osso em protrusão através dele.

7- Deixe o curativo no lugar por, no mínimo, 10 min. Depois que o

sangramento parar. Tirá-lo antes pode interromper a coagulação e fazer o

sangramento recomeçar.

HEMORRAGIA INTERNA

Esta hemorragia se caracteriza pela ruptura de vasos ou órgãos internos. Já

que o sangramento não pode ser visto, é necessário que se preste muita

atenção aos sinais e sintomas específicos, para evitar o choque da vítima e ter

tempo hábil de encaminhá-la ao socorro adequado.

SINAIS E SINTOMAS

  • Pele pálida e fria;
  • Dedos e mãos (extremidades) arroxeados pela redução de circulação

sangüínea;

  • Mucosas dos olhos e boca esbranquiçadas;
  • Tonteira;
  • Sudorese.

COMO AJUDAR-

  • Acalme a vítima, se estiver consciente e ative o resgate;
  • Mantenha as vias aéreas desobstruídas e monitore as vias aéreas, a coluna

vertebral, a respiração, a circulação e as incapacidades.

  • Mantenha a vítima imóvel. Posicione-a de forma a prevenir choque, elevando

os pés de 20 a 30 cm, cobrindo-a para manter o corpo aquecido (não eleve os

pés se suspeitar de lesão nas pernas ou na coluna). Se a vítima começar a

vomitar, coloque-a de lado, com a fase para baixo, permitindo a drenagem.

Posicione-a com a cabeça em um nível mais baixo que o corpo;

  • Interrompa o consumo de líquidos;
  • Espere o resgate.

HEMORRAGIA NASAL

Esta é a hemorragia que mais acontece entre adultos e crianças. É causada

pela ruptura dos vasos sangüíneos do nariz, devido à exposição excessiva ao

sol, trabalho sob temperaturas elevadas, atividades físicas muito desgastantes

e redução da pressão atmosférica, como também por causa de outras

doenças.

Conduta

  • Não permita que a pessoa esfregue o olho;
  • Em caso de contato com produtos químicos, lavá-los com água abundante;
  • Não passe nenhum medicamento nos olhos, nem via oral (pode necessitar de anestesia geral);
  • Faça a vítima deitar e permanecer imóvel;
  • Não tentar tirar cacos ou objetos cravados;
  • Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um deles esteja sadio, para evitar ao máximo a movimentação do olho atingido. OBS: Ver imagens nos slides da retirada de corpos estranhos nos olhos.

Lesão no Tórax

Há duas categorias gerais de lesões: aberta (pele perfurada) e fechada (sem cortes).

Principais lesões torácica-

  • Trauma fechado (causado por um golpe forte no tórax);
  • Lesão penetrante (um objeto pontiagudo penetra a parede torácica);
  • Lesão por compreensão (compressão de forma súbita, geralmente em acidentes automotivos).

CONDUTA

  • Desobstrua as VA; sua prioridade é assegurar a respiração adequada.
  • Cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo, para evitar a entrada de ar, devendo ser coberto no final da expiração, ou seja, no exato momento da saída do ar.
  • Pressionar o local e prender o curativo com uma faixa ou cinto, sem apertar demais.
  • Manter sinais vitais e observar sinais de choque
  • Se houver piora da respiração deve-se descobrir parcialmente o ferimento ou fazer um curativo de três pontas.

Lesão no abdômen

Estes ferimentos são extremamente perigosos, podendo ser aberto ou

fechado. Pode haver sempre danos aos órgãos internos, ocasionando

sangramentos que desenvolvem infecções.

CONDUTA

  • Cobrir o ferimento com compressa ou pano limpo, mantendo-a firme no lugar;
  • No caso de órgãos internos expostos, não tocá-los diretamente, nem tentar recolocá-los. Cobrir com uma compressa ou pano limpo, umedecidos em soro fisiológico ou água limpa. Em outros ferimentos colocar curativo seco;
  • Tomar medidas para evitar o choque, mantenha a vítima aquecida;
  • Colocar a vítima em posição confortável (decúbito dorsal e pés elevados)
  • Ficar a tento a vômitos, não dar nada via oral.

Ferimentos com presença de objetos encravados

  • Manter o objeto no lugar
  • Fazer curativo ao redor do objeto para controlar sangramento;
  • Estabilizar objeto com curativos grossos;
  • Quando o objeto for muito longo, poderá ser cortado, porém lembrando sempre de não movimentar o objeto.
  • Em caso de ferimento por arma de fogo, se houver hemorragia, deve-se estancá-la através de compressão, mas nunca tente retirar a bala, mesmo que ela esteja localizada superficialmente ou em local de fácil acesso. FRATURAS, ENTORSE E LUXAÇÕES

FRATURAS

É a quebra ou ruptura de qualquer osso do corpo humano. Deve-se suspeitar de uma fratura sempre que:

  • A parte afetada apresentar um aspecto alterado (coloração roxa).
  • O membro estiver em posição anormal (deformação).
  • A vítima sentir dificuldade ou impossibilidade de movimento.
  • A vítima sentir muita dor, inchaço ou sensação de atrito no local. CLASSIFICAÇÃO Fechada ou Interna São fraturas em que não há o rompimento da pele. Aberta ou Externa São fraturas em que o osso rompe a pele. Conduta
  • Movimentar a vítima o mínimo possível.
  • Mantenha o membro afetado na posição mais natural possível sem causar desconforto para a vítima.

ENTORSES

É uma lesão dos tecidos moles (cápsula articular e/ou ligamentos) de uma articulação. Ocorre quando uma articulação é forçada além do limite natural, como uma torção de pé, por exemplo. Apresenta dor intensa no local, inchaço, impossibilidade de movimentação da articulação.

Sinais e sintomas

  • Dor profunda em torno da articulação;
  • Incapacidade de movimentação. Pode até ocorrer sangramento na parte interna do local lesado.

Conduta

  • Coloque compressa fria no local;
  • Imobilize a área traumatizada;
  • Dê analgésico via oral, para amenizar a dor;
  • Chame o médico ou leve a pessoa ao hospital.

LUXAÇÃO

É o deslocamento das extremidades ósseas que formam as articulações. Os principais sinais são: Dor local, deformação ao nível da articulação, inchaço, impossibilidade de movimentação. Deve-se proceder como os casos de fraturas. QUEIMADURAS

CONCEITO

Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo. A gravidade da queimadura é determinada pelos seguintes aspectos:

  • Grau da queimadura;
  • Porcentagem queimada do corpo;
  • Gravidade da lesão;
  • Local da queimadura;
  • Complicações associadas (condições físicas ou mentais preexistentes);
  • Idade da vítima (idoso, com mais de 60 anos, e crianças, com menos de 5 anos reagem mal às queimaduras).

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A PROFUNDIDADE

1º Grau: Atinge apenas a epiderme (camada mais superficial da pele), sendo caracterizada por vermelhidão, dor local, inchaço e ressecamento da pele, causada geralmente por exposição prolongada à luz solar ou contato breve com líquidos ferventes. 2 º Grau: Atinge camadas um pouco mais profundas da pele. Caracteriza-se por formação de bolhas e descamação das camadas superficiais da pele com formação de feridas avermelhadas, úmidas e muito doloridas. 3 º Grau: Atinge todas as camadas da pele, podendo alcançar músculos, nervos e ossos. Estas queimaduras apresentam secas, esbranquiçadas ou de aspecto carbonizado com pouca ou nenhuma dor, devido à destruição de células nervosas que transmitem a sensação de dor.

Conduta

  • Identificar e interromper imediatamente a causa do calor.
  • Caso a queimadura seja de 1º grau, utilize água ou compressas frias para aliviar a dor e faça a administração por via oral de líquidos.
  • Caso a queimadura seja de 2º e 3º grau, resfrie o local com água ou compressas frias, nunca utilize gelo ou água gelada.
  • Se a vítima estiver em chamas, não a deixe correr, utilizar água fria, extintor de CO 2 ou abafar com um cobertor em último caso pedir que a mesma role no chão.
  • Retire roupas, pulseiras, jóias, relógios, que não estejam grudadas na pele da vítima.
  • Proteja com pano limpo molhado em água e encaminhe-a a um hospital ou aguarde a chegada do socorro.
  • Faça a avaliação primaria da vítima. Identifique qual tipo, grau e extensão da queimadura.
  • Não fure as bolhas e não utilize nenhum tipo de pomada ou produto caseiro na área afetada pela queimadura.
  • Controle os sinais vitais e observe sinais de choque.
  • A possibilidade de contaminação da lesão é grande (são principais causa morte).

QUANTO A EXTENSÃO DA QUEIMADURA

A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau da lesão, mais também pela área atingida, na verdade, o risco de morte depende muito mais da extensão das lesões do que do grau da queimadura. São consideradas graves, as queimaduras que atingem mais de 15% do corpo, no caso de adultos e 10% para