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apostila - senai - processos - mecanicos - de - usinagem
Tipologia: Notas de estudo
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Compartilhado em 26/04/2014
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Ensino a distância Usinagem - Tecnologia do corte
Departamento Regional de SãoPaulo
módulo 1
Programações a Distância de Tecnologia Industrial
© SENAI-SP, 1998
Trabalho elaborado pela Divisão de Recursos Didáticos da Diretoria de Educação do Departamento Regional do SENAI-SP
Coordenação geral Adilson Tabain Kole Coordenação de equipe Célio Torrecilha
Equipe responsável
Elaboração Franciso B. Tudela Maria Rita Aprile Revisão José Benedito Alves Maria Elisa Napolitano Revisão Técnica Abílio José Weber Adriano Ruiz Secco Pesquisa de imagens Adriano Ruiz Secco Ilustração José Joaquim Pecegueiro Leury Giacomeli Diagramação e capa José Joaquim Pecegueiro
FICHA CATALOGRÁFICA
S47u SENAI. SP. DRD. Usinagem - tecnologia do corte. São Paulo, 1998. 3v. Conteúdo: v.1 Processos mecânicos de usinagem - v. 2 Teoria do corte - v. 3. Velocidades de corte de máxima produção e de mínimo custo Acompanha Guia de Estudo
SENAI -Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo Praça Alberto Lion, 100 CEP 01515 - 000 São Paulo - SP Telefone: (011) 243- FAX: (011) 243- E-mail: drd@sp.senai.br
Unidade 1 – Usinagem
Módulo 1 – Processos mecânicos de usinagem 7
A partir desta unidade, você vai iniciar o Curso de Usinagem - Tecnologia do Corte. Usinagem é o processo de fabricação que confere formato, dimensão e acabamento da superfície de uma peça, removendo-se o material excedente ou sobremetal. O sobremetal removido denomina-se cavaco. O cavaco é retirado de diferentes tipos de materiais, tais como: ferro fundido, aço, alumínio, bronze, plástico e outros, que são os mais utilizados pela indústria mecânica para fabricação de seus produtos. Ao ser submetida à usinagem, a peça já apresenta uma forma definitiva: blocos, tarugos, fios, chapas ou barras. O formato da peça bruta determina o processo de fabricação empregado, que pode ser: forjamento, laminação e trefilação. Esses processos, no entanto, não garantem a exatidão dimensional e a qualidade de superfície da peça executada. É a usinagem que gera a peça com essas características. A exatidão dimensional indica que as dimensões da peça executada devem variar segundo os intervalos de tolerância e as especificações técnicas previstas para seu uso e serviço. Já qualidade de superfície refere-se ao tipo de acabamento final dado à peça, que deve estar de acordo com a finalidade a que se destina. A usinagem , portanto, é o processo de fabricação que, mediante a remoção do sobremetal, atende às exigências e qualidade estabelecidas por fabricantes e consumidores. Nesta primeira unidade , você estudará dois temas importantes:
Introdução
8 Usinagem – Tecnologia do corte
Você já sabe que usinagem é o processo de fabricação que consiste em remover o sobremetal de uma peça ou de um bloco de aço para obter um ou vários produtos. Assim, removendo o sobremetal, a peça adquire a forma, as dimensões e o acabamento que estão especificados no desenho de execução ou desenho da peça.
Como já foi dito, o sobremetal removido da peça ou material bruto é transformado em cavaco. E cavaco é o excedente do ferro fundido, do aço, do alumínio, do bronze e de outros materiais retirados de uma peça durante o processo de usinagem. Portanto, os cavacos são constituídos por lascas, pedaços ou fragmentos extraídos do material usado na fabricação de uma peça qualquer.
A remoção do sobremetal ocorre em duas fases: desbaste e acabamento da peça. Desbaste é a fase inicial da usinagem. É utilizada para dar forma ao material que ainda não passou pelo acabamento definitivo. Na fase do desbaste, os cavacos obtidos são grossos e a superfície da peça desbastada apresenta sulcos profundos.
No acabamento , podemos obter um produto com dimensões finais e rugosidade adequada, que é o assunto que você estudará com mais detalhes, na unidade 5. No acabamento, os sulcos produzidos na superfície quase não são percebidos, pois os cavacos obtidos, em geral, são finos.
Movimentos de usinagem
Remoção do sobremetal
peça cavaco
ferramenta
peça cavaco
alargamento cilíndrico de acabamento
10 Usinagem – Tecnologia do corte
conheça ou opere algumas delas: tornos, fresadoras, mandriladoras, plainas, furadeiras, retificadoras cilíndricas ou planas, máquinas copiadoras e máquinas de eletroerosão.
A escolha de uma ou outra máquina depende das especificações técnicas exigidas da peça tais como formato do produto, acabamento superficial e exatidão dimensional. Portanto, com o auxílio das máquinas operatrizes, é possível obter superfícies com formatos diversos, isto é, planas, curvas, cilíndricas, cônicas e outras, como mostra a figura a seguir.
Além de atender às especificações técnicas exigidas na fabricação de determinado produto, as máquinas operatrizes tanto fabricam peças unitárias quanto produtos em larga escala.
Os principais movimentos de usinagem são: movimento de corte; movimento de avanço e movimento de profundidade.
O movimento de corte consiste na volta ou curso dado no material bruto ou na ferramenta para remover o sobremetal localizado neste percurso. Nos manuais, catálogos
plaina limadora torno
Movimento de corte
Módulo 1 – Processos mecânicos de usinagem 11
aplainamento torneamento fresamento
aplainamento torneamento fresamento
e demais documentos, o movimento de corte é indicado pelas letras mc. O movimento de corte gera o comprimento do cavaco.
Já o movimento de avanço possibilita a retirada do sobremetal nas voltas ou cursos seguintes, dando origem à espessura do cavaco. O movimento de avanço é indicado nos manuais, catálogos e demais documentos pelas letras ma.
O movimento de profundidade , por sua vez, permite a regulagem do corte, gerando a largura do cavaco. Nos manuais, catálogos e demais documentos, o movimento de profundidade é indicado pelas letras mp. O movimento de profundidade difere do movimento de avanço uma vez que é realizado a cada passe feito.
Observação - Passe é o percurso realizado no movimento de avanço.
Movimento de avanço
Movimento de profundidade
aplainamento torneamento fresamento
Módulo 1 – Processos mecânicos de usinagem 13
Resolva, agora, os exercícios a seguir para verificar se você entendeu o que foi estudado. Se tiver dúvidas, volte ao texto ou entre em contato com o seu monitor. Bom trabalho!
1 Observe o processo de usinagem indicado na figura a seguir e complete a frase abaixo.
O movimento de corte está indicado pelo número ..............
retificação cilíndrica externa com avanço longitudinal
mandrilamento cilíndrico serramento alternativo
brochamento externo (^) fresamento cilíndrico tangencial
Exercícios
14 Usinagem – Tecnologia do corte
2 Observe o processo de usinagem indicado na figura a seguir e complete a frase abaixo.
O movimento de profundidade está indicado pelo número .......
3 Observe o processo de usinagem indicado na figura a seguir e assinale com um (x) a alternativa correta.
Os movimentos 1, 2 e 3 correspondem a seqüência: a ( ) corte, avanço e profundidade b ( ) corte, profundidade e avanço c ( ) avanço, corte e profundidade d ( ) profundidade, corte e avanço
4 Observe o processo de usinagem indicado na figura a seguir e responda a questão abaixo.
O movimento de avanço está indicado pelo número..........
5 Observe o processo de usinagem indicado na figura a seguir e assinale com um (x) a alternativa correta.
Os movimentos 1, 2 e 3 correspondem à seqüência: a ( ) avanço, profundidade e corte b ( ) corte, profundidade e avanço c ( ) profundidade, avanço e corte d ( ) corte, avanço e profundidade
6 Observe o processo de usinagem indicado na figura a seguir e escreva nas linhas pontilhadas o nome correto de cada movimento.
Movimento 1 .................................... Movimento 2 .................................... Movimento 3 ....................................
16 Usinagem – Tecnologia do corte
Damos o nome de processos mecânicos de usinagem ao conjunto dos movimentos destinados à remoção do sobremetal mediante o emprego de uma determinada ferramenta. Os processos mecânicos têm, portanto, a finalidade de conferir forma, dimensão e acabamento superficial à peça que está sendo executada. Os movimentos de usinagem são executados de acordo com o processo de usinagem empregado. Por exemplo, para executar uma peça cilíndrica, o movimento de corte deve ser rotativo. Já, a execução de uma peça plana solicita o movimento de corte linear.
Os processos mecânicos de usinagem são normalizados e padronizados pela norma NBR 6175 (TB - 83 da ABNT). Por meio dela, as indústrias brasileiras e estrangeiras adotam a mesma denominação e classificação para definir os processos de usinagem. O uso da mesma linguagem técnica apresenta inúmeras vantagens, entre elas:
Você vai conhecer agora algumas características importantes dos principais processos mecânicos de usinagem de acordo com as especificações da norma NBR 6175 (TB-83).
O torneamento é o processo empregado para obter produtos com superfícies cilíndricas, planas e cônicas de diâmetros diversos.
Processos mecânicos
de usinagem
Normalização dos processos
Principais processos
Módulo 1 – Processos mecânicos de usinagem 17
O processo de torneamento abrange os seguintes passos:
1. a peça a executar é presa à placa do torno (máquina operatriz). Observação - A ferramenta de corte é presa ao porta-ferramenta. 2. a peça, acoplada ao torno, gira ao redor do eixo principal de rotação da máquina e desenvolve o movimento de corte; 3. a ferramenta de corte se desloca simultaneamente em sentido longitudinal ou transversal à peça, realizando o movimento de avanço; 4. a partir do movimento sincronizado da peça e da ferramenta de corte são obtidas superfícies planas, cilíndricas e cônicas com diâmetros sucessivamente menores.
torneamento cilíndrico externo torneamento cilíndrico interno
torneamento cônico externo sangramento radial
sangramento axial perfilamento radial
perfilamento axial (superfície plana) torneamento de faceamento
Módulo 1 – Processos mecânicos de usinagem 19
Na furação são utilizadas diferentes máquinas-operatrizes, que contam com o auxílio da broca , que é uma ferramenta multicortante. A escolha da ferramenta depende do formato e das dimensões da peça que será furada. Para fazer os furos, a peça ou a ferramenta desenvolvem movimentos rotativos. A peça ou a ferramenta se desloca e, ao mesmo tempo, desenvolve o movimento de avanço em sentido paralelo ao eixo da broca.
É usado para aumentar o diâmetro de um furo, removendo, nessa operação, pequena parte de seu diâmetro, cerca de 10 a 20%. A furação com brocas convencionais de duas facas gera furos com qualidade H12, que é a tolerância de erro permitido para o diâmetro do furo. Os furos com qualidade H são realizados pelos alargadores , que são ferramentas parecidas com brocas, que contêm mais de seis facas. A ferramenta multicortante ou a peça cujo diâmetro do furo deverá ser aumentado, desenvolve o movimento de corte em sentido rotativo e realiza o movimento de avanço em sentido paralelo ao eixo de rotação.
furação em cheio furação com pré-furação
furação de centros furação profunda em cheio trepanação
furação escalonada
alargamento cilíndrico de desbaste
alargamento cilíndrico de acabamento alargamento cônico de desbaste alargamento cônico de acabamento
20 Usinagem – Tecnologia do corte
Quando um produto exige furos com diâmetros diferentes e concêntricos isto é, dois furos alinhados apresentando o mesmo centro, utilizamos o processo de rebaixamento.
O rebaixamento consiste em girar a peça ou a ferramenta e, em seguida, realizar o movimento de avanço em sentido paralelo ao eixo de rotação da máquina.
O termo mandrilamento vem de mandril. Mandril é o dispositivo que suporta a ferramenta e, por essa razão, apresenta grandes proporções. Por meio do mandrilamento, obtemos superfícies de revolução, isto é, superfícies cujo eixo coincide com o eixo em torno do qual gira a ferramenta. Fixada ao mandril, que pode ser uma barra , a ferramenta monocortante desenvolve os movimentos de corte e de avanço.
mandrilamento cilíndrico mandrilamento radial
rebaixamento (conhecido por escareado)
rebaixamento guiado (^) rebaixamento
rebaixamento guiado
rebaixamento guiado
rebaixamento guiado