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apostila sobre virus, Notas de estudo de Cultura

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Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 21/10/2008

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Curso de virologia
Prof. Paulo M. Roehe, Méd Vet., M.Sc.; Ph.D.
Objetivo
Este material de estudo tem o objetivo de servir como texto básico para as disciplinas onde a
virologia faz parte do currículo. Foi preparado com a colaboração de muitos estudantes que
trabalharam (ou ainda trabalham) junto ao Laboratório de Virologia, ou freqüentaram as aulas de
virologia em determinado momento. O texto foi elaborado visando a familiarização do aluno com o
papel dos vírus na natureza, em particular daqueles que causam doenças aos homens e animais.
Literatura recomendada
(Além deste polígrafo. Não usar versões anteriores!)
Fields Virology (1996) Fields BN, Knipe DM, Howley PM, Chanock RM, Melnick JL, Monath TP,
Roizman B & Straus SE (eds). Third edition. Lippincott-Raven.
Medical Virology. International student edition. (1994) M.Timbury (excelente e barato livro tipo
"manual" para estudantes). Décima edição. Churchill Livingstone.
El control de las enfermedades transmisibles al hombre. Publicação Científica número 538, A.
Benenson (ed), 15a edição. Organização Panamericana de Saúde (1992). (um excelente e barato
livro para estudantes)
Jawetz, Melnick & Adelberg’s Medical Microbiology (1995) Brooks GF, Butel JS & Ornston LN:, 2
20th ed., Appleton & Lange.
Medical Microbiology (1993) Mims, Playfair, Roitt, Wakelin e Williams (eds). Mosby Yearbook
Europe Limited
Sherris Medical Microbiology (1994) An Introduction to Infectious diseases. K.Ryan (ed).
Third edition. Prentice-Hall International.
Coleções específicas disponíveis na biblioteca do ICBS:
Virology
Archives of Virology
Journal of General Virology
Advances in Virus Research
Science
Nature
e muitas outras
Sites na www:
(web search: "All the Virology on the WWW")
(site: -micro.msb.ac.uk/)
(site: www.umu.se/virology/alistair/ => site com jogos interativos sobre virologia)
(site: http://duke.usask.ca/ cursos de virologia, etc, etc)
(site http://life.anu.edu.au/viruses/welcome.htm)
Outros sites foram incluidos nos capítulos apropriados, quando possível.
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Curso de virologia

Prof. Paulo M. Roehe, Méd Vet., M.Sc.; Ph.D.

Objetivo

Este material de estudo tem o objetivo de servir como texto básico para as disciplinas onde a virologia faz parte do currículo. Foi preparado com a colaboração de muitos estudantes que trabalharam (ou ainda trabalham) junto ao Laboratório de Virologia, ou freqüentaram as aulas de virologia em determinado momento. O texto foi elaborado visando a familiarização do aluno com o papel dos vírus na natureza, em particular daqueles que causam doenças aos homens e animais.

Literatura recomendada ( Além deste polígrafo. Não usar versões anteriores!)

Fields Virology (1996) Fields BN, Knipe DM, Howley PM, Chanock RM, Melnick JL, Monath TP, Roizman B & Straus SE (eds). Third edition. Lippincott-Raven.

Medical Virology. International student edition. (1994) M.Timbury (excelente e barato livro tipo "manual" para estudantes). Décima edição. Churchill Livingstone.

El control de las enfermedades transmisibles al hombre. Publicação Científica número 538, A. Benenson (ed), 15a edição. Organização Panamericana de Saúde (1992). (um excelente e barato livro para estudantes)

Jawetz, Melnick & Adelberg’s Medical Microbiology (1995) Brooks GF, Butel JS & Ornston LN: , 2 20 th^ ed., Appleton & Lange.

Medical Microbiology (1993) Mims, Playfair, Roitt, Wakelin e Williams (eds). Mosby Yearbook Europe Limited

Sherris Medical Microbiology (1994) An Introduction to Infectious diseases. K.Ryan (ed). Third edition. Prentice-Hall International.

Coleções específicas disponíveis na biblioteca do ICBS: Virology Archives of Virology Journal of General Virology Advances in Virus Research Science Nature e muitas outras

Sites na www: (web search: "All the Virology on the WWW") (site: -micro.msb.ac.uk/) (site: www.umu.se/virology/alistair/ => site com jogos interativos sobre virologia) (site: http://duke.usask.ca/ cursos de virologia, etc, etc) (site http://life.anu.edu.au/viruses/welcome.htm) Outros sites foram incluidos nos capítulos apropriados, quando possível.

Aula 1 - HISTÓRICO DA VIROLOGIA Aula 2- princípios de Virologia Básica

Objetivos:

Ao final destas aulas o aluno será capaz de:

  • reconhecer alguns dos momentos históricos importantes da virologia;
    • reconhecer quais os métodos mais comumente empregados para o estudo, isolamento e multiplicação viral;
  • definir o que é um vírus e identificar seus componentes essenciais;
  • compreender que existem vírus em praticamente todas as espécies, sendo apenas alguns deles patogênicos.

HISTÓRICO

Seculo X A.C.: China: varíola (casos pouco documentados, tentativas de imunização com crostas). Século XIV - Holandês voador: Os navios singrando os mares sem tripulação – poderiam ser causados por episódios de febre amarela O velho marinheiro: outra história em que os vírus desempenham papel. Raiva: desde o tempo dos faraós - cães mordendo pessoas em desenhos nas piriâmides Século XVIII - Jenner: por volta de 1798: se torna o pai da vacinação => vacina James Phipps com suspensão de crostas de “cowpox”.

Beijerinck (1899): com o vírus do Mosaico do Fumo – demonstra que são agentes filtráveis e transmissíveis. - é considerado "pai da virologia".

Transmissão com filtrados: "Humores malignos" (= vírus) "contagium vividum fluidum"

  • Loeffler & Frosch (1898): demonstraram a filtrabilidade do vírus da febre aftosa
  • Ellerman & Bang (1908): descobriram que a leucose das aves é uma doença transmissível.
  • Rous (1911): descobriu o vírus do “Sarcoma das aves” (Sarcoma de Rous)
  • 1935, Stanley, trabalhando com o vírus do mosaico do fumo, observou que em determinadas situações os vírus podiam ser cristalizados.

EXISTEM VÍRUS EM TODAS AS ESPÉCIES:

  • bactérias (bacteriófagos ou fagos ) – muito utilizados hoje em dia na biologia molecular para a transferência e expressão de genes;
  • plantas – uma infinidade de vírus afetam vegetais;
  • animais - este curso é concentrado neste pequeno número de vírus que causa doenças em animais

AFINAL, O QUE É UM VÍRUS?

São microorganismos que se replicam sempre dentro de células vivas ; b) utilizam (em maior ou menor grau) o sistema de síntese das células ; c) induzem a síntese de proteínas capazes de transferir o genoma viral para outras células.

UM VÍRUS COMPLETO = UM VÍRION = UMA PARTÍCULA VIRAL INFECCIOSA

Composição essencialmente protéica. Composto por um número variável de proteínas. Alguns vírus: possuem uma "matriz" protéica, que preenche o espaço entre o genoma e o envelope (ex. herpes, paramixo). Esta matriz, também protéica, exerce funções variáveis dentro da multiplicação ou encapsidação viral.

simetria DO nucleocapsídeO

  • icosaédrica ou cúbica : picorna, parvo, adeno
  • helicoidal : rhabdo, filo, bunya
  • complexa : somente os pox, mais complexos do que os demais

MEDIDAS COMUMENTE USADAS EM VIROLOGIA

MICRON (F 0 6 D) = 1/1000 mm (10-3 mm) NANÔMETRO (nm) = 1/1000 000 mm (10-6 mm) ÂNGSTROM = 1/10 000 000 mm (10-8 mm) DALTON ( x 1000= kiloDalton, kDa) = 1.66 x 10-24 g

Aula 3 - Métodos em virologia:

CULTIVO E IDENTIFICAÇÃO DE VÍRUS:

-inoculação de animais de experimentação

  • inoculação de ovos embrionados
  • cultivos celulares

CULTIVOS CELULARES (1950)

Inicialmente, os vírus eram propagados através da inoculação de animais. Mai adiante, foi observado que ovos embrionados permitiam a multiplicação de uma série de vírus (ex. Inlfuenza, o vírus da gripe verdadeira). Até hoje, ovos embrionados são muito utilizados em virologia. Mais modernamente (embora animais ainda sejam muito utilizados em determinadas situações), devido a sua praticidade, para o cultivo e isolamento de vírus são utilizados cultivos celulares, que nada mais são do que células multiplicadas em suportes sólidos (ocasionalmente multiplicadas em suspensão). São eles classificados em :

  • cultivos primários (células diplóides, primariamente extraídas de órgãos e geralmente muito sensíveis à infecções com vírus de determinada espécie. ). São obtidos por dispersão das células com tripsina. São incapazes de se mlultiplicarem por mais do que 10-20 passagens em cultivos in vitro. Ex: cultivos primários de testículos ou rim de terneiro.
  • linhas celulares: células também são ainda diplóides, porém sofreram algumas modificações em sua carga genética que as torna capazes de atingir até 60-80 subcultivos in vitro também bastante sensíveis aos vírus (usualmente da espécie de origem destas células). Ex: células de turbinados bovinos (BT).
  • linhagens celulares ou minhas celulares contínuas: são células invariavelmente heteroplóides, com números bastante irregulares de cromossomos, com sensibilidade variável para determinados vírus, porém capazes de serem propagadas in vitro por um número indefinido de passagens.

Os cultivos celulares de. células destes tipos acima mencionados normalmente não se multiplicam em suspensão. Necessitam estar aderidas a um suporte sólido para seu crescimento (tal como uma garrafa ou plástico), caso contrário não são capazes de multiplicar-se. apresentam-se normalmente como uma única camada de células, denominada "monocamada", ou "monolayer".

Existem células capazes de crescer em suspensão, mas estas são usadas somente em situações especiais, como a produção de vacinas, onde o vírus já e bastante conhecido e é necessária a produção de uma grande massa de antígeno. Não são utilizadas células em suspensão para o trabalho rotineiro de diagnóstico e pesquisa virológica.

Tipos de suportes para cultivos in vitro:

  • Vidro x plástico: em geral as células se aderem a superfícies de vidro com facilidade. tipos de vidro contém sais que não são adequados a permitir a aderência das células. Igualmente certos tipos de plástico devem ser tratados previamente (p.ex. com poli-l-lisina) para permitir uma melhor aderência do tapete celular.
  • Garrafas fechadas x garrafas abertas: Garrafas fechadas com cultivos celulares fazem com que o próprio metabolismo celular gere condições de tamponamento adequadas ao crescimento das células. Por outro lado, cultivos abertos (garrafas abertas ou plásticos sem fechamento adequado) tendem a sofrer uma alcalinização do meio, levando a que as células não se multipliquem. Por essa razão, cultivos abertos devem ser mantidos em atmosfera contendo cerca de 5% de CO 2 , o que permite que

ocorra um tamponamento adequado do meio, pela formação de HCO 3.

  • Garrafas estacionárias: as células podem ser cultivadas em garrafas (de plástico ou vidro) estacionárias, ou seja, mantidas sobre uma superfície, sem sofrer movimentos.
  • Garrafas rolantes ("rollers"): células também podem ser cultivadas em garrafas rolantes ou "rollers", onde as mesmas são mantidas sob rotação em um aparato apropriado.
  • Tubos de ensaio (estacionários ou rolantes): como em garrafas, as células podem também ser cultivadas em tubos de ensaio (de plástico ou vidro), estacionários ou rolantes.

3- Testes envolvendo reações do tipo antígeno-anticorpos são freqüentemente utilizados para quantificar os vírus presentes em uma preparação. Igualmente, é necessário estabelecer uma correlação entre testes e o número de partículas infecciosas, ou, melhor dizendo, unidades infecciosas, presentes na preparação. Exemplos desse tipo de teste são a imunofluorescência ou testes imnoenzimáticos (ELISAs).

4- Ensaios moleculares, baseados na quantificação do genoma viral em determinada preparação (ou paciente). Estes testes tem sido muito utilizados para o acompanhamento da evolução de pacientes com HIV e para o acompanhamento de outras enfermidades víricas onde o cultivo do agente é mais demorado ou difícil. Exemplo desse tipo é a PCR quantitativa, onde a quantidade de produto amplificado está relacionada à quantidade de genoma viral presente na amostra.

Ensaios baseados em infectividade:

Estes ensaios são baseados na capacidade do vírus infectar determinado cultivo, ou causar determinada lesão, ou ainda causar a morte do hospedeiro (exemplos: morte de embriões de galinha). Em cultivos celulares, este tipo de teste determina a capacidade de determinado vírus de causar ECP. Na maioria dos casos, hoje em dia estes são os ensaios utilizados com maior freqüência. Para realizá-los, são feitas diluições seriadas da suspensão de vírus, usualmente utilizando o fator de diluição 10 (ex: 1/10 ou 10-1^ , 1/100-2^ , 1/1000 ou 10-3 =^ e assim por diante). Estas diluições são subseqüentemente inoculadas em cultivos celulares apropriados, usualmente com 4 ou mais repetições (ou seja, 4 camundongos, ou 4 tubos, ou ainda 4 orifícios de uma placa de microtécnica) por diluição. Em alguns sistemas (p.ex. sistema de plaqueio), após a infecção dos cultivos, adiciona-se uma camada de um meio semi-sólido sobre as células, a fi de permitir a visualização de "placas", originadas da multiplicação do vírus em determinados pontos da monocamada, que por encontrar-se sob o meio semi-sólido não tendem a espalhar-se com grande rapidez, permitindo a visulalização deas placas. Após determinado período de incubação do vírus em cultivo, os cultivos são examinados e quantifica-se o ECP por contagem dos poços onde o efeito ocorreu, ou utiliza-se um método imunoquímico (ex. imunoperoxidase) para a detecção dos cultivos infectados.

PATOGENIA DAS VIROSES

Entende-se por patogenia (pato= doença; genia = geração): o mecanismo pelo qual um agente leva ao desenvolvimento de determinada doença. Em virologia, o estudo da patogenia das viroses é importante para descobrir o mecanismo pelo qual os vírus atacam o hospedeiro e causam enfermidade. O conhecimento da patogenia das infecções permite, por exemplo, facilitar a busca de novos métodos de prevenção (como novas vacinas) e tratamento (como novos quimioterápicos).

Patogenicidade: refere-se ao potencial de alguns microorganismos de causarem danos com maior ou menor gravidade em seus hospedeiros.

  • A grande maioria dos vírus: apatogênicos. Na água do mar: até 10^7 partículas virais por ml. No solo, idem. Não são virulentos , não causando quaisquer danos ao hospedeiro durante um processo infeccioso.

Portanto, observe: os vírus são capazes de causar infecções, independente do fato de causarem enfermidade ou não.

Os vírus podem apresentar variantes ou amostras mais ou menos patogênicas.

Ex: gripe verdadeira ou Influenza: Três vírus distintos (A, B e C): porém as grandes pandemias tem sido sempre causadas por amostras do vírus do tipo “A”. O tipo A, portanto, é mais patogênico que os vírus B e C.

  • Existem também amostras de vírus completamente apatogênicas: é o caso de algumas amostras de vírus da Peste Suína Clássica, um vírus de tremenda importância na suinocultura, e os reovírus, que nfectam o homem e diversas outras espécies.
    • Amostras de vírus de baixa ou moderada patogenicidade são também chamadas amostras atenuadas. Muitas destas amostras são utilizadas como vacinas. Estas vacinas são chamadas vacinas com vírus vivo modificado, ou vírus vivo atenuado. Ex: vacina contra a varicela, contra a varíola (não mais usada).

As amostras atenuadas, de baixa ou nenhuma patogenicidade, ocorrem na natureza. No entanto, podem também ser “criadas” em laboratório. Os métodos tradicionais de obtenção de amostras atenuadas incluem sucessivas passagens em cultivos celulares, ou passagens em células ou hospedeiros diferentes do hospedeiro natural, cultivos em temperaturas diferentes. A vacina contra a raiva do tipo Flury (o nome refere-se à pessoa de quem a amostra foi isolada), no passado largamente utilizada para a imunização de animais, foi atenuada por sucessivas passagens em ovos embrionados. Por outro lado, a amostra Bartha do vírus da Doença de Aujeszky dos suínos (ou “Pseudorraiva”) contém uma deleção naturalmente adquirida.

  • Variações na virulência ou patogenicidade das amostras são um reflexo do processo natural de evolução, que nos vírus é acelerado por sua composição simples, pelo tamanho diminuto de seu material genético e pela ausência de enzimas de reparo durante a multiplicação do genoma.
  • Durante a multiplicação viral são geradas quantidades incalculáveis de genomas com pequenas mutações. As características antigênicas e genotípicas de um vírus são determinadas por aqueles que ocorrem em maior número. O conceito de “quasispécies”, ou seja, de que as populações virais são representativas de uma população onde determinado genótipo ocorre com com maior frequência, será abordado no capítulo sobre multiplicação viral.

TransmissÃo A transmissão de infecções virais pode se dar: a) de pessoa a pessoa; b) de animal para animal; c) de animal para animal, porém com envolvimento eventual de pessoas; d) através de vetores artrópodos, eventualmente envolvendo pessoas ou animais.

As maneiras de transmissão de viroses podem ser definidas como segue:

1- Contato ou Contágio (contagioso= que pode ser adquirido por contato), que pode ser subdivivido em: contato direto (ex. quando o vírus é transmitido diretamente de um indivíduo infectado para outro) e contato indireto (quando o vírus é transmitido através de fômites, objetos, água, alimentos ou locais contaminados, sem haver contato direto entre o indivíduo infectado e aquele que vai ser infectado).

Muitas vezes formas simples de transmissào de infecções são pouco levadas em consideração por nós, seres humanos. Tomemos como exemplo os resfriados, os quais são transmitidos essencialmente de duas formas: através de aerossóis gerados por espirros, pelo ato de expelir ar oom força para eliminar o muco, ou ainda pela fala, que geram partículas de muco ou perdigotos contendo vírions, ou ainda através do contato com mãos contaminadas. Portanto, um espirro incontido (alguns povos utilizam máscaras quando resfriados) ou um aperto de mão podem ser responsáveis pelo seu próximo resfriado!

Cabe aqui um outro comentário de caráter sócio-epidemiológico: Os agrupamentos de indivíduos facilitam a transmissão de infecções. Assim, são comuns infecções que se alastram em grupos de estudantes, em

Paralisia Infantil, os vírus das Hepatites A e E) são transmitidos por ingestão, a partir de água ou objetos contaminados.

  • A parte superior do TGI, incluindo a boca e o faringe, são as partes mais vulneráveis. mas as mucosas apresentam características especiais para combater infecções. Além dos epitélios de revestimento e enzimas presentes na saliva, que podem inibir alguns vírus por sua ação proteolítica, há IgA secretória, que atua sobre os vírus, podendo chegar a neutralizá-los.
  • Um grande número de infecções virais, em seus estágios iniciais de multiplicação, envolvem as amígdalas ou tonsilas. Estes órgãos linfóides, por sua localização anatômica, são freqüentemente utilizados como sítio primário de multiplicação de vírus. Exemplos: rubéola,cachumba, polio. Animais: peste suína clássica, diarréia viral bovina.
  • O esôfago raramente é sítio primário de multiplicação dos vírus.
  • O estômago, com seu pH extremamente ácido, igualmente desfavorece a instalação de vírus. Na verdade, a passagem através deste órgão exige que os agentes infecciosos que ultrapassam o estômago para infectar o hospedeiro possuam uma acentuada resistência a pH ácido. Exemplos: rotavírus, causadores de diarréias em jovens, e que possuem um capsídeo duplo, conferindo-lhes resistência extra a condições adversas.
  • Após o pH estomacal, o vírion tem que se submeter ao pH alcalino do intestino, à presença de fagócitos, enzimas proteolíticas inibidoras de vírus, à bile, detergentes intestinais, e - além disso tudo - a uma nova bateria de anticorpos IgA secretórios. Caso todas essas barreiras sejam suplantadas, aqueles vírus que se multiplicam nas células intestinais - ou que utilizam estas células como sítio de multiplicação primária - poderão dar início a seu ciclo replicativo.

3- Inoculação Várias são as formas de inoculação de agentes, muitas delas provocadas pelo próprio hospedeiro. Picadas de insetos configuram um importante método de penetração viral, pois durante a sua alimentação os vetores (mosquitos, pulgas, carrapatos) inoculam os vírus diretamente na corrente sanguínea do hospedeiro, processo esse denominado transmissão mecânica. É o caso das arboviroses (isto é, viroses transmitidas por atrópodos). Alguns vírus, além de serem mecânicamente transmitidos, podem desenvolver parte de seu ciclo replicativo no inseto (ex. febre amarela). A inoculação via injeções também é uma via extremamente eficaz de infecção. Incluem-se aqui os usuários de drogas injetáveis, bem como procedimentos médicos que requerem transfusões e quaiquer outros que possibilitem contato com sangue ou outros produtos infectados.

MULTIPLICAÇÃO E DISSEMINAÇÃO NO HOSPEDEIRO

Mecanismos de distribuição do vírus no organismo

  • Em muitos casos, os vírus se multiplicam diretamente na porta de entrada. Ex: vírus que atacam epitélios (ex. Herpes Simples, Papilomavírus) e vírus que afetam o trato respiratório (ex. Influenza, Rinovírus e Adenovírus). Usualmente permanecem confinados exclusivamente a estas superfícies, com um mínimo de penetração nos tecidos.
  • Além do contato célula-célula, estes vírus podem ser levados a outras sítios mais distantes no aparelho respiratório pelo próprio muco que irriga as mucosas. Nesses casos, o agente usualmente não se dissemina pelo corpo do indivíduo infectado.
  • Outros vírus são capazes de estabelecer um infecção localizada e a partir daí se disseminar por todo o organismo (ex. varíola), causando sinais clínicos em locais diferentes daquele usado como porta de entrada. Nesses casos (infecções sistêmicas) passam por um período de multiplicação inicial, localizada, para posteriormente distribuir-se pelo organismo infectado, como segue.

Infecções sistêmicas: Uma vez vencida a barreira representada pelos epitélios (pele ou mucosas), o vírus é exposto às células de defesa do organismo.

Caso haja lesão tecidual, ocorre reação inflamatória. Os capilares se tornam mais permeáveis ou se rompem, com o extravasamento de citocinas, monócitos e linfócitos. Células

polimorfonucleares e macrófagos teciduais (células de Langerhans) tentarão destruir o vírus invasor. Se o vírus seja destruido, seus componentes serão processados pelos macrófagos (denominadas células apresentadoras de antígeno, ou APCs) e que levarão estes componetes virais para apresentá- los a outros componentes do sistema imune. Por outro lado, alguns vírus se multiplicam dentro dessas células e utilizam-nas para sua disseminação. Assim, a célula contendo o vírus (ou seus antígenos processados) irá ao linfonodo que drena a região infectada.

Tendo atingido o linfonodo, o vírus poderá, via circulação linfática, atingir a circulação sanguínea (o que se chama viremia primária ) e espalhar-se por todo o organismo, seja dentro de macrófagos e/ou monócitos (ex.: HIV, Mononucleose Infecciosa, Citomegalovirose, Diarréia Viral Bovina), seja circulando livremente no plasma (ex: Diarréia Viral Bovina; Hepatites B, C, e Delta, parvovírus), ou mesmo, embora mais raramente, adsorvidos a eritrócitos (como o vírus da Peste Suína Africana), ou plaquetas (vírus da Coriomeningite Linfocítica dos camundongos). Após esta viremia inicial, a qual frequentemente passa despercebida, ocorre uma viremia secundária, onde um grande número de partículas virais é encontrado em circulação. Como consequência desse nível maior de viremia, os vírus distribuem-se nos órgãos-alvo do indivíduo em maior quantidade (Fig. 1).

Figura 1 infecção e disseminação de infecções virais

inserir figura semelhante aquela da pág. 112 do Fenner.

Infecção => superfícies do organismo (ou inoculação) => linfonodos=> viremia primária=> órgãos => viremia secundária=> órgãos "alvo".

(Modificado a partir de: Mims C.A. & White D.O.(1984) Viral pathogenesis and Imunology. Blackwell, 1984)

Infecções do sistema respiratório:

  • A contaminação do trato respiratório: inalação de gotículas de secreções de indivíduos contaminados (por aerossóis contendo gotículas que carregam vírions), hábitos sociais (beijos, cumprimentos com as mãos).

-Mãos: podem levar à “auto-inoculação” por contato com os olhos ou narinas.

Para combater essas infecções, as principais defesas do sistema respiratório são os macrófagos e um tapete de epitélio ciliado, recoberto por muco. Estes possuem a função de “varrer” a superfície de todo o epitélio respiratório, retirando corpos estranhos que se encontrem na superfície da mucosa respiratória.

Entretanto, mudanças no padrão normal de limpeza destes epitélios podem levar a um desequilíbrio, com consequente aumento da suscetibilidade a infecções. Tais mudanças podem ocorrer, por exemplo, por fatores ambientais (mudanças de temperatura, variações de umidade do ar), uso de agentes lesivos à mucosa (p.ex. drogas inaladas), ou alergias respiratórias. Caso o vírus esteja presente no epitélio, poderá ser desencadeada uma nova infecção.

Infecções do sistema nervoso:

Os vírus são capazes de causar infecções no sistema nervoso, o fazem ou via corrente sanguínea, por via linfática, ou ainda por via neuronal, trafegando no interior de neurônios. Um exemplo típico desse último caso é o vírus da raiva, que trafega via neurônios até atingir o sistema nervoso central.

APARELHO UROGENITAL

São poucos os vírus que afetam diretamente o próprio trato urogenital. Mesmo assim, este também apresenta seus mecanismos de defesa. A uretra é freqüentemente lavada com urina estéril, remoendo mecanicamente os potenciais invasores. Na vagina, populações de lactobacilos

DNA------------->RNA----------->PROTEÍNA

Transcrição Tradução

Alguns vírus podem se utilizar do processo reverso de transcrição (através da enzima transcriptase reversa) para originar "cópias" de DNA, a partir do RNA viral (ex. HIV).

RNA(viral)-------> DNA------------->RNA----------->PROTEÍNA Transcrição Transcrição Tradução reversa

Os hepadnavírus (ex. vírus da hepatite B) apresentam uma estratégia de multiplicação ainda mais incomum. Embora seu genoma seja de DNA, eles produzem novas cópias de DNA por transcrição reversa a partir do RNA gerado pelo vírus.

DNA(viral)----------> RNA--------------> DNA------------->RNA----------->PROTEÍNA Transcrição Transcrição Tradução reversa

O mRNA é fundamental p/ produção de proteínas virais. Por isso, o mRNA é considerado a "chave" da multiplicação viral. Um vírus RNA é dito de "polaridade positiva" quando seu genoma tem a mesma polaridade ou orientação do mRNA. Em outras palavras, seu genoma pode servir como mRNA e portanto, iniciar a síntese de proteínas. Vírus que possuem genoma de RNA "positivo" possuem o genoma infeccioso.

Porém, na natureza, nenhum genoma viral é de fato infeccioso, pois necessitamos um vírion (partícula viral completa) , para dar início a um ciclo replicativo. Como isto se explica?

Em condições de laboratório, é possível transferirmos o genoma de um determinado vírus para dentro de uma célula. Um vírus cujo genoma é constituido por RNA de polaridade positiva é capaz de iniciar um ciclo replicativo a partir deste genoma isolado. Já os vírus cujo genoma é formado por RNA de polaridade negativa necessitam carregar para dentro da célula uma RNA polimerase RNA(viral)-dependente , enzima esta que não encontra presente nas células e sem a qual não pode ser gerado o mRNA viral. Assim, somente com a introdução do genoma dentro de uma célula, não pode ter início um ciclo infeccioso. Portanto, esses vírus que contém genoma de RNA de polaridade negativa necessitam levar junto consigo essa enzima, a qual deve estar presente nos vírions, por ocasião da infecção.

ESTÁGIOS DO CICLO DE MULTIPLICAÇÃO VIRAL

1. ADSORÇÃO E PENETRAÇÃO PELO VÍRION

2. DESNUDAMENTO DO ACIDO NUCLÉICO VIRAL

  1. SÍNTESE PRIMÁRIA DE mRNA
  2. SÍNTESE PRIMÁRIA DE PROTEÍNAS VIRAIS
  3. MULTIPLICAÇÃO DO GENOMA VIRAL
  4. SÍNTESE TARDIA DE mRNA
  5. SÍNTESE TARDIA DE PROTEÍNAS VIRAS
  6. MONTAGEM DE VÍRIONS NOVOS
  7. LIBERAÇÃO DE VÍRIONS DA CÉLULA

Primaria ou "early" = Periodo antes da replicação do ácido nucléico Usualmente: early=> proteínas não estruturais tardia ou "late" => estruturais

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS

Objetivos: Ao final desta aula o aluno será capaz de reconhecer os fundamentos da taxonomia viral e reconhecer alguns membros importantes das principais famílias de vírus.

A BASE DA CLASSIFICAÇÃO

Estrutura (genoma, morfologia, presença de envelope) Estratégia de replicação Parentesco antigênico (sorologia; divisão em sorotipos) Seqüência de nucleotídeos (genotipos)

TAXONOMIA

Ordem: duas ordens: virales e Nidovirales Família: designação termina com: ... viridae Sub-família: “ “ “ : ... virinae Genero: ” “ “ :. ..vírus

Exemplo: o vírus Herpes Simples Humano pertence à: Família: Herpesviridae Sub-família: Alfaherpesvirinae Gênero: Simplexvirus

Ordens: Somente duas até o presente: Mononegavirales ( paramixo, rhabdo, filo e bornaviridae ) Nidovirales (c oronaviridae & a rteriviridae )

Observe: nomes escritos em itálico!

Outros: nome de uso (nome coloquial)

TODAS AS FAMÍLIAS TEM VÍRUS CONSIDERADOS "PADRÃO" DA ESPÉCIE ("TYPE SPECIES")


FAMÍLIAS DE VÍRUS animais

Com RNA de fita simples polaridade positiva : Togaviridae, Flaviviridae, Caliciviridae, Astroviridae, Picornaviridae e ainda a ordem Nidovirales " " " : Coronaviridae, Arteriviridae

Com RNA de fita simples polaridade negativa : O rthomyxoviridae, Bunyaviridae, Arenaviridae

e ainda a ordem Mononegavirales : Paramyxoviridae, Rhabdoviridae, Filoviridae, Bornaviridae

Família : Bunyaviridae Ordem: Mononegavirales

  • Globulares (100nm)
  • Envelopados
  • Tres segmentos de RNA de fita simples, polaridade negativa
  • Gêneros: Bunyavirus (18 grupos antigênicos, 161 arbovírus, 4 ainda não agrupados; Cullicoides) Ex.: Capim, Melão, Ororoca, Tucunduba, Guaroa e muitos outros. Phlebovirus ( 8 grupos antigênicos, transmitidos por Phlebotomum ). Nairovirus (6 grupos antigênicos, pelo menos 33 virus transmitidos por carrapatos). Tospovirus (13 " " carrapatos) Hantavirus (pelo menos 6 vírus, não-arbo, transmitidos por roedores)

Família : Caliciviridae

  • Lembram um cálice floral ao microscópio eletrônico
  • Icosaédricos (35-40 nm)
  • não envelopados
  • RNA simples + (infeccioso)
  • VPg e poli-A
  • Resiste a éter e clorofórmio
    • Gastroenterites humanas
  • Calicivírus felinos
  • Hepatite "E" (classificação incerta)

Família: Coronaviridae Ordem: Nidovirales

  • Pleomórficos (tende a globular) 60-200 nm
  • Envelope
  • Peplômeros espaçados
  • RNA simples, positiva, com poli-A (alguns com VPg)

Gêneros: Coronavirus; Torovirus Coronavírus humano (HCV) (resfriados) Bronquite infecciosa das aves Gastroenterite transmissível dos suínos (TGE) Peritonite Infecciosa dos felinos Encefalite hemaglutinante dos suinos

Gênero flutuante: Arterivirus Ordem: Nidovirales

  • Vírus da doença misteriosa dos suínos (PRRS)
  • Vírus elevador da lactato dhidrogenase
  • Vírus da arterite eqüina

Família Filoviridae Ordem: Mononegavirales

  • Filamentosos (ramificações) 80 x 14 000 nm
  • RNA simples negativa
  • Simetria helicoidal Gênero: Filovirus Marburg, Ebola (doenças hemorrágicas no homem)

Família Flaviviridae

  • Globulares (45 nm)
  • Envelopados
  • RNA simples positiva
  • Sensiveis a éter e clorofórmio

Gênero Flavirirus : Febre amarela, Dengue 1,2,3,4; Encefalite Japonesa Gênero Pestivírus : Peste suína clássica, Diarréia viral bovina Border disease (doença da fronteira)

Gênero sem nome definido: Hepatite C

Família Orthomyxoviridae

  • Pleomórficos 100-120 nm,
    • Nucleocapsídeo segmentado com 7(tipoC) ou 8(tipos A e B) de RNA de fita simples, negativa
  • Nucleocapsídeos com simetria helicoidal
  • Hemaglutinina (H ou HA) e Neuraminidase (N ou NA)
  • Rearranjos genéticos Gêneros: Influenzavirus A, B Influenzavirus C

Família Paramyxoviridae Ordem: Monegavirales

  • Pleomórficos (tendência a globular)
  • Simetria do nucleocapsídeo helicoidal
  • Envelopados
  • Proteínas de Fusão, HA e NA
  • Uma só fita de RNA simples, negativa, linear

1- Subfamília Paramyxovirinae: Gêneros: Paramyxovirus : Parainfluenza (PI) 1e 3. Rubulavirus : Caxumba, PI 2, 4a e 4b, em aves: NewCastle Morbillivirus : Sarampo, Cinomose dos cães 2- Subfamíllia Pneumovirinae Gênero: Pneumovirus : Vírus Respiratório Sincicial Humano (HRSV) Bovino (BRSV)

Família: Picornaviridae

  • Icosaédricos (20-30 nm)
  • não envelopados
  • RNA simples + (infeccioso)
  • Resiste a éter e clorofórrmio

Gêneros

  • Hepatovírus (Hepatite “A”)
  • Enterovírus (Polio 1,2,3; Coxsackie, )
  • Rinovírus (resfriados, mais de 120 tipos)
  • Cardiovírus (Encefalomiocardite)
  • Aftovírus (Febre aftosa)

Família Reoviridae

  • Não envelopados
  • 2 capsídeos 70 - 80 nm
  • 10 a 12 segmentos RNA duplo

Gêneros: Orthoreovirus Orbivirus Rotavirus

Família Retroviridae

  • Nucleocapsídeo icosaédrico (80-120 nm)
  • Envelope (com glicoproteínas inseridas)
  • 2 cópias do genoma de RNA fita simples, positivo
  • VPg, poli-A

Gêneros: (ainda sem nome): aviários tipo "C"

  • DNA fita simples: 1,76 a 3,7 kb
  • simetria icosaédrica, 1a 3 proteínas no capsídeo
  • Circovírus dos suínos, Vírus da anemia das aves
  • humanos: "Transfusion transmitted virus" (TTV)?

Família: Hepadnaviridae :

  • Fita dupla parcial de DNA
  • Envelopado
  • Utilizam transcrição reversa em seu ciclo multiplicativo

2 Gêneros : Orthohepadnavirus (Hepatite B) Avihepadnavirus )

Família Herpesviridae

  • Envelope (120-200 nm)
  • DNA duplo linear (at‚ 240 kb)
  • codificam mais de 70 polipeptídeos

Subfamília: Alphaherpesvirinae Herpes simples tipo 1 ( herpesvírus humano 1 ) Herpes simples tipo 2 ( herpesvírus humano 2 ) Varicella Zoster ( Herpesvirus humano 3 )

Subfamília: Betaherpesvirinae Cytomegalovírus ( Herpesvirus humano 5 ) ( Herpesvirus humano 6 ) ( Herpesvirus humano 7 )

Subfamília: Gammaherpesvirinae: 2 gêneros: Lymphocryptovirus: Vírus Epstein-Barr (EBV) ( Herpesvirus humano 4 )

Rhadinovirus: Herpesvírus saimiri ( Herpesvirus humano 8 ) (?)

Família Iridoviridae

  • Icosaédricos (120-300 nm)
  • Envelope
  • DNA duplo linear (175 kb)

Peste suína africana=> distinto

Família Parvoviridae

  • Icosaédricos, não envelopados, 18-26 nm, icosaédricos.
  • 60 capsômeros por nucleocapsídeo
  • Fita simples de DNA, 5000 nucleotídeos. Genoma pode ser de fita simples negativa, com terminações palidrômicas (repetições invertidas).

Três gêneros: Parvovirus (espécie tipo: minute virus of mice, MVM) Erythrovirus (espécie tipo: vírus B19) Dependovirus

( site: http://www.wadsworth.org.databank/virus.htm) http://www.medscape.com/SCP/IIM/1997/v14.n08/m3079.moore/m3079.moore.html#Vir Família Papovaviridae

  • Sem envelope (45-55 nm)
  • DNA duplo "supercoiled" circular
    • Papilomavírus (muitos associados a cânceres)
    • Poliomavírus

Família Poxviridae

  • Os maiores vírus conhecidos : estrutura do nucleocapsídeo complexa
  • Com ou sem envelope (200-300 nm)
  • Multiplicação intracitoplasmática
  • Varíola (já erradicada), Vírus do molusco contagioso

Hepatite G (GBa e GBb; GBV) Vírus não classificado Semelhante aos pestivírus quanto a sua organização genômica. Não há evidência clara de que cause hepatites

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Agentes não convencionais (não virais):

  • Príons => proteinas, desprovidas de ácido nucléico, altamente resistentes a calor, formaldeído e nucleases.
  • Eliminados por agentes disruptores de gorduras i. é., fenol, éter, soda e hipoclorito de sódio.
  • Capazes de se propagar por ateração de proteínas similares presentes em membranas de neurônios.
  • responsáveis por neuroencefalopatias espongiformes (Creutzfeld-Jacob disease (CJD), Gerstman- Strausler-Schenker ou GSS; Encefalopatia espogiforme bovina (BSE ou "sindrome da vaca louca") e outras.

referÊncias

web site http://life.anu.edu.au/viruses/ictv/

Mayo MA e Pringle CR (1998) Virus taxonomy - 1997. Journal of Genral Virology 79 (4):649-657.