











Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Apostila sobre Transferência de Calor, exclusivamente retratando sobre aletas. Tanto como sua definição, cálculo do fluxo de calor em aletas de seção uniforme, tipos de aletas, eficiência de uma aleta e exercícios resolvidos e propostos.
Tipologia: Notas de aula
1 / 19
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Para um melhor entendimento do papel desempenhado pelas aletas na transferência de
calor consideremos um exemplo prático. Quando se quer resfriar ou aquecer um fluido, o
modo mais frequente é fazê-lo trocar calor com outro fluido, separados ambos por uma
parede sólida de resistência baixa (metal de pequena espessura). Então, como exemplo,
analisemos a transferência calor entre dois fluidos separados por uma parede cilíndrica. O
fluxo de calor entre eles pode ser calculado assim:
( eq. 6.1 )
Analisemos os meios de elevar a transferência de calor através da redução das resistências
térmicas
O aumento da superfície externa de troca de calor pode ser feito através de expansões
metálicas denominadas aletas , como mostra a figura 6.1.
[ figura 6.1 ]
Considerando uma aleta em formato de um barra ( pino ) circular, como mostra a figura 6.2,
afixada em uma superfície com temperatura 𝑇 𝑠
e em contato com um fluido com temperatura
∞
é possível derivar uma equação para a distribuição de temperatura, fazendo um balanço
de energia em um elemento diferencial da aleta. Sob as condições de regime permanente
temos:
[ figura 6.2 ]
Onde P é o perímetro da aleta, A t
é a área da seção transversal da aleta e (P.dx) a área
entre as seções x e (x+dx) em contato com o fluido. Se h e k podem ser considerados
constantes a equação 6.2 pode ser simplificada para:
( eq. 6.3 )
A equação 6.3 é uma equação diferencial linear ordinária de segunda ordem, cuja solução
geral é:
( eq. 6.4 )
( eq. 6.9 )
levando as equações 6.9 na equação 6.4, obtemos:
( eq. 6.10 )
Considerando que o cosseno hiperbólico é definido como cosh x =( e
x
− x
)/2, a equação 6.
pode ser colocada em uma forma adimensional simplificada :
A transferência de calor pode ser obtida através da equação 6.7, substituindo o gradiente de
temperatura na base:
( eq. 6.11 )
O calor transferido, na unidade de tempo, é então:
( eq. 6.12 )
Caso (c) → Barra de comprimento finito, com perda de calor por convecção pela
extremidade. Neste caso, a álgebra envolvida é algo mais complicado, entretanto o princípio
é o mesmo e o fluxo de calor transferido é:
( eq. 6.13 )
Vários tipos de aletas estão presentes nas mais diversas aplicações industriais. A seguir
veremos alguns dos tipos mais encontrados industrialmente.
[ figura 6.3 ]
Na figura 6.3 observamos uma aleta de seção retangular assentada longitudinalmente em
uma superfície plana. Considerando que a aleta tem espessura b e largura e ( espessura
pequena em relação à largura), o coeficiente da aleta m pode ser calculado assim :
( eq. 6.14 )
[ figura 6.4 ]
Neste caso, temos uma aleta de seção triangular mostrada na figura 6.4. Aletas de seção
parabólica, trapezoidal, etc, também são comuns. O cálculo do coeficiente m pode ser feito
de modo similar ao caso anterior, considerando uma área transversal média.
[ figura 6.5 ]
As aletas colocadas sobre superfícies curvas podem ter colocação radial ( transversal ) como
na figura 6.5 ou axial ( longitudinal ), assentando aletas do tipo retangular mostrado na figura
6.3. O assentamento radial ou axial de aletas sobre superfícies cilíndricas depende da
direção do escoamento do fluido externo, pois a aletas devem prejudicar o mínimo possível
o coeficiente de película, ou seja, não podem provocar estagnação do fluido. O cálculo do
coeficiente m para a aleta da figura 6.5 é feito da seguinte forma:
O fluxo de calor total transferido através da superfície com as aletas é igual ao fluxo
transferido pela área exposta das aletas ( 𝐴 𝐴
) mais o fluxo transferido pela área exposta da
superfície base ( 𝐴 𝑅
( eq. 6.17 )
A diferença de temperatura para a área das aletas (𝑇 ?
∞
) é desconhecida. A temperatura
𝑠
é da base da aleta, pois à medida que a aleta perde calor, a sua temperatura diminui, ou
seja, 𝐴 𝐴
não trabalha com o mesmo potencial térmico em relação ao fluido.
Por este motivo 𝑞̇ 𝐴
, calculado com o potencial (𝑇 𝑠
∞
), deve ser corrigido, multiplicando
este valor pela eficiência da aleta ( 𝜂 ). A eficiência da aleta pode ser definida assim:
Portanto,
( eq. 6.18 )
Da equação 6.18 obtemos o fluxo de calor trocado pela área das aletas:
( eq. 6.19 )
O fluxo de calor em uma aleta cuja troca de calor pela extremidade é desprezível é obtido
através da equação 6.12, obtida anteriormente:
É óbvio que desprezar a transferência de calor pela extremidade da aleta é simplificação
para as aletas de uso industrial. Entretanto, como as aletas tem espessura pequena, a área
de troca de calor na extremidade é pequena; além disto, a diferença de temperatura entre a
aleta e o fluido é menor na extremidade. Portanto, na maioria dos casos, devido à pequena
área de troca de calor e ao menor potencial térmico, a transferência de calor pela
extremidade da aleta pode ser desprezada
Igualando as duas equações para o fluxo de calor ( eq. 6.19 e eq. 6.12 ), temos:
Isolando a eficiência da aleta, obtemos:
( eq. 6.20 )
A área de troca de calor da aleta pode ser aproximada para:
( eq. 6.21 )
Substituindo a equação 6.21 na equação 6.3, obtemos:
( eq. 6.22 )
O coeficiente da aleta ( m ) pode ser introduzido na eq. 6.22 para dar a expressão final da
eficiência da aleta:
( eq. 6.23 )
onde, (coeficiente da aleta)
e
A equação 6.23 mostra que a eficiência da aleta é uma função do produto ( 𝑚 × 𝑙 ).
Observando uma tabela de funções hiperbólicas nota-se que a medida que o produto (𝑚 × 𝑙)
aumenta a eficiência da aleta diminui, pois o numerador aumenta em menor proporção.
Portanto, quanto maior o coeficiente da aleta e/ou quanto maior a altura, menor é a eficiência.
Em compensação quanto maior a altura, maior é a área de transferência de calor da aleta
𝐴
De volta à equação 6.17, o fluxo de calor trocado em uma superfície aletada por ser calculado
assim:
Colocando o WT e o coeficiente de película em evidência, obtemos:
( eq. 6.24 )
A eficiência da aletas é obtida a partir da equação 6.23 e as áreas não-aletada ( 𝐴 𝑅
) e das
aletas ( 𝐴 𝐴
) são obtidas através de relações geométricas, como veremos nos exercícios.
Exercício 6.1. A dissipação de calor em um transistor de formato cilíndrico pode ser
melhorada inserindo um cilindro vazado de alumínio (k = 200 W/m.K) que serve de base
para 12 aletas axiais. O transistor tem raio externo de 2 mm e altura de 6 mm, enquanto que
as aletas tem altura de 10 mm e espessura de 0,7 mm. O cilindro base, cuja espessura é 1
mm, está perfeitamente ajustado ao transistor e tem resistência térmica desprezível.
Sabendo que ar fluindo a 20
o
C sobre as superfícies das aletas resulta em um coeficiente de
película de 25 W/m
2
.K, calcule o fluxo de calor dissipado quando a temperatura do transistor
for 80
o
C.
a) Desprezando a resistência da película do óleo
Cálculo do número de aletas:
Cálculo da eficiência da aleta:
Cálculo da área não aletada:
Cálculo da área das aletas (desprezando as áreas laterais):
Cálculo do fluxo de calor:
b) O novo fluxo pode ser obtido considerando a resistência da película do óleo ( a resistência
da placa é desprezível ). Neste caso, a temperatura da base é 𝑇 𝑠′
𝑠
Este é também o fluxo pela placa aletada:
Igualando as equações acima obtemos a temperatura da base (𝑇 𝑠′
Portanto, o fluxo de calor considerando a resistência da película de óleo será:
Exercício 6.3. Um tubo de diâmetro 2" e 1,2 m de comprimento transporta um fluido a 150
o
C,
com coeficiente de película de 1800 kcal/h.m
2
.
o
C. Para facilitar a troca de calor com o ar
ambiente foi sugerido o aletamento do tubo, com aletas longitudinais de 2 mm de espessura
e 19 mm de altura, montadas com espaçamento aproximado de 6 mm (na base). O tubo e
as aletas de aço tem coeficiente de condutividade térmica igual a 40 kcal/h.m.
o
C e
emissividade 0,86. O ar ambiente está a 28
o
C, com coeficiente de película 15 kcal/hm
2
.
o
C.
Desprezando a resistência da película interna, pede-se:
a) o calor transferido por convecção pelo tubo sem as aletas
b) o calor transferido por radiação pelo tubo sem as aletas
c) o número de aletas
d) o calor transferido por convecção pelo tubo aletado
e) o calor transferido por radiação pelo tubo aletado
a) Cálculo do fluxo de calor por convecção sem as aletas:
A área base do tubo é:
b) Cálculo do fluxo de calor por radiação sem as aletas:
c) Cálculo do número de aletas:
Perímetro do tubo:
d) Cálculo do fluxo de calor por convecção pelo tubo com as aletas:
Cálculo de 𝐴 𝑅
Cálculo da área não aletada :
Cálculo da área das aletas :
Cálculo da eficiência da aleta :
Cálculo do fluxo de calor através da superfície com as aletas :
Cálculo do fluxo de calor através da superfície sem as aletas :
Cálculo da percentagem de aumento do fluxo de calor :
Exercício 6.5. A parte aletada do motor de uma motocicleta é construída de uma liga de
alumínio ( k=186 W/m.K ) e tem formato que pode ser aproximado como um cilindro de 15
cm de altura e 50 mm de diâmetro externo. Existem 5 aletas transversais circulares
igualmente espaçadas com espessura de 6 mm e altura de 20 mm. Sob as condições
normais de operação a temperatura da superfície externa do cilindro é 500 K e está exposta
ao ambiente a 300 K, com coeficiente de película de 50 W/m
2
.K quando a moto está em
movimento. Quando a moto está parada o coeficiente cai para 15 W/m
2
.K. Qual é a elevação
percentual da transferência de calor quando a moto está em movimento. ( OBS : desprezar
as áreas laterais)
Cálculo da área não aletada :
Cálculo da área das aletas :
Cálculo da eficiência da aleta ( para a moto em movimento ) :
Cálculo da eficiência da aleta ( para a moto parada ) :
Cálculo do fluxo de calor ( para a moto em movimento ) :
Cálculo do fluxo de calor ( para a moto parada ) :
Cálculo da percentagem de elevação do fluxo de calor para a moto em movimento :
Exercício 6.6. Determinar o aumento do calor dissipado por unidade de tempo que poderia
ser obtido de uma placa plana usando-se por unidade de área 6400 aletas de alumínio
(k=178 Kcal/h.m.
o
C), tipo pino, de 5 mm de diâmetro e 30 mm de altura. Sabe-se que na
base da placa a temperatura é 300
o
C, enquanto que o ambiente está a 20
o
C com coeficiente
de película de 120 Kcal/h.m
2
.
o
C.
Cálculo da eficiência:
a) Fluxo de calor por convecção :
b) Uma elevada eficiência para a aletas significa que sua temperatura é próxima da
temperatura da base, Então, podemos considerar para a radiação :
c) Fluxo de calor por convecção pelo tubo pintado :
d) Fluxo de calor por radiação pelo tubo pintado :
e) O fluxo total, em ambos casos, é a soma dos fluxo por convecção e radiação :
o
o
o
2
o
O fluxo de calor através da superfície do reator antes do aletamento é :
Uma elevação de 10% neste fluxo, através da colocação de aletas, equivale :
a) Cálculo do número de aletas pinos de seção circular ( n c
Eficiência das aletas pino de seção circular:
Cálculo da áreas não aletada e a área das aletas ( desprezando a área do topo ) :
Exercício 6.11. Um tubo de diâmetro 4" e 65 cm de comprimento deve receber aletas
transversais, circulares, de 1,5 mm de espessura, separadas de 2 mm uma da outra. As
aletas tem 5 cm de altura. No interior do tubo circula um fluido a 135
o
C. O ar ambiente está
a 32
o
C, com coeficiente de película 12 kcal/h.m
2
.
o
C. A condutividade térmica do material
da aleta é 38 kcal/hm
2
.
o
C. Determinar o fluxo de calor pelo tubo aletado.
Exercício 6.12. No laboratório de uma indústria pretende-se testar um novo tipo de aletas,
na forma de prisma reto, de seção transversal triangular (eqüilátera) com 1 cm de lado.
Essas aletas tem altura de 5 cm e serão colocadas, durante o teste, sobre placas de 10 cm
x 10 cm, submetidas a uma temperatura de 150
o
C na base e expostas ao ar a 40
o
C. Por
razões técnicas, no máximo 30 % da área das placas poderá ser aletada. Sabendo que a
condutividade térmica do material do aleta é 130 kcal/hm
o
C e o coeficiente de película do ar
é 5 Kcal/h.m
2
.
o
C, pede-se o fluxo de calor pela placa aletada.
Exercício 6.13. Em uma indústria, deseja-se projetar um dissipador de calor para elementos
transístores. O base do dissipador será uma placa plana de 10 x 10 cm , sobre a qual estarão
dispostas 8 aletas retangulares ( k = 35 Kcal/h.m.
o
C ) de 2 mm de espessura e 40 mm de
altura, com espaçamento constante. Na superfície da placa deve ser mantida uma
temperatura de 80
o
C, com temperatura ambiente de 30
o
C e coeficiente de película de 3
Kcal/h.m
2
.
o
C. Nestas condições, pede-se :
a) a eficiência das aletas;
b) o calor dissipado pela placa aletada.
Exercício 6.14. Um tubo de aço de 0,65 m de comprimento e 10 cm de diâmetro, com
temperatura de 60
o
C na superfície externa, troca calor com o ar ambiente a 20
o
C e com
coeficiente de película de 5 Kcal/h.m
2
.
o
C, a uma razão de 40 kcal/h. Existem 2 propostas
para aumentar a dissipação de calor através da colocação de aletas de condutividade
térmica 40 Kcal/h.m.
o
C. A primeira prevê a colocação de 130 aletas longitudinais de 0,
m de altura e 0,002 m de espessura. A segunda prevê a colocação de 185 aletas circulares
de 0,05m de altura e 0,0015 m de espessura. Calculando o fluxo de calor para os dois casos,
qual das propostas você adotaria, considerando os custos de instalação iguais.
Exercício 6.15. Um tubo horizontal de diâmetro 4" conduz um produto a 85
o
C, com
coeficiente de película 1230kcal/h.m
2
.
o
C. O tubo é de aço, de condutividade térmica
40kcal/h.m.
o
C, tem 0,8 m de comprimento e está mergulhado em um tanque de água a
o
C, com coeficiente de película 485 Kcal/h.m
2
.
o
C. O tubo deve ter 1,5 aletas por
centímetro de tubo. As aletas circulares são feitas de chapa de aço de 1/8" de espessura
e 2" de altura. Pede-se :
a) o fluxo de calor pelo tubo sem considerar as aletas;
b) o fluxo de calor pelo tubo aletado.
Exercício 6.16. Um tubo de 10 cm de diâmetro externo tem 130 aletas longitudinais de aço
( k = 40 kcal/h.m.
o
C ) com 5,8 cm de altura e 0,2 cm de espessura. O ar ambiente está a
o
C, com coeficiente de película igual a 5 Kcal/h.m
2
.
o
C. A temperatura da superfície do
tubo é 60
o
C. Calcular:
a) A eficiência da aleta;
b) O fluxo de calor, por unidade de comprimento, pelo tubo aletado.