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Este texto apresenta uma resenha sobre os eventos do movimento estudantil e operário em frança em 1968, que inspirou revoltas em outros países europeus e americanos. O documento discute as causas, consequências e legado desses protestos, que resultaram em mudanças sociais e políticas profundas.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Resenha Segurança
Celeste Cristina Machado Badaró 14 de maio de 2008
Resenha Segurança Celeste Cristina Machado Badaró 14 de maio de 2008
Em maio de 1968, estudantes e operários franceses saíram às ruas pedindo por mudanças sociais e políticas. O movimento inspirou estudantes de outros países e causou profundas transformações na sociedade de diversos países europeus e americanos.
m março de 1968, estudantes de uma universidade localizada nos arredores de Paris protestaram contra a proibição de alojamentos com homens e mulheres. Animados pelo movimento, os estudantes franceses passaram a ir às ruas para buscar mudanças políticas, culturais e sociais, durante o mês de maio de 1968.
Os protestos chegaram às ruas de Paris em 3 de maio de 1968, após o fechamento da Universidade de Sorbonne. Os estudantes passaram a pedir pela renúncia do então presidente Charles de Gaulle, que estava no poder desde 1958. O movimento passou a ter o apoio dos operários, que aproveitaram o momento de revolta para iniciaram a greve mais longa e mais profunda da história da França, envolvendo 9 milhões de trabalhadores.
Além de influenciarem outros setores da sociedade, os movimentos dos estudantes franceses também são considerados como motivação para vários outros movimentos de jovens em outros países, como Estados Unidos, México, Itália, Brasil, entre outros.
De Gaulle acabou convocando eleições presidenciais mas foi reeleito, por isso, pode-se dizer que o movimento de maio de 1968 foi fracassado politicamente. No entanto, seus maiores efeitos foram transformações sociais.
O maio de 1968 francês pode ser melhor entendido como parte de um contexto em
que jovens de vários países ocidentais se mobilizaram. Os slogans dos jovens franceses, como “é proibido proibir” e “prazer sem restrições” tiveram um grande apelo para a juventude ocidental. O ano de 1968 no resto do mundo Em outros países, o ano de 1968 também foi marcado pelas revoltas estudantis. Na Alemanha, os protestos se iniciaram em 1967, com a morte de um estudante em confrontos com a policia durante uma manifestação contra o Xá Reza Pahlevi do Irã. Em 1968, os movimentos se intensificaram, contrários à ordem estabelecida no país. Na Itália, os estudantes saíram às ruas após as manifestações na França, criticando principalmente a predominância de uma moral católica com relação a temas como aborto e divórcio. Nos Estados Unidos, a principal fonte de contestação social no final da década de 1960 era o movimento negro. Em abril de 1968, o ativista pelos direitos civis negros Martin Luther King foi assassinado. Milhares de negros se mobilizaram pela morte do líder, pedindo igualdade de direitos para brancos e negros, sendo preciso mais de 70 mil soldados para contê-los. Os jovens estadunidenses também saíram às ruas nesse ano para pedir que o governo retirasse as tropas que estavam no Vietnã^1.
(^1) A Guerra do Vietnã foi um conflito entre 1959 e
homens e mulheres, entre brancos e negros e o papel diferenciado de jovens e crianças na sociedade, não apenas como adultos em formação, mas como uma fase da vida com características diferentes da idade adulta.
França quarenta anos depois
Na França, especificamente, a herança do movimento de maio de 68 é ainda muito forte. O atual presidente Nicolas Sarkozy afirmou em sua campanha que “é preciso esquecer 68”. De acordo com ele, os ideais da época ainda estão muito presentes na França, mas eles não são benéficos para o país, representando, pelo contrário, anarquia e destruição de valores sociais.
Sarkozy, que tinha 13 anos em 1968, é o primeiro presidente francês da geração posterior à dos manifestantes daquele ano. Essa geração não tem muita idéia de como era a sociedade francesa antes da insurgência estudantil, e não conhece a dimensão das mudanças ocorridas.
No entanto, não podem deixar de lado as modernizações trazidas por 1968 em relação aos direitos individuais. De acordo com André Glucksmann, um dos líderes do movimento, seria inimaginável que Sarkozy, de origem judaica e divorciado duas vezes, chegasse à presidência na França “conservadora, hierárquica, imóvel e velha” pré-1968. Assim, esquecer a herança do movimento que completa quarenta anos é deixar para trás diversas conquistas em direitos civis.
Livro:
Hobsbawn, Eric. Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
Sites:
Folha Online http://www.folha.uol.com.br
Open Democracy http://www.opendemocracy.net International Herald Tribune http://www.iht.com BBC News http://www.bbc.co.uk/portuguese
Palavras-chave: França, Sarkozy, América Latina, Estados Unidos, movimento estudantil, Celeste, Cristina, Badaró.