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Aspectos táticos do futsal, Notas de estudo de Engenharia Agrícola

Aspectos taticos do futsal

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 30/10/2012

day-rodrigues-8
day-rodrigues-8 🇧🇷

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tm TÁTICA A tática é o estudo, a orientação e a execução de manobras ofensivas e defensivas de uma equipe durante o jogo. É a preparação da equipe por meio de instruções básicas e especializadas que, ao lado de informações sobre o adversário, são planejadas com a finalidade de suplantar o inimigo durante a partida. Assim sendo, podemos definir tática como: Uma forma racional e planejada de aplicar um sistema e seus vários esquemas, a fim de combinar o jogo de ataque e defesa, tirando proveito de todas as circunstâncias favoráveis da partida, com o objetivo de dominar o adversário e conseguir a vitór FATORES QUE INFLUEM NA TÁTICA DE JOGO 1) Adversário: é o principal fator que influi na tática de jogo a ser definida. Se o adversário for uma equipe tecnicamente muito boa, o esquema de marcação deve ser mais cauteloso; do contrário, procura-se jogar mais ofensivamente. O sistema empregado pelo inimigo, os jogadores mais habilidosos, os mais fracos e os pontos críticos do adversário são alguns pontos de referência que um técnico deve ter em mente para organizar taticamente sua equipe. 2) Condição técnica: a técnica individual dos jogadores é também fator de extrema importância para a definição tática a ser empregada por uma equipe. Se esta for composta por jogadores altamente técnicos, esses elementos terão maior facilidade de desenvolver esquemas e, consegiientemente, envolver o adversário, visto que determinadas jogadas dependem da habilidade dos jogadores, seja para reter a bola, para efetuar um drible ou para controlá-la antes de executar um passe. Nesse caso, é fundamental salientar que a tática só sobrevive com a técnica. 3) Condição física: o condicionamento físico deve ser considerado na elaboração do plano tático, bem como a condição física do adversário. A execução dos esquemas táticos deve ser condizente com o estado físico de seus jogadores, visto que é inadmissível, por exemplo, que se implante um esquema de marcação homem a homem na quadra toda sem que os jogadores estejam perfeitamente condicionados para realizar essa função. 4) Aspectos psicológicos: os jogadores devem estar trangúilos, confiantes e motivados para realizar as jogadas durante a partida. A união do elenco também é ponto fundamental no aspecto psicológico, pois influirá positivamente nos atletas. O fato de jogar na quadra do adversário, às vezes, pode trazer uma preocupação maior. À torcida, em sua maioria, é adversa, e até os torcedores da própria equipe podem, por exemplo, vaiar um atleta que cometa algum erro durante o jogo. Há jogadores que, no calor da partida, não conseguem se controlar; outros, em momentos decisivos, não rendem o que deles se esperava. Enfim, muitos são os fatores psicológicos. um Damsi Mura que influem no rendimento tático de uma equipe. É grande a importância desses fatores durante o jogo, como também a necessidade de os treinadores estudarem essa matéria a fim de dar suporte psicológico para seus jogadores, para que não seja peídlido todo um trabalho tático. 5) Situações ocorridas durante a partida: alguns gols de vantagem ou desvantagem, um atleta expulso, má colocação na quadra etc. são alguns itens que podem influir na mudança de sistemas e esquemas de jogo. É necessário que o treinador tenha capacidade de observação para que, em contato com os atletas, possa usufruir das situações decorrentes do jogo ou se prevenir quanto a elas. 6) Dimensões da quadra: esse é um fator muito importante, pois pode favorecer - ou não - certos esquemas táticos, tanto ofensivos quanto defensivos. 7) Regras: a tática de jogo é elaborada de acordo com as regras. Sem regras, não existe tática. O futsal é um esporte que teve suas regras bastante modificadas, o que provocou a criação de novas situações de jogo - a tática de jogo foi alterada em virtude das mudanças nas regras. 8) Regulamento: toda competição tem seu regulamento e, dependendo dele, uma equipe poderá alterar sua tática de jogo. O saldo ou a quantidade de gols marcados ou sofridos, o confronto direto, o número de vitórias, a vantagem de se jogar por um empate etc. são itens do regulamento que interferem no plano tático de uma equipe. A tática exige raciocínio A tática é diferente da técnica, que é automática. O jogador executa os fundamen- tos sem pensar, pois os gestos técnicos (passe, chute, domínio etc.) são realizados por reflexo, uma vez que estão sob a área de ação da medula, que controla os impulsos nervosos. Assim, a tática exige raciocínio. Os jogadores têm que pensar naquilo que vão realizar em cada situação do jogo: os padrões de movimentos, os posicionamentos, as jogadas não acontecem por reflexo, mas sim depois que o cérebro processou uma in- formação, racionalizou e decidiu executar uma ação. Com efeito, ressaltamos a importância de os jogadores terem um perfeito conhecimento das suas funções e obrigações durante o transcorrer de uma partida de futsal. A tática é planejada, estudada, organizada, e quanto mais os jogadores estive- rem cientes do que deles se espera, mais eles se esforçarão para atingir os objetivos traçados. 18 Tâma Muitos jogadores jogam futsal sem pensar, apenas com o instinto, com suas habi- lidades técnicas, que se tornaram automáticas. Muitos desses jogadores são de alto nível, entretânto muitas vezes acontece de, ao receberem uma função tática, terem seu rendimento diminuído. São jogadores que não foram devidamente orientados tatica- mente e se tornaram acomodados demais para executar uma função tática, principal- mente quando se trata de marcação. Aos técnicos, portanto, caberá a função de estimular os jogadores a pensar. De- vem determinar algumas obrigações táticas para os jogadores e chamar sua atenção quando não as cumprirem. Tanto técnico como jogadores devem estar cientes de que o futsal é um esporte coletivo; assim, os jogadores devem jogar de maneira homogênea, sempre um ajudando, corrigindo ou facilitando o trabalho do outro. Para que essa con- dição seja alcançada, os jogadores têm que estar o tempo todo concentrados e pensan- do no que fazer em cada situação do jogo. As jogadas táticas requerem uma ótima sintonia entre os jogadores que as execu- tam. Cada uma terá uma importante função a ser cumprida, nem que seja apenas um simples deslocamento. Sempre haverá uma razão para executar uma função. Ao pensar em executar uma função, o jogador estará pensando no exato momento de um passe, de uma movimentação, para onde se deslocar a fim de receber à bola ou abrir um espaço para penetração de outro jogador; enfim, deverá estar sintonizado com os demais jogadores da equipe e saber bem quais são as suas funções táticas. Todos os jogadores devem estar pensando a mesma coisa, todos devem se empe- nhar para que as jogadas tenham início, meio e fim conforme programado. Todas as jogadas planejadas pela equipe devem obedecer a algumas normas de procedimento. Por exemplo: toda jogada deve oferecer no mínimo duas opções para sua execução; toda jogada deve levar em consideração o fator erro, ou seja, se a jogada não for con- cluída por erro ou por habilidade do adversário para neutralizá-la, que conduta os jo- gadores devem adotar? Observe que é de fundamental importância o jogador racioc nar para decidir executar uma ação já prevista no planejamento tático, e não agir ape- nas instintivamente. Ao evidenciarmos que a tática exige raciocínio e que os jogadores devem estar concentrados e empenhados em cumpri-la fielmente, vale ressaltar que a capacidade técnica individual, assim como o poder de improvisação de alguns jogadores, é fator de extrema importância para o fortalecimento de uma equipe e contribui acentuada- mente para um resultado positivo no jogo. RE SR Dare. Murm SISTEMA 4x0 O Sistema 4 x O é o mais moderno posiciohamento utilizado no futsal e caracteriza-se pela colocação de 4 jogadores no setor defensivo na armação das jogadas. É também conhecido como 4 em linha e exige uma constante movimentação dos jogadores. Na Europa, principalmente na Espanha, é muito utilizado em virtude das dimensões das quadras que, quase em sua maioria, medem 40 x 20 m. No Brasil começa a ganhar adeptos porque é um sistema que possibilita uma grande combinação de movimentos e uma altemância de posicionamentos que dificultam muito a marcação adversária. O sistema 4 x O também oferece amplas opções de jogadas, por esta razão é hoje um dos mais utilizados pelas equipes de alto nível (fig. 135). w Ny A “Figura 135 SISTEMA 1x4 Com as modificações realizadas nas regras oficiais do futsal, um novo sistema de jogo foi criado. Falamos da permissão do goleiro em atuar fora da sua área de meta, o que permitiu a opção de um novo posicionamento dos jogadores para atacar a equipe 182 Tira defensora, procurando estabelecer uma superioridade numérica afim de facilitar a posse de bola e, consegiientemente a finalização das jogadas. Nos dias atuais, esse sistema 1x 4 é uma excelente estratégia de jogo que está sendo bastante utilizada, principalmente nos momentos finais de uma partida, onde a equipe que está em desvantagem lança mão deste recurso visando tornar a equipe muito mais defensiva. O posicionamento 1 x 4 pode ser executado com os próprios goleiros das equipes, desde que possuam boa condição técnica para jogar com os pés, ou então colocando um jogador de linha na posição de goleiro (fig. 136). ENO Figura 136 SISTEMAS 1x2x1 E 2x1x1 Esses sistemas de jogo são mais utilizados nos lances de saída de bola no tiro de meta, onde os jogadores se posicionam adotando esses sistemas com o intuito de provocar uma reação na marcação da equipe adversária, e logo realizam movimentações pra confundir seus dispositivos defensivos, e conseguir executar suas jogadas sem que a equipe defensora consiga neutralizar o lance. Esse sistemas podem ser considerados com variantes dos sistemas 2x2,3x1-1x3e4x0 (fig 137 138). 183 Davi Murm Figura 188 Figura 137 A comunicação entre técnicos e jogadores Um dos grandes problemas encontrados por técnicos e jogadores é a comunica- ção entre eles. Muitas vezes, o jogador não realiza o que o técnico pediu porque não entende o que foi pedido. Isso pode acontecer porque, quando a informação é transmi- tida, o receptor seleciona a mensagem de acordo com os seus pontos de vista, com suas facilidades e preocupações. Se esses fatores mudarem, a recepção da informação mu- dará também. Os desvios de informação ocorrem muitas vezes pelo fato de o transmis- sor querer que O receptor entre no seu "mundo", que interprete as coisas do seu modo, e isso acaba gerando uma falha na comunicação. Esse fato se torna mais complicado ainda nas categorias inferiores. A criança não tem poder de concentração nem experiência; além disso, ainda não tem seu sistema cognitivo plenamente desenvolvido. Assim, não adianta simplesmente dizer para a cri- ança tocar a bola no espaço ou correr no vazio; ela pode interpretar de modo incorreto ou nem entender o que isso significa. Nesse caso, o técnico ou professor deverá mos- trar, por exemplo, o que é o espaço a que se referiu. Às vezes, alguns técnicos encontram dificuldade para se expressar e não conse- guem transmitir aos jogadores o que querem; com isso, acabam dizendo muitas coisas e não conseguem se fazer entender pelos jogadores. É o caso de falar muito e não dizer nada. A comunicação não é apenas verbal: pode ser também gestual, e da mesma forma será interpretada de várias maneiras. Por essa razão, deve-se tomar cuidado não só com o que se diz, mas também como se diz. Outro fator que merece atenção é o vocabulário próprio do salonismo. Por exem- plo: "fecha o meio", "tira o passe”, "diminui", "dá um gato”, "toca na paralela”, entre outras, são expressões muito utilizadas no futsal; no entanto, muitas outras estão apa- recendo, o que nos faz pensar na dificuldade de interpretar aquilo que o emissor quis dizer. A melhor comunicação é aquela em que o receptor entende perfeitamente o que o emissor quis dizer; portanto, compete àqueles que emitem a mensagem torná-la acessí- vel àqueles que a recebem. Na comunicação, é mais inteligente se fazer entender do que demonstrar muita cultura. a rr Te 185 MINI A tática de jogo e os tipos de passe Quando uma equipe sofre um tipo de marcação mais forte, sob pressão do adver- sário, sua troca de passes, assim como a manutenção de posse de bola, fica mais difícil em virtude da diminuição do espaço livre. Assim sendo, para que a equipe continue mantendo a posse de bola deverá fazer várias movimentações entre os seus jogadores com o intuito de dificultar a ação do adversário, pois é muito mais difícil marcar um jogador em movimento do que um jogador parado. Deverá também adotar como estratégia um tipo de passe que consiga neutralizar a marcação dos oponentes. Por exemplo: quando uma equipe não possui uma variação de movimentos e sua intenção é a rapidez na conclusão da jogada, o passe longo é o mais indicado porque faz uma ligação direta da defesa (setor de armação da jogada) com o ataque, Ressalta-se, porém, que para colocar um passe longo é necessário criar um espaço vazio na quadra adversária, que será conseguido com a movimentação do pivô atraindo seu marcador, além do deslocamento veloz de um jogador que parte do seu setor defensivo e se apresenta no setor de ataque para receber o passe longo e finalizar a jogada. Esse passe, que na verdade é um lançamento, geralmente é feito pelo alto e apresenta um grau de dificuldade maior tanto para quem o realiza como para aquele que o recebe, exigindo precisão de um e boa recepção de outro. No entanto, quando a equipe almeja sair para o ataque tocando a bola, deverá encurtar a distância do passe para dificultar a ação marcadora da equipe contrária, sendo exigidos nesse caso, movimentação veloz, com muitas fintas e mudanças de di- reções, e um bom trabalho de grupo, visto que os jogadores devem se apresentar próxi- mos da bola para receber um passe curto. Numa outra situação em que o adversário realiza um tipo de marcação mais recuada, optando pela marcação em sua meia quadra, o passe curto aliado a uma ordenada movimentação é o melhor caminho para "furar" o bloqueio defensivo dos oponentes, evitando o passe longo que, no caso de uma interceptação, ocasionará o contra-ataque do adversário. e ET E dA a E MANOBRAS OFENSIVAS Asmanobras ofensivas ocorrem quando uma equipe está com a posse de bola e procura, por meio da troca de passes, movimentos, infiltrações e chutes à meta adversária, a realização de gols e, consegiientemente, a vitória. 188 tam A atração principal do futsal é a marcação de gols. Uma partida com muitos gols fará o público vibrar, mesmo que o nível técnico das equipes deixe a desejar. Num jogo sem gols, porém, para haver vibração e entusiasmo por parte da torcida será necessário que ambas as equipes se apresentem em alto estilo. Para marcar gols é preciso que a equipe pratique o futsal em conjunto, pois ninguém ganha o jogo sozinho. O conjunto é que desequilibra uma partida. Logicamente, o talento de alguns jogadores favorece em certos momentos, mas a equipe que não soma e não multiplica seus jogadores ao longo do tempo de jogo não divide o adversário. É preciso também instruir os atacantes nos movimentos de desmarcação pronta e eficaz, a fim de buscar os espaços vazios. Para que, diante de uma defesa segura e bem plantada, um passe possa surtir resultados favoráveis o jogador necessita procurar um espaço livre para receber à bola em boas condições, antes mesmo que o companheiro que vai fazer o passe receba a bola. Já os demais jogadores da equipe devem estar em movimento a fim de surpreender o adversário e colocarem-se em condições favoráveis para receber o passe. Por isso, até o jogador que executa o passe deve movimentar-se imediata e rapidamente em busca de outra posição, onde possa voltar a receber a bola. Também por isso, o jogador que recebe um passe não deve esperar a bola, mas sim ir ao seu encontro, pois assim não só conseguirá antecipar-se ao adversário como ficará em condições de fazer um passe ou chutar a gol - aliás, o treinamento constante dos chutadores é importantíssimo! LEGENDA Jogadores que realizam esquemas Nº (A ponta superior da figura triângulo indica para onde o jogador está de frente) Jogadores da equipe adversária Trajeto da bola Trajeto do jogador Bola conduzida O Bola 189 Dover Mir . AL dA NA um 1. O goleiro efetua um lançamento para o pivô nº 11, que se desloca para a lateral e recebe a bola. O jogador nº IO se aproxima para receber e chutar a gol (fig.141). “Figura 142 Tica 2. O goleiro efetua um lançamento para o jogador nº 10, que domina a bola e toca para o pivô nº 7. Ele se desloca do meio para a lateral, escapando da marcação e facilitando o passe, e ao receber devolve para o nº 10, que finaliza para o gol (fg. 142). e A 8 do 3. O jogador nº 6 fica posicionado no ataque, próximo às linhas lateral e contral. Ao perceber que o goleiro está preparado para efetuar um lançamento se desloca em diagonal, deixando espaço livre para o pivô nº 5 ocupar aquela posição, receber 0 lançamento do goleiro e tocar para o nº 6 na frente da área de meta adversária (fig.143). Figura 143 Dover Mir 8. O jogador nº 4 recebe a bola do goleiro ao lado esquerdo da sua área de meta e faz um passe pelo alto até o pivô nº 11, posicionado na frente da área de meta adversária. O jogador nº 10 se aproxima do pivô para receber «bola e chutar a gol (fig. 148). | Na 9. O jogador nº 9 fica posicionado no ataque próximo às linhas lateral e central, e assim que o goleiro joga a bola para o nº 2 se desloca em diagonal, deixando o espaço livre para a penetração da bola até o pivô que ocupa aquele espaço, recebe a bola e toca na frente da área de meta adversária para o jogador nº 9 (fig. 149). [No .B [SN aum 194 Temos 10. O jogador nº 4 avança pela ala esquerda, recebe um lançamento do goleiro e toca para o nº 5, que lhe devolve no meio completando uma triangulação para chutar a gol (fig.150). 11. O jogador nº 5 recebe a bola do goleiro e faz um passe pelo alto até o pivô nº 11, que poderá tocar para o ala nº 6 ou 9 que se aproxima para receber a bola e chutar à gol (fig.151). Figura 152 | | Duas Mire 12. O jogador nº 3 recebe a bola do goleiro e faz um passe na paralela até o nº 2. Nesse momento, 0 jogador nº 7 penetra da direita para o meio, deixando espaço livre para a penetração do jogador nº 8, que recebe a bola do nº Ze chuta para gol (fig. 152). MINUTOS DE REFLEXÃO TÁTICA Detalhes táticos Para que a tática seja aplicada é necessário obedecer certos princípios básicos e organizar alguns detalhes táticos que, por um lado, visam beneficiar a armação e con- clusão das jogadas e, por outro, objetivam dificultar toda a ação defensiva do adversá- rio. Citamos alguns desses detalhes: pé de habilidade dos jogadores, velocidade da bola e dos deslocamentos, fintas, mudanças de direções nos deslocamentos, distância dos passes e locais estratégicos para tocar e receber a bola. Ao organizar uma jogada, o técnico deve levar em consideração os itens citados, por exemplo, em muitas jogadas será preferível posicionar o jogador canhoto do lado direito da quadra, principalmente quando ele é o responsável pela finalização da joga- da, visto que correndo da lateral para o meio terá mais facilidade para chutar, além de ter um ângulo de gol muito maior. Os deslocamentos usando fintas e mudanças de direções são de extrema impor- tâhcia para conseguir se livrar da marcação adversária e receber a bola com mais espa- ço. A distância dos passes, a velocidade da bola e os locais para tocar ou receber a bola são elementos fundamentais na armação das jogadas. Uma equipe será melhor quanto maior for a riqueza de recursos táticos que pos- suir. Não basta movimentar, deverá saber para onde e como se movimentar; não basta tocar a bola, mas sim saber como, quando e para onde tocá-la. A qualidade de uma equipe está diretamente relacionada com o seu acervo de detalhes técnico-táticos é com a maneira como são aplicados durante uma partida. Padrão de jogo em futsal significa movimentação, deslocamento, troca de posições de forma planejada, organizada e padronizada, que tem como objetivo confundir a marcação adversária, provocando erros em seu posicionamento, para infiltração da bola na defesa contrária e, em consegiência, o chute a gol. O padrão não é sistema nem esquema de jogo. Ocorre, porém, que os esquemas podem ter origem nos padrões de jogo, pois se encaixam perfeitamente na movimentação dos e = tara jogadores. Outro fator positivo é que os movimentos dos jogadores ficam padronizados, o que facilita a troca de posições entre eles e a eventual ocupação de espaços vazios que são criados. Existem vários tipos de padrões de jogo e alguns detalhes devem ser considerados em sua execução: pé de habilidade dos jogadores, velocidade da bola e dos deslocamentos, distância do passe, mudanças de direções e fintas, locais estratégicos para tocar e receber à bola etc. O tipo de padrão de jogo a ser adotado deve ser coerente com o sistema implantado por uma equipe, assim como o sucesso de cada padrão deve ser relacionado com o tipo de marcação da defesa contrária. Em seguida, citaremos alguns tipos de padrões de jogo e algumas jogadas (esquemas táticos) que têm origem na movimentação do referido padrão de jogo. PADRÃO RODA OU REDONDO Figura 153 Movimento realizado simultaneamente pelos quatro jogadores, em forma de círculo. Na ilustração, por exemplo, o jogador nº 2 conduz a bola de um lado para o outro, enquanto os companheiros também se deslocam, um ocupando a posição do outro (fig. 153). 1” 4. O jogador nº 3 conduz a bola da esquerda para a direita. Enquanto isso, o jogador nº 9 (destro), que vem retornando ao setor defensivo pela esquerda, acelera sua corrida e passa por trás dele para receber a bola e tocar ao pivô nº 4, que se antecipa ao marcador e toca a bola para o ala nº 8, que avança pela direita (fig.157). 5. O jogador nº 6 (canhoto) avança pela ala direita; o jogador nº 2 se desloca da esquerda para a direita, passando por trás do goleiro; o jogador nº 5 recua e ocupa a posição do nº 2; 0 pivô nº 4 se desloca do meio para a esquerda, trazendo o marcador consigo. O goleiro solta à bola para o nº 5, que toca para o pivô. Este toca na paralela para o jogador nº 6, que desvia sua trajetória para encontrar com a bola na esquerda e chutar a gol (fig-158). ri A o | 200. PADRÃO"S" Bb E Movimento realizado com três jogadores, em que o passe e o deslocamento acontecem para a lateral oposta. Na ilustração, vemos o jogador nº 3 tocar a bola para o nº 4 e se deslocar em diagonal para a direita. Na segiiência, o jogador nº 4 deverá tocar a bola para o nº 5, que recua no espaço deixado pelo nº 3, saindo posteriormente para a esquerda (fig.159). ESQUEMAS TÁTICOS Figura 160 1.0 jogador nº 9 toca a bola para o nº 5 na direita. O jogador nº 5 faz um passe para o lado contrário até o nº 2 (destro). Nesse momento, o jogador nº 9 penetra no setor ofensivo, do meio para a direita, para receber a bola pelo alto do nº 2. O jogador nº 7, ao perceber o deslocamento do nº 9, abre para à lateral esquerda, levando o marcador consigo (fig. 160). “Pigura 161 Daves Murm 2. O jogador nº & (destro) que está de posse da bola pelo meio faz um passe na direita para o nº 6, ameaça se deslocar à frente e volta, se aproximando dele para receber a bola de volta e tocar para o pivô nº 7, que se desloca para a diieita para recebê-la. Nessc momento, o jogador nº 6 penetra em diagonal para receber do pivô e chutar a gol (fig. 161). 4a ADO Figura 162 3.0 jogador nº 4 (destro) toca a bola para o nº 6 e se desloca em diagonal para o ataque. Nesse momento, o jogador nº 2 (destro) se descola para a posição do jogador nº 4, recebe a bola do nº 6 e toca para o pivô nº 7, que prepara para o nº 4 chutar a gol (fg-162) [ E cafiana Figura 168 4. O jogador nº 9 (destro) cruza a quadra da esquerda para a direita. O jogador nº 3 (destro), percebendo essa movimentação, toca a bola para o nº 7, que toca na paralela, onde 22 Tánea ocorrerá o encontro da bola com o nº 9. Este pisa para trás para o jogador nº 3, que após tocar na direita penetra no ataque para concluir a jogada (fig.163). Figura 164 5. O jogador nº 6 (destro) conduz a bola da esquerda para a direita e toca para o nº 8, se deslocando em diagonal para o ataque. O jogador nº 8 (canhoto) faz um passe forte para o nº 2 na esquerda e se aproxima dele para receber de volta e tocar para o pivô nº 7, que ajeita. à bola para o chute do nº 6 (fig. 164). PADRÃO "8" PELAS COSTAS [NS h PR een aos Das Mor q 1) uma 5. O goleiro nº 1 lança na direita para o jogador nº 6 (canhoto). Simultaneamente, o jogador nº 2 (destro), que estava posicionado na frente da área de meta, se desloca para a direita entrando atrás do nº 6, enquanto o jogador nº 7(destro) ocupa a posição do nº 2. O jogador nº 6 terá como opções de passe o jogador nº 2 às suas costas e o nº 7 à sua frente. O jogador que receber à bola tocará ao pivô, enquanto o jogador nº 6 penetra, pelo meio, no setor ofensivo para receber a bola e chutar a gol (fig.170) PADRÃO PELO MEIO Figura 171 Esse movimento envolve os quatro jogadores, que se movimentam simultaneamente. O jogador de posse da bola a conduz para o meio e toca para um companheiro do lado oposto; e q 206 Tá i daí, penetra velozmente pelo meio e desvia sua trajetória para a lateral contrária à qual tocou a bola, enquanto o pivô abre para a lateral da bola. Na ilustração, O jogador nº 4 toca a bola ! para o nº 5 e penetra pelo meio, enquanto o nº 3 vai abrindo e voltando pela lateral esquerda, ao passo que nº 5 conduz à bola para o meio e efetua um passe ao jogador nº 3. | ESQUEMAS TÁTICOS | | 1.0 jogador nº 7 toca a bola para o nº 9 (canhoto) na direita e penetra no setor ofensivo, desviando sua trajetória para a esquerda. O jogador nº 9 espera o nº 7 se desvencilhar do seu marcador (momento em que desvia seu movimento) e lhe faz um passe cruzado, enquanto o pivô abre para a lateral direita trazendo o marcador consigo (fig.172). Das Mura 2. O jogador nº 9 (destro) toca a bola para o nº 5 na direita e penetra no setor ofensivo pelo meio da quadra. Nesse momento, o pivô nº 8, sabendo a jogada, muda seu movimento e sai para a lateral esquerda, ficando a lateral direita vazia para a penetração do nº 9, que vai ao encontro da bola tocada pelo nº 5 na paralela (fig.173). Cas] LAN A remo 3. O jogador nº 2 toca a bola para o nº 6 (destro) na direita e penetra no setor ofensivo para a esquerda. Nesse momento, o pivô nº 7 (destro) recua e ocupa um espaço vazio no centro da quadra para fazer uma tabela com o nº 6, que ao receber a bola de volta terá espaço para avançar e finalizar a gol ou tocar para o nº 2 (fig.174). Figura 75 4. O jogador nº 8 toca a bola na direita para o nº 7 e se desloca pelo meio, mas, de imediato retorna se posicionando no meio para receber a bola do nº 7 e devolver-lhe a frente numa triangulação perfeita (fig. 175). Tânea LAN mem 5. O jogador nº 5 toca a bola na direita para o jogador nº 8 e realiza o movimento do padrão de jogo. O nº 8, ao receber, toca a bola de primeira na paralela até o pivô nº 2, que devolve no meio ao jogador nº 5 para este finalizar a jogada (fig.176). MINUTOS. T A velocidade da bola na tática de jogo A velocidade da bola é um dos detalhes mais importantes na preparação tática de uma equipe. A bola é o objeto principal do jogo. A velocidade do jogo está diretamente relacionada à velocidade com que a bola é jogada. Para dar velocidade à bola se faz necessário possuir um conjunto de recursos que são imprescindíveis para a prática do futsal: recursos técnicos (principalmente as habilidades de domínio e passe), recursos táticos (movimentações planejadas e organizadas) e recursos físicos (principalmente as capacidades físicas de velocidade e resistência). A equipe bem condicionada técnica, tática e fisicamente estará apta para aplicar um jogo veloz, ou seja, fazer a bola ser jogada em velocidade. A velocidade da bola é que determina a velocidade dos movimentos. Quando uma equipe tem a posse de bola deverá realizar uma movimentação rápida que lhe assegure a manutenção da bola, ten- tando impedir que o adversário consiga tomá-la ou destrua suas ações ofensivas. Para isso, fará uma troca de passes com velocidade que, com certeza, dará muito mais traba- lho para o adversário conseguir neutralizar uma jogada, e assim, consegilentemente, essa equipe estará criando boas situações para chutar a gol e conseguir vitórias. Observe que ninguém consegue correr na mesma velocidade que a bola, desde que, logicamente, a bola seja jogada numa velocidade maior que o deslocamento do jogador. 209 Dave. Morm direita. Nesse momento, o ala nº 6 (canhoto) se desloca da direita para a esquerda, se aproximando do nº 4 para receber a bola e tocar ao pivô que se movimenta para a lateral esquerda, a fim de receber a bola e tocar para o nº 3fig.179). Figura 180 3. O jogador nº 4 toca a bola na direita para o jogador nº 9 e se desloca em sentido inverso. O jogador nº 9 faz um passe na paralela para o pivô, que se desloca para receber a bola e ajeitar para a penetração do nº 4, que chuta a gol (fig.180). b A á CA NA ômmm 4, ldem ao esquema anterior, porém o jogador nº 4 efetua um passe cavado até o jogador nº 5, que penetra na defesa contrária para finalizar a jogada (fig.181). 2 Figura 182 5. O jogador nº 8 (canhoto) toca a bola na esquerda para o jogador nº 2 e realiza o movimento do padrão invertido. O jogador nº 2 (destro) toca a bola para a direita até o companheiro nº 3 (canhoto) e se desloca para lá para receber a bola de volta do nº 3, que lhe dá um toque curto para trás, se deslocando, em seguida, para o ataque. O nº 2 faz um passe na paralela para o jogador nº 8, que já está voltando, e este toca para o nº 3, que penetrou na defesa contrária para concluir a jogada. O pivô se desloca para a defesa pela lateral direita, levando um adversário consigo (fig.182). PADRÃO CRUZADO Pigura 188 23 Da Mire Movimento para ser realizado contra uma equipe que marca no meio da quadra. Um jogador fica de base no meio, os alas abertos nas laterais e o pivô no ataque, O ala faz o passe para o base e cruza em diagonal para o meio, trocando de posição com o pivô. Na ilustração, o jogador nº 5 é o base e troca passe com os alas nº 7 e 8, que lhe devolve a bola e trocam de posição com o jogador posicionado no ataque. ESQUEMAS TÁTICOS ADA sem 1.0 ala nº 6 (destro), de posse da bola na lateral esquerda, chama a atenção do pivô nº 3 para que se desloque para a esquerda, toca a bola para o base nº 2 e cruza a quadra. O jogador nº 2 toca a bola de primeira para o outro ala nº 7 na direita, que toca na paralela para a penetração do nº 6 no espaço vazio (fig.184). Figura 185 ad Times 2. O ala nº 5, na esquerda, toca a bola para o base no meio e se desloca em diagonal. O pivô nº 7 (destro) se desloca para a esquerda, recebe a bola no espaço vazio e a toca para o ala nº 5, que penetrou no setor ofensivo (fig.185). ara Lo 3. O jogador nº 9 (destro) toca a bola para o nº 3, realiza o movimento do padrão de jogo e, através de um passe cavado do jogador nº 3, recebe a bola de volta para finalizar a jogada (fig. 186). Figura 187 4. O jogador nº 6 toca a bola para o nº 2 e se desloca. O jogador nº 7 realiza o movimento padrão e recebe à bola do nº 2, devolve-a e penetra pela paralela para receber a bola de volta = | ! LU