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saúde da gestante
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Graus de Recomendação (resumo com enfoque de terapia/prevenção e etiologia/risco) A : ensaios clínicos randomizados e revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados consistentes. B : estudos de coorte, caso-controle e ecológicos e revisão sistemática de estudos de coorte ou caso- controle consistentes ou ensaios clínicos randomizados de menor qualidade. C : séries de casos, estudos de coorte e caso-controle de baixa qualidade. D : opiniões de especialistas sem maior evidência explícita ou baseadas em fisiologia.
Fonte: Centre for Evidence-Based Medicine CENTRE FOR EVIDENCE-BASED MEDICINE. Levels of evidence. Disponível em: http://www.cebm.net/index.aspx?o=1025. Acesso em: 24/01/
Presidente da República Dilma Rousseff
Ministro da Saúde Alexandre Padilha
Grupo Hospitalar Conceição Diretoria Diretor-Superintendente Neio Lúcio Fraga Pereira Diretor Administrativo e Financeiro Gilberto Barichello Diretor Técnico Alexandre Paulo Machado de Britto
Gerente de Ensino e Pesquisa Lisiane Bôer Possa
Gerente do Serviço de Saúde Comunitária Ney Bragança Gyrão Coordenador do Serviço de Saúde Comunitária Simone Faoro Bertoni Apoio Técnico em Monitoramento e Avaliação de Ações de Saúde Rui Flores
Agradecemos às gestantes, seus bebês e suas famílias, principal motivação para a realização de nosso trabalho.
Aos colegas do SSC, em especial àqueles que participam ativamente da manutenção e aprimoramento do Programa de Gestantes nas diferentes unidades do SSC e no Monitoramento e Avaliação
Aos demais colegas do GHC, responsáveis pelos segundo e terceiro pontos de atenção e dispostos a fortalecer uma rede integrada de cuidados.
A Gerência de Ensino e Pesquisa, em especial aos colegas Airton Stein e Sérgio Sirena, sempre disponíveis para nos orientar e nos oferecer o apoio necessário.
A bibliotecária Luciane Benedetti que de forma competente tem sido uma grande parceria do SSC.
Nosso agradecimento especial ao Dr Sérgio Espinosa que vem revisando tecnicamente este trabalho e sempre contribuindo com importantes sugestões.
Dedicamos esse trabalho às gestantes de nosso território e a seus familiares, que nos escolhem como profissionais para cuidar de sua saúde.
O período de gestação e parto envolve grandes mudanças e requer uma adaptação à chegada do novo membro de uma família, constituindo-se, assim, em momento de maior vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, propício para o desenvolvimento de ações preventivas e de promoção à saúde a serem realizadas por profissionais de serviços de Atenção Primária à Saúde (APS). Ao atualizarmos as rotinas de Atenção à Saúde da Gestante no Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (SSC/GHC) partimos de versões anteriores^1 ; da nossa prática em APS; dos depoimentos das mães, gestantes e familiares; das melhores evidências científicas e da colaboração de colegas do GHC e de outros serviços. Em todo o processo de elaboração, procuramos integrar os diferentes olhares das diversas categorias profissionais, objetivando o estímulo para a adoção de uma abordagem integral e qualificada para as gestantes e suas famílias. Procuramos manter os enfoques descritos nas versões anteriores, que se complementam no sentido de reduzir morbimortalidade materna e infantil e promover melhor qualidade de vida das gestantes de nossas áreas de atuação. No entanto, a intenção atual é propiciar um maior envolvimento e participação das famílias através da escuta das suas histórias e suas impressões sobre as diferentes ações preconizadas. Buscamos bases científicas que justificam nossas ações, sejam de educação em saúde, rastreamento, diagnóstico, condutas terapêuticas e encaminhamentos. Procuramos seguir e adaptar às nossas práticas as recomendações de serviços e instituições de referência em APS, tais como: Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde, Centro Latinoamericano de Perinatologia (CLAP) e National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE). Um pré-natal qualificado exige a participação e o comprometimento de uma equipe de APS integrada internamente e com os serviços que prestam cuidados na atenção secundária e terciária. Neste sentido, buscamos definir com clareza as diferentes formas de acesso aos nossos serviços de referência no GHC. Esperamos, enfim, que o conjunto de recomendações aqui descritas possa servir como mais um subsídio às equipes na tomada de decisões para o adequado cuidado com a saúde de nossas gestantes. Maria Lucia Medeiros Lenz
1 Versão 1 (2001) Autores: Maria Lucia Lenz, Idiana Luvison, Maria Amália Vidal, Margarita Diercks, Daniela Montano Wilhelms, Carmem Fernandes e Grupo de Auxiliares Administrativos. Versão 2 (2006). Autores: Maria Lucia Lenz, Mário Tavares, Carmen Fernandes, Idiana Luvison, Renata Peckelman e Margarita Diercks. Versão 3 (2008) Autores: Maria Lucia Lenz, André Klafke de Lima, Renata Pekelman e Lena Azeredo de Lima.
O ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL NO SSC DO GHC
APOIO TÉCNICO EM MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE AÇÕES DE SAÚDE DO SERVIÇO DE SAÚDE COMUNITÁRIA 15
“Minha gravidez foi ótima, não tive nenhum problema, mas mesmo assim eu acho muito importante consultar todo o mês (no mínimo uma vez por mês), traz mais segurança para a gente”.
Gestante moradora do território de atuação do SSC
A atenção pré-natal de baixo risco, realizada por médico de família ou enfermeiro no SSC, refere-se ao conjunto de consultas ou visitas programadas da mulher gestante, complementadas pelos demais profissionais de saúde da Equipe, objetivando o acompanhamento da gestação e a obtenção de uma adequada preparação para o parto e para os cuidados com o bebê (FESCINA et al, 2007). No território de atuação do Serviço de Saúde Comunitária (SSC) do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) nascem aproximadamente 1.000 crianças a cada ano e as consultas de pré-natal e de puericultura encontram-se entre os dez principais motivos de consulta em nossas Unidades de Saúde (BRASIL, 2009). Sendo assim, a atenção à saúde da gestante e criança continuam sendo ações prioritárias no SSC, que como serviço de APS, é porta de entrada de um sistema de saúde e caracteriza- se pela integralidade do cuidado, coordenação das diversas necessidades de saúde e continuidade da atenção (STARFIELD, 2002). Altas coberturas de pré-natal, obtidas nos últimos anos (BRASIL, 2009), levam os serviços de APS a se preocuparem fundamentalmente com a qualidade do acompanhamento a gestante (VICTORA, 2003). O Ministério da Saúde (2006) ainda enfatiza essa necessidade justificando-a pela ocorrência de situações, tais como: a não erradicação da sífilis congênita, a hipertensão arterial entre as principais causas de óbito materno, os encaminhamentos inadequados ou tardios aos serviços de pré-natal de alto- risco e o fato da mortalidade materna brasileira ser ainda dez vezes maior que a de países desenvolvidos (BRASIL, 2006). A atenção qualificada depende da provisão de recursos e da organização de rotinas com ações comprovadamente benéficas, evitando-se intervenções desnecessárias e estabelecendo-se relações de confiança entre as famílias e a equipe e autonomia da gestante (BRASIL, 2006). Considera-se uma atenção pré-natal de qualidade aquela com início precoce, periódica, completa e com ampla cobertura. O início do acompanhamento no primeiro trimestre da gestação permite a realização oportuna de ações preventivas, de diagnósticos mais precoces e de ações de promoção à saúde. Além disso, possibilita a identificação no momento oportuno de situações de alto risco que envolvem encaminhamentos para outros pontos da atenção, permitindo melhor planejamento do cuidado (FESCINA et al, 2007). A periodicidade do pré-natal deve ser adequada a cada gestante em particular, ou seja, as gestantes em situações de maior risco, precisam ser acompanhadas mais de perto (FESCINA et al,
O ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL NO SSC DO GHC
APOIO TÉCNICO EM MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE AÇÕES DE SAÚDE DO SERVIÇO DE SAÚDE COMUNITÁRIA 17
STARFIELD, B. Atenção primária : equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília,DF: Unesco, 2002.
VICTORA, C. G.; CESAR, J. A. Saúde materno-infantil: padrões de morbimortalidade e possíveis intervenções. In: ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
VILLAR, J. et al. Patrones de control prenatal de rutina para embarazos de bajo riesgo. La Biblioteca Cochrane Plus , Oxford, n. 2, 2007.