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Manual de cuidados com feridas, incluindo constituição da pele, fazes da cicatrização, tipos de feridas e tipos de cobertura e curativos. Muito bom!!!
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Reconhecido pela Port. 939 de 20 de novembro de 2006 BR 230, Km 504, Cx. Postal 30 - CEP: 58.900- Fone (083) 3531-2848 Fone/Fax: 3531-
Mandaguari-PR
2010
“Todos nós temos problemas que não gostamos de lembrar, que achamos feios, doloridos, sujos, e os escondemos dos outros como feridas feias e infectadas. Alguns colocam ataduras que envolvem as estruturas vizinhas para camuflálas, tal como um tornozelo enfaixado...” “...Também estas feridas necessitam de tratamento, embora o tempo se comprometa, na maioria das vezes, a cicatrizá-las por segunda intenção. Se expusermos nossas feridas, realizaremos as limpezas necessárias em nossas mentes e em nosso interior, poderemos abreviar o tempo do sofrimento. Algumas vezes ficarão cicatrizes, que irão para sempre nos lembrar as lições que a vida nos ofertou...” “... Para o tratamento de feridas alguns requisitos básicos são necessários: conhecimento, dedicação, paciência, determinação, carinho e amor...”
Prof. Dr. Jamiro da Silva Wanderley do livro “Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas” - São Paulo / 2003.
a sutura é documentada desde o terceiro século a.C. Na Idade Média, com o aparecimento da pólvora, os ferimentos tornaram-se mais graves. O cirurgião francês Ambroise Paré, em 1585 orientou o tratamento das feridas quanto à necessidade de desbridamento, aproximação das bordas e curativos. Lister, em 1884, introduziu o tratamento anti-séptico. No século XX, vimos a evolução da terapêutica com o aparecimento da sulfa e da penicilina.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
A ferida é um problema sócio-econômico e educacional, pois para a cicatrização das lesões são importantes a boa nutrição, assiduidade corporal e higiene da área afetada. Na condição de miséria e fome, que grande parte da população mundial está sujeita, o “viver da doença” passa a ser um aspecto comum. Devemos aprender a valorizar os aspectos psicológicos do portador de feridas, a salientar mais uma vez a importância da abordagem interdisciplinar, necessitando em muitos casos da intervenção do psicólogo.
ANATOMIA DA PELE
A pele é constituída de duas camadas principais – a epiderme e a derme. Cada uma delas é composta de tipos de tecidos diferente e tem funções distintas.
F 0 E 0 A epiderme^ é a camada mais externa da pele é fina, avascular e costuma regenerar-se em 4 a 6 semanas. Suas funções básicas são manter a integridade da pele e atuar como barreira física. Constituída por várias camadas de células, a epiderme contém cinco subcamadas – o estrato córneo, mais externo; o estrato lúcido; o estrato granuloso; o estrato espinhoso, e a camada mais interna, o estrato germinativo, ou camada de células basais. O estrato germinativo liga a epiderme a segunda e mais espessa das camadas da pele, a derme.
F 0 E 0 A função da derme^ é oferecer resistência, suporte, sangue e oxigênio à pele. Essa camada contém vasos sanguíneos, folículos pilosos, vasos linfáticos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. A derme é composta de fibroblastos, colágeno e fibras elásticas. Os fibroblastos são responsáveis pela formação de colágeno, substância matricial, e proteínas de elastina. O colágeno dá resistência à pele e a elastina é responsável pelo rechaço cutâneo. Espessos feixes de colágeno ligam a derme ao tecido subcutâneo e às estruturas de suporte subjacentes, como fáscia, músculo e ossos. F 0 E 0 O tecido subcutâneo^ é composto pelos tecidos adiposo e conjuntivo, além de grandes vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. A espessura da epiderme, da derme e do tecido subcutâneo variam entre diferentes pessoas e partes do corpo.
FISIOLOGIA DA PELE
A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo cerca de 10% do peso corporal. Está constantemente exposta a agressões físicas, químicas e mecânicas, que podem ter conseqüências físicas permanentes ou não.
1. Proteção: a pele atua como barreira física contra microrganismos e outras substâncias estranhas, protegendo contra infecções e perda excessiva de líquidos. 2. Sensibilidade: as terminações nervosas da pele permitem que a pessoa sinta dor, pressão, calor e frio. 3. Termorregulação: a pele ajuda a regular a temperatura corporal mediante
vasoconstrição, vasodilatação e sudorese.
4. Excreção: a pele ajuda na termorregulação, mediante a excreção de resíduos, como eletrólitos e água. 5. Metabolismo: a síntese de vitamina D na pele exposta à luz solar, por exemplo, ativa o metabolismo de cálcio e fosfato, minerais que desempenham um papel importante na formação óssea. 6. Imagem Corporal: a pele detalha a nossa aparência, identificando de modo único cada
indivíduo.
7. Escoriações - a lesão surge tangencialmente à superfície cutânea, com arrancamento
da pele.
8. Equimoses e hematomas - na equimose há rompimento dos capilares, porém sem perda da continuidade da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade.
Também as feridas podem ser classificadas de acordo com o GRAU DE CONTAMINAÇÃO. Esta classificação tem importância pois orienta o tratamento antibiótico e também nos fornece o risco de desenvolvimento de infecção.
TIPOS DE AVALIAÇÃO DAS FERIDAS
Avaliar e documentar a evolução da ferida é imprescindível para se determinar o
tratamento apropriado para cada caso. Esta avaliação e documentação deve ser feita de forma SISTEMÁTICA, desde a ocorrência da lesão até sua completa resolução. Existem alguns tipos de abordagens para se avaliar uma lesão, tornando a sistematização mais eficaz. Seguem abaixo alguns dos mais utilizados e conhecidos:
- Classificação das feridas pelo Grau de Lesão Tissular
As ulceras de pressão são classificadas por ESTÁGIOS:
Categoriza o ferimento por meio da observação das cores Vermelha, Amarela ou Preta e
suas variações.
Exsudato seroso _ é plasmático; Aquoso, transparente _ normalmente presente em lesões limpas; Exsudato sanguinolento _ lesão vascular; Exsudato purulento, espesso _ é o resultado de leucócitos e microorganismos vivos ou mortos, apresentando coloração que pode variar entre amarelo, verde ou marrom de acordo com o agente infeccioso.
Assim pode-se documentar com maior fidelidade a evolução do processo cicatricial e adequação do tratamento
Mensurar: Comprimento, largura, circunferência e profundidade da lesão
quantidade de tecido novo, enquanto que por exemplo em uma grande queimadura, há
necessidade de todos os recursos orgânicos para cicatrização e defesa contra uma infecção. Na seqüência da cicatrização de uma ferida fechada, temos a ocorrência de
quatro fases distintas: inflamatória, epitelização, celular e fase de fibroplasia.
Nos vasos próximos, ocorrem fenômenos de coagulação, formação de trombos, que passam a levar maior proliferação de fibroblastos. Alguns fatores plaquetários são importantes como o PF4 (fator plaquetário 4) que estimula a migração de células inflamatórias, e o PDGF (fator de crescimento derivado plaquetário), que é responsável pela atração de monócitos, neutrófilos, fibroblastos e células musculares lisas, e produção de colagenase pelos fibroblastos.
Os monócitos originam os macrófagos, bactericidas, que fagocitam detritos. Inibidores de prostaglandinas, por diminuírem a resposta inflamatória desaceleram a cicatrização.
A rede de fibrina que se forma no interior da ferida orienta a migração e o crescimento dos fibroblastos. Os fibroblastos não tem a capacidade de lisar restos celulares, portanto tecidos macerados, coágulos e corpos estranhos constituem uma barreira física à proliferação com retardo na cicatrização.
Após o avanço do fibroblasto, surge uma rede vascular intensa, que possui papel crítico para a cicatrização das feridas. Esta fase celular dura algumas semanas, com diminuição progressiva do número dos fibroblastos.
São os feixes de colágeno que originam uma estrutura densa e consistente que é a cicatriz. As feridas vão ganhando resistência de forma constante por até quatro meses, porém sem nunca adquirir a mesma do tecido original.
Esta fase de fibroplasia não tem um final definido, sendo que as cicatrizes continuam modelando-se por meses e anos, sendo responsabilidade da enzima colagenase. Esta ação é importante para impedir a cicatrização excessiva que se traduz pelo quelóide.
A cicatrização pode se fazer por primeira, segunda e terceira intenção. Na cicatrização por primeira intenção , ocorre a volta ao tecido normal, sem presença de infecção e as
extremidades da ferida estão bem próximas, na grande maioria das vezes, através da sutura cirúrgica. Na cicatrização por segunda intenção , não acontece a aproximação das superfícies, devido ou à grande perda de tecidos, ou devido a presença de infecção; neste caso, há necessidade de grande quantidade de tecido de granulação. Diz-se cicatrização por terceira intenção , quando se procede ao fechamento secundário de uma ferida, com utilização de sutura. Nas feridas abertas (não suturadas), ocorre a formação de um tecido granular fino, vermelho, macio e sensível, chamado de granulação , cerca de 12 a 24 horas após o trauma. Neste tipo de tecido um novo fato torna-se importante, que é a contração , sendo que o responsável é o miofibroblasto; neste caso, não há a produção de uma pele nova para recobrir o defeito. A contração é máxima nas feridas abertas, podendo ser patológica, ocasionando deformidades e prejuízos funcionais, o que poderia ser evitado, através de um enxerto de pele. Excisões repetidas das bordas diminuem bastante o fenômeno da contração. Deve-se enfatizar a diferença entre contração vista anteriormente, e retração que é um fenômeno tardio que ocorre principalmente nas queimaduras e em regiões de dobra de pele. Existem alguns fatores que interferem diretamente com a cicatrização normal: idade, nutrição, estado imunológico, oxigenação local, uso de determinadas drogas, quimioterapia, irradiação, tabagismo, hemorragia, tensão na ferida entre outros. F 0 E 0 Idade^ -^ quanto^ mais^ idoso,^ menos^ flexíveis^ são^ os^ tecidos;^ existe^ diminuição progressiva do colágeno. F 0 E 0 Nutrição^ - está bem estabelecida a relação entre a cicatrização ideal e um balanço nutricional adequado. F 0 E 0 Estado imunológico^ - a ausência de leucócitos, pelo retardo da fagocitose e da lise de restos celulares, prolonga a fase inflamatória e predispõe à infecção; pela ausência de monócitos a formação de fibroblastos é deficitária. F 0 E 0 Oxigenação^ - a anóxia leva à síntese de colágeno pouco estável, com formação de fibras de menor força mecânica. F 0 E 0 Diabetes -^ A síntese do colágeno está diminuída na deficiência de insulina; devido à microangiopatia cutânea, há uma piora na oxigenação; a infecção das feridas é preocupante nessas pacientes. F 0 E 0 Drogas -^ As que influenciam sobremaneira são os esteróides, pois pelo efeito anti- inflamatório retardam e alteram a cicatrização. F 0 E 0 Quimioterapia^ -^ Levam^ à^ neutropenia,^ predispondo^ à^ infecção;^ inibem^ a^ fase inflamatória inicial da cicatrização e interferem nas mitoses celulares e na síntese protêica. F 0 E 0 Irradiação -^ Leva à arterite obliterante local, com conseqüente hipóxia tecidual; há diminuição dos fibroblastos com menor produção de colágeno. F 0 E 0 Tabagismo -^ A nicotina é um vaso-constrictor, levando à isquemia tissular, sendo também responsável por uma diminuição de fibroblastos e macrocófagos. O monóxido de carbono diminui o transporte e o metabolismo do oxigênio. Clinicamente observa-se cicatrização mais lenta em fumantes.
2-Seleção de um método: selecione um método de desbridamento mais apropriado para
as condições e metas do tratamento do paciente.As técnicas de desbridamento cirúrgico, mecânico, enzimático ou autolítico podem ser usadas quando não existe
uma necessidade clínica urgente de drenagem ou remoção de tecido desvitalizado.
situações de celulite avançada ou septicemia. Aqueles que fazem este tipo de desbridamento devem demonstrar habilidades clínicas e atender a requerimentos de licenciamento (a pessoa tem que ser especialista). Apesar de pequenas feridas poderem ser desbridadas no próprio leito do paciente, as feridas mais extensas são geralmente desbridadas na sala de cirurgia ou em salas especiais de procedimento.Quando forem feitos desbridamento de Úlceras extensas de estágio IV na sala de cirurgia, o cirurgião deve considerar uma biópsia óssea, para detectar presença de osteomielite.
4.Use um curativo seco por 8 a 24 horas após o desbridamento cirúrgico quando houver sangramento associado, depois retorne ao uso de curativo úmido.
os tecidos desvitalizados da superfície do ferimento.
ser usada se o ferimento estiver infectado.
TÉCNICAS BÁSICAS PARA A REALIZAÇÃO DE
CURATIVOS
“Curativo é o procedimento de limpeza e cobertura de uma lesão, com o objetivo de auxiliar no tratamento da ferida ou prevenir a colonização dos locais de inserção de dispositivos invasivos, diagnósticos ou terapêuticos” (Jorge & Dantas,2003:69).
Por definição, curativo é todo material colocado diretamente por sobre uma ferida, cujos objetivos são: evitar a contaminação de feridas limpas; facilitar a cicatrização; reduzir a infecção nas lesões contaminadas; absorver secreções, facilitar a drenagem de secreções, promover a hemostasia com os curativos compressivos, manter o contato de medicamentos junto à ferida e promover conforto ao paciente.
Os curativos podem ser abertos ou fechados, sendo que os fechados ou oclusivos são subdivididos em úmidos e secos. Os curativos úmidos tem por finalidade: reduzir o processo inflamatório por vaso-constricção; limpar a pele do exudato, crostas e escamas; manter a drenagem das áreas infectadas e promover a cicatrização pela facilitação do movimento das células.
A lesão deve ser mantida úmida quando o objetivo é o tratamento e o auxílio no processo de cicatrização; entretanto, nos locais de inserção de dispositivos invasivos a umidade é um fator de risco para a colonização ou infecção bacteriana.
Para a realização de um curativo devemos seguir algumas orientações:
Aberto - É aquele no qual utiliza-se apenas o anti-séptico, mantendo a ferida exposta. Ex: Curativo de intracath, ferida cirúrgica limpa. Oclusivo - Curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é fechado ou ocluído com gaze ou atadura. Seco - Fechado com gaze ou compressa seca (não se usa nada na gaze) Úmido - Fechado com gaze ou compressa umedecida com pomada ou soluções
prescritas. Compressivo - É aquele no qual é mantida compressão sobre a ferida para estancar hemorragias, eviscerações, etc. Drenagens - Nos ferimentos com grande quantidade de exsudato coloca-se dreno, tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
ferida;
Composição:
Mecanismo de Ação:
Indicação:
Modo de usar:
Periodicidade de Troca:
•Intenso exsudato: entre 6 e 8 horas, ou sempre que necessário.
Observações:
de potássio e cálcio semelhante as do plasma sanguíneo.
( Curativo de Filme Transparente Adesivo )
Composição:
Mecanismo de Ação:
Indicação:
Tipos de Feridas:
Contra - indicação:
Modo de usar:
ultrapasse a borda;- Aplicar o Filme Transparente sobre a ferida;
Periodicidade de Troca :
Observações : Ao contato direto com lesão, dispensa curativo secundário.
Composição:
Mecanismo de Ação:
Indicação:
Tipos de Feridas:
Contra - indicação :
Modo de usar:
Periodicidade de Troca:
Composição:
gulurônico e manurônico, com íons cálcio e sódio incorporados em suas fibras.
Mecanismo de Ação :
Indicação:
Tipos de Feridas:
Contra - indicação :
Modo de usar :
Periodicidade de Troca :
Observações:
Composição: