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Guias e Dicas
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Aula 7-Doenças infecciosas, Notas de aula de Farmácia

Doenças infecciosas

Tipologia: Notas de aula

2013

Compartilhado em 26/09/2013

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jeronimo-oliveira-6 🇧🇷

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DOENÇAS INFECCIOSAS
Introdução
As doenças transmissíveis constituem importantes causas de
morte e comprometem com grandes agravos à saúde milhões de
indivíduos em numerosas regiões, principalmente em países em
desenvolvimento.
Lembrando nossa aula 4 (Critérios em saúde-doença)
Podemos ainda definir como: um desajustamento ou mesmo uma
falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma
ausência de reação aos estímulos frente a uma ação exposta”.
História natural da doença:
1. Estado natural de saúde;
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Aula 07 (Saúde Públicas e Saúde Coletiva I) – Prof. Eduardo Henrique G. Rodrigues
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DOENÇAS INFECCIOSAS

• Introdução

As doenças transmissíveis constituem importantes causas de morte e comprometem com grandes agravos à saúde milhões de indivíduos em numerosas regiões, principalmente em países em desenvolvimento.

Lembrando nossa aula 4 (Critérios em saúde-doença)

Podemos ainda definir como: “ um desajustamento ou mesmo uma falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos frente a uma ação exposta”.

História natural da doença:

  1. Estado natural de saúde;
  1. Presença de um agente patogênico ou de fatores de risco (agente causal + suscetível + ambiente);
  2. Perturbação da normalidade e contribuição para patologias;
  3. Avanço da doença culminando em alterações (defeitos, invalidez, recuperação ou morte).

Estatísticas das doenças infecciosas no mundo:

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) ao final da década de 1980, foram estimados cerca de 2,7 bilhões de pessoas infectadas em áreas endêmicas.

Nós estamos perdendo a luta contra as doenças infecciosas? ( Time , 12.09.1994) Importância (1) No Brasil, as doenças infecciosas constituem problema de saúde pública de grande magnitude.

Alguns exemplos são fundamentais:

O que são Doenças infecciosas?

Neste caso, sendo uma doença infecciosa é sinal que ocorreu uma infecção.

Assim, entendemos por infecção:

Infecção é a mesma coisa que Doença infecciosa?

Importância (2) A doença infecciosa é uma doença clinicamente manifesta em homens ou animais ocasionado pela penetração de um agente infeccioso. Então, pode ocorrer infecção sem Doença.

Exemplo:

Infecção chagásica e Doença de Chagas, etc.

Entendemos por infestação:

Algumas outras denominações são bastante comuns quando discutimos Doenças:

a) Doença contagiosa ou infectocontagiosa; b) Doença transmissível.

O que são Doenças infectocontagiosas?

Doenças Tropicais

Elas podem assumir algumas formas que são costumeiramente conhecidas como:

  • (^) Doença Manifesta

Apresenta todas as características clínicas que lhe são típicas.

  • Infecção Inaparente, Subclínica ou Assintomática

O indivíduo não apresenta sinais ou sintomas clínicos manifestos.

OBSERVAÇÃO Epidemiologicamente esta forma apresenta grande importância, pois os indivíduos podem transmitir o agente aos suscetíveis com a mesma intensidade encontrada na doença manifesta, porém de uma forma encoberta.

Importância (3) A causa “necessária” da doença infecciosa é o seu agente biológico, agente etiológico específico.

Vários são os agentes infecciosos:

Protozoários Vírus

Bactéria Fungo

Helminto (verme)

Nem sempre o Agente é “suficiente” para produzir a doença; outros fatores estão relacionados para a ocorrência da infecção (fatores contribuintes) – a redução da resistência ou imunidade favorece o desenvolvimento da doença.

Do ponto de vista estrutural epidemiológico, as propriedades dos agentes infectantes que mais importam são as que regem sua relação com o hospedeiro e as que contribuem para o aparecimento de doença como produto dessa relação.

Importância (4) Cada componente da tríade epidemiológica apresenta características que permitem compreender as doenças infecciosas.

Com relação ao Agente Etiológico:

a) Infectividade : Capacidade de se instalar no hospedeiro e nele multiplicar-se (infectar). Pode-se apresentar com alta infectividade (gripe) e baixa infectividade (doenças causadas por fungos);

b) Patogenicidade : Capacidade de produzir sintomas e conseqüentemente doenças. Pode-se a apresentar com alta patogenicidade (vírus do sarampo) e baixa patogenicidade (vírus da poliomielite);

c) Virulência : Capacidade de produzir manifestações graves ou fatais. Pode-se apresentar com alta virulência (vírus da raiva, onde todo caso é fatal) e baixa virulência (vírus do sarampo);

d) Dose infectante : É a quantidade do agente etiológico necessário para iniciar uma infecção. Varia com a virulência e com a resistência do hospedeiro.

e) Poder invasivo : É a capacidade do parasito de difundir-se através de tecidos, órgãos e sistemas no hospedeiro;

f) Imunogenicidade ou poder imunogênico : Quando o agente causal (etiológico) tem a capacidade de induzir a imunidade no hospedeiro;

g) Antigenicidade : Quando o organismo tem a capacidade de produzir anticorpos;

h) Mutagenicidade : Capacidade de alterar as características genéticas.

Com relação ao Reservatório e Fonte de Infecção:

a) Animal : selvagem ou mesmo doméstico;

a) Transmissão direta: por contato físico (tocar, morder, beijar, ter relações sexuais (imediato). Também por projeção de gotículas de muco e saliva durante o ato de falar, cantar, tossir, cuspir e espirrar;

b) Transmissão indireta:

  • Mediante objetos ou veículos contaminados (roupas, talheres, água, alimentos, sangue, urina, etc.;
  • Através de um inseto vetor (transmissão passiva ou ativa);
  • Por intermédio de aerossóis microbianos (suspensão em ar de material infectante).

Existem fatores que contribuem para a propagação de agentes infectantes?

Densidade populacional; Condições higiênicas; Proporção de indivíduos suscetíveis na coletividade.

Veículos

Contaminação ≠ Poluição

Contaminação: presença do agente infeccioso na superfície do corpo, em vestuários, roupas de cama, brinquedos, instrumentos, água, leite ou em outros alimentos, etc.

Poluição: presença de substâncias nocivas, mas não necessariamente infecciosas no ambiente.

OBSERVAÇÃO

Os alimentos são veículos não só de agentes infecciosos, mas também de suas toxinas.

Exemplo: toxoinfecções alimentares provocando quadro agudo gastrintestinal.

Principais veículos de doenças transmissíveis

Amebíase – Entamoeba histolytica Ascaridíase – Ascaris lumbricoides Fasciolíase – Fasciola hepática Alimentos Febre tifóide – Salmonela typhi Teníase – Taenia solium, Taenia saginata

  • É o material de origem vital produzido em processo fisiológico ou patológico por organismos vivos que carreia formas de vida infectante.

Substrato Agente patogênico Doença Escarro Mycobacterium tuberculosis Tuberculose Esperma Vírus HIV AIDS Exsudato de lesões cutâneas

Treponema pallidum Sífilis

Exsudatos oculares Chlamydia trachomatis Tracoma Fezes Entamoeba histolytica Amebíase Muco nasal Mycobacterium leprae Hanseníase Músculo de gado Taenia saginata Teníase Músculo de porco Taenia solium Teníase Pus Staphylococcus aureus Impetigo Sangue Vírus da hepatite B (VHB) Hepatite B Secreção vaginal Neisseria gonorrheae Gonorréia Suor Salmonella typhi Febre tifóide (septicêmica)

Relação de medidas específicas utilizadas no controle das doenças infecciosas

  • Atuação nos reservatórios
  • Animal: eliminação (ratos), vacinação (gado e animais domésticos);
  • Humano: isolamento (meningite meningocócica), diagnóstico e tratamento (portadores crônicos de salmonelose);
  • Meio ambiente: desinfecção (destruição dos agentes fora do organismo, raios ultravioleta, etc.) e limitação da exposição aos agentes (do solo e das cavernas).
  • (^) Interrupção de transmissão no meio ambiente
  • Saneamento ambiental (da água, ar e solo);
  • Vigilância sanitária (de gêneros alimentícios e drogas);
  • Controle de vetores (desinsetização e moluscidas).
  • Proteção do indivíduo suscetível
  • Educação para a saúde, incluindo higiene pessoal;
  • Imunização ativa (a própria pessoa produz seus anticorpos) e imunização passiva (anticorpos produzidos fora do organismo – soro);
  • Quimioprofilaxia e quimioterapia;
  • Diagnóstico precoce de casos (busca de casos);
  • Tratamento efetivo.

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