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BACTÉRIAS TUTORIA PBL, Resumos de Imunologia

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Tipologia: Resumos

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Daniel Oliveira Santos - Turma I
Infec es Bacterianas 🌵ções Bacterianas 🌵
Objetivo 01: Compreender e caracterizar as bactérias
São procariontes;
Não possuem membrana nuclear (carioteca) e estruturas membranosas
intracelulares organizadas - Cromossomo único, circular, sem histonas;
São divididas em dois grupos: Eubactérias e Arqueobactérias;
Parede celular: Presente e complexa bioquimicamente (parede celular bacteriana
típica apresenta peptidoglicano);
Ribossomos distribuídos pelo citoplasma;
Tamanho variável: 0,1 – 0,2 m 5,0 mm (micrômetro)
Divisão Celular: Fissão binária.
As bactérias apresentam grande diversidade metabólica
Heterótrofas: destacam-se os parasitas, as decompositoras de matéria
orgânica e as que obtêm matéria orgânica de outros seres vivos, com os
quais se associam sem prejudicá-los;
Autótrofas, existem espécies que produzem matéria orgânica por
fotossíntese e outras que produzem por quimiossíntese.
Morfologia:
Formas de cocos (esféricas) – é o grupo de bactérias mais homogêneo em
relação ao tamanho. Os cocos tomam denominações diferentes de acordo
com o seu arranjo;
Micrococos – cocos.
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Infec es Bacterianas 🌵ções Bacterianas 🌵

Objetivo 01: Compreender e caracterizar as bactérias ● São procariontes; ● Não possuem membrana nuclear (carioteca) e estruturas membranosas intracelulares organizadas - Cromossomo único, circular, sem histonas; ● São divididas em dois grupos: Eubactérias e Arqueobactérias; ● Parede celular: Presente e complexa bioquimicamente (parede celular bacteriana típica apresenta peptidoglicano); ● Ribossomos distribuídos pelo citoplasma; ● Tamanho variável: 0,1 – 0,2 m 5,0 mm (micrômetro) ● Divisão Celular: Fissão binária. ● As bactérias apresentam grande diversidade metabólica ○ Heterótrofas: destacam-se os parasitas, as decompositoras de matéria orgânica e as que obtêm matéria orgânica de outros seres vivos, com os quais se associam sem prejudicá-los; ○ Autótrofas, existem espécies que produzem matéria orgânica por fotossíntese e outras que produzem por quimiossíntese. ● Morfologia: ○ Formas de cocos (esféricas) – é o grupo de bactérias mais homogêneo em relação ao tamanho. Os cocos tomam denominações diferentes de acordo com o seu arranjo; ■ Micrococos – cocos.

■ Diplococos – cocos agrupados aos pares. ■ Tétrades – agrupamentos de quatro cocos. ■ Sarcina – agrupamentos de oito cocos em forma cúbica. ■ Estreptococos – cocos agrupados em cadeias. ■ Estafilococos – cocos agrupados em grupos irregulares, lembrando cachos de uva. ○ Forma de bastonete – são células cilíndricas em forma de bastonete; apresentam grande variação na forma e no tamanho entre gêneros e espécies; ○ Formas espiraladas – caracterizadas por células em espiral; ■ Espirilos – possuem corpo rígido e movem-se à custa de flagelos externos. Ex.: Gênero Aquaspirillium. ■ Espiroquetas – são flexíveis e locomovem-se geralmente por contrações do citoplasma, podendo dar várias voltas completas em torno do próprio eixo. Ex.: Gênero Treponema. ○ Morfologia de transição: ■ Bacilos muito curtos: cocobacilo; ■ Unidades celulares que se assemelham a uma vírgula: vibrião. ● Parede Celular: peptidoglicanos, é barreira de proteção contra determinados agentes químicos e físicos externos e funciona como suporte de antígenos somáticos bacterianos. ○ Gram-positivas é composta basicamente por peptidoglicano, que constitui uma espessa camada ao redor da célula. Outros polímeros, tais como ácidos lipoteicóicos e polissacarídeos, também podem estar presentes nessa camada; ○ Gram-negativas o peptideoglicano constitui uma camada basal delgada, sobre a qual se encontra outra camada, denominada membrana externa que é composta por lipoproteínas, fosfolipídios, proteínas e lipopolissacarídeos. ● Flagelos:

● Transformação – incorporação de fragmentos de DNA perdidos por outra bactéria que se rompeu. Esse mecanismo demonstra formalmente que o DNA é a base química da hereditariedade. ● Conjugação – duas células bacterianas geneticamente diferentes trocam DNA através de pêlo sexual.

● Transdução – moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria para outra usando os vírus como vetores (bacteriófagos). Quando o bacteriófago entra numa célula bacteriana, o DNA do vírus mistura-se com uma parte do DNA bacteriano, de modo que o vírus passa a carregar essa parte do DNA. Se o vírus infecta uma segunda bactéria, o DNA da primeira pode misturar-se com o DNA da segunda. Essa nova informação genética é então replicada a cada nova divisão. Objetivo 02: Conhecer a Microbiota Humana

Da pele:

● Microbiota residente constante e bem definida; ● Pode ser modificada em diferentes áreas anatômicas por secreções, uso habitual de roupas ou proximidade de membranas mucosas (boca, nariz e área perineal) ● Componentes: ○ Bacilos difteróides aeróbios e anaeróbios (p. ex., Corynebacterium, Propionibacterium);

● A composição da microbiota pulmonar é moldada primeiramente pelo ambiente: clima, zona geográfica, a área onde vive e a exposição a animais domésticos, entre outros, mas tem também muitas semelhanças com a microbiota intestinal. ● Os fatores que podem diminuir a diversidade bacteriana e levar a desequilíbrios na microbiota respiratória: alguns estão relacionados com o corpo (defesas imunitárias reuzidas, tosse, etc.), outros com o ambiente (tabaco, infecções virais, tratamento com antibióticos, etc.) ● Um desequilíbrio (disbiose) na microbiota pulmonar pode levar ao aparecimento de bactérias e fungos patogénicos e contribuir para o desenvolvimento de doenças respiratórias crónicas, como a asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). PLUS: Neonatos (recém nascidos) são inicialmente colonizados por uma comunidade microbiana simples e indiferenciada nos vários habitats do seu corpo, independente do tipo de parto realizado. Nos primeiros estágios (menos de 5 minutos após o parto) a microbiota é homogeneamente distribuída pelo corpo. A composição da microbiota normal de neonatos nascidos por parto normal é semelhante à microbiota vaginal das mães , enquanto neonatos nascidos de cesária raramente apresentam na composição de sua microbiota microrganismos vaginais (p. ex. Lactobacillus, Prevotella, Atopobium e Sneathia spp.). Esses neonatos são colonizados nos diferentes habitats do seu corpo por microrganismos da pele de suas mães (p. ex. Staphylococcus, Corynebacterium e Proprionibacterium spp.) No decorrer de 4 a 12 horas após o nascimento, os estreptococos viridans estabelecem-se como membros mais proeminentes da microbiota residente e assim permanecem por toda a vida. Provavelmente, originam-se das vias respiratórias da mãe e

dos atendentes. No início da vida, aparecem estafilococos aeróbios e anaeróbios, diplococos gram-negativos (Neisseria, Moraxella catarrhalis ), difteroides e lactobacilos ocasionais. Na faringe e na traqueia, verifica-se o estabelecimento de uma microbiota semelhante, enquanto poucas bactérias são encontradas nos brônquios normais. Os bronquíolos e alvéolos são normalmente estéreis. Os microrganismos predominantes nas vias respiratórias superiores, em particular na faringe, consistem em estreptococos não hemolíticos e a-hemolíticos, bem como neisserias. Também são observados estafilococos, difteroides, Haemophilus, pneumococos, Mycoplasma e Prevotella.

Do trato gastrointestinal:

Na boca garante um papel importante na placa dental e na cárie. Em seguida, a decomposição da dentina e do cemento da superfície radicular exposta envolve a digestão bacteriana da matriz proteica. O S. mutans é considerado o microrganismo predominante na iniciação da cárie, porém múltiplos membros do biofilme dental participam na evolução dessa lesão, incluindo outros Streptococcus ( S. sobrinus, S. sanguinis e S. salivarius), Lactobacillus (L. acidophilus, L casei) e Actinomyces (A. viscosis e A. naeslundii). SIM A PRÓPRIA FLORA DA BOCA QUE CAUSA AS CÁRIES O esôfago contém microrganismos transportados pela saliva e pelos alimentos. Por conta do pouco trânsito alimentar nesse segmento do trato gastrointestinal, o esôfago possui pouca proliferação bacteriana associada. O estômago possui nível mínimo de microorganismos - pelo seu pH, a não ser que a obstrução do piloro favoreça a proliferação de cocos e bacilos gram-positivos. Das centenas de filotipos detectados no estômago humano, somente o Helicobacter pylori persiste nesse ambiente. O pH ácido normal do estômago protege acentuadamente o indivíduo contra infecções por alguns patógenos entéricos (p. ex., o Vibrio cholerae). A administração de antiácidos, antagonistas de receptor H2 e inibidores de bomba de prótons para úlcera péptica e refluxo gastresofágico resulta em acentuado aumento da microbiota do estômago, inclusive muitos microrganismos em geral prevalentes nas fezes. No intestino delgado a população microbiana associada à mucosa inclui os filos Bacteroidetes e Clostridiales, enquanto no lúmen incluem membros do filo Enterobacteriales e Enterococcus. No colo sigmóide e no reto as bactérias constituem 60% da massa fecal. Os anaeróbios são predominantes sobre os organismos facultativos em uma proporção de 1.000 para 1. Na diarreia o conteúdo de bactérias pode diminuir acentuadamente, ao passo que a contagem aumenta na estase intestinal. No colo normal do adulto, 96 a 99% da microbiota residente consistem em anaeróbios.

intestino, e os lactobacilos são menos proeminentes. À medida que os hábitos alimentares evoluem para o padrão do adulto, a microbiota intestinal modifica-se. A dieta exerce acentuada influência sobre a composição relativa das microbiotas intestinal e fecal. O intestino dos neonatos em berçários de tratamento intensivo tende a ser colonizado por Enterobacteriaceae, como, por exemplo, Klebsiella, Citrobacter e Enterobacter.

Do trato genitourinário:

O trato urinário , dos rins ao meato uretral, é normalmente estéril e resistente à colonização bacteriana apesar da contaminação frequente da uretra distal com bactérias colônicas. A válvula vesicoureteral e várias barreiras mucosas e imunológicas garantem a esterilidade. A uretra anterior de ambos os sexos contém um pequeno número dos mesmos tipos de microrganismos encontrados na pele e no períneo. Esses microrganismos aparecem regularmente na urina normal eliminada em números de 10^2 a 10^4/mL. Pouco depois do nascimento, aparecem na vagina lactobacilos aeróbios que persistem enquanto o pH permanece ácido (várias semanas). Quando o pH se torna neutro (permanecendo assim até a puberdade), verifica-se a presença de uma microbiota mista de cocos e bacilos. Na puberdade, os lactobacilos aeróbios e anaeróbios reaparecem em grande número e contribuem para manutenção do pH ácido com a produção de ácido a partir de carboidratos, em particular glicogênio. Trata-se aparentemente de um mecanismo importante para evitar o estabelecimento, na vagina, de outros microrganismos possivelmente prejudiciais. Após a menopausa, o número de lactobacilos novamente diminui, e reaparece uma microbiota mista. A microbiota normal da vagina inclui os estreptococos do grupo B em aproximadamente 25% das mulheres no período da gravidez. A microbiota vaginal normal também inclui estreptococos a-hemolíticos, estreptococos anaeróbios (peptoestreptococos), espécies de Prevotella, Clostridium, Gardnerella vaginalis, Ureaplasma urealyticum e, mais raramente, espécies de Listeria ou Mobiluncus. O muco cervical tem atividade antibacteriana e contém lisozima. PLUS: Em algumas mulheres, o intróito vaginal contém uma microbiota densa que se assemelha à microbiota do períneo e da área perineal, o que pode constituir um fator predisponente nas infecções recorrentes do trato urinário. Objetivo 03: Elucidar o mecanismo de patogenicidade das bactérias (transmissão, evasão,...) A patogênese da infecção bacteriana abrange o início do processo infeccioso e os mecanismos que levam ao aparecimento dos sinais e sintomas da doença. ● Primária (normalmente não fazem parte da microbiota); ● Oportunistas (presentes onde normalmente não ocorrem ou também quando coloniza indivíduos imunocomprometidos ou em idades extremas);

Objetivo 04: Descrever as infecções dos casos debatidos (Infecção Urinária e Gonorréia)

Infecção Urinária

Causada pela E. Coli (80%) e por outras enterobactérias (Proteus, Klebsiella,etc) Tipos de Infecção Urinária IU Baixas (cistite e uretrite - a segunda é mais em homens, pode ser confundida com a gonorreia): mais comuns, benignas e, possivelmente, assintomática. IU Alta (pielonefrite): Envolve a pelve e parênquima renal. Grave, maior repercussão sistêmica. Toda pielonefrite deixa cicatrizes por cura que com sua repetição ao longo da vida, podem evoluir para insuficiência renal grave, lesão renal progressiva, sepse, choque e morte. IU não complicada (90%): quando não há história prévia de anormalidades nefrourológicas, doença sistêmica ou fator predisponente. Resposta rápida e sem complicações. Mais comum. Mais em mulheres saudáveis. IU complicada (10%): caso com uropatia obstrutiva ou funcional, nefropatia ou comorbidades e condições clínicas. Tratamento prolongado (10-14 dias) pelo maior risco de falha e complicações. Sintomas: ● da Cistite: polaciúria, disúria, incontinência urinária, algúria no fim da micção, sensação de micção incompleta, urina turva, vermelha ou fétida, dor e sensibilidade suprapúbica, urgência miccional e estado afebril; - autolimitada, mesmo sem tratamento ● da Uretrite: prurido uretral, disúria, dor e ador ao urinar, dor ou ador no meato uretral, pus no meato uretral, urina turva ou fétida;; inflamação, edema; - mais em homens ● da Pielonefrite: náusea, vômitos, febre alta, calafrio, dor (flanco, suprapúbica), choque, hipertensão, mal-estar, disúria e algúria totais, toxemia e prostração ○ Pielonefrite crônica: desânimo, fraqueza, mal-estar, febre baixa, perda de peso e anemia, pode haver hipertensão e insuficiência renal. Exames Laboratoriais: piúria e bacteriúria Exame de Urina ● Leucocitúria ● Bacterioscopia Direta "Gram de gota" ● Esterase leucocitária ● Nitrito Positivo ● Proteinúria ● Hematúria ● Sedimentoscopia

O período de incubação, que vai desde a relação desprotegida, sem preservativo,

até as primeiras manifestações, às vezes, é de 24 horas. Por isso, uma das

maneiras de fazer o diagnóstico clínico da doença é perguntar quanto tempo depois

da relação apareceu a lesão e se a secreção lembra pus e está manchando as

roupas intimas.

EVOLUÇÃO

A evolução natural da doença não é muito comum em nosso meio, porque as

pessoas recorrem muito à automedicação. De qualquer forma, não tratar ou seguir

um tratamento inadequado tem as mesmas consequências. No genital masculino, a

bactéria pode transferir-se para o testículo e o epidídimo, órgãos localizados na

bolsa escrotal. Inflamação ou infecção nos canais que formam o epidídimo podem

obstruí-lo e chegar ao extremo de causar esterilidade. Antes disso, como aparece

um edema (inchaço) de testículo, as queixas são que ele está maior, está quente e

dolorido. Dor, calor e edema são sinais de inflamação.

O quadro é mais grave nas mulheres, porque a infecção que acomete o canal

vaginal pode atingir o útero, subir pelas tubas uterinas e comprometer os ovários.

Como consequência, além da agressão aos ovários, o processo inflamatório pode

obstruir as tubas levando à infertilidade, ou causar sua ruptura, provocando uma

doença inflamatória da pélvis que é extremamente grave e pode levar ao óbito.

OUTRAS COMPLICAÇÕES

A doença que a bactéria da gonorreia provoca pode entrar na corrente sanguínea e

atingir uma única articulação, por exemplo, o cotovelo, o joelho, o tornozelo, etc. As

grandes articulações. Entre todas, porém, o joelho é um dos locais prediletos para

esse tipo de comprometimento. Quando a complicação se instala, lembra a imagem

do testículo acometido pela doença e adquire os sinais característicos da

inflamação: eritema (vermelhidão), dor e inchaço (edema).

Uma vez na corrente sanguínea, a gonorreia pode manifestar-se sob a forma de

feridas na pele dos órgãos genitais. É a gonorreia cutânea. Na mulher, essa

infecção provoca bartolinite, isto é, edema nas glândulas de Bartolin, localizadas

junto aos pequenos lábios, o que deforma o genital.

Se ela estiver grávida, a criança pode ser infectada ao passar pelo canal do parto e

desenvolver oftalmia gonocócica, enfermidade que não diagnosticada a tempo,

pode promover a perda do olho e atingir a massa encefálica, levando à

meningoencefalite e ao óbito.

O portador de gonorreia pode levar a infecção para outras áreas do corpo, desde

que toque com as mãos a secreção purulenta?

Luiz Jorge Fagundes – Pode contaminar os olhos, pode contaminar a boca. Mas

essa não é a única maneira de disseminar a infecção. A prática de sexo oral e de

sexo anal pode levar a bactéria para a região anal e da orofaringe. A inoculação

direta nessas áreas provoca processo inflamatório semelhante ao descrito nas tubas

uterinas e no epidídimo, que resulta em obstrução do canal anal (muitas vezes há

necessidade de cirurgia para desobstruí-lo) e alterações da voz, por causa da

agressão intensa na faringe e na laringe.

EXAME DIAGNÓSTICO

colhe-se o material diretamente do canal da urina. É um exame rápido – em 15

minutos, está pronto o resultado – barato e indolor, mas importantíssimo para definir

o agente etiológico.

O exame de cultura tem utilidade na gonorreia feminina, porque as mulheres são

assintomáticas. Muitas vezes, a Neisseria Gonorrheae não aparece no exame

direto, mas aparece na cultura.

A cultura é importante também quando a queixa é de pus na garganta e o paciente

praticou sexo oral. Como a Neisseria catarralis pode acometer a garganta e

provocar esse sintoma, é preciso diferenciá-la da bactéria da gonorreia

DIAGNÓSTICO

Por isso, uma das maneiras de fazer o diagnóstico clínico da doença é perguntar

quanto tempo depois da relação sexual apareceu a lesão, se a secreção lembra pus

e está manchando as roupas íntimas.

O histórico do paciente acompanhado do exame clínico pode definir o diagnóstico e

a comprovação é feita através de exames laboratoriais específicos que analisam a

secreção.

Normalmente, não se colhe o pus que é eliminado, porque esse já sofreu a ação de

enzimas e nem sempre contém bactérias. Despreza-se esse primeiro pus e colhe-se

o material diretamente da uretra, normalmente solicitando previamente que o

paciente fique sem urinar por pelo menos 2 horas. É um exame rápido — em 15

minutos, está pronto o resultado — barato e indolor, mas importantíssimo para

definir o agente etiológico da doença.

Como é frequente a infecção por mais de um agente, podem ser colhidas na mesma

oportunidade amostras de sangue e fluidos para outros exames.

TRATAMENTO

A penicilina benzatina usada no passado já não mata mais a Neisseria gonorrheae,

porque a automedicação foi selecionando cepas cada vez mais resistentes. Por

isso, atualmente, utiliza-se em geral uma injeção de ceftriaxona e azitromicina em

dose única assistida, ou seja, o paciente toma o remédio na frente do médico.

Outras combinações podem ser realizadas de acordo com cada caso.

É muito importante avisar todos os parceiros sexuais que tiveram contato com a

pessoa infectada nos últimos 60 dias para que sejam testadas e, em caso positivo,

façam o tratamento. Quem teve contato sexual com pacientes nas últimas 2

semanas deve realizar tratamento mesmo sem apresentar sintomas.

O tratamento da gonorreia é simples, barato e está disponível gratuitamente na

maioria dos postos de saúde.