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Biossegurança em Laboratórios de Saúde: Procedimentos e Medidas de Prevenção, Notas de aula de Odontologia

Este documento aborda a biossegurança em laboratórios de ensino e pesquisa na área de saúde, destacando os cuidados a serem tomados e medidas para minimizar a exposição a riscos que afetam a saúde de profissionais e estudantes. A biossegurança visa criar um ambiente de trabalho seguro, promovendo a contenção do risco de exposição a agentes potencialmente nocivos. São discutidas as práticas microbiológicas seguras, o uso adequado de equipamentos de segurança, a proteção do ambiente externo e as rotinas de trabalho, como descarte de resíduos, limpeza e desinfecção.

O que você vai aprender

  • Quais são as práticas microbiológicas seguras para obter contenção primária em laboratórios?
  • Como a biossegurança promove a contenção do risco de exposição a agentes nocivos em laboratórios?
  • Quais são os riscos físicos e químicos presentes em laboratórios de saúde?
  • Como a contenção secundária protege o ambiente externo em laboratórios?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 13/03/2022

odontofisio
odontofisio 🇧🇷

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BIOSSEGURANÇA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
em laboratórios
Prof. Dr. Natalino Salgado Filho
REITOR
Prof. Dr. Antonio José Silva Oliveira
VICE-REITOR
Maria Elisa Cantanhede Lago Braga Borges
PRÓ-REITORA DE RECURSOS HUMANOS
Carla Magalhães de Souza Gaspar
DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE PESSOAS
Márcia Teixeira Marques
COORDENADORA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO SERVIDOR
Ronaldo Doering Mota
DIRETOR DO SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
Elaboração:
SESMT - UFMA
Universidade Federal do Maranhão
Av. dos Portugueses, s/n – Campus Bacanga – Edifício Castelo Branco – 65080-40 São Luís - MA
www.prh.ufma.br/5s
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BIOSSEGURANÇA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

em laboratórios

Prof. Dr. Natalino Salgado Filho REITOR Prof. Dr. Antonio José Silva Oliveira VICE-REITOR Maria Elisa Cantanhede Lago Braga Borges PRÓ-REITORA DE RECURSOS HUMANOS Carla Magalhães de Souza Gaspar DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE PESSOAS Márcia Teixeira Marques COORDENADORA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO SERVIDOR Ronaldo Doering Mota DIRETOR DO SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Elaboração: SESMT - UFMA

Universidade Federal do Maranhão Av. dos Portugueses, s/n – Campus Bacanga – Edifício Castelo Branco – 65080-40 São Luís - MA www.prh.ufma.br/5s

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. PRINCÍPIOS DA BIOSSEGURANÇA
3. TIPOS DE RISCOS
4. MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTES DE RISCOS
4.1 BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO
4.2 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
4.3 ESTRUTURA FÍSICA DO LABORATÓRIO
5. SEGURANÇA QUÍMICA EM LABORATÓRIOS

6. PRIMEIROS SOCORROS

7. INCÊNDIOS NO LABORATÓRIO

8. PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

Ambientes laboratoriais são locais que podem expor as pessoas que nele trabalham ou circulam a riscos de diversas origens. Os laboratórios de ensino e pesquisa têm características diferentes de outros, devido principalmente a grande rotatividade de professores, pesquisadores, estagiários, alunos de graduação e pós-graduação, além da variabilidade de atividades desenvolvidas. A manipulação de produtos químicos, microorganismos e parasitas com risco de infectividade e morbidade é bastante variada, sobretudo nos laboratórios de ensino na área de saúde. A Biossegurança por ser um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos, é de fundamental importância em laboratórios de ensino e pesquisa. Portanto, neste material serão abordados cuidados que devem ser tomados e medidas que reduzem ao máximo a exposição aos riscos que afetam a saúde de profissionais e estudantes, que estão em contato com equipamentos, substâncias químicas e espécimes biológicos em laboratórios.

RISCOS DE ACIDENTES

Considera-se riscos de acidentes qualquer fator que coloque o trabalhador ou aluno em situação de perigo e possa afetar sua integridade e bem estar físico. São exemplos de riscos de acidentes: equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico e armazenamento inadequados, etc.

RISCOS QUÍMICOS

Consideram-se agentes de riscos químicos os produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. A classificação das substâncias químicas, gases, líquidos ou sólidos devem ser conhecidas por seus manipuladores. Nesse aspecto, tem-se solventes orgânicos, explosivos, irritantes, voláteis, cáusticos, corrosivos e tóxicos. Eles devem ser manipulados de forma adequada em locais que permitam ao operador a segurança pessoal e do meio ambiente, além dos cuidados com o descarte dessas substâncias.

RISCOS ERGONÔMICOS

Considera-se riscos ergonômicos qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. Tais riscos referem-se as condições dos projetos dos laboratórios como a distância em relação à altura dos balcões, cadeiras, prateleiras, gaveteiros, capelas, circulação e obstrução de áreas de trabalho. Os espaços devem ser adequados para a execução de trabalhos, limpeza e manutenção, garantindo o menor risco possível de choques acidentais.

4. MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTES DE RISCOS
4.1. BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO (BPL):

Todo pessoal de laboratório deve:

 Conhecer os riscos biológicos, químicos, radioativos, tóxicos e ergonômicos com os quais se tem contato no laboratório;  Ser treinado e aprender as precauções e procedimentos de biossegurança;  Seguir as regras de biossegurança;  Evitar trabalhar sozinho com material infeccioso. Uma segunda pessoa deve estar acessível para auxiliar em caso de acidente;  Ser protegido por imunização apropriada quando disponível;  Manter o laboratório limpo e arrumado, devendo evitar o armazenamento de materiais não pertinentes ao trabalho do laboratório;  Limitar o acesso aos laboratórios. Não permitir crianças no laboratório. Esclarecer mulheres grávidas ou indivíduos imunocomprometidos que trabalham ou entram no laboratório quanto aos riscos biológicos;

 Manter a porta do laboratório fechada;  Usar roupas protetoras de laboratório (uniformes, aventais, jalecos, máscaras), que devem estar disponíveis e serem usadas inclusive por visitantes;  Usar luvas sempre que manusear material biológico. As luvas devem ser usadas em todos os procedimentos que envolverem o contato direto da pele com toxinas, sangue, materiais infecciosos ou animais infectados. Anéis ou outros adereços de mão que interferem o uso da luva devem ser retirados. As luvas devem ser removidas com cuidado para evitar a formação de aerossóis e descontaminadas antes de serem descartadas. Trocar de luvas ao trocar de material. Não tocar o rosto com as luvas de trabalho. Não tocar com as luvas de trabalho em nada que possa ser manipulado sem proteção, tais como maçanetas, interruptores, etc. Não descartar luvas em lixeiras de áreas administrativas, banheiros, etc.;  Retirar o jaleco ou avental antes de sair do laboratório. Aventais devem ter seu uso restrito ao laboratório. Não devem ser usados em áreas não laboratoriais tais como áreas administrativas, biblioteca, cantina, etc.;  Não usar sapatos abertos;  Usar óculos de segurança, visores ou outros equipamentos de proteção facial sempre que houver risco de espirrar material infectante ou de contusão com algum objeto;  Não aplicar cosméticos;  Não retirar canetas ou qualquer outro instrumento do laboratório sem descontaminar antes;

 Colocar todo o material com contaminação biológica em recipientes com tampa e a prova de vazamento, antes de removê-los de uma seção para outra do laboratório;  Descontaminar por autoclavação ou por desinfecção química, todo o material com contaminação biológica;  Descontaminar todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção;  Saber a localização do mais próximo lava olhos, chuveiro de segurança e extintor de incêndio. Saber como usá-los;  Manter preso em local seguro todos os cilindros de gás, fora da área do laboratório e longe do fogo;  Ao sair do laboratório, verificar se tudo está em ordem.Caso for o último ao sair, desligar os equipamentos e as luzes, exceto quando indicado pelas normas do Laboratório.  Estabelecer normas de PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRAO (POP), para todas as seções. Este POP tem por finalidade estabelecer regras para a melhoria da qualidade de trabalho dentro de um laboratório. Trata-se de um protocolo que descreve cada atividade realizada dentro do laboratório, desde a utilização dos materiais até normas de biossegurança. Faz-se necessário ressaltar que dentro das responsabilidades do POP estão também descritos os resíduos gerados e qual a procedência de seu descarte  Todo novo funcionário ou estagiário deve ter treinamento e o r i e n t a ç ã o e s p e c í fi c a s o b r e B O A S P R Á T I C A S LABORATORIAIS e PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA aplicados ao trabalho que irá desenvolver.

LUVAS:

Devem ser usadas em todos os procedimentos com exposição a sangue, hemoderivados e fluidos orgânicos. Luvas apropriadas para manipulação de objetos em temperaturas altas ou baixas devem estar disponíveis nos locais onde tais procedimentos são realizados. Em casos de acidente, luvas grossas de borracha devem ser usadas nos procedimentos de limpeza e na retirada de fragmentos cortantes do chão ou de equipamentos, com auxílio de pá e escova. Luvas de material adequado devem ser utilizadas na manipulação de substâncias químicas perigosas NÃO usar luvas fora da área de trabalho.

4.2 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

Equipamento de Proteção Individual - EPI

Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, não sendo adequado o uso coletivo por questões de segurança e higiene. Sua função é prevenir ou limitar o contato entre o operador e o material infectante. A maioria dos EPIs, se usados adequadamente promovem também uma contenção da dispersão de agentes infecciosos no ambiente, facilitando a preservação da limpeza do laboratório. A utilização dos EPIs encontra-se regulamentada pelo MTE através da NR-6, em que estão definidas as obrigações do empregador e do empregado.

O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS porque elas podem ter pequenos orifícios inaparentes ou danificar-se durante o uso, podendo contaminar as mãos quando removidas

Tecnica de Lavagem das Mãos

Abrir a torneira e molhar as mãos,evitando encostar-se na pia; 2

Aplicar na palma da mão quantidadesuficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos(seguir a quantidade recomendada pelo fabricante);

Ensaboar as palmas das mãos,friccionando-as entre si;

Esfregar a palma da mão direita contrao dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa;

Entrelaçar os dedos e friccionaros espaços interdigitais; 6

Esfregar o dorso dos dedos deuma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos,com movimento de vai-e-vem e vice-versa;

Esfregar o polegar direito, com oauxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular evice-versa;

Friccionar as polpas digitais eunhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechadaem concha, fazendo movimento circular e vice-versa;

Esfregar o punho esquerdo, com oauxílio da palma da mão direita, utilizandovice-versa; movimento circular e

Enxaguar as mãos, retirandoos resíduos de sabonete. Secar as mãos com papel toalhadescartável, iniciando pelas Evitar contato direto das mãosensaboadas com a torneira. mãos e seguindo pelos punhos.N o c a s o d e t o r n e i r a s c o m contato manual para fechamento,sempre utilize papel toalha.

Procedimento correto para uso da Capela Química:

 Fechar as portas do laboratório;

 Usar jaleco de manga longa, máscara e luvas quando

necessário;

 Colocar os equipamentos, meios, vidraria, etc. no plano de

atividade da área de trabalho;

 Minimizar os movimentos dentro da cabine;

 Colocar os recipientes para descarte de material no fundo da

área de trabalho ou lateralmente (câmaras laterais, também,

são usadas);

 Usar pipetador automático;

 Conduzir as manipulações no centro da área de trabalho;

 Interromper as atividades dentro da cabine enquanto

equipamentos como centrífugas, misturadores ou outros

equipamentos estiverem sendo operados;

 Deixar a cabine ligada de 15 a 20 minutos antes de

desligá-la;

 Não introduzir na cabine objetos que causem turbulência;

 A cabine não é um depósito, evite guardar equipamentos ou

quaisquer outras coisas no seu interior , mantendo as grelhas

anteriores e posteriores desobstruídas;

 Jamais introduzir a cabeça na cabine;

 A projeção de líquidos e sólidos contra o filtro deve ser evitada;

 Papéis presos no painel de vidro ou acrílico da cabine

limitará o campo de visão do usuário e diminuirá a intensidade

de luz podendo causar acidentes;

LAVA OLHOS

D i s p o s i t i v o f o r m a d o p o r d o i s pequenos chuveiros de média pressão acoplados a uma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode fazer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular.

CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA

Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão e cotovelos. Deve estar localizado em local de fácil acesso.

EXTINTOR DE INCÊNDIO

Os extintores são utilizados para acidentes envolvendo fogo. Podem ser de vários tipos, dependendo do material envolvido no incêndio.

4.3 ESTRUTURA FÍSICA DO LABORATÓRIO

 O laboratório deve ser amplo para permitir o trabalho com segurança e para facilitar a limpeza e manutenção;  Paredes, tetos e chão devem ser fáceis de limpar, impermeáveis a líquidos e resistentes aos agentes químicos propostos para sua limpeza e desinfecção;  Cada laboratório deverá conter uma pia para lavagem das mãos que funcionem automaticamente ou que sejam acionadas com o pé ou com o joelho;  É recomendável que a superfície das bancadas seja impermeável à água e resistente ao calor moderado e aos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e substâncias químicas usadas para a descontaminação da superfície de trabalho;  Os móveis do laboratório deverão ser capazes de suportar cargas e usos previstos. As cadeiras e outros móveis utilizados devem ser cobertos com material que não seja tecido e que possa ser facilmente descontaminado;  Os espaços entre as bancadas, cabines e equipamentos deverão ser suficientes de modo a permitir fácil acesso para limpeza;

 Se o laboratório possuir janelas que se abram para o exterior, estas deverão conter telas de proteção contra insetos;  Iluminação deve ser adequada para todas as atividades;  Os materiais de uso diário podem ficar em estoque pequeno dentro do laboratório, porém nunca sobre as bancadas. O restante do material de consumo deve ser estocado em área própria, fora das dependências do laboratório;  Autoclave deve estar disponível no mesmo prédio dos laboratórios;  A área destinada à guarda de objetos pessoais e ao armazenamento de alimentos para consumo diário, deve estar fora do laboratório;  Em caso de falta de energia elétrica, setores que dispõem de freezer, câmaras frias e fluxos laminares que necessitam ficar continuamente ligados, devem ter geradores que se ligam automaticamente;  As áreas do ambiente de laboratório devem ser adequadamente sinalizadas de forma a facilitar a orientação dos usuários, advertir quanto aos riscos existentes e restringir o acesso de pessoas não autorizadas.

5. SEGURANÇA QUÍMICA EM LABORATÓRIOS

Para evitar ou minimizar os riscos de acidentes com reagentes químicos é necessário adotar, além das normas básicas de segurança para laboratório, as precauções específicas descritas a seguir:

 Antes de manusear um produto químico é necessário conhecer suas propriedades e o grau de risco a que se está exposto;

A FISPQ deverá informar, no mínimo: a) as características do produto: usos, propriedades físicas e químicas, formas de estocagem; b) os riscos: toxicologia, incêndio e/ou explosão; c) as medidas de proteção: coletiva, individual; d) as informações para o descarte seguro. É recomendável que essa ficha seja disponibilizada em uma pasta de fácil acesso a todos os que manipulam tais substâncias. A partir das informações constantes na FISPQ, pode-se saber como manipular, estocar, transportar adequadamente o reagente, assim como descartar corretamente os resíduos do produto.

6. PRIMEIROS SOCORROS

Os primeiros socorros devem ser ministrados o mais próximo possível do momento do acidente, sendo que, dependendo da gravidade, o acidentado deverá ser encaminhado ao hospital mais próximo, imediatamente.

Acidentes com exposição da pele a produtos químicos

 Lavar todas as áreas do corpo afetadas por 15 a 20 minutos com água corrente;  Não use sabão ou detergente até verificar as normas de risco e segurança do reagente em questão;  Encaminhar a pessoa ao hospital se a irritação persistir, se houver um dano aparente ou se as normas de segurança do produto assim exigirem.

Acidentes com exposição dos olhos a produtos químicos

 Lavar os olhos durante 15 a 20 minutos em água corrente. Manter os olhos abertos enquanto se efetua a lavagem;  Sempre procurar atendimento médico no hospital em caso de exposição dos olhos a materiais perigosos. Um lava-olhos e um chuveiro de emergência devem estar acessíveis nos laboratórios onde reagentes perigosos para a pele e os olhos são usados. Os funcionários devem estar a menos de 25 m e devem atravessar no máximo uma porta para chegar ao local onde estejam o lava-olhos e o chuveiro de emergência.

Acidentes por ingestão de produtos químicos

 Bochechar com água, sem ingerir, se a contaminação for apenas bucal;  Caso tenha havido ingestão, beber água ou leite em abundância;  Se necessário, provocar vômito pela estimulação mecânica da faringe;  Jamais provocar vômitos se o acidentado estiver desacordado, ou se ingerir substância corrosiva, cáustica ou volátil;  Deslocar rapidamente o acidentado para o hospital.

Acidentes com material perfurocortante ou material biológico

 Lavar exaustivamente com água e sabão o ferimento ou a pele exposta ao sangue ou líquido orgânico;  Lavar as mucosas com soro fisiológico ou água em abundância;  Não provocar maior sangramento do local ferido e não aumentar a área lesada, a fim de minimizar a exposição ao material infectante;

 O uso de anti-sépticos tópicos do tipo PVPI ou álcool 70% pode ser adotado.

7 INCÊNDIOS NO LABORATÓRIO

Antes de utilizar qualquer reagente químico, os funcionários do laboratório devem familiarizar-se com os riscos potenciais de incêndio associados a esse reagente. Estas informações podem ser encontradas nas especificações do reagente. As informações devem incluir produtos de decomposição, temperaturas críticas e o tipo de equipamento mais indicado para conter o incêndio se porventura o reagente pegar fogo.

Classes de Incêndios

Classe A – combustíveis comuns como madeira, papel, tecidos, plásticos, etc. Classe B – líquidos combustíveis e inflamáveis; Classe C – fogo em equipamentos elétricos;

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO - CO 2  Indicado para incêndios de classe "C“ e “B” e sem grande eficiência para a classe "A".  Não possui contra-indicação. Modo de usar:  Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o difusor para a base do fogo.  Não toque no difusor, poderá congelar e "colar" na pele causando lesões. Processo de extinção do fogo: Abafamento.

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA

 Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe "A".  Contra-indicado para as classes "B" e "C". Modo de usar:  Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. Processo de extinção do fogo: Resfriamento.

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO - PQS

 Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “B”, "C" e sem grande eficiência para a classe "A".  Não possui contra-indicação. Modo de usar:  Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. Processo de extinção do fogo: Abafamento.

Os laboratórios devem estar equipados com um número suficiente de extintores de incêndio do tipo correto para ser usado nos materiais que estão sendo manipulados.

8 PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

Os objetivos da Prevenção de Combate a Incêndio é garantir a segurança à vida das pessoas que se encontram no interior do prédio,

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.204, de 20 de outubro de 2010. Aprova Norma Técnica de Biossegurança para Laboratórios de Saúde Pública. Brasília: Ministério da Saúde,2010.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria Nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora 32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Brasília, 2005

LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA - LACEN. Manual de Biossegurança. Secretaria do Estado de Saúde. Florianopólis, 2009.

OLIVEIRA, R. F. A. Caderno de Gestão da Segurança Química em Laboratórios. Associação Brasileira de Química. Rio de Janeiro,2011.

SOARES, L. F. P. Manual de Biossegurança. Laboratório da Área básica Universidade Católica de Goiás. Goiânia,2008.