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BOMBAS HIDRÁULICAS E MEDIÇÃO DE SISTEMAS HIDRÁULICOS, Resumos de Engenharia Mecânica

APLICAÇÃO DAS EM SISTEMAS HIDRÁULICOS, MEDIÇÃO DE SISTEMAS HIDRÁULICOS

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 21/11/2023

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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL
INSTITUTO NACIONAL DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
CENTRO POLIVALENTE DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
MANUAL
DE
BOMBAS HIDRÁULICAS
Elaborado por: Engº Emanuel QUILUNGO
Engº Domingos FILIPE
1ª Versão
Luanda 2021
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REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL INSTITUTO NACIONAL DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL CENTRO POLIVALENTE DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

MANUAL

DE

BOMBAS HIDRÁULICAS

Elaborado por: Engº Emanuel QUILUNGO

Engº Domingos FILIPE

1ª Versão Luanda 2021

Índice.

  1. Desmontagem e montagem da bomba de deslocamento positivo (engrenagem) Componentes Hidráulicos. ................................................. Erro! Marcador não definido. 8.1 Desmontagem da bomba de deslocamento positivo. Erro! Marcador não definido. e) Desmontagem da Caixa de Engrenagem ......................... Erro! Marcador não definido. 8.2 Montagem da Bomba (deslocamento positivo) ......... Erro! Marcador não definido.

Figura 44-Remoção do Rotor e da Cobertura da Bomba ............. Erro! Marcador não definido. Figura 45-Detalhe do ebaixamento .................................. Erro! Marcador não definido.

  • Bombas hidráulicas
    • 1 Introdução às bombas hidráulicas.
    • 1.2 Definição.
      1. Classificação das Máquinas Geratrizes ou Bombas
    • 2.1 Turbo bombas ou Bombas Dinâmicas
    • 2.2 Bombas Volumétricas ou de Deslocamento Positivo...............................................
      1. Classificação das Turbo bombas (dinâmica)
      • 3.1 Classificação segundo a trajetória do líquido no rotor
      • a. Bomba centrífuga pura ou radial
      • b. Bomba de fluxo misto ou bomba diagonal
      • 3.2 Classificação segundo o número de rotores empregados:
      • 3.3 Classificação segundo o número de entradas para a aspiração
      • 3.4 Aplicações e Limitações das Turbobombas
      • 3.4.1 Especificação do tipo Turbo bomba
    • Positivo. 4. Classificação e Características das bombas Volumétricas ou de Deslocamento
      1. Associação de bombas.
      • 5.1 Associação de bombas em paralelo......................................................................
      • 5.2 Associação de bombas em série
      1. Aplicação geral das bombas.
      • 6.1 Accionamento de Bombas.
      • 6.2 Tubulações e órgãos acessórios de bombas.
      • 6.3 Acessórios de bombas
      • 6.4 Válvulas
      1. Desmontagem e Montagem de turbobombas (Dinâmica).
      • 7.1 Desmontagem de turbobombas...........................................................................
      • 7.2 Procedimento para desmontagem da bomba.......................................................
      1. Bombas centrífugas quanto a sua construção, funcionamento e rotação. Erro! Marcador não definido.
    • 9.1 Rotação.
  • Figura 1-Bomba Hidráulica Lista de figuras.
  • Figura 2-construtiva de uma turbobomba
  • Figura 3-Bomba centrífuga pura ou radial
  • Figura 4-Bomba de fluxo misto ou bomba diagonal
  • Figura 5-Trajetória de uma partícula líquida numa bomba axial
  • Figura 6-Bomba axial ou propulsora
  • Figura 7-Bombas de simples estágio.........................................................................
  • Figura 8-instalação com bomba centrifuga de simples estagio
  • Figura 9-Bomba centrífuga de multiestágios.
  • Figura 10-instalação com bomba centrífuga multiestágios.
  • Figura 11-Bomba Friatec de simples sucção.
  • etc. Sistemas de abastecimento de água; combate a incêndio; sistemas de resfriamento,
  • Figura 13-Bomba alternativa de pistão
  • Figura 14-Bomba Alternativa de Diafragma
  • Figura 15-bomba de palhetas
  • Figura 16-Bomba de parafuso único
  • Figura 17-Bomba de Engrenagens Externas............................................................
  • Figura 18-Bombas de Engrenagem Interna
  • Figura 19-Associação de bombas em paralelo
  • Figura 20-Associação de bombas em série
  • Figura 21-Bombas Hidráulicas na Indústria
  • Figura 22-Parte electrica da bomba
  • Figura 23-Tubulações e órgãos acessórios de bombas
  • Figura 24-Crivo ou filtro de sucção
  • Figura 25-Registrador de vazão
  • Figura 26-Carcaça da bomba
  • Figura 27-Selo mecânico
  • Figura 28-Eixo de accionamento
  • Figura 29-Rolamento
  • Figura 30-Impelidor fechado
  • Figura 31-Impelidor semi aberto
  • Figura 32-Impelidor aberto
  • Figura 33-Caixa espiral (simples voluta)..................................................................
  • Figura 34-Difusor de palhetas diretrizes
  • Figura 35-Partes constituintes da bomba hidráulica
  • Figura 36-Válvula de pé ou de fundo de poço
  • Figura 37 Válvula de pé
  • Figura 38-Válvula de retenção
  • Figura 39-Válvula de gaveta
  • Figura 40-Válvula borboleta.....................................................................................
  • Figura 41-Válvula esfera...........................................................................................
  • Figura 42-Válvula Globo
  • Figura 43-Componentes da bomba

Figura 47-Remover assentos da vedação......................... Erro! Marcador não definido.

Figura 48-Remover assentos da vedação......................... Erro! Marcador não definido.

Figura 49-Remover a cobertura da caixa de engrenagem ............ Erro! Marcador não

definido.

Figura 50-Remover Plugue de Drenagem de Óleo.......... Erro! Marcador não definido.

Figura 51-Montagem de Bloqueio ................................... Erro! Marcador não definido.

Figura 52-Remover a Engrenagem e a Montagem de Bloqueio ... Erro! Marcador não

definido.

Figura 53-Remover parafusos ......................................... Erro! Marcador não definido.

Figura 54-Remover o eixo ................................................ Erro! Marcador não definido.

Figura 55-Remoção dos Mancias..................................... Erro! Marcador não definido.

Figura 56-Vedantes frontais ............................................ Erro! Marcador não definido.

Figura 57-Montagem dos mancais. ................................. Erro! Marcador não definido.

Figura 58-Montagem dos Mancais .................................. Erro! Marcador não definido.

Figura 59-Aplicação da graxa de mancal ........................ Erro! Marcador não definido.

Figura 60-Fixação da tampa de rosca ............................. Erro! Marcador não definido.

Figura 61-Verificação do torque ..................................... Erro! Marcador não definido.

Figura 62-Apertar os Parafusos de Aperto ..................... Erro! Marcador não definido.

Figura 63-Instalação da Vedação do Eixo ....................... Erro! Marcador não definido.

Figura 64-Instalação da Vedação do Eixo ....................... Erro! Marcador não definido.

Figura 65-instalação do corpo ......................................... Erro! Marcador não definido.

Figura 66-Instalação do rotor .......................................... Erro! Marcador não definido.

Figura 67-Instalação do Rotor......................................... Erro! Marcador não definido.

Figura 68-folga do Rotor para o Corpo .......................... Erro! Marcador não definido.

Figura 69-Montagem do Elemento de Bloqueio.............. Erro! Marcador não definido.

Lista de tabelas.

Tabela 1-Características Principais das máquinas de fluido................................... 24

Tabela 2-Componentes da bomba ............................................................................ 42

Tabela 3-Folga da Face Traseira e da Face Frontal ....... Erro! Marcador não definido.

Tabela 4-Volume de Óleo................................................. Erro! Marcador não definido.

Tabela 5-Volume da Grax ............................................... Erro! Marcador não definido.

Tabela 6-Referência de Torque ....................................... Erro! Marcador não definido.

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Curso Máquinas e Fluídos Título Bombas Hidráulicas CPFP Centro Polivalente De Formação Profissional Formadores Engº Emanuel Quilungo & Engº Domingos Filipe

Bombas hidráulicas

1 Introdução às bombas hidráulicas.

A primeira razão para o ser humano necessitar de uma bomba foi a agricultura. Embora a agricultura esteja em prática há mais de 10 000 anos, os primeiros registros que temos de irrigação são devidos aos egípcios. Inicialmente transportavam a água em potes, mas cerca de 1 500 a.C. apareceu a primeira máquina de elevação de água, a picota. Posteriormente apareceram o sarilho, usado para elevar um balde, a nora e a roda persa.Todas estas máquinas eram movidas por trabalho humano ou animal. O sarilho é empregado ainda hoje no abastecimento de água.

1.2 Definição.

Bombas hidráulicas, são máquinas geratrizes cuja finalidade é realizar o deslocamento de um líquido por escoamento. Sendo uma máquina geratriz, ela transforma o trabalho mecânico que recebe para seu funcionamento em energia, que é

comunicado ao líquido sob as formas de energia de pressão e cinética. Figura 1-Bomba Hidráulica

2. Classificação das Máquinas Geratrizes ou Bombas

As bombas podem ser classificadas pela sua aplicação ou pela forma com que a energia é cedida ao fluido em:

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Curso Máquinas e Fluídos Título Bombas Hidráulicas CPFP Centro Polivalente De Formação Profissional Formadores Engº Emanuel Quilungo & Engº Domingos Filipe

As bombas são utilizadas nos circuitos hidráulicos, para converter energia mecânica em energia hidráulica. A ação mecânica cria um vácuo parcial na entrada da bomba, o que permite que a pressão atmosférica force o fluido do tanque, através da linha de sucção, a penetrar na bomba. A bomba passará o fluido para a abertura de descarga, forçando-o através do sistema hidráulico. Especificação de Bombas: As bombas são, geralmente, especificadas pela capacidade de pressão máxima de operação e pelo seu deslocamento, em litros por minuto, em uma determinada rotação por minuto. Relações de Pressão: A faixa de pressão de uma bomba é determinada pelo fabricante, baseada na vida útil da bomba. Obs.: Se uma bomba for operada com pressões superiores às estipuladas pelo fabricante, sua vida útil será reduzida.

2.1 Turbo bombas ou Bombas Dinâmicas

São bombas de deslocamento não-positivo, usadas para transferir fluidos e cuja única resistência é a criada pelo peso do fluido e pelo atrito.

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Figura 2-construtiva de uma turbobomba Nas turbobombas a movimentação do fluído ocorre pela ação de forças que se desenvolvem na massa do mesmo, em conseqüência da rotação de um eixo no qual é acoplado um disco (rotor, impulsor) dotado de pás (palhetas, hélice), o qual recebe o fluído pelo seu centro e o expulsa pela periferia, pela ação da força centrífuga, daí o seu nome mais usual (Bomba Centrífuga).

Nota: essas bombas raramente são usadas em sistemas hidráulicos, porque seu poder de deslocamento de fluido se reduz quando aumenta a resistência e também porque é possível bloquear-se completamente seu pórtico de saída em pleno regime de funcionamento da bomba.

As turbobombas, também chamadas bombas rotodinâmicas e kinetic pumps pelo Hydraulic Institute, são caracterizadas por possuírem um órgão rotatório dotado de pás, chamado rotor, que exerce sobre o líquido forças que resultam da aceleração que lhe imprime. Essa aceleração, ao contrário do que se verifica nas bombas de deslocamento

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Curso Máquinas e Fluídos Título Bombas Hidráulicas CPFP Centro Polivalente De Formação Profissional Formadores Engº Emanuel Quilungo & Engº Domingos Filipe

Ao iniciar-se o processo de rotação, o rotor cede energia cinética à massa do fluído, deslocando suas partículas para a extremidade periférica do rotor. Isto ocorre pela ação da força centrífuga.

Figura 3-Bomba centrífuga pura ou radial

Com isso, inicia-se a formação das duas zonas de pressão (baixa e alta) necessárias para desenvolver o processo:

 Com o deslocamento da massa inicial do fluído do centro do rotor para sua extremidade, formar-se-á um vazio (vácuo), sendo este, o ponto de menor pressão da bomba. Obviamente, novas e sucessivas massas do fluído provenientes da captação ocuparão este espaço, pela ação da pressão atmosférica ou outra força qualquer;  Paralelamente, a massa do fluído que é arrastada para a periferia do rotor, agora comprimida entre as pás e as faces internas do mesmo, recebe uma crescente energia de pressão, derivada da energia potencial e da energia cinética, anteriormente fornecidas ao sistema. O crescente alargamento da área de escoamento (Teorema de Bernoulli), assim como as características construtivas do interior da carcaça da bomba (voluta ou difusores) ocasionam a alta pressão na descarga da bomba, elevando o fluído a altura desejada.

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As bombas do tipo radial, pela sua simplicidade, se prestam à fabricação em série, sendo generalizada sua construção e estendida sua utilização à grande maioria das instalações comuns de água limpa, descargas de 5 a 500l/s e até mais, e para pequenas, médias e grandes alturas de elevação.

Notemos que essas indicações são vagas e algo imprecisas, e que a escolha do tipo de rotor dependerá da noção de “velocidade específica”. Quando se trata de descargas grandes e pequenas alturas de elevação, o rendimento das bombas radiais torna-se baixo, e o seu custo se eleva em virtude das dimensões que assumem suas peças, tomando-se pouco conveniente empregá-las.

As bombas centrífugas são usadas no bombeamento de água limpa, água do mar, condensados, óleos, lixívias, para pressões de até 16 kgf cm2 e temperaturas de até 140 ºC. Existem bombas centrifugas também de voluta, para a indústria química e petroquímica, refinarias, indústria açucareira, para água quente até 300 ºC e pressões de até 25 kgf/ cm2. É ocaso das bombas CZ da Sulzer-Weise. As bombas de processo podem operar com temperatura de até 400 ºC e pressões de até 45 kgf /cm2 (ex.: bombas MZ da Sulzer-Weise).

b. Bomba de fluxo misto ou bomba diagonal

Constitui um caso intermediário ente as bombas radiais e axiais, tanto no que diz respeito à trajetória, como, inclusive, no campo de emprego. Assim, sua trajetória se faz numa diagonal e seu campo de emprego caracteriza-se pelo recalque de médias vazões em médias alturas.

Nas bombas hélico-centrífuga, o líquido penetra no rotor axialmente, atinge as pás cujo bordo de entrada é curvo e inclinado em relação ao eixo, segue uma trajetória que é uma curva reversa, pois as pás são de dupla curvatura, e atinge o bordo de saída que é paralelo ao eixo ou ligeiramente inclinado em relação a ele. Sai do rotor segundo um plano perpendicular ao eixo ou segundo uma trajetória ligeiramente inclinada em relação ao plano perpendicular ao eixo.

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As bombas axiais são empregadas para grandes descargas (até várias dezenas de metros cúbicos por segundo) e alturas de elevação de até mais de 40 m. Possuem difusor de pás guias, isto é, coletor troncônico com pás guias. O eixo em geral é vertical, e por isso são conhecidas como bombas verticais de coluna, porém existem modelos com o eixo inclinado e até mesmo horizontal.

Constroem-se bombas axiais com pás inclináveis (passo variável), podendo-se, por meio de um mecanismo localizado no interior da ogiva e comandado automaticamente por servomecanismos, dar às pás uma inclinação adequada a cada descarga desejada, para que o rendimento sofra pequena variação.

Figura 6-Bomba axial ou propulsora

d. Bombas Periféricas ou Regenerativas

São aquelas em que o fluido é arrastado através de um rotor com paletas na sua periferia, de tal forma que a energia cinética inicial é convertida em energia de pressão pela redução da velocidade na carcaça. A Figura a baixo mostra esse tipo de bomba. Elas são utilizadas em serviços de alimentação de caldeiras de pequena capacidade e aqueles em que se deseja uma carga elevada com vazões baixas.

3.2 Classificação segundo o número de rotores empregados:

a. Bombas de simples estágio

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Nela existe apenas um rotor e, portanto, o fornecimento da energia ao líquido é feito em um único estágio (constituído por um único rotor e um difusor, conforme apresentado na Fig.(7).

Figura 7-Bombas de simples estágio

Razões óbvias, determinadas pelas dimensões excessivas e correspondente custo elevado, além do baixo rendimento, fazem com que os fabricantes não utilizem bombas de um estágio para alturas de elevação grandes. Esse limite pode variar de 50 a 100 m, conforme a bomba, mas há fabricantes que constroem bombas com um só estágio, para alturas bem maiores, usando rotores especiais de elevada rotação, como é o caso das bombas Sundyne, com rotações que vão de 3.600 a 24.700 rpm, usando engrenagens para conseguir rotações elevadas.

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fixadas à carcaça ou ainda podem ser adaptáveis à carcaça. O eixo pode ser horizontal ou vertical.

Figura 10-instalação com bomba centrífuga multiestágios.

As bombas de múltiplos estágios são próprias para instalações de alta pressão, pois a altura total a que a bomba recalca o líquido é, não considerando as perdas, teoricamente igual à soma das alturas parciais que seriam alcançadas por meio de cada um dos rotores componentes. Existem bombas deste tipo para alimentação de caldeiras com pressões superiores a 250 kgf cm2. Usam-se também para poços profundos de água ou na pressurização de poços de petróleo.

3.3 Classificação segundo o número de entradas para a aspiração

a. Bomba de aspiração simples ou de entrada unilateral

Neste tipo, a entrada do líquido se faz de um lado e pela abertura circular na coroa do rotor, ou seja, o rotor possui uma única boca de sucção.

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Figura 11-Bomba Friatec de simples sucção. A Figura acima mostra uma bomba Friatec de simples sucção em material cerâmico. Todos os componentes hidráulicos em material cerâmico e rotor construído em titânio.

b. Bomba de aspiração dupla ou entrada bilateral

O rotor é de forma tal que permite receber o líquido por dois sentidos opostos, paralelamente ao eixo de rotação, construtivamente, o rotor de dupla sucção nada mais é que a justaposição de dois rotores de simples sucção pelo costato.

Nas bombas de entrada bilateral, tendo uma forma simétrica em relação a um plano normal ao eixo, o rotor equivale hidraulicamente a dois rotores simples montados em paralelo e é capaz de elevar, teoricamente, uma descarga dupla, daquela que se obteria com o rotor simples.

O empuxo longitudinal do eixo, que ocorre nas bombas de entrada unilateral em razão da desigualdade de pressão nas faces das coroas do rotor, é praticamente equilibrado nas bombas de rotores bilaterais, também chamados geminados, em virtude da simetria das condições de escoamento.

Geralmente, o rendimento dessas bombas é muito bom, o que explica seu largo emprego para descargas médias. Para permitir a montagem do eixo com o rotor (ou os rotores), a carcaça da bomba é bipartida, isto é, constituída de duas seções separadas por um plano horizontal à meia altura do eixo e aparafusadas uma à outra.