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um breve resumo sobre o que eu considerei mais importante para estudo em Ética a Nicômaco, livro V Não utilize como base para fichamentos, pois é superficial. Apenas para estudo de fixação.
Tipologia: Notas de estudo
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 23/09/2019
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No livro V de Ética a Nicômaco, Aristóteles discute principalmente a relação entre justiça e injustiça, sendo que ele define que “O justo é, portanto, o respeitador da lei e o probo, e o injusto o homem sem lei e improbo” e que todos os atos de injustiça são invariavelmente atribuídos a alguma espécie de maldade.
A discussão se estende também a diferença entre a justiça e a virtude, concluindo que a justiça é uma virtude e que a diferença entra elas é que a justiça relacionada ao próximo é de fato só justiça quanto a relacionada a nós mesmos e ao caráter, é virtude. Quanto a isso a lei nos manda praticar todas as virtudes e nos proíbe de praticar qualquer vício (que é classificado como ato injusto) e o justo deve ser ao mesmo tempo igual, intermediário e relativo.
Aristóteles estabelece uma relação matemática ao que é justo e injusto, sendo justo o proporcional e o injusto o que viola a proporção. Dessa forma um desses termo torna-se grande e o outro pequeno, e segundo o autor isso ocorre na prática já que o homem que age injustamente tem excesso e o que é injustamente tratado tem pouco do que é bom. E no caso de atos maus funciona ao inverso, tendo em vista que um menor mal é visto como bom perto do mal maior.
Considerando isso ele diz que o papel do juiz é igualar e que levará em consideração apenas o delito para isso “a justiça corretiva será o intermediário entre a perda e o ganho” (sendo o lado que perde o infringido e o que ganha, o infrator) A justiça trata de modo geral, de casos entre pessoas diferentes, e sendo assim o que é justo para ambos não é o que é de fato “igual” como se julga na justiça corretiva ou distributiva, mas sim o que é proporcional e recíproco, elas devem ser “igualadas” para que se aja justiça.
Mais adiante, o autor aponta a questão da reciprocidade, dizendo que quando os homens não necessitam um do outro reciprocamente, não há troca e exemplifica questões de equiparação de valores entre objetos, provando assim que para que haja troca é necessária uma equivalência e diante dessa mesma linha de raciocínio diz que a ação justa é o intermediário entre o ser injusto e sofrer injustiça, já que um é ter demais e o outro ter demasiado pouco e define “a justiça legal é a discriminação entre o justo e o injusto” e o magistrado é “um protetor da justiça, e, por conseguinte, da igualdade’
Ainda em relação a justiça, Aristóteles diz que não é possível cometer um ato injusto para consigo mesmo e que dentro da justiça política existe a natural e a legal, sendo a primeira a que tem força onde quer que seja, como é visto em casos de dignidade humana e a segunda de acordo com a sua localização e costumes locais dizendo assim que “as coisas que são justas não por natureza, mas por decisão humana, não são as mesmas em toda parte”
Ao que diz respeito aos atos justos em injusto, de acordo com o livro V um ato injusto não parte necessariamente de um homem injusto, e um ato praticado involuntariamente não pode ser caracterizado nem como justo nem como injusto, ou seja, um ato justo ou injusto sempre é voluntário. “Os erros que os homens comentem não apenas na ignorância mas por ignorância, são desculpáveis” ainda nessa questão entendemos que
conhecer o que pé justo ou injusto é simples, mas que saber como agir em determinadas situações a fim de ser justo é difícil.
“Portanto, quando a lei se expressa universalmente e surge um caso que não é abrangido pela declaração universal, é justo , uma vez que o legislador falhou e errou por excesso de simplicidade, corrigir a omissão”
Ser equitativo ou ser justo, é bom, porém ser equitativo é ainda superior mesmo o equitativo sendo uma espécie de justiça.
Em relação a atos injustos e maldades concluísse que o homem injusto é mau de uma maneira particularizada, de forma que seu ato injusto não manifesta maldade no geral.
De forma simplificada, o Livro V de Aristóteles aborda as diversas formas de justiça, equidade e injustiça demonstrando que todos esses conceitos estão emaranhados e não são completos sozinhos, pois necessitam de completo e de aprofundamento.