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manual de preenchimento da caderneta do idoso
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas
Série A. Normas e Manuais Técnicos
1ª edição 1ª reimpressão
Brasília – DF
Caderneta de
da
© 2006 Ministério da Saúde. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúde pode ser acessado na página: http://www.saude.gov.br/editora Série A. Normas e Manuais Técnicos Tiragem: 1.ª edição – 1.ª reimpressão – 2008 – 30.000 exemplares Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas Área Técnica de Saúde do Idoso Esplanada dos Ministérios, bloco G, sala 610 700058-900, Brasília – DF Tel.: (61) 3315- Fax: (61) 3325- Home page : www.saude.gov.br
Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalográfica Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Caderneta de saúde da pessoa idosa : manual de preenchimento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2008. 24 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 85-334-1105-
Títulos para indexação: Em inglês: The Health Book of the Elderly Person: Orientation Guide Em espanhol: Libreta de Salud de los Ancianos: Manual de Uso
EDITORA MS Documentação e Informação SIA, trecho 4, lotes 540/ 71200-040 Brasília – DF Tels.: (61) 3233-1774/ Fax: (61) 3233- E-mail : editora.ms@saude.gov.br Home page : http://www.saude.gov.br/editora
Equipe Editorial : Normalização: Maria Resende Revisão: Vânia Lucas e Mara Pamplona Capa e projeto gráfico: Fabiano Bastos
A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa é preenchida no momento da rea- lização da visita domiciliar, onde haja um morador com 60 anos ou mais de idade, ou na unidade de saúde quando a pessoa for se consultar. A pri- meira pergunta que você pode fazer é: por que uma caderneta de saúde para a pessoa idosa? Para responder a essa pergunta é preciso primeiro entender o que o envelhecimento traz para a saúde do indivíduo.
Segundo as projeções estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de 1975 a 2025 será a era do envelhecimento – a popu- lação de idosos no País crescerá 16 vezes –, colocando o Brasil em termos absolutos como a sexta população de idosos do mundo, ou seja, mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Paralela a essa transição de- mográfica, ocorreu uma importante transformação do perfil das doenças na população, cujas doenças próprias do envelhecimento, que costumam ser crônicas e múltiplas, ganharam maior expressão no conjunto da so- ciedade.
O envelhecimento é um processo universal, marcado por mudanças bio- psicossociais específicas e associado à passagem do tempo. É um fenôme- no inerente ao processo da vida, que varia de indivíduo para indivíduo, de acordo com sua genética, seus hábitos de vida e seu meio ambiente. É ainda um processo de alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que acarretam uma lentificação ou uma diminuição do de- sempenho do sistema orgânico e, conseqüentemente, uma diminuição da capacidade funcional. Entende-se por capacidade funcional a capacidade do indivíduo de realizar atividades físicas e mentais necessárias para a ma- nutenção de suas atividades básicas e instrumentais, ou seja: tomar ba- nho, vestir-se, realizar higiene pessoal, transferir-se, alimentar-se, manter a continência, preparar refeições, manter seu controle financeiro, tomar remédios, arrumar a casa, fazer compras, usar o transporte coletivo, usar o telefone e caminhar uma certa distância. Envelhecer não significa ne- cessariamente adoecer. Um indivíduo pode envelhecer de forma natural,
Nome: ___________________________________________________
Como eu sou mais conhecido: ________________________________
N.º Cartão do SUS: _________________________________________
Documento de identidade: __________________________________
Sexo: ( ) masculino ( ) feminino
Data de nascimento: ____/____/______
Endereço: ________________________________________________
N.º: _______ Complemento: _________________________________
Bairro: __________________________________________________
Ponto de referência: ________________________________________
CEP: _____________________ Cidade: ________________________
Estado: _____________ Telefone: _____________ Celular: ________
Estado civil: ( ) casado ( ) solteiro ( ) viúvo ( ) separado ( ) outros
Minha escolaridade: ( ) analfabeto _______________ ( ) até 4 anos
( ) 4 a 8 anos ____________ ( ) 8 anos ou mais
Sou aposentado: ( ) sim ( ) não
Minha ocupação antes de aposentar: __________________________
Minha ocupação atual: ______________________________________
Grupo sangüíneo: _______ Fator RH:______
Meus hábitos de vida: Fumo ( ) não ( ) sim
( ) fumo freqüentemente ( ) fumo raramente ( ) parei de fumar
Tipo: _____________ Quantidade: _________ Tempo: ___________
Bebida alcoólica ( ) não ( ) sim
( ) bebo freqüentemente ( ) bebo raramente ( ) parei de beber
Tipo: ____________ Quantidade: ______________Tempo: ________
Atividade física ( ) não ( ) sim
( ) faço freqüentemente ( ) faço raramente ( ) parei de fazer
Tipo: ___________ Freqüência: ____________ Tempo: ___________
Comentário ao item 2
No item “identificação”, como o próprio nome aponta, busca-se identi- ficar o portador da caderneta.
Alguns aspectos que merecem maior atenção são apresentados a seguir.
O prejuízo emocional e outros transtornos familiares que o(a) idoso(a) pode apresentar perante a perda do seu cônjuge é um sinal de alerta. Geralmente, a viuvez trás fortes repercussões negativas na área psicoló- gica, podendo interferir também de modo marcante, na área econômica, sendo inclusive uma das causas do asilamento do idoso. O estado emo- cional pode divergir de acordo com o tempo de viuvez.
A baixa escolaridade é um outro fator que interfere para a interação na comunicação e, portanto, há necessidade da adequação do vocabulário pelo profissional de saúde na assistência ao idoso. No preenchimento da escolaridade, caso o idoso não saiba exatamente quantos anos tem de estudo, o profissional deverá auxiliá-lo, tendo como referência: até 4 anos refere-se ao período do antigo primário, de 4 a 8 anos atual ensino fundamental (antigo ginásio) e mais de 8 anos atual ensino médio (anti- go clássico, científico ou normal), faculdade e pós-graduação.
A ocupação antes de aposentar, a aposentadoria e a ocupação após a aposentadoria são tópicos importantes, pois quando ocorre defasagem entre a ocupação anterior e a atual, principalmente financeira, desen- cadeia-se um processo de insatisfação e inconformismo que repercute
Comentário aos itens 3, 4 e 5:
Busca-se nestes itens, auxiliar a existência de uma rede de apoio, seja in- trafamiliar seja na comunidade onde vive. A informação sobre quantas pessoas moram com o idoso é importante tendo em vista que a família é a maior fonte de apoio, principalmente quando o idoso já apresenta al- guma limitação física ou mental para os cuidados das suas necessidades básicas. Diversos pesquisadores notaram que portadores de enfermida- des tão diversas como hipertensão arterial, depressão e tuberculose, e ainda vítimas de acidentes relatavam com maior freqüência o fato de não estarem (ou não se sentirem) inseridos em uma rede de apoio mú- tuo, ou ainda terem experimentado em maior grau perdas importantes de laços sociais (CHOR et al. 2001).
No espaço da observação, deverá ser registrado se existe alguma limita- ção para a locomoção, assim como o tipo de auxílio que o idoso necessi- ta. Essas informações são elementos essenciais para se compor um diag- nóstico de seu risco social e conhecer seu grau de independência para as atividades de vida diária (AVDs). Caso o idoso não saiba no momento da entrevista informar todos os dados, os mesmos poderão ser preenchidos posteriormente.
Se o indivíduo idoso mora sozinho ou já recebe algum tipo de cuidado, já pode ser denominado como uma pessoa idosa frágil ou em processo de fragilização.
Data Categoria Muita Boa Boa Regular Ruim Muito Ruim
Comentário ao item 6:
Estudos com base populacional têm demonstrado que no Brasil cerca de 80% das pessoas idosas apresentam, pelo menos, uma enfermidade. No en-
tanto, quando as pessoas são perguntadas sobre sua saúde, a metade a con- siderou regular; 32% classificaram-na como boa ou ótima; e somente 22,6% referenciaram seu estado de saúde como ruim/muito ruim (IBGE, 2000).
A autopercepção da saúde por parte das pessoas idosas é um importante indicador de risco.
Este item deve ser preenchido a cada 6 (seis) meses, possibilitando en- tão, o acompanhamento da percepção do idoso diante de sua saúde. Em cada consulta, o profissional deve verificar se já está no período de uma nova avaliação deste item.
Aquela pessoa que considera seu estado como sendo ruim ou muito ruim tem, efetivamente, maior risco de agravos sérios em sua saúde e é considerada pes- soa idosa frágil ou em processo de fragilização.
Comentário ao item 7:
Como se pode notar, a caderneta traz a fala sempre na primeira pessoa, para que o preenchimento se dê a partir da própria fala do indivíduo ido- so. Dessa forma, aquilo que o idoso julgar ser um “problema de saúde” entrará nesse item, independente de ser um sinal, sintoma (ex.: dor nas costas) ou uma doença, propriamente dita.
Toda pessoa que relatar cinco ou mais “doenças” será considerada frágil ou em processo de fragilização.
Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Número de quedas
1.º sem. 2.º sem.
Comentário ao item 9.2:
No espaço das observações devem ser anotados relatos de quedas ocor- ridas (inclusive antes de 2004) e se a queda referida teve alguma reper- cussão na saúde da pessoa, como, por exemplo, se ela deixou de fazer alguma atividade após o episódio da queda.
A queda em idosos é um importante problema de saúde pública. Além de contribuir para a diminuição da qualidade de vida das pessoas, a ocor- rência da queda pode acarretar um gasto considerável tanto do ponto de vista financeiro quanto do familiar e social.
Apesar de ser um problema multifatorial, a queda em idosos pode ter os seguintes componente desencadeadores:
Fatores intrínsecos:
das pessoas que relatam medo de cair restringem ou eliminam por completo o contato social e a atividade física);
Fatores extrínsecos:
Conhecendo os fatores que podem causar uma queda, o profissional de saúde poderá planejar estratégias para prevenir que esta aconteça.
Independente da causa da queda, aquele indivíduo que referir ter caído duas ou
mais vezes no mesmo ano será considerado frágil ou em processo de fragilização.
Medicamentos:
Alimentos:
Agentes ambientais (exemplo: poeira, mofo, fumaça, pêlo de animal):
Comentário ao item 9.3:
Este item não define propriamente a pessoa idosa frágil ou em proces- so de fragilização. No entanto, é importante constar na caderneta, pois é uma informação útil principalmente quando a pessoa idosa necessi- ta de um atendimento de urgência e não se encontra em condições de consciência para responder a essa pergunta.
O profissional deve ressaltar a importância da Caderneta de Saúde ser apresentada sempre no momento da consulta ou em casos de emergên- cia/urgência. O ideal é que a pessoa seja estimulada a portar sempre a Caderneta de Saúde, na(o) bolsa(o).
O profissional deve verificar em toda consulta se as vacinas estão em dia e orientar o idoso sobre a importância da vacinação enquanto prevenção. Uma grande medida de saúde foi a implementação das campanhas de va- cinação para as pessoas idosas. Muitas doenças podem ser prevenidas na fase adulta com as vacinas.
Os últimos dados apresentam os benefícios da vacina para a população idosa:
Disque saúde – 0800 61 1997 – serviço gratuito funciona todos os dias das 8h às 18h. Pode ser acionado de qualquer telefone público.
SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – 192 Corpo de Bombeiros – 193 Violência contra a mulher – 180
Site do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br Site da Biblioteca Virutal em Saúde do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br/bvs
Saúde Legis: www.saude.gov.br/saudelegis E-mail do Ministério da Saúde: idoso@saude.gov.br
Procons – denúncias contra empresas de planos e seguros de saúde. Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde – denúncias de problemas de atendimento no SUS.
Delegacia de Polícia, ministérios públicos estaduais, conselhos esta- duais e municipais do idoso – denúncia de maus-tratos, pessoalmente, por carta ou telefone.
Comentário ao item 11:
Nesse item cabe ao profissional chamar a atenção para as informações que podem ser úteis tanto para a pessoa idosa como para seus familiares.
Data Hora Local Tipo de Atendimento Nome do Profissional //___ //___
Comentário ao item 12:
Este espaço da Caderneta de Saúde é útil para lembrar ao idoso as con- sultas marcadas. Para o profissional de saúde, este item apresenta im- portantes dados, como a freqüência de atendimentos de saúde, as clí- nicas onde o idoso está sendo assistido, assim como os profissionais envolvidos na assistência desse idoso, facilitando inclusive a interação entre os diversos profissionais (interdisciplinaridade).
O preenchimento do Tipo de Atendimento se refere à clínica (exemplo: Cardiologia, Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Geriatria, Neu- rologia, Nutrição, Serviço Social, etc.) e o Nome do Profissional se refere ao profissional que prestou ou prestará assistência ao idoso.
Data PA
A aferição da pressão arterial, do peso e da glicemia deverá ser realizada em toda consulta, quando possível, e registrada na caderneta. Os sinais e sintomas no idoso costumam se apresentar de forma atípica; dessa forma, estes dados podem ser importantes indicadores do início de al- guma alteração, possibilitando então uma atuação precoce.
Comentário ao item 16:
Este espaço é para o preenchimento de outras informações que o idoso julgar importantes.
Como você pode notar, ao final do preenchimento da Caderneta de Saú- de será possível identificar aquele indivíduo idoso que já se encontra fra- gilizado ou que está em processo de fragilização. Mas o que significa ido- so frágil? O termo frágil, segundo o dicionário Aurélio, tem os seguintes sentidos: “quebradiço; pouco vigoroso; débil”. Desses significados, aque- les que nos ajudam a definir o indivíduo idoso frágil são aqueles que apresentam o idoso com algum tipo de debilidade ou alguma condição que lhe afeta o vigor físico e/ou mental. Ao buscarmos identificar essa população, nós profissionais de saúde estamos nos comprometendo a organizar ações específicas que tenham como objetivo final reverter par- cial ou totalmente o quadro de debilidade e possibilitar a essa pessoa um maior grau de independência e autonomia ou, em casos mais severos, dar condições dignas para que elas continuem vivendo.
Uma vez identificados, esses indivíduos devem ser referenciados à Uni- dade de Saúde, de preferência por agendamento, para que sejam sub- metidos a uma avaliação mais detalhada sobre seu estado de saúde e, por conseguinte, a uma organização de ações específicas de recuperação, promoção e atenção.
Cabe ressaltar que uma maior atenção e prioridade de agendamento de- vem ser dadas para os(as) idosos(as) que apresentarem os seguintes dados:
Estes casos devem ser priorizados pelo fato de implicarem um maior risco de incapacidades e mortalidade.