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Um caderno sobre a comunicação comunitária e o desenvolvimento local nas ondas do rádio. O texto aborda um projeto apoiado pelo governo de são paulo e mostra exemplos desenvolvidos na rádio, jornal, vídeo e web. Além disso, ele destaca a importância da participação da comunidade na comunicação e o papel da rádio comunitária na cobertura de problemas locais.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
desenvolvimento local nas ondas do rádio
juventude e paz na intermídia
FiCha TéCniCa
Valmir Maia Jornalista e Presidente da Rádio Z FM - MTB: 31870/SP Divaldo Depret Diretor Administrativo
Raquel Quintino Coordenadora do Projeto Juliana Ferraz Educadora Sidnei Ferraz Educador Márcio Gustavo Tezolin Radialista - DRT: 0035887/SP André Aquiles Rádio Jornalista Sara Galvano Jornalista Rafael Alves Brito Jornalista
Edson Ikê Projeto Gráfico e diagramação
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso Não- Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil. Para ver uma cópia desta licença, visitehttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/br/ou envie uma carta para Creative Commons, 559 Nathan Abbott Way, Stanford, California 94305, USA. Qualquer uma destas condições pode ser renunciada, desde que você obtenha permissão dos autores.
Sumário
apRESEnTação
valmir maia pRESidEnTE da Rádio Z FM 87,5MhZ
Esta cartilha é um instrumento de trabalho que guiará os envolvidos no Projeto Rádio Escola e tam- bém os que pretendem mergulhar nesse universo maravilhoso que é a comunicação comunitária.
Despertar a vontade de estar na rua, aprender sobre sua comunidade, ser atuante, cobrar e mostrar o que existe na “sua quebrada”, os talentos, a escola, o comércio e a identificação de cada problema são os objetivos desse trabalho e os alvos de uma rádio comunitária.
Mas depois de ter esses sentidos aflorados, surgem as perguntas: como e o quê fazer? Qual o primeiro passo a seguir? Faço sozinho? Quem vem comigo? Sobre o que falar? Nas próximas páginas você encontrará dicas preciosas e as respostas para algumas dessas questões.
Exploramos também os principais veículos de comunicação comunitária – rádio, jornal, vídeo e a web – e mostramos alguns exemplos desenvolvidos nessas mídias. Também acrescentamos alguns exercícios práticos para quem quer colocar a mão na massa.
Mas nada disso adiantaria se o primeiro passo não for dado por você, na sua rua, com o grupo articu- lando ideias, planejando e indo a fundo, conhecendo o local em que pretende trabalhar. A Rádio Z e a Escola Estadual Irene da Silva Costa desenvolvem esse trabalho de comunicação co- munitária com a comunidade do bairro do Jardim Itapeva, em Mauá-SP. Experiência em que tenho o prazer de atuar e, por meio dela, quero agora compartilhar com vocês os ensinamentos apresentados nesta cartilha.
Os meus agradecimentos a todos os envolvidos no Projeto Rádio Escola, ao Jardim Itapeva, que acolheu nosso trabalho, ao Governo do Estado de São Paulo pelo crédito à Associação Z e ao Deputado Estadual Donisete Braga pelo empenho na definição da emenda que possibilitou recur- sos a essa empreitada.
Bianca Martins, integrante do Projeto Rádio Escola
Projeto rádio escola Juventude e Paz na intermídia Desenvolvimento nas ondas do rádio
Pensar Global – aGir local Os problemas sociais que vivenciamos na atualidade são gerados pelos processos de esfera global, mas suas consequências são enfrentadas pelas pessoas localmente, no âmbito dos municípios e bairros. Por esse motivo os processos de superação dos problemas sociais precisam ser foca- dos nos territórios para gerar ciclos de desenvolvimento que provoquem a qualidade de vida de indivíduos e suas comunidades.
ráDio Z – a Primeira comunitária De mauá Em 1993 iniciou na cidade de Mauá um movimento organizado para oferecer opor- tunidade para difusão de ideias, elementos de cultura, tradições e hábitos sociais da comunidade. Atualmente a Rádio Z é reconhecida pelos munícipes, empresários e poder público municipal como o principal meio de comunicação do município.
ráDio escola – escola no ráDio O projeto “Juventude e Paz na Intermídia” foi aprovado pela Secretaria Estadual de Cultura, em “março de 2010”. Pela primeira vez “no país” uma rádio comunitária re- cebe recursos públicos para apoiar uma rádio interna de uma Escola Pública. A Rádio Conexão, que já era produzida pelos alunos da Escola Estadual Irene da Silva Costa, no Jd. Itapeva, foi envolvida no projeto e passou a figurar semanalmente na grade da Rádio Z, com um programa veiculado para toda cidade: Conexão Z.
aPoianDo iniciativas De intervenção comunitária O projeto pretende articular redes para apoiar iniciativas dos estudantes, pais, pro- fessores e lideranças comunitárias voltados à transformação do local onde moram
dESEnvolviMEnTo
pElaS ondaS do Rádio
ráDio comunitária
Em uma comunidade o rádio é o veículo que cumpre um papel muito importante. Não é em todo lugar que temos uma rádio comunitária como a Rádio Z, que con- segue ter cobertura em toda a cidade de Mauá. Para os lugares que ainda não conquistaram suas rádios comunitárias, não precisa- mos ficar esperando, podemos produzir rádio na internet e ainda podemos gravar os programas em CD e distribuir por aí. O caminho para que a Rádio Z conquistasse sua concessão para operar como emis- sora de rádio comunitária legalizada foi longo. Somente entidades sem fins lucrativos podem entrar com o pedido para operar uma rádio comunitário. O Ministério das Comunicações a Agência Nacional de Telecomu- nicações a ANATEL aprovam a solicitação pautados na lei 9.612/98.
tiPos ou Gênero Dos ProGramas De ráDio A proposta comunitária precisa sempre levar em conta as questões locais ao produzir os programas. Além disso, precisamos conhecer os gêneros, isto é, os tipos de pro- grama de rádio mais comuns. São eles: musical, esportivo e informativo.
o programa musical
o rádiojornalismo
o programa esportivo
Ocupa grande parte do espaço da programação, com música de artistas locais ao invés de só tocar as músicas da moda.
Tem o foco nas notícias principalmente as locais para dar a cara da região ao programa. As entrevistas e debates também fazem parte desse tipo de gênero. Mais a frente você poderá conferir dicas de como produzir boas notícias.
Embora o futebol seja o esporte mais popular, é preciso dar cobertura a todos os esportes praticados na região. A Rádio Z, com o seu programa Show de Bola, mostra na prática como é possível valorizar o esporte local.
a pauta
notícia
exemplo de notícia
Sabemos que existem vários tipo de programas de rádio e várias funções em uma emissora. O que dá corpo aos tipos de programas e um direcionamento à produção é a pauta. A partir de sua elaboração a equipe dá seguimento ao programa, que não pode ir ao ar apenas na base da improvisação. A pauta é o caminho que o programa vai seguir: quais os assuntos a serem tratados, o que vem primeiro e o que vem depois, qual o tempo para cada coisa. É fundamental organizar uma pauta bem dinâmica para que o programa tenha ritmo e o ouvinte possa acompanhar sem ficar entediado. A pauta também é uma forma de todos que estão envolvidos na produção do programa saibam o que vai acontecer, para melhor dividirmos as tarefas. É o começo, meio e fim. Em uma Rádio Comunitária o que vai ou não ao ar é uma decisão feita em grupo democraticamente. Por isso as reuniões de pauta são momentos de grande importância.
Acontecimentos são fatos e todo fato tem sua importância. A escolha do que iremos ou não noticiar deve ser baseado no que é significativo para os ouvintes. É muito importante que uma rádio produza suas próprias matérias aos invés de reproduzir o que outros veículos publicam. Também é importante que quem faz rádio comunitária seja da comunidade e esteja antenado aos aconteci- mentos, no que as pessoas estão preocupadas, nos problemas e soluções, no que está para acontecer, nos talentos anônimos e em tudo que se passa. Se notícia é o relato do fato, existe um jeito ou uma técnica de melhor relatar, ou seja, falar dos aconteci- mentos de forma que não escape nada. Essa técnica (lead ou lide) consiste em seis perguntas que ajudam a elaborar a notícia: O quê? O assunto que será noticiado. Exemplo: Falta de vagas nas creches. Quem? Pessoas envolvidas Exemplo: Os pais e mães que precisam deixar seus filhos na creche para trabalhar. Como? A forma como o fato ocorreu. Exemplo: O aumento da população da região não foi acompanhado pela ampliação do número de creche e funcionários. Quando? Período em que o fato aconteceu. Exemplo: Desde janeiro de 2010. Onde? Lugar ou região onde o fato ocorre. Exemplo: Na região do Jd. Itapeva, em Mauá. Por quê? Os motivos que levaram o fato a ocorrer. Exemplo: Falta de investimento local por parte da Prefeitura.
A população do Jd. Itapeva sofre com a falta de vagas nas creches desde janeiro deste ano. Pais e mães não conseguem matricular seus filhos, não tendo com quem deixá-los para trabalhar. A falta de vagas ocorre pelo crescente número de moradores do bairro, que não foi acompanhada por ampliação de creches. Sem investimento no local, fica difícil reverter este quadro.
O elemento fundamental para qualquer tipo de veículo de comuni- cação é a informação. Da música a uma mensagem publicitária, pas- sando pelas notícias, entrevistas e reportagens. Tudo é informação. Por isso a forma como vamos trabalhar com a informação numa rádio comunitária precisa ser tratada com muito cuidado. Precisamos ter princípios éticos, isto é, ter responsabilidade em não prejudicar ninguém com as informações que serão veiculadas. As grandes emissoras não têm senso ético ao veicularem propagandas que expõem mulheres, animais e crianças para venderem produtos que nem sempre trazem benefício a quem consome. Sem falar das matérias sensacionalistas que vão ao ar só para conseguirem grande audiência.
ética e informação
Até agora vimos o diferen- cial e a responsabilidade de uma rádio comuni- tária. Levantamos alguns itens fundamentais para produção de um programa, como seus diferentes tipos, a pauta e notícia. Tudo isso é o preparo anterior para os programas irem ao ar. Agora vamos tratar da dinâmica da rádio no ar, seja um programa gravado ou ao vivo. Abordaremos as questões da edição, opera- ção e locução.
eDição Trata-se da preparação do áudio dos programas que irão ao ar, as vinhetas, spots e outras matérias que farão parte do programa. Veja algumas das peças radiofônicas que o editor de áudio costuma preparar para os programas: Vinhetas: São usadas na abertura e encerramento de um programa: passagem de blocos, mudança de ambiente, entre outros. Spots: São breve mensagens, exemplo: anúncio da campanha de vacinação. BG (Begê ou Backgroud): É o fundo musical usado durante uma entrevista, conversa com o ouvinte ou qualquer outra programação para ficar mais ani- mado ou destacar o tema. Cuidado para não utilizar como fundo músicas com letras ou em altura que dificulte a compreensão da conversa.
A. Barra de menus: reúne as principais funções do software, a partir dos menus: Arquivo / Editar / Exibir / Projeto / Gerar / Efeitos / Analisar / Ajuda. B. Barra de ferramentas: contêm algumas ferramentas de edição, visualizadores gráficos de entrada e saída de áudio, mixagem e atalhos para as ações mais usuais (como recortar, colar, zoom, desfazer e refazer). C. Pistas de áudio: área de gravação e edição de pistas de áudio. Com controle individual de volumew. Apresenta também informações sobre o formato do arquivo, além da representação gráfica da onda de rádio.
da licença GNU General Public License (GPL). Para saber mais sobre a comunidade que desenvolveu este software e fazer seu download, visite o site: http://audacity.sourceforge.net
dESCRição da inTERFaCE A interface de um software é o modo como ele se apresenta graficamente na tela do computador. Nela encontramos todas as ferramentas disponíveis para edição de áudio. O Audacity trabalha com apenas uma janela, cuja interface se divide em três áreas:
Segue abaixo uma descrição detalhada destas regiões da interface.
1.1. A. BArrA de menus Nela você acessa e configura praticamente todos os recursos do Audacity. Veja como selecionar os canais de gravação, aplicar efeitos, configurar os formatos de gravação, exportar, etc.
ARQuIVO Novo: Cria um arquivo em uma nova janela. Abrir: Abre janela de diálogo onde você pode escolher o arquivo que deseja abrir. Os principais arquivos reconhecidos pelo Audacity são WAV, AIFF e MP3. Fechar: Fecha a janela do projeto atual. Salvar Projeto: Salva o projeto atual do Audacity em um arquivo extensão AUP. Salvar Projeto Como: Salva o arquivo do projeto atual permitindo que você lhe dê um nome diferente. Exportar Como Wav: Exporta o projeto atual para um arquivo WAV. Se for uma sessão multi-pista elas serão mixa- das automaticamente para esse novo arquivo. Para exportar apenas uma pista, ou um trecho de uma pista, selecione a opção EXPORTAR SELEÇÃO COMO WAV. Exportar Como MP3: Exporta o projeto atual para um arquivo MP3. Preferências: Abre a janela de diálogo, permitindo que você configure o Audacity. Fechar: Fecha todas as janelas de projetos e encerra o programa.
EDITAR Desfazer: Este comando desfaz a última operação de edição em seu projeto. Refazer: Este comando refaz a última operação de edição desfeita. Cortar: Remove os dados e os pontos do áudio selecionado no clipboard. Somente uma seleção pode ser feita a cada momento, mas esta seleção pode conter múltiplas trilhas. O trecho removido fica na memória para ser colado em outro lugar. Copiar: Copia as informações de áudio selecionadas sem remove-las do projeto. Colar: Introduz as informações copiadas na posição do cursor de seleção do projeto. Apagar Fora da Seleção: Deleta tudo, menos o trecho selecionado. Apagar: Apaga os dados da área selecionada. Silenciar: Apaga as informações de áudio selecionadas, substituindo com um silêncio invés de remove-la completamente. Selecionar Tudo: Seleciona todos os áudios de todas as trilhas. Selecionar do início até o cursor: Seleciona todo o áudio do começo da timeline até a posição atual do cursor. Selecionar do cursor até o fim: Seleciona todo o áudio a partir da posição atual do cursor até o final do projeto.