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Informações sobre o câncer de bexiga, incluindo sua epidemiologia, fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamento. O câncer de bexiga é um dos tumores mais frequentes em homens e está diretamente relacionado ao tabagismo. O principal sintoma é hematúria e o diagnóstico é feito por meio de cistoscopia. O tratamento depende do estadiamento da doença, mas a ressecção transuretral é o procedimento mais comum para tumores superficiais.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
INTRODUÇÃO
Câncer de bexiga é muito agressivo, que tem um comportamento brutal, mas apesar disso, costuma apresentar sintomas no início da do- ença (80% dos pacientes apresentam sinto- mas no início). O câncer de bexiga é o câncer de pulmão do urologista, porque está diretamente relacio- nado ao tabagismo (principal fator de risco)! É mais comum em homens e idosos (acima de 50 anos). O principal sintoma é hematúria.
Homem, idoso, tabagista, com sangue na urina = câncer de bexiga!
Quando desconfiar de câncer de bexiga, o principal instrumento que vai auxiliar no diag- nóstico é a cistoscopia, que é uma endosco- pia urinária. Como a maior parte dos tumores são superfi- ciais, o tratamento na maioria das vezes será uma RTU de bexiga (ressecção transuretral).
EPIDEMIOLOGIA Cerca de 10.000 casos/ ano. É o 4° tumor mais frequente em ho- mens e 9° em mulheres. 2 a 3 vezes mais comum em homens. Aparecimento entre 6ª e 7ª décadas. Mais comum em brancos. 80% são superficiais ao diagnóstico, ou seja, lesão que afeta somente a mu- cosa e não invade tecido muscular. PATOLOGIA
TIPO HISTOLÓGICO: carcinoma urotelial (90%), lembrando que o epitélio que reveste a bexiga é o urotélio. Antigamente era conhecido como carcinoma de células transicionais.
OBS: lembrar que não é exclusividade da be- xiga, pode aparecer em qualquer lugar que te- nha urotélio, ou seja, desde o cálice renal, pelve renal, ureter, bexiga, até os 2/3 proxi- mais da uretra.
Cânceres relacionados à outras condições: carcinoma espinomedular (3 a 7%) e adeno- carcinoma (2%), ambos são tumores atípicos. O fator de risco para esses cânceres é pro- cesso inflamatório crônico (por exemplo, pe- dra na bexiga). GRAU DE DIFERENCIAÇÃO: Baixo grau Moderado Alto grau HISTÓRIA DA DOENÇA Começa com hiperplasia epitelial e meta- plasia (mudança do tipo de tecido). Depois disso entra no quadro de displasia, ou seja, aparecimento de células atípicas. Se não fizer nada, vai aparecer carcinoma su- perficial endotelial, que depois de alguns me- ses vai invadir a musculatura da bexiga e depois metástase (linfonodos na região pél- vica e à distância). O marco para dizer que uma doença está ‘’tranquila’’ é a invasão da camada muscular. Casos não invasivos, tratamos removendo a lesão. Casos invasivos, tratamos removendo toda a bexiga, porque pacientes com essa in- vasão têm 50% de chance de já ter uma me- tástase à distância. COMPORTAMENTO BIOL ÓGICO Como existe urotélio em outros lugares, existe um risco de até 4% do tumor de bexiga ter um satélite, ou seja, uma lesão secundária em ou- tro lugar. OBS: pacientes com câncer de bexiga, deve- mos monitorar os rins também porque pode aparecer foco de tumor.
OBS: lembrar que não é exclusividade da be- xiga, pode aparecer em qualquer lugar que te- nha urotélio, ou seja, desde o cálice renal, pelve renal, ureter, bexiga, até os 2/3 proxi- mais da uretra.
OBS: pacientes com câncer de bexiga, de- vemos monitorar os rins também porque pode aparecer foco de tumor.
O tumor atinge primeiramente os linfonodos da cadeia ilíaca (ilíaca interna, ilíaca externa e ilíaca comum). A partir disso, sabemos que quando vamos retirar um tumor da bexiga, precisamos ‘’limpar’’ um certo território de lin- fonodos (linfadenectomia). Câncer de bexiga costumas dar metástase à distância para fígado, pulmão e osso.
FATORES DE RISCO Tabagismo (!!!) Idade Exposição ocupacional (menor im- portância atualmente). Oncogenes e supressores tumorais Adoçantes artificiais (testes em animais em doses absurdas). Fatores irritativos crônicos (pedra na bexiga, presença de cateter, infecção urinária de longa data, radio e quimio- terapia...)
TABAGISMO: aumenta em 4 vezes o risco de desenvolver câncer de bexiga. Após parar de fumar, o risco normaliza em 20 anos. As estatísticas mostram que cerca de 50% dos pacientes com CA de bexiga são fuman- tes. RISCO OCUPACIONAL: está relacionado com o uso de minas aromáticas, que são substâncias químicas presentes em solven- tes.
QUADRO CLÍNICO
O principal sintoma do CA de bexiga é he- matúria macroscópica, ou seja, a queixa principal do paciente é xixi com sangue. A hematúria microscópica tem menos impor- tância, porque é bem comum e é difícil de achar a causa. Sintomas miccionais crônicos: dor no hipo- gástrio, frequência miccional. Fase avançada: perda de peso, dor abdomi- nal, massa palpável.
DIAGNÓSTICO
ULTRASSONOGRAFIA: tem em qualquer lugar, não é invasivo, porém tem baixa sensi- bilidade e é operador dependente. CISTOSCOPIA: padrão ouro! Tem alta sensibilidade ( 75 %) e alta especificidade ( 90 %).
RTU: é um procedimento terapêutico que re- move a lesão, mas ao mesmo tempo é um procedimento diagnóstico , porque permite a remoção de material para o patologista e per- mite saber o grau de profundidade da lesão. O início do tratamento SEMPRE é RTU, e então dependendo do resultado (invasivo ou não) é possível decidir o próximo passo. ESTADIAMENTO TNM. T: RTU que define. N e M: precisa de um método de imagem para definir – tomografia!! Se não puder usar con- traste ou radiação, pedir ressonância. Para saber se atingiu os pulmões, podemos pedir raio x de tórax. Em alguns casos, podemos até pedir tomografia de tórax. No caso de des- confiança de lesão óssea, pedir cintilografia óssea. TRATAMENTO É com base no estadiamento que vamos defi- nir o tratamento.