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Câncer de Bexiga - resumo, Resumos de Urologia

Informações sobre o câncer de bexiga, incluindo sua epidemiologia, fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamento. O câncer de bexiga é um dos tumores mais frequentes em homens e está diretamente relacionado ao tabagismo. O principal sintoma é hematúria e o diagnóstico é feito por meio de cistoscopia. O tratamento depende do estadiamento da doença, mas a ressecção transuretral é o procedimento mais comum para tumores superficiais.

Tipologia: Resumos

2022

À venda por 25/01/2023

giovanasaliba
giovanasaliba 🇧🇷

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Giovana Saliba
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UROLOGIA AULA 08
PARTE 01
NCER DE
BEXIGA
INTRODÃO
Câncer de bexiga é muito agressivo, que tem
um comportamento brutal, mas apesar disso,
costuma apresentar sintomas no início da do-
ença (80% dos pacientes apresentam sinto-
mas no início).
O câncer de bexiga é o câncer de pulmão do
urologista, porque está diretamente relacio-
nado ao tabagismo (principal fator de
risco)!
É mais comum em homens e idosos (acima de
50 anos). O principal sintoma é hematúria.
Homem, idoso, tabagista, com sangue na
urina = câncer de bexiga!
Quando desconfiar de câncer de bexiga, o
principal instrumento que vai auxiliar no diag-
nóstico é a cistoscopia, que é uma endosco-
pia urinária.
Como a maior parte dos tumores são superfi-
ciais, o tratamento na maioria das vezes será
uma RTU de bexiga (ressecção transuretral).
EPIDEMIOLOGIA
Cerca de 10.000 casos/ ano.
É o tumor mais frequente em ho-
mens e 9° em mulheres.
2 a 3 vezes mais comum em homens.
Aparecimento entre 6ª e 7ª décadas.
Mais comum em brancos.
80% são superficiais ao diagnóstico, ou
seja, lesão que afeta somente a mu-
cosa e não invade tecido muscular.
PATOLOGIA
TIPO HISTOGICO: carcinoma urotelial
(90%), lembrando que o epitélio que reveste a
bexiga é o urotélio.
Antigamente era conhecido como carcinoma
de células transicionais.
OBS: lembrar que não é exclusividade da be-
xiga, pode aparecer em qualquer lugar que te-
nha urotélio, ou seja, desde o lice renal,
pelve renal, ureter, bexiga, até os 2/3 proxi-
mais da uretra.
Cânceres relacionados à outras condições:
carcinoma espinomedular (3 a 7%) e adeno-
carcinoma (2%), ambos são tumores atípicos.
O fator de risco para esses cânceres é pro-
cesso inflamatório crônico (por exemplo, pe-
dra na bexiga).
GRAU DE DIFERENCIÃO:
Baixo grau
Moderado
Alto grau
HISTÓRIA DA DOEA
Começa com hiperplasia epitelial e meta-
plasia (mudança do tipo de tecido). Depois
disso entra no quadro de displasia, ou seja,
aparecimento de células atípicas.
Se não fizer nada, vai aparecer carcinoma su-
perficial endotelial, que depois de alguns me-
ses vai invadir a musculatura da bexiga e
depois metástase (linfonodos na região pél-
vica e à distância).
O marco para dizer que uma doença está
‘’tranquila’’ é a invasão da camada muscular.
Casos não invasivos, tratamos removendo a
lesão. Casos invasivos, tratamos removendo
toda a bexiga, porque pacientes com essa in-
vasão têm 50% de chance de ter uma me-
tástase à distância.
COMPORTAMENTO BIOL ÓGICO
Como existe urotélio em outros lugares, existe
um risco de até 4% do tumor de bexiga ter um
satélite, ou seja, uma lesão secundária em ou-
tro lugar.
OBS: pacientes com câncer de bexiga, deve-
mos monitorar os rins também porque pode
aparecer foco de tumor.
OBS: lembrar que não é exclusividade da be-
xiga, pode aparecer em qualquer lugar que te-
nha urotélio, ou seja, desde o cálice renal,
pelve renal, ureter, bexiga, até os 2/3 proxi-
mais da uretra.
OBS: pacientes com câncer de bexiga, de-
vemos monitorar os rins também porque
pode aparecer foco de tumor.
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UROLOGIA – AULA 08

PARTE 01

CÂNCER DE

BEXIGA

INTRODUÇÃO

Câncer de bexiga é muito agressivo, que tem um comportamento brutal, mas apesar disso, costuma apresentar sintomas no início da do- ença (80% dos pacientes apresentam sinto- mas no início). O câncer de bexiga é o câncer de pulmão do urologista, porque está diretamente relacio- nado ao tabagismo (principal fator de risco)! É mais comum em homens e idosos (acima de 50 anos). O principal sintoma é hematúria.

Homem, idoso, tabagista, com sangue na urina = câncer de bexiga!

Quando desconfiar de câncer de bexiga, o principal instrumento que vai auxiliar no diag- nóstico é a cistoscopia, que é uma endosco- pia urinária. Como a maior parte dos tumores são superfi- ciais, o tratamento na maioria das vezes será uma RTU de bexiga (ressecção transuretral).

EPIDEMIOLOGIA  Cerca de 10.000 casos/ ano.  É o 4° tumor mais frequente em ho- mens e 9° em mulheres.  2 a 3 vezes mais comum em homens.  Aparecimento entre 6ª e 7ª décadas.  Mais comum em brancos.  80% são superficiais ao diagnóstico, ou seja, lesão que afeta somente a mu- cosa e não invade tecido muscular. PATOLOGIA

TIPO HISTOLÓGICO: carcinoma urotelial (90%), lembrando que o epitélio que reveste a bexiga é o urotélio. Antigamente era conhecido como carcinoma de células transicionais.

OBS: lembrar que não é exclusividade da be- xiga, pode aparecer em qualquer lugar que te- nha urotélio, ou seja, desde o cálice renal, pelve renal, ureter, bexiga, até os 2/3 proxi- mais da uretra.

Cânceres relacionados à outras condições: carcinoma espinomedular (3 a 7%) e adeno- carcinoma (2%), ambos são tumores atípicos. O fator de risco para esses cânceres é pro- cesso inflamatório crônico (por exemplo, pe- dra na bexiga). GRAU DE DIFERENCIAÇÃO:  Baixo grau  Moderado  Alto grau HISTÓRIA DA DOENÇA Começa com hiperplasia epitelial e meta- plasia (mudança do tipo de tecido). Depois disso entra no quadro de displasia, ou seja, aparecimento de células atípicas. Se não fizer nada, vai aparecer carcinoma su- perficial endotelial, que depois de alguns me- ses vai invadir a musculatura da bexiga e depois metástase (linfonodos na região pél- vica e à distância). O marco para dizer que uma doença está ‘’tranquila’’ é a invasão da camada muscular. Casos não invasivos, tratamos removendo a lesão. Casos invasivos, tratamos removendo toda a bexiga, porque pacientes com essa in- vasão têm 50% de chance de já ter uma me- tástase à distância. COMPORTAMENTO BIOL ÓGICO Como existe urotélio em outros lugares, existe um risco de até 4% do tumor de bexiga ter um satélite, ou seja, uma lesão secundária em ou- tro lugar. OBS: pacientes com câncer de bexiga, deve- mos monitorar os rins também porque pode aparecer foco de tumor.

OBS: lembrar que não é exclusividade da be- xiga, pode aparecer em qualquer lugar que te- nha urotélio, ou seja, desde o cálice renal, pelve renal, ureter, bexiga, até os 2/3 proxi- mais da uretra.

OBS: pacientes com câncer de bexiga, de- vemos monitorar os rins também porque pode aparecer foco de tumor.

O tumor atinge primeiramente os linfonodos da cadeia ilíaca (ilíaca interna, ilíaca externa e ilíaca comum). A partir disso, sabemos que quando vamos retirar um tumor da bexiga, precisamos ‘’limpar’’ um certo território de lin- fonodos (linfadenectomia). Câncer de bexiga costumas dar metástase à distância para fígado, pulmão e osso.

FATORES DE RISCO  Tabagismo (!!!)IdadeExposição ocupacional (menor im- portância atualmente).  Oncogenes e supressores tumorais  Adoçantes artificiais (testes em animais em doses absurdas).  Fatores irritativos crônicos (pedra na bexiga, presença de cateter, infecção urinária de longa data, radio e quimio- terapia...)

TABAGISMO: aumenta em 4 vezes o risco de desenvolver câncer de bexiga. Após parar de fumar, o risco normaliza em 20 anos. As estatísticas mostram que cerca de 50% dos pacientes com CA de bexiga são fuman- tes. RISCO OCUPACIONAL: está relacionado com o uso de minas aromáticas, que são substâncias químicas presentes em solven- tes.

QUADRO CLÍNICO

O principal sintoma do CA de bexiga é he- matúria macroscópica, ou seja, a queixa principal do paciente é xixi com sangue. A hematúria microscópica tem menos impor- tância, porque é bem comum e é difícil de achar a causa. Sintomas miccionais crônicos: dor no hipo- gástrio, frequência miccional. Fase avançada: perda de peso, dor abdomi- nal, massa palpável.

DIAGNÓSTICO

ULTRASSONOGRAFIA: tem em qualquer lugar, não é invasivo, porém tem baixa sensi- bilidade e é operador dependente. CISTOSCOPIA: padrão ouro! Tem alta sensibilidade ( 75 %) e alta especificidade ( 90 %).

RTU: é um procedimento terapêutico que re- move a lesão, mas ao mesmo tempo é um procedimento diagnóstico , porque permite a remoção de material para o patologista e per- mite saber o grau de profundidade da lesão. O início do tratamento SEMPRE é RTU, e então dependendo do resultado (invasivo ou não) é possível decidir o próximo passo. ESTADIAMENTO TNM. T: RTU que define. N e M: precisa de um método de imagem para definir – tomografia!! Se não puder usar con- traste ou radiação, pedir ressonância. Para saber se atingiu os pulmões, podemos pedir raio x de tórax. Em alguns casos, podemos até pedir tomografia de tórax. No caso de des- confiança de lesão óssea, pedir cintilografia óssea. TRATAMENTO É com base no estadiamento que vamos defi- nir o tratamento.

  1. TUMORES SUPERFICIAIS: RTU de be- xiga (remoção total da lesão). Sempre res- secar profundamente, para garantir que não houve invasão da musculatura. Dependendo do tipo histológico, podemos usar terapia adjuvante, ou seja, terapia auxi- liar. Nesse caso injeta-se medicamentos na bexiga que previnem o retorno do tumor. Feito isso, realizar acompanhamento.