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Guias e Dicas
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Capítulo 1 Representação de Sinais e Sistem, Notas de estudo de Informática

Análise Harmônica 1

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 17/04/2014

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bg1
Capítulo 1 – Conceitos Preliminares - Página 1
Universidade Federal do Paraná – Dep. de Engenharia Elétrica – Prof. Marcus V. Lamar
Capítulo 1
Representação de Sinais e Sistemas
1.1 Tipos de Sinais
Toda grandeza elétrica variável no tempo pode ser considerada um sinal elétrico (tensão, corrente),
podendo ser classificado conforme o tipo de variação no tempo como:
Sinal finito: sinal não nulo apenas durante um tempo T finito.
1 2
( ) 0 ,
f t t t t
< <
Sinal periódico: sinal que se repete a cada intervalo de tempo
T.
( ) ( ) ( ) ... ( )
T T T T
f t f t T f t T f t nT
= + = = =
n:= número inteiro
Sinal aleatório: sinal cuja definição apenas pode ser feita
utilizando medidas estatísticas.
.
Sinal determinístico: Sinal que pode ser completamente
definido por uma equação matemática.
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
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t
f(t)
t
1
t
2
-1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
t
f
T
(t)
T
-1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5
-0.5
-0.4
-0.3
-0.2
-0.1
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
t
f(t)
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
-3
-2
-1
0
1
2
t
f(t)=sin(t)+2cos(2t)
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22

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Capítulo 1

Representação de Sinais e Sistemas

1.1 Tipos de Sinais

Toda grandeza elétrica variável no tempo pode ser considerada um sinal elétrico (tensão, corrente), podendo ser classificado conforme o tipo de variação no tempo como:

Sinal finito: sinal não nulo apenas durante um tempo T finito.

f t ( ) ≠ 0 , t 1 (^) < t < t 2

Sinal periódico: sinal que se repete a cada intervalo de tempo T.

fT ( ) t = fT ( t + T ) = fT ( tT ) = ... = fT ( tnT ) n:= número inteiro

Sinal aleatório: sinal cuja definição apenas pode ser feita utilizando medidas estatísticas. .

Sinal determinístico : Sinal que pode ser completamente definido por uma equação matemática.

-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

0

1

2

3

4

t

f(t)

t 1 t 2

-1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.

0

1

2

3

4

t

fT(t) T

-0.5 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.

-0.

-0.

-0.

-0.

0

t

f(t)

-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10

0

1

2

t

f(t)=sin(t)+2cos(2t)

Sinal Causal: É aquele que possui valor zero para todos os tempos negativos.

f t ( ) = 0 , t < 0

Sinal Não-Causal: É aquele que possui valor diferente de zero algum tempo negativo.

f t ( ) ≠ 0 , ∀ t < 0

Sinal Anti-Causal: É aquele que possui valor zero para todos os tempos positivos.

f t ( ) = 0 , t > 0

-5 0 5

**-

-**

0

2

4

6

8

t

Função Causal

f(t)

-5 0 5

**-

-**

0

2

4

6

8

t

Função Não-Causal

f(t)

-5 0 5

**-

-**

0

2

4

6

8

t

Função Anti-Causal

f(t)

1.3 Funções de Interesse

1.3.1. Função Degrau Unitário

A função degrau foi introduzida por Heaviside e é comumente referida na matemática como função ΦΦΦΦ de Heaviside, conforme a definição abaixo.

t u t t

^ <

A função u(t) não é definida para t=

Obs.: Em algumas aplicações, define-se u (0)=^12

1.3.2. Função Sinal

sgn( ) 1 , 0

t t t

^ >

Relações com a função degrau:

sgn( ) t = u t ( ) − u ( − t ) sgn( ) t = 2 ⋅ u t ( ) − 1 1 1 u t ( ) = 2 + 2 sgn( ) t

1.3.3. Função Pulso

t p t t ou t

Relação com a função degrau:

[ ]

p ∆ (^) ( ) t = u t ( ) − u t ( − ∆) ∆

Área: p ( ). t dt 1 ,

+∞ −∞ ∆ =^ ∀ ∆

-2 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

-1.

-0.

0

1

2

x

Função Sinal

sgn(x)

-0.5 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

0

0.

1

x

Função Pulso - delta=

p2(x)

Função Pulso Retangular

Nos sistemas de comunicação digital é comum encontrar a representação do bit 1 por um pulso retangular com amplitude e duração definidas, portanto, faz-se necessário definir o pulso retangular ou Função Porta ( Gate ) de duração τ.

t G t t

τ

Relação com a função degrau:

G ( ) t u t ( (^) 2 ) u t ( 2 ) τ τ τ =^ +^ −^ −^ (1-4)

1.3.4. Função Impulso

A função impulso foi introduzida por Dirac, sendo que na matemática é conhecida como função δδδδ de Dirac.

t t t

δ

A função impulso pode ser definida também a partir da função pulso como:

0

δ ( ) t lim p ∆( ) t

∆→

Deste modo temos:

0 0 0

δ ( ). t dt lim p ( ) t dt lim p ( ) t dt lim 1 1

+∞ +∞ +∞ −∞ −∞ ∆^ −∞ ∆ ∆→ ∆→ ∆→

Também:

0 δ ( ). t dt (^) 0 δ( ). t dt 1

+∞ −∞ =^ = Logo: A função delta de Dirac possui amplitude ∞ em t=0 e área unitária

Relações com a função degrau:

0 0

( ) lim ( ) lim u t u t

δ t p ∆ t

∆→ ∆→

Logo: ( ) ( ) du t t dt

e ( ) ( ).

t

u t δ τ d τ

−∞

-5 0 5

**-

-**

0

2

4

6

8

t

Função Impulso

delta(t)

  • τ/2 τ/

1.3.5. Onda Cossenoidal

A função cossenoidal é o sinal periódico utilizado para transportar a informação em diversos tipos de modulação, sendo que abaixo tem-se a onda cossenoidal de amplitude e período unitários, onde

  • a amplitude corresponde ao valor máximo da onda cossenoidal, e
  • o período ( T ) corresponde à duração de um ciclo completo da onda, sendo que
  • a freqüência ( f ) da onda cossenoidal é o inverso do período (número de ciclos por segundo=Hz).

g t ( ) = cos(2 π t ) (1-10)

Neste exemplo:

ω = 2 π f = 1 T = 1

ω: Freqüência em [rad/s]

f : Freqüência em [Hz] T : Período em [s]

Relações Importantes: 1 T f

= ω = 2 π ⋅ f

T

1.3.6 Onda Senoidal

A onda senoidal está atrasada em relação à onda cossenoidal sendo deslocada de um intervalo de

tempo 4 ∆ T =^ T , ou de uma fase 2

φ = π radianos.

g t ( ) = sin(2 π⋅ t ) (1-11)

ou

g t ( ) = cos 2 ( π ⋅ ( t −^14 )) g t ( ) = cos 2 ( π ⋅ − t 2 π 14 )) = cos 2( π⋅ − t^ π 2 )

A fase em radianos pode ser calculada como: φ = ω⋅ ∆ T

1/

1.3.7 Onda Quadrada

A onda quadrada é formada pela superposição de infinitos pulsos retangulares deslocados no tempo de valores múltiplos do período da onda. A onda quadrada é utilizada para representar a função de chaveamento em circuitos moduladores. Abaixo tem-se a onda quadrada de amplitude e período unitários

p ( ) T / 2^ (^ ) n

s t G t nT

=−∞

No exemplo da figura: T=

1.3.8 Trem de Impulsos

Assim como é feito na onda quadrada, é possível realizar uma onda periódica formada pela superposição de impulsos, denominada trem de impulsos. O trem de impulsos tem sua importância junto ao processo de amostragem e digitalização de sinais analógicos. Abaixo tem-se o trem de impulsos de período 2.

i ( )^ (^ ) n

s t δ t nT

=−∞

No exemplo da figura: T=

-1 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

-0.

-0.

-0.

-0.

0

1

t

Trem de Impulsos

1.4.2. Propriedades da Série Trigonométrica de Fourier

a) Função Periódica Par: f (^) T ( ) t = fT ( − t )

/ 2 0 0

( ).cos( ).

0

T n

n

a f t n t dt T b

b) Função Periódica Ímpar: fT ( ) t = − fT ( − t )

/ 2 0 0

( ).sin( ).

n T n

a

b f t n t dt T

c) Valor Médio Nulo:

a 0 (^) = 0

d) Simetria de Meia Onda: f T ( ) t = − fT ( tT 2 )

an = bn = 0 p / n par

T

T

T

1.4.3. Forma Exponencial Complexa da Série de Fourier

( ). jn^^0 t T n n

f t F e^ ω

+∞

=−∞

isto é: 0 0 0 0 0 0

2 3 0 1 2 3 2 3 1 2 3

j t j t j t T j t j t j t

f t F F e F e F e F e F e F e

ω ω ω − ω − ω − ω − − −

onde Fn são constantes complexas definidas por:

(^0 ) 0

t T (^) jn t Fn (^) T t f t e dt = +^ −^ ω

  • Relações entre a Série Trigonométrica e a Série Exponencial:

n n n

a b F = − j

{ }

{ }

0 0

2.Re

2.Im

n n n n

n n n n

a F F F

b j F F F a F

  • Espectro Bilateral de Linhas

Representação gráfica dos coeficientes Fn para as frquências harmônicas n. ω 0 positivas e negativas.

Sendo Fn ∈  necessitamos de 2 gráficos (Módulo e Fase ou Pare Real e Parte Imaginária).

Exemplo:

-0.5 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8

0

1

2 Espectro Bilateral de Linhas

w[rad/s]

Fn

1.5.1. Definição

Transformada Direta: (^ )^ ( )^

j t F f t e dt ω ω

+∞ (^) − −∞

=

Transformada Inversa:

1 ( ) ( ) 2

j t f t F e d ω ω ω π

+∞ −∞

=

Notação: f t ( )^^ ←→ F (^ ω^ )

F ( ω ) =  (^) { f t ( )} e f t ( ) = (^) { F ( ω )} 

Observações Importantes:

  • A Transformada de Fourier decompõe um sinal em suas componentes exponenciais complexas.
  • F ( ω )é a representação de f t ( ) no domínio frequência.
  • Normalmente F ( ω ) é uma função complexa, necessitando de 2 gráficos para sua representação: F ( ω ) = F ( ω). e j^ θ ω(^ ) ou F ( ω ) = Re{ F ( ω)} + j Im (^) { F ( ω)}
  • Condição Suficiente (mas não necessária) para a existência da Transformada de Fourier:

F ( ω ) f t e ( ). j^^ ω tdt

+∞ (^) − −∞ = < ∞ deve ser finita,

como e −^ j^ ω^ t = 1 , ∀ ω e ∀ t

Logo: f t ( )^ dt

+∞ −∞

< ∞

  • Para f t ( ) ∈  , função real, pode-se demonstrar:

Como: F ( ω ) = F ( ω). e j^ θ ω(^ )

F ( ω) +∞^ f t ( ). e +^ j^^ ω t^ dt F^ *^ (ω ) F ( ω). e − j θ ω(^ )

Logo: F ( ω) = F ( −ω ) Módulo será uma função par

θ ω ( ) = −θ ( −ω ) Fase será uma função ímpar

  • Se f t ( ) é uma Função Par  F ( ω )é uma Função Real

Se f t ( ) é uma Função Ímpar  F ( ω ) é uma Função Imaginária pura

1.5.2. Transformada de Fourier de algumas funções de interesse

a) Exponencial Causal:

f t ( ) = eatu t ( ) ←→^

F ( )

a j

b) Função Pulso Retangular

t f t G t t

τ

←^ → ( ).

F Sa

ω = τ ^ 

-0.2 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3

0

1

t

e(-2t)^ u(t)

-10^0 -5 0 5 10

w

|F(w)|=1/sqrt(4+w^2 )

-2 -10 -5 0 5 10

-1.

-0.

0

1

2

w

Fase(w)=-atan(w/2)

-0.2 -3 -2 -1 0 1 2 3

0

1

t

f(t)=G 2 (t)

-1 -10 -5 0 5 10

-0.

0

1

2

w

F(w)=2 Sa(w)

e) Função Sinal

( ) sgn( ) 1 , 0

t f t t t

^ >

←^ →

2 2 arctan( 0 )

j F e j

ω

− = =

f) Função Constante

f t ( ) = 1 ←→ F ( ω ) = 2 π δ ω⋅ ( )

-10 -5 0 5 10

-0.

-0.

-0.

-0.

0

1

t

f(t)=sgn(t)

-10 -5 0 5 10

-1.

-0.

0

1

ω

θ(ω)=-atan(ω/0)

-10 -5 0 5 10

1

2

ω

|F(ω)|=|2/ω|

-0.5 -10 -5 0 5 10

0

1

t

f(t)=

-0.5 -10 -5 0 5 10

0

1

ω

F(ω)=2πδ(ω)

2 π

g) Função Degrau

t f t u t t

^ >

←→^

arctan 1 2 2 ( ) 2

j F e j

ω πδ ω π δ ω^ ωπδ ω

  −  = + = +^ ^ 

h) Exponencial Complexa

f t ( ) = ej^^ ω^0 t ←^ →

F ( ω ) = 2 πδ ω ( −ω 0 )

f t ( ) = cos (^) ( ω 0 t (^) ) + j sin( ω 0 t )

-0.5 -10 -5 0 5 10

0

1

t

f(t)=u(t)

-0.5 -10 -5 0 5 10

0

1

ω

√((π δ(ω))^2 +1/ω^2 )

π

-2 -10 -5 0 5 10

-1.

-0.

0

1

2

ω

θ(ω)=atan(-1/(π ω δ(ω)))

-1.5 -10 -5 0 5 10

-0.

0

1

t

Re{f(t)}=cos(2 t)

-1.5 -10 -5 0 5 10

-0.

0

1

t

Im{f(t)}=sin(2 t)

-1.5 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10

-0.

0

1

ω

F(ω)=2 π δ(ω-2)

2 π

1.5.3. Propriedades da Transformada de Fourier

Dada a definição:

Transformada Direta: (^ )^ ( )^

j t F f t e dt ω ω

+∞ (^) − −∞

=

Transformada Inversa:

1 ( ) ( ) 2

j t f t F e d ω ω ω π

+∞ −∞

=

a) Linearidade: Se:

1 1

2 2

f t F

f t F

ω

ω





Então:

af 1 ( ) t + bf 2 ( ) t ←→ aF 1 ( ω ) + bF 2 (ω )



b) Simetria ou Dualidade Se:

f t ( ) ←→ F ( ω)

Então:

F t ( ) ←→ 2 π f ( −ω)

c) Escalonamento Se:

f t ( ) ←→ F ( ω )

Então: 1 f at ( ) F a a

 ω ←→ (^)    



d) Deslocamento em Frequência Se:

f t ( ) ←→ F ( ω )

Então: 0 ( ) ( 0 )

f t ⋅ e j^^ ω t ←→ F ω −ω

e) Deslocamento no Tempo Se:

f t ( ) ←→ F ( ω )

Então:

f t ( − t 0 ) ←→ F ( ω ). e − j^^ ω t^0

f) Diferenciação e Integração no Tempo

  • Diferenciação: Se:

f t ( ) ←→ F ( ω )

Então: ( ) ( )

df t j F dt

Generalizando: (^) ( )

n (^) n n

d f t j F dt

←→ ω ⋅ ω

  • Integração Se:

f t ( ) ←→ F ( ω )

Então: 1 ( ). ( ) ( ) ( )

t f d F F j

τ τ ω π ω δ ω −∞ (^) ω

g) Diferenciação e Integração na Frequência

  • Diferenciação: Se:

f t ( ) ←→ F ( ω ) Então: ( ) ( ) ( ) dF jt f t d

Generalizando: (^) ( )

n^ n n

d F jt f t d

ω ω

  • Integração Se:

f t ( ) ←→ F ( ω )

Então: 1 f t ( ) f t ( ) ( ) t F ( ). d jt

ω π δ −∞ τ τ