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CCIH - Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Trabalhos de Enfermagem

Trabalho sobre a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, realizado na disciplina de Semiologoa e Semiotécnica

Tipologia: Trabalhos

2010

Compartilhado em 10/01/2010

erika-doretto-blaques-9
erika-doretto-blaques-9 🇧🇷

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INTRODUÇÃO
O presente trabalho abordará A CCIH e a Central de Material de Esterilização, onde
o trabalho na CEM tem o enfermeiro como seu responsável. Antigamente a CME não era
valorizada, situava-se em locais inadequados e com recursos insuficientes ou antiquados,
onde o trabalho de enfermagem nesse local não era valorizado no conjunto da prática social
da enfermagem, sendo permeado por um sentido desqualificatório e pejorativo e para
encaminhados muitos profissionais da enfermagem que apresentavam problemas de
relacionamento na assistência de saúde ou de desajustes no trabalho foram transferidos para
lá.Nas ultimas décadas com a emergência e gravidade da infecção hospitalar endógena e
multiresistente, exposição ocupacional a substâncias orgânicas e riscos de transmissão de
doenças epidemiológicamente importantes causaram valorização a CME, onde revolução
tecnológica dos instrumentos de intervenção, entre ele os artigos médico-hospitalares, o que
demandou novos desafios para seu reprocessamento e reutilização, determinando então uma
nova visão da CME, referente a local, instalações, equipamentos e metodologias de trabalho
e de controle de qualidades baseados em conhecimento científico, exigindo-se assim um
profissional qualificado e atualizado e cresceu a produção de estudos pelos enfermeiros,
consolidando uma importante área de saber desses profissionais e configurando-lhe
significativo grau de autonomia e especificidade. O trabalho na CME é gerenciado pelo
enfermeiro e previsto por lei, e a CME é uma das unidades mais importantes do hospital,
tanto do ponto de vista econômico, quanto técnico-administrativo e assistencial, onde de
acordo com seu funcionamento pode-se avaliar a eficiência hospitalar prestada ao cliente.
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho abordará A CCIH e a Central de Material de Esterilização, onde o trabalho na CEM tem o enfermeiro como seu responsável. Antigamente a CME não era valorizada, situava-se em locais inadequados e com recursos insuficientes ou antiquados, onde o trabalho de enfermagem nesse local não era valorizado no conjunto da prática social da enfermagem, sendo permeado por um sentido desqualificatório e pejorativo e para lá encaminhados muitos profissionais da enfermagem que apresentavam problemas de relacionamento na assistência de saúde ou de desajustes no trabalho foram transferidos para lá.Nas ultimas décadas com a emergência e gravidade da infecção hospitalar endógena e multiresistente, exposição ocupacional a substâncias orgânicas e riscos de transmissão de doenças epidemiológicamente importantes causaram valorização a CME, onde revolução tecnológica dos instrumentos de intervenção, entre ele os artigos médico-hospitalares, o que demandou novos desafios para seu reprocessamento e reutilização, determinando então uma nova visão da CME, referente a local, instalações, equipamentos e metodologias de trabalho e de controle de qualidades baseados em conhecimento científico, exigindo-se assim um profissional qualificado e atualizado e cresceu a produção de estudos pelos enfermeiros, consolidando uma importante área de saber desses profissionais e configurando-lhe significativo grau de autonomia e especificidade. O trabalho na CME é gerenciado pelo enfermeiro e previsto por lei, e a CME é uma das unidades mais importantes do hospital, tanto do ponto de vista econômico, quanto técnico-administrativo e assistencial, onde de acordo com seu funcionamento pode-se avaliar a eficiência hospitalar prestada ao cliente.

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

OS PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM UMA CCIH

Faz-se necessário que os profissionais que atuam em uma CCIH possuam treinamento para a atuação nesta área. Havendo uma exigência legal para manutenção de pelo menos um médico e uma enfermeira na CCIH de cada hospital, estando isto regulamentado em uma portaria do Ministério da Saúde. Outros profissionais do hospital também devem participar da CCIH, onde devem contribuir para a padronização correta dos procedimentos a serem executados, devendo estes profissionais possuir formação de nível superior e são eles: farmacêuticos, microbiologistas, epidemiologistas, representantes médicos da área cirúrgica, clínica e obstétrica. Sendo que representantes da administração do hospital devem atuar também na CCIH para colaborar na implantação das recomendações.

O PAPEL DO ENFERMEIRO NA CCIH O trabalho na Central de Material e Esterilização tem o enfermeiro como o seu responsável, sendo o trabalho realizado pela enfermagem e gerenciado pelo enfermeiro é previsto pela Lei do Exercício da Enfermagem e na Resolução SS-392, além de também ser defendido por vários autores.

“ O enfermeiro é a figura chave no setor de Controle de Infecção Hospitalar. Sua presença é indispensável na realização de tarefas inerentes ao trabalho.”(HOSPITAL UNIMED, 2005)Algumas de suas atribuições são:

  • Fazer rotineiramente uma visita ao hospital para detectar algum problema;
  • Elaborar plano de limpeza, desinfecção e esterilização das unidades;
  • Em conjunto com os demais profissionais da CCIH, normalizar a utilização de germicidas hospitalares;
  • (^) Avaliar e orientar medidas de isolamento e precauções de doenças perante a equipe multiprofissional;

materiais de consumo para atendimento nas clínicas e centro-cirúrgico; promover ensino, pesquisa e treinamento. Deve ser localizado próximo das unidades que utilizam materiais esterilizados, em local próprio para receber ventilação, luz natural, instalações hidráulicas, elétricas e vapor. Se localizado fora do CC, deve manter um bom sistema de comunicação, como por exemplo, elevadores e monta-carga. Existem três tipos de Centro de materiais:

  • Centralizado: todas as fases do processo são executadas em suas dependências;
  • Semi-centralizado: o material já vem limpo e acondicionado das unidades, para ser esterilizado;
  • Descentralizado: cada unidade ou conjuntos delas prepara e esteriliza seu próprio material.

TIPO CENTRALIZADO-VANTAGENS :

•..1 Economia de pessoal, material, área, equipamento e energia, pois evita multiplicidade de recursos; •..2 maior controle de materiais, equipamentos e técnicas de esterilização; •..3 maior segurança; •..4 padronização de técnicas, evitando desgastes do material e pouca durabilidade; •..5 treinamento e eficiência do pessoal: gerando, conseqüentemente, maior produtividade; •..6 estímulo a ensino e pesquisa;

•..7 flexibilidade no uso do material, atendendo prontamente às necessidades de qualquer unidade.

ORGANIZAÇÃO

Com relação à organização da Central de Material, não devemos esquecer a problemática enfrentada pelas instituições de saúde em que a descentralização ou a centralização parcial de processos ainda é uma realidade, os problemas advindos dessas práticas resultam em falta de controle de qualidade do produto, duplicação de pessoal, gasto com equipamentos e principalmente dificuldade no treinamento e supervisão de funcionários. A centralização do processamento dos artigos, ou seja, a definição de um local destinado à recepção e expurgo, preparo e esterilização, guarda e distribuição do material para as unidades do estabelecimento de Saúde, permite a otimização dos recursos materiais, desenvolvimento de técnicas seguras para o trabalhador e solução dos problemas mencionados. A estrutura física da CME deve proporcionar condições para que o desenvolvimento dos procedimentos ocorra de forma realmente centralizada, devendo atender a duas áreas distintas, uma delas denominada área suja (expurgo) que é destinada a receber materiais sujos, efetuar limpeza, descontaminação e secagem. A outra é chamada área limpa, é um local reservado à seleção de materiais, acondicionamento, identificação, esterilização, armazenamento e distribuição. Ambas devem ser separadas por uma barreira física, guichê que impeça o fluxo de pessoal de uma área à outra.

  • Sala de Limpeza – o acesso a esta sala deve ser feito através de uma antecâmara, neste ambiente, são desenvolvidas atividades de limpeza utilizando ar comprimido, ultra- som e processos manuais. Após a limpeza os materiais são encaminhados para a Sala de preparo. Deve existir bancada de trabalho com boa iluminação e balde porta detritos, deve ser executada lavagem final com água deionizada pelo sistema de osmose reversa, em um balcão com cubas. Os materiais devem passar por um processo de secagem antes de serem enviados para a sala de preparo.
  • Sala de Preparo – o acesso a esta sala também deverá ser feito por antecâmara, neste ambiente os materiais após passarem pelo processo de limpeza, são embalados, classificados e encaminhados para a esterilização, nesta sala são desenvolvidas atividades de empacotamento e de classificação, sendo necessárias seladoras, etiquetadores em tamanhos diversos, prateleiras e/ou armários para guarda de embalagens, bancadas de trabalho, microcomputador com mesa de trabalho e impressora para a classificação.
  • Sala de Estoque, Armazenamento e Distribuição – ambiente destinado à guarda e à distribuição de materiais, neste ambiente são necessárias bancadas de trabalho, local para armazenamento dos materiais antes de serem distribuídos e equipamentos como seladoras, suporte para embalagens,pistola para fita adesiva.
  • Laboratório de Controle de Qualidade – deve possuir equipamentos como cromatógrafo, refrigerador com temperatura controlada, incubadora de bioindicadores, estufa de cultura, capela de fluxo laminar, dentre outros que permitam a realização das análises necessárias. Além dos ambientes técnicos são imprescindíveis outros de apoio como: área de carga e descarga, área de degermação, depósito de material de limpeza, almoxarifado, administração, recepção, depósito de lixo, sanitário e vestiário para funcionários.

ATIVIDADES

Limpeza – é o processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica, sujidade) de superfícies e de objetos, normalmente é realizada através de fricção mecânica, utilizando água e sabão ou detergente, ou através d máquinas de limpeza e ultra-som.

Descontaminação – é o processo de limpeza terminal de objetos e de superfícies contaminados com microorganismos patogênicos, de forma a torná-los seguros para a manipulação. Nesses casos, utiliza-se comumente a imersão em soluções desinfectantes.

Enxágüe – para o enxágüe, após a limpeza e/ou descontaminação, a água deve ser potável e corrente.

Secagem - a secagem dos artigos objetiva evitar a interferência da umidade nos processos posteriores e pode ser feita com pano limpo e seco, por secador de ar quente/frio, por estufa ou por ar comprimido medicinal.

Processamento – pode ser de dois tipos, esterilização ou desinfecção.

Estocagem – após submeter os artigos ao processamento adequado, a estocagem deve ser feita em área separada, limpa, livre de poeiras, em armários fechados, são proibidas áreas de estocagem próximas a pias, águas ou tubos de drenagem.

Além das etapas acima descritas, antes da limpeza, os artigos passam pela etapa de conferência e classificação. Na primeira, todo material a ser submetido à limpeza deve ser conferido, pois os incompletos ou danificados não serão submetidos ao processo. E na segunda, o artigo é classificado de acordo com o risco potencial de infecção. Entre as etapas

PREPARO E ACONDICIONAMENTO

ESTERILIZAÇÃO

ARMAZENAMENTO DE ARTIGOS PROCESSADOS

DISTRIBUIÇÃO DE ARTIGOS LIMPOS E ESTERILIZADOS

FLUXOGRAMA INTERNO

O fluxo de trabalho numa Central de esterilização deve acontecer de forma direta, de modo que não haja retorno de materiais para um ambiente pelo qual já passou. Esse cuidado visa evitar a contaminação dos mesmos. Com esse mesmo objetivo, os materiais são recepcionados

na Área para Recepção e Triagem através de um guichê e levados para a Sala de Limpeza. Desta sala para a sala de Preparo a passagem do material também se dá através de guichê. Da sala de preparo os materiais saem devidamente empacotados, sendo transportados

em carros para a Sala de Esterilização. Após o processo de esterilização, os materiais são levados para a Sala de Aeração e, em seguida, para a Sala de Estoque, Armazenamento e Distribuição.

SETORES E FUNÇÕES

Expurgo – a conscientização para a utilização dos EPIs pelos funcionários é ponto relevante para a prevenção de acidentes com secreções biológicas e perfurocortantes, são utilizados protetores auriculares adequados para o tipo de ruído dos equipamentos, botas impermeáveis com certificado de aprovação,luvas antiderrapantes, de procedimentos e aventais descartáveis.

  • Máquina ultra-sônica: facilita a limpeza do instrumental cirúrgico, pois lava por processo de cavitação, fazendo com que a matéria orgânica se desprenda dos instrumentais com maior rapidez que no método manual.
  • Máquina desinfetadora: utiliza jatos de água quente e fria, enxágüe e drenagem automatizado, que, junto como detergente enzimático, facilita a limpeza.

Preparo – as embalagens utilizadas para o acondicionamento dos materiais são selecionadas por testes realizados na CME, levando-se em conta não só seu custo, mas a qualidade para a manutenção dos materiais esterilizados.

  • Testes biológicos: a esterilização é monitorada por indicadores biológicos de terceira geração, cuja leitura é realizada em incubadora com método de fluorescência, obtendo resultado para liberação dos testes em três horas, trazendo maior segurança na liberação dos materiais.

profissional deixar de incorporá-lo rotineiramente.Os EPIs mais utilizados pela equipe de Enfermagem são:

a) Luvas de procedimento : descartáveis ao término de cada procedimento, indicadas para uso sempre que for previsto contato com matéria orgânica ou superfície contaminada e precaução de contato. Ao calçá-las verificar sua integridade sempre e optar por um tamanho adequado às mãos. b) Luvas cirúrgicas : descartáveis e indicadas quando se requer técnica asséptica, garante a não-contaminação do procedimento, ao calçá-las verificar sempre sua integridade e optar por tamanho adequado às mãos. c) Luvas de borracha : reutilizáveis, oferecem proteção à pele no manuseio de material biológico e produtos químicos, devem possuir cano longo quando se prevê exposição até o antebraço, após o uso lavá-las com água e sabão e desinfecção com hipoclorito de sódio a 1%. d) Óculos de acrílico : reutilizáveis, oferecem proteção da mucosa ocular, devem ser de acrílico e não interferir com a acuidade visual do profissional e permitir uma perfeita adaptação à face, oferecendo ainda proteção lateral, após o uso, devem ser lavados com água e sabão e desinfecção com germicida. e) Protetor facial de acrílico : reutilizável e oferece proteção à face, deve ser de acrílico de modo que não interfira com a acuidade visual do profissional e permita uma perfeita adaptação à face, deve oferecer proteção lateral, é indicado durante a limpeza mecânica de instrumentais (CME, expurgos, laboratórios, sala de necropsia), após o uso deve ser lavado com água e sabão e desinfecção com germicida. f) Máscara cirúrgica : de uso único devendo ser descartada ao término do procedimento ou quando o profissional avaliar que está úmida, comprometendo a proteção, é

indicada para a proteção da mucosa oronasal em situações assépticas e proteção ambiental de secreções respiratórias. g) Avental impermeável e capote de manga comprida : artigos reutilizáveis e oferecem a proteção à roupa e à pele do profissional, após o uso devem ser reprocessados com lavagem e desinfecção. h) Bota ou sapato fechado impermeável : são artigos reutilizáveis, mas devem ser utilizados individualmente, oferecem proteção à pele do profissional em locais úmidos ou com quantidade significativa de material infectante, devem possuir um solado antiderrapante, são de uso exclusivo das áreas de trabalho e necessitam ser guardados em local ventilado. i) Gorros: artigos descartáveis que oferecem proteção aos cabelos e couro cabeludo de matéria orgânica ou produtos químicos, e em situações assépticas, propiciam proteção relativa à cabeça. j) Jaleco e calça em TNT para uso diverso : vestimentas de segurança que além de hidro-repelência, oferecem impermeabilidade e resistência mecânica as névoas e partículas sólidas. Sua durabilidade é limitada e havendo deteriorização deverá ser trocada, e este tipo de material não deve ser usado próximo ao calor de fogo, faísca ou em ambientes que contenham produtos inflamáveis ou ainda explosivos, pois sua consumação é rápida.

RECURSOS HUMANOS

  • E as ações de saúde que envolvem uso de recursos materiais e não podem sofrer interrupções.

Antes da compra devem-se executar alguns passos para melhor escolha dos produtos:

  • padronização: determina o produto específico para procedimentos específicos;
  • especificação: descrição dos materiais que se pretende adquirir
  • previsão: quantidade a ser requisitada.

Após a obtenção da quantidade necessária, passa-se a fase de provisão, que consiste na reposição dos materiais feita através da solicitação aos serviços responsáveis. Podendo a reposição ser feita de várias maneiras:

  • Reposição por tempo: determina-se o tempo para reposição com cota estabelecida, possibilita a formação de estoques;
  • Reposição por quantidade: determina-se a quantidade de material a ser solicitado quando chegar a um numero mínimo;
  • Reposição por quantidade e tempo: determina-se a cota necessária para um intervalo de tempo pré-estabelecido, o que evita estoque, pois se solicita a justa quantidade para repor a cota;
  • Reposição imediata: repõe logo após o uso pelo paciente.

Por fim, fica evidente a responsabilidade e envolvimento da equipe de Enfermagem como gerenciamento de recursos materiais, uma vez que a previsão, provisão, organização e controle dependem de sua participação para garantir a continuidade do atendimento aos pacientes, evitando faltas ou imprevistos indesejáveis na utilização de recursos materiais.

PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS

  • Lavar as mãos antes de iniciar o preparo e empacotamento do artigo;
  • Selecionar embalagem de acordo como processo, peso e tamanho do artigo;
  • Avaliar necessidade de embalagens duplas, ajustando-as para que não apresentem dobras internas;
  • Identificar na embalagem o artigo contendo: descrição do conteúdo, método de esterilização, controle do lote, data da esterilização, data de validade e nome do preparador do artigo;
  • As informações devem estar em etiqueta adequada ou fita, e não na própria embalagem, utilizar canetas que não manchem e a tinta deve ser atóxica;
  • Observar a integridade da selagem, para que não se favoreça a entrada de microorganismos;
  • Remover (se houver) o ar do interior da embalagem no caso do grau cirúrgico e papel- filme, pois no interior da câmara de esterilização pode haver a abertura do pacote;
  • Adotar técnica universalmente aceita;
  • Atender às especificações das normas estabelecidas pela ABNT ou às internacionais vigentes.

Durante o acondicionamento é muito importante estar atento à posição do artigo no interior do pacote, considerando os seguintes aspectos:

Tipos e principais embalagens : Algodão cru:

  • Indicação : vapor (calor úmido)
  • Características : 40 a 56 fios por cm², deve ser utilizado duplo, não possuir amido
  • Validade de esterilização: entre 7 e 30 dias (depende do monitoramento)
  • Vantagens: baixo custo, atende a características idéias em termos de memórias no empacotamento
  • Desvantagens: dificuldade de monitoração do desgaste após vários processos de lavagem (micro e microfuros por rompimento das fibras), falta de regulamentação de manufatura (não há garantia de qualidade do produto), BEF 34%
  • Observações: O tecido de algodão deve ser lavado antes do primeiro uso para retirar o amido.Lavar após cada uso: remover a sujeira e hidratar fibras,realizar teste de permeabilidade com água, comparando vazamento com tecidos novos. Manter a embalagem à temperatura ambiente entre 18 e 22 ºC e umidade relativa doa ar de 35 a 70%.

Papel Kraft/manilha

  • Indicação : calor seco/calor úmido
  • Características : possuir superfície regular com gramatura 60g/m² para evitar furos
  • Validade : 7 dias
  • Observações : devido à presença de amido, corantes e gramatura irregular, a Associação Paulista de Estudos e Controle da Infecção Hospitalar não recomenda o uso destes materiais.

Papel grau cirúrgico

  • Indicação: vapor, ETO (esterilização com óxido de etileno), gás formaldeído
  • Características: ser isento de furos, manchas, rugas e rasgos; ser apto a receber impressão de tintas atóxicas e resistentes ao processo de esterilização; propiciar selagens íntegras e resistentes; possuir poros de no máximo 0,22micra de diâmetro; resistência a tração e perfuração; possuir no máximo 1,5% de amido; pH entre 6 e 7; absorção de água de no máximo 30g/m²,umidade máxima de 7%.
  • Composição: Papel (gramatura 70g/m², 100% de polpa de celulose), filme (bilaminado de poliéster e polipropileno)
  • Validade da esterilização : 60 dias
  • Observação: não deve ser usado em Peróxido de Hidrogênio; a largura da selagem não deve ser inferior a 6 mm, esterilidade garantida até violação da embalagem.

Papel crepado

  • Composição: 100% de celulose tratada e resiste à temperatura de até 150ºC por 1 hora, deve possuir gramatura mínima de 56g/m²
  • Indicação: ETO, gás formaldeído, irradiações ionizantes e vapor
  • Vantagens: alta eficiência de filtragem BEF de 99,9% atóxico, flexível e de fácil manuseio