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Riscos em Ambientes de Trabalho: Ambientais, Mecânicos e Ergonômicos, Trabalhos de Engenharia Naval

Os riscos ambientais, mecânicos e ergonômicos encontrados em ambientes de trabalho, com ênfase em frigoríficos. O texto discute os riscos de ler/dort, fadiga, desconforto térmico e acidentes, classificados como físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Além disso, o documento discute as medidas de controle para minimizar esses riscos, como a utilização de equipamentos protectorios e a troca de função entre colaboradores.

O que você vai aprender

  • Como os colaboradores podem ser protegidos contra os riscos em ambientes de trabalho?
  • Quais são os principais riscos ambientais, mecânicos e ergonômicos em ambientes de trabalho?
  • Quais são as principais causas de acidentes em frigoríficos?
  • Como os riscos de LER/DORT, fadiga, desconforto térmico e acidentes podem ser classificados?
  • Quais são as medidas de controle recomendadas para minimizar os riscos em ambientes de trabalho?

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 21/01/2021

naim-moreira
naim-moreira 🇧🇷

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO
PAULA CRISTINA BARZOTTO
ESTUDO DE RISCOS AMBIENTAIS NA INDÚSTRIA FRIGORÍFICA
PROCESSOS ABATE FRANGO
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
CURITIBA
2013
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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO

TRABALHO

PAULA CRISTINA BARZOTTO

ESTUDO DE RISCOS AMBIENTAIS NA INDÚSTRIA FRIGORÍFICA –

PROCESSOS ABATE FRANGO

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

CURITIBA

PAULA CRISTINA BARZOTTO

RISCOS E ACIDENTES NA INDÚSTRIA FRIGORÍFICA –

PROCESSOS ABATE FRANGO

Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista no Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Departamento Acadêmico de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR. Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Eduardo Catai

CURITIBA

Dedico esta monografia a minha pessoa, pois foi um desafio conciliar as jornadas de trabalho com a carga horária noturna deste curso.

AGRADECIMENTOS

Agradeço pelo companheirismo no meu esposo Elmes.

Pela educação e dedicação dos meus pais.

Ao Professor Catai, que aceitou me orientar na realização deste trabalho.

E aos amigos que conheci neste curso aos quais convivemos um ano diariamente a oportunidade de trocarmos experiências.

ABSTRACT

BARZOTTO, Paula Cristina. Risks and Accidents in Poutry industry: Cases of Chicken Slaughter. 2013. 69 p. Monograph (Specialization in Engineering Management of Workplace Safety) - Universidade Federal de Educação Tecnológica do Paraná, Curitiba, 2013.

The poultry industry in recent years has presented its best economic performance. The country is ranked third in the world when it comes to broiler meat production. However, employee’s excessive physical efforts, repetitive activities, improper posture when performing some of the activities, monotony, fatigue due to stress and exposure time, and especially to the extreme temperature changes places the cold storage industry as a potential environment for a great number of illnesses. Thus, the thriving production scenario for the poultry meat should not omit the Brazilian social liabilities generated by the workers’ illness. Taking it into consideration, this work is concerned to assess the risks to workers' health generated in the process of poultry slaughter at a poultry plant. Therefore, we conducted a case study through a questionnaire applied to employees. In addition, an interview was conducted with the Safety Engineer. Every study is supported by the bibliographic research, which describes the main concepts of risks, the applicable Regulatory Standards, as in the case of NR-4, NR-7, NR-9, NR-15 and NR-17, as well as the study of the poultry industry in Brazil and its industrial chicken slaughter process. With the results, it was possible to characterize the biological risks, physical risks, chemical risks and ergonomic risks of accidents at each process assessed. Finally, it was concluded that the proposed objectives were achieved and the study serves as the basis to review the current practice and policy regarding to worker’s health in the poultry plants and this may encourage further debate and studies.

Keywords : Poultry Industry. Workers’ illness. Risks to workers' health. Regulatory Standards.

LISTAS DE QUADROS

Quadro 1 - Frequência ......................................................................................... 34 Quadro 2 - Severidade ......................................................................................... 35 Quadro 3 - Graus de Risco ................................................................................... 35

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

% - Por cento °C - Graus Celsius ABIECS - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne ABIPECS - Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental EPIs - Equipamentos de Proteção Individual INSS - Instituto Nacional de Seguro Social LER/DORT - Lesão por Esforço Repetitivo / Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho NR - Norma Regulamentadora CA - Certificado de Aprovação

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

Com uma produção de 13,058 milhões de toneladas em 2011, o Brasil ocupa o terceiro lugar na produção mundial de aves, se aproximando da China que produz 13,2 milhões de toneladas, e de Estados unidos, o maior produtor com 16.757 milhões de toneladas. De toda produção nacional, 69,8% é destinada ao consumo interno e 30,2% para exportações (UBABEF, 2012). Para se ter ideia do crescimento econômico do segmento, nos últimos anos a produção de aves no Brasil teve um salto de 5,98 milhões de toneladas, em 2000, para 13,05 toneladas em 2011 se tornando o principal player internacional. Além disso, o país exporta material genético que de 2011 para 2012 teve um crescimento de 10%, onde US$ 81,9 milhões são provenientes das exportações de ovos férteis de galinha e US$ 38 milhões às exportações de matrizes, totalizando US$ 119, milhões (UBABEF, 2012). Conforme Turra (2012) o sucesso do segmento de aves no Brasil deve-se ao sistema integrado de produção, uma parceria entre o pequeno produtor (criador de frangos) e a Indústria (fornecimento de ração, controle veterinário e abatedouro) que anualmente geram mais de 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos. Embora a prosperidade do setor tenha impulsionado sua modernização e o investido em tecnologia e automação, a presença do colaborador ainda é essencial e seu desempenho decisivo para o sucesso da indústria frigorífica, uma vez que, o trabalho manual é uma realidade em quase todas as fases do processo de abate e produção de carnes. Nesse contexto, Camargo (2010) alerta que o passivo social gerado pelo adoecimento dos trabalhadores não são considerados. Camargo (2010) explica ainda, que as doenças ocupacionais geradas pela rotina de esforço repetitivo, extensas jornadas e ambiente gelado e úmido na linha de corte, embalagem e congelamento de carne de aves atingem 20% dos trabalhadores. Para o autor, a forma organizacional do setor avícola tem provocado uma epidemia social, dado a curta vida útil do trabalhador na área que é de apenas 5 anos. Esse dado foi comprovado por uma pesquisa realizada no Rio Grande do Sul, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), técnicos da Federação e Instituto Itapuy, de São

Leopoldo com 1,2 mil operários com mais de seis anos em atividade nos frigoríficos do Estado. É importante salientar que a indústria frigorífica, assim como as demais indústrias possuem responsabilidades perante a integridade física e saúde de seus colaboradores, devendo atender à legislação pertinente à prevenção e segurança dos trabalhadores. Com o intuito de identificar os riscos que os colaboradores estão sujeitos ao desempenharem suas funções em um frigorífico de aves esse trabalho se estrutura em 5 partes. Na primeira são apresentado os objetivos e justificativa da temática. O segundo capítulo apresenta uma revisão da bibliografia expondo informações referente a indústria frigorífica de frango no brasil, os processos industriais envolvidos no abate de francos os conceitos básicos de riscos enfatizando os riscos na indústria frigorífica. O terceiro capítulo expõe a metodologia aplicada, os principais elementos que envolveram o levantamento e análise dos dados e a descrição detalhada do estudo de caso. No quarto capítulo são explorados os resultados obtidos por meio da aplicação dos questionários. Além disso, cada processo envolvido no estudo de caso é descrito e comentado, dando embasamento para uma discussão e sugestão de melhorias. Por fim, o trabalho é concluído no quinto capítulo, onde é realizada as considerações finais do estudo.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Avaliar os riscos à saúde do trabalhador gerados no processo de abate de aves em um frigorífico.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 INDÚSTRIA FRIGORÍFICA DE FRANGO NO BRASIL

São estruturas físicas de grande porte que realizam o abate da carne de frango. Nesse contexto, sua atividade assume todas as etapas da incubação do ovo, abate dos animais e industrialização da carne. Conforme já citado, o Brasil está entre os maiores produtores de carne de frango do mundo, e isso, associado ao crescimento populacional mundial alavanca ainda mais a ampliação do setor, uma vez que, a carne de frango está entre as alternativas mais econômicas para a alimentação humana, além de sua aceitação mundial estar ligada à questões culturais e religiosas. A evolução no número anual de produção de carne de Frango (milhões/ton.) de 2000 à 2011 é ilustrada na figura 1 a seguir:

Figura 1 - Produção Brasileira de Carne de Frango (Milhões/Ton.) Fonte: UBABEF, 2012

Com um consumo per capta de 43,38 (kg/hab) o país destina 30,2% da produção para a exportação, ficando com 69,8% para atender à demanda nacional (UBABEF, 2012). As principais regiões de destino são:

  • Oriente médio: 1,413 milhões/Ton;
  • Ásia: 1,143 milhões/Ton;
  • África: 498 mil/Ton;
  • União Europeia: 488 mil/Ton;
  • Europa extra Eu: 106,7 mil/Ton;
  • Oceania: 2,8 mil/Ton. Os estados brasileiros que mais exportam carne de frango são Paraná (26,48%), Santa Catarina (27,02%) e Rio Grande do Sul (18,86%) (UBABEF, 2012).

2.2 PROCESSO INDUSTRIAL ABATE DE FRANGO

O processo industrial da produção de frango de corte passa por várias fases, sendo a unidade industrial, abatedouro ou frigorífico o local onde se origina o produto final. Na figura 2 é ilustrada a cadeia produtiva da avicultura de Corte

Figura 2 - Cadeia Produtiva da Avicultura de Corte Fonte: Bueno et. al.,2006, p. 4

  • Classificação/Cortes: Assim que sai do resfriamento, a ave é submetida a inspeção visual para direcionar as partes conforme o destino: embalagem, aves inteiras, ou desossa, trata-se de um processo misto (manual e mecanizado). Além disso, pode ocorrer corte da retirada do uropígio, asas, parte do peito e o dorso, restando as coxas, que ficam penduradas nos ganchos;
  • Embalagem: Assim que são pesados e organizados em grupos os pedaços são empacotados em um processo automatizado;
  • Congelamento: Após embalados, os produtos que não serão comercializados frescos, são congelados;
  • Expedição: Os produtos são organizados conforme o tipo, recebendo carimbos ou selos de validade e demais informações, e organizados na expedição, onde irão aguardar para comercialização. Na figura 2 é apresentada as seções do processo produtivo, ou seja:

Figura 3 - Processo de Abate e Processamento de Aves Fonte: Bueno et. al,, 2007, p. 5

Bueno et. al. (2007) explicam que além dos processos industriais, o frigorífico realiza ainda o recolhimento das fezes, sangue, penas, e vísceras. Esses resíduos são levados para os digestores, no exterior do frigorífico para processamento e produção de ração animal.

2.3 CONCEITOS BÁSICOS DE RISCOS

Todo ambiente de trabalho está sujeito a algum risco de Acidente de Trabalho. Esse risco varia conforme a intensidade da atividade exercida e se o profissional está desempenhando seu trabalho da forma correta e seguindo todos os procedimentos de segurança. Rodrigues (2011, p. 35) explica que o conceito de risco tem duas dimensões podendo ser visto sob a perspectiva “quantitativa, e assim designar a probabilidade de ocorrência de um acidente” e “qualitativo, e indicar o perigo criado pela disfunção”. Na concepção da Norma Regulamentadora, NR-9, representam Riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Uma boa avaliação de risco é um exame sistemático de todos os aspectos do trabalho, com vista a apurar o que poderá provocar danos, se é possível eliminar e, em caso negativo indicar as medidas preventivas para controlar tais riscos (GONÇALVEZ, 2000). Conforme Rodrigues (2011) a Legislação trabalhista classifica os riscos em 5 categorias: a) Riscos mecânicos: Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e ausência de sinalização. b) Riscos Físicos: Ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.