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Guias e Dicas
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Centro mulungu -Escola de artes e centro cultural, Trabalhos de Arquitetura

Escola de artes e centro cultural - projeto arquitetônico

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 20/01/2020

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lara-dias-22 🇧🇷

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CENTRO MULUNGU
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO
ESTRUTURAS I / PROJETO DE ARQUITETURA II
RUI ALEXANDRE/ RAFAELA SANTANA BALBI
LARA FREITAS DIAS | RAQUEL DA COSTA LIMA
ESCOLA DE ARTES E CENTRO CULTURAL
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CENTRO MULUNGU

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO

ESTRUTURAS I / PROJETO DE ARQUITETURA II

RUI ALEXANDRE/ RAFAELA SANTANA BALBI

LARA FREITAS DIAS | RAQUEL DA COSTA LIMA

ESCOLA DE ARTES E CENTRO CULTURAL

CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO

Com auxílio de mapa mental foram definidos conceito e partido arquitetônico.

conceito: TRADIÇÃO Este termo foi empregado a fim de expressar na edificação a cultura local da região nordeste, com ênfase na cidade de Pau dos Ferros, que possui características marcantes e variadas.

PARTIDO ARQUITETÔNICO

  1. No ambiente destinado ao Centro Cultural, espaços para exposições de obras, artesanatos e apresentações culturais, realizados pela população local e região.
  2. Utilização de cobogó como referência a fibra buriti, artesanato comum na região.
  3. Com intenção de representar à cultura nordestina e trazer ao ambiente uma maior característica criativa, quadros e pinturas, como xilogravuras, foram expostos nas paredes dos ambientes externos e internos, além artefatos feitos em barro, como jarro para algumas hortaliças.
  4. Levando em consideração o antigo costume local de encontros ao ar livre, antes da tecnologia, da “vida rápida das cidades” e a sua consequente falta de segurança, se fez um ponto de resgate desta tradição deixada um pouco de lado na atualidade. Assim, foram idealizados dois locais de convivência aberto ao público, com qualidade ambiental e segurança, a fim de proporcionar mais lazer à população, onde elas podem se encontrar e sentar para conversar, ler um livro, brincar, ou apreciar a paisagem. Os ambientes estão dispostos em ambas as laterais da edificação.
  5. Os ambientes de convivência, anteriormente citados, funcionam como jardins sensoriais. O primeiro, localizado ao ar livre, é composto por espécies nativas com coloração exótica, a fim de despertar os sentidos visuais, possui um palco ao centro para apresentações artísticas.

O segundo ambiente é coberto por uma grande marquise o qual possui acesso direto a biblioteca e um parquinho para crianças, o seu entorno que o separa do estacionamento é composto por canteiros de hortaliças perfumadas e uma árvore frutífera, compondo assim um jardim sensorial do paladar e olfato.

  1. Por fim, um ambiente criativo integrado a um centro cultural, deve levar suas raízes em seu próprio nome. O mulungu é uma bela árvore nativa do brasil muito popular na cidade de Pau dos Ferros, possui flores com coloração em tons de vermelho e laranja que embelezam o chão quando caem. Assim, o projeto foi nomeado Centro Mulungu, a espécie foi utilizada também no paisagismo do projeto.

PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades e o pré-dimensionamento levaram em

consideração estudos de referências , consultas de trabalhos finais de

graduação e pesquisa bibliográficas no livro A Arte de Projetar em

Arquitetura (1998) de Ernst Neufett e no Manual de Orientações Técnicas:

Elaboração de Projetos de Edificações Escolares desenvolvido pelo Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em suma, a quantidade e

o tamanho dos ambientes levaram em consideração a necessidade vigente

dos usos e os modelos estudados.

Foram realizados levantamentos previstos para funcionamento e

capacidade de alunos para a escola de artes, e também de visitantes do

centro cultural, onde isso ajudou de forma direta no dimensionamento dos

espaços. Visto isso, a escola de artes tem como público-alvo pessoas de 5 á

60 anos, sendo estes alunos, professores, funcionários e convidados, com

funcionamento em turnos manhã, tarde e noite, de segunda a sexta, com

aulas 2 vezes na semana em dias alternados e o centro cultural tem

público-alvo sem idade definida, nos turno manhã, tarde e noite em

qualquer dia da semana que se faça necessário.

O programa de necessidades previsto até o momento trazia

capacidade máxima para o centro cultural calculada para 400 pessoas no

total e para a escola de artes 302 alunos por turno, 906 por dia e 1812

por mês. Todavia, ao decorrer do processo de projeto e atendendo todas as

especificidades encontradas, respeitando tanto a forma como a função, a

capacidade da escola de artes aumentou para 362 por turno, 1086 por dia

e 2172 por mês.

Cada um dos setores da escola de arte com a quantidade de salas de aula e

a sua respectiva capacidade, considerando os três turnos:

MODALIDADE AULA

AMBIENTES QUANT. ALUNOS

HORA/DIA QUENT. ALUNOS/DIA

Dança 2 salas 20 2H/2DIAS NA SEMANA

240

Música grup. 2 salas 20 2h/2DIAS NA SEMANA

246

Música ind. 1 sala 1 2h/2DIAS NA SEMANA

(Somado junto às salas em grupo)

Desenho 3 salas 20 3h/2DIAS NA SEMANA

180

Fotografia 1 sala 20 2h/2DIAS NA SEMANA

120

Teatro 1 palco 50 2h/2DIAS NA SEMANA

300

Para o centro cultural foram adotados valores especulativos com

relação a população, considerando um número máximo de 400 pessoas por

dia, equivalente a capacidade de público do auditório.

FLUXOGRAMA

A organização dos espaços no local foram divididas, tornando a escola um ambiente privado e o centro cultural aberto à população. Assim, foram

realizados dois fluxogramas, organizados por setores, uma vez que os dois ambientes não se integram internamente.

PRÉ-DIMENSIONAMENTO

● Escola de Artes

SETOR AMBIENTES QUANT. PRÉ-DIM. (UN) LAYOUT

Música e teatro Depósito 01 4,20m²

Administração Recepção 01 21,00m²

Administração Direção 01 14,10m²

Administração Secretaria 01 21,60m²

Administração Sala de funcionários 01 22,50m²

Administração Banheiro de funcionários

01 4,86m²

Administração Copa 01 8,70m²

Administração Depósito 01 4,20m²

Biblioteca Biblioteca 01 76,95m²

SETOR AMBIENTES QUANT. PRÉ-DIM. (UN) LAYOUT

Banheiro Banheiro PNE Fem. 01 2,70m²

Banheiro Banheiro PNE Masc. 01 2,70m²

Administrativo Recepção 01 21,60m²

Administrativo Diretoria 01 14,10m²

Administrativo Secretaria 01 21,60m²

Administrativo Conservação e restauro

01 16,00m²

Administrativo Depósito 01 4,20m²

Administrativo Copa 01 8,70m²

Administrativo Banheiro dos funcionários

01 4,86m²

Galerias Galeria 01 01 40,50m²

Galerias Galeria 02 02 31,20m²

Área de Convivência Foyer 01 30,56m²

Área de Convivência Restaurante 01 18,61m²

● Centro Cultural

SETOR AMBIENTES QUANT. PRÉ-DIM. (UN) LAYOUT

Banheiro Banheiro fem. 01 13,20m²

Banheiro Banheiro masc. 01 13,20m²

PLANTAS BAIXAS - PRIMEIRO, SEGUNDO E TERCEIRO

PAVIMENTOS

PLANTA DE COBERTA, JARDINS E ESTACIONAMENTO

IMAGENS RENDERIZADAS - INTERNAS

QUADRO RESUMO DO PONTO DE VISTA ESTRUTURAL

★ Adaptação do projeto arquitetônico ao lançamento estrutural: diversas vezes existia a

necessidade de haver um pilar em um determinado local que, por conta do seu uso, o pilar

não poderia ficar ali, como por exemplo na sala de dança, local que precisa de espaço de

forma livre e ampla, por conta desse e de outros casos, ocorreram diversas vezes o estudo

do layout dos ambientes e a disposição destes pilares.

★ Uma restrição relevante está relacionada com o vão máximo que um pilar pode estar

disposto de um local à outro.

★ Procura de mecanismos paralelos à disciplina no projeto: com relação aos dois palcos que

existem no local, o palco para aulas de teatro e o auditório, por apresentarem vãos

maiores e a necessidade de não possuírem nem vigas nem pilares que prejudiquem a

visualização completa dos palcos, foram utilizadas nesses ambientes lajes nervuras no

material metal.

MEMORIAL DE CÁLCULOS

O primeiro passo para o cálculo de pilares foi a determinação de onde estes iriam ficar de acordo com as normas que regem as distâncias mínimas e máximas para os vãos. Para tanto, os três pavimentos da construção foram alinhados em eixo, um em cima do outro, com a finalidade de locar os pilares da melhor forma possível, interferindo o mínimo no projeto arquitetônico.

Ademais, foi realizado o dimensionamento dos pilares do pavimento térreo a partir do cálculo da área de influência de cada um. A partir disso, foram calculadas 3 dimensões para os pilares: o menor, dos cantos, o médio dos lados e o maior dos meios, sempre pegando a maior medida desses para embasar o projeto sempre para a maior dimensão. Vale salientar que as áreas de influência estudadas foram do primeiro e segundo pavimentos, tendo em vista que o terceiro pavimento tem áreas de influência exatamente iguais as do segundo pavimento.

Nessa perspectiva, os pilares e a dimensão destes são os mesmos até o último pavimento da edificação, salvo os pilares que morreram em um determinado pavimento e não continuaram até o topo.

DIMENSIONAMENTO DOS PILARES PAVIMENTO TÉRREO ● Pilar menor ○ 2,32 x 2,52 = 5,8464 (levando em consideração o maior destes) ○ 5,8464 x 1500 = 8768,6kg (primeiro pavimento) ○ 17539,2kg (segundo pavimento) ○ 26305,8kg (terceiro pavimento) ○ Cada cm² da seção do pilar suporta 100kg, por conta disso 26305,8kg / 100 = 263, ○ Os valores resultado dessa seção ficariam menores do que a seção mínima, por isso o valor adotado será 30/14 para melhor adaptação às técnicas construtivas. ● Pilar médio ○ 5,70 x 2,32 = 13,224 (levando em consideração o maior destes) ○ 13,224 x 1500 = 19836 (primeiro pavimento) ○ 39672 kg (segundo pavimento) ○ 59508 kg (terceiro pavimento) ○ Cada cm² da seção do pilar suporta 100kg, por conta disso 59508 kg / 100 = 595, ○ O melhor valor encontrado para esta seção será 32/ ● Pilar maior ○ 5,66 x 4,2 = 23,772 (levando em consideração o maior destes) ○ 23,772 x 1500 = 35658 kg (primeiro pavimento) ○ 71316 kg (segundo pavimento) ○ 106974 kg (terceiro pavimento) ○ Cada cm² da seção do pilar suporta 100kg, por conta disso 106974 kg / 100 = 1069, ○ O melhor valor encontrado para esta seção será 57/

DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS Nessa perspectiva, as vigas sem balanço possuem o cálculo da sua altura relacionado com a divisão do vão que ela está sendo inserido L1 por 10. Por conta disso, cada um dos vãos irá receber a viga com tamanho necessário de suporte daquele espaço, todos seguindo a lógica da sua divisão pelo fator 10. Segue em anexo a planta baixa com todos os pilares e vigas dispostos em teu tamanho e local necessários, com seus determinados códigos. Dando continuidade e, levando em consideração que as vigas devem ficar, preferencialmente, embutidas dentro das paredes, a largura destas é determinada de acordo com a espessura da parede que estas vão estar inseridas, por conta disso, como todas as paredes dos ambientes possuem 15 cm de espessura, as vigas irão ficar com 12 cm. Ademais, apesar da presença de modulação em todos os ambientes da construção, a disposição dos pilares e vigas não seguiram a modulação estrutural, os quais foram dispostos da maneira que mais conseguissem favorecer o projeto e que atendesse as normas necessárias.

DIMENSIONAMENTO LAJE

Para o dimensionamento das lajes, é observado primeiro se ela possuirá uma ou duas direções. Essa informação é obtida a partir da relação entre os vãos, isto é: ly/lx; onde lx = menor vão teórico e ly maior vão teórico. Se o valor obtido é menor ou igual a dois, a laje é bidirecional; se esse valor é maior que dois, ela possui uma direção. Visto isso, é preciso calcular a espessura da laje que, para duas direções, deve ser maior ou igual a lx/50 e menor ou igual a lx/40, Enquanto que as lajes de uma direção, maior ou igual a lx/45 e menor ou igual a lx/25. Após a realização dos cálculo em todos os ambientes do projeto, foi realizada a média aritmética das espessuras de acordo com cada necessidade, para os três tipos de laje aplicadas no projeto: L1 Laje de piso; L2 Laje de cobertura; L3 Laje em balanço. Desse modo, o projeto possui lajes com uma e duas direções, a depender do ambiente, e espessura variando de 10 a 20 centímetros.

LOCAÇÃO DAS ESTRUTURAS NO PROJETO

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050: Acessibilidade a edificações mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15220: Desempenho térmico de edificações. Rio de Janeiro, 2003.

FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Manual de orientações técnicas: Elaboração de projetos de edificações escolares.

NEUFERT, Ernest. Arte de Projetar em Arquitetura. 17ª ed. Barcelona: Ed. Gustavo Gili, 2008.

PROJETEEE. Dados climáticos para Jaguaribe. Disponível em:

http://projeteee.mma.gov.br/dados-climaticos/?cidade=CE-Jaguaribe&id_cidade=bra_ce_jaguaribe.818330_inmet. Acesso em: 28 out. 2019

Silva, Andreza Cruz Alves da. Mar de gente teatro de ensino: anteprojeto de um teatro multifuncional para cidade de Natal-RN / Andreza Cruz Alves da Silva. – Natal,

RN, 2014.