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Este documento aborda os principais cestódeos que acometem bovinos, suínos e aves, fornecendo informações detalhadas sobre seus ciclos de vida, hospedeiros intermediários e definitivos, sintomas em animais e humanos, diagnóstico e medidas de controle. Ele cobre espécies como taenia saginata, taenia solium, echinococcus granulosus, anoplocephala spp., moniezia spp. E davainea proglotina, destacando a importância da inspeção sanitária, educação da população e adoção de boas práticas de manejo para prevenir a transmissão desses parasitas. Relevante para profissionais da área de medicina veterinária, saúde pública e produção animal, bem como estudantes interessados em entender melhor a epidemiologia e o controle dessas importantes zoonoses.
Tipologia: Esquemas
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Família Taenidae Taenia saginata Humanos Bovinos Músculo
5 a 8 m de comprimento, escólex não tem rostelo e ganchos
Forma larvária (Cysticercus bovis)
Pessoa infectada excreta fezes com o ovo (geralmente na pastagem) - o bovino ingere o ovo - a oncosfera ( forma larvaria) se desloca pelo sangue até o musculo estriado e desenvolve a larva - o humano ingere a carne bovina mal passada e desenvolve o verme adulto (2 a 3 meses).
Humanos: ( Teníase: dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação - obstrução do apêndice, colédoco e duto pancreático). Animais: lesões são visíveis apenas nas avaliações post mortem.
Humanos: Clínico, epidemiológico, de imagem e laboratorial. Animais: Testes de ELISA e anatomopatológico. Notificação Obrigatória*
Bovinos: programa estratégico 90- 60-30 dias antes do abate com Albendazol. Humanos: cirúrgico, praziquantel e niclosamida (para os vermes adultos) podem ser empregados.
Não comer carne crua ou mal cozida, não comer carne de abate landestino (só inspecionados), educação sanitária, evitar o uso de fluentes de esgotos para irrigação de pastagens, inspeção sanitária em frigoríficos, imunização.
Família Taenidae Taenia solium Humanos Suínos e javalis Músculo
3 a 5 m de comprimento, raramente até 8 m, rostelo apresenta quatro ventosa
Forma larvária ( Cysticercus cellulosae )
Pessoa infectada excreta fezes com o ovo (geralmente no quintal) - o suíno (criado solto) ingere o ovo - a oncosfera se desloca pelo sangue até o musculo estriado e desenvolve a larva (cisticercos) - o humano ingere a carne suína mal passada contendo cisticercos e desenvolve o verme adulto (2 a 3 meses). Além disso pode ocorrer a ingestão de ovos de T. Solium por meio de mão sujas ou alimentos contaminados (verduras), nesse caso adquire a cisticercose humana. (a animal ocorre pela ingestão de ovos de T. saginata ou T. solium.
Humanos: ( Teníase: dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação - obstrução do apêndice, colédoco e duto pancreático).( Cisticercose: convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão, intracraniana e oftálmicos - deficiência visual, epilepsia). Animais: lesões são visíveis apenas nas avaliações post mortem.
Humanos: Clínico, epidemiológico, de imagem e laboratorial. Animais: Testes de ELISA e anatomopatológico. Notificação Obrigatória*
Não há tratamento eficaz
Não comer carne crua ou mal cozida, não comer carne de abate landestino (só inspecionados), lavar frutas, verduras e legumes com cloro, educação sanitária, inspeção sanitária em frigoríficos.
Família Taenidae Echinococcus granulosus
Cães e gatos
Ovinos, bovinos, camelos, suínos, búfalos, veados, humanos
Fígado e pulmões
6,0 mm de comprimento, um escólex e, geralmente, três ou quatro segmentos, rostelo apresenta duas fileiras de ganchos, uma abertura genital
Morfologia da larva: Membrana adventícea (pericisto), Membrana anista, Membrana germinativa ou prolígera (interna), Vesícula prolígera, Escólex, Liquído hidático, Areia hidática
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o HI ingere o ovo - as oncosferas se desloca pelo sangue até o fígado ou linfonodos do pulmão - tecidos (vísceras) do HI são ingeridos pelo HD. Por outro lado os humanos podem ingerir o ovo do HD e desenvolver hidatidose.
HD: em infecção maciça ocorre diarreia catarral hemorrágica. HI: de acordo com o órgão afetado.
HI: sinais clínicos, epidemiológico, sorologia ou por imagem. HD: pesquisa de proglótes nas fezes.
Cães: praziquantel. Homem: excisão cirúrgica dos cistos hidáticos, albendazol.
Educação sanitária, controle e tratamento do cão e do gato portador, evitar acesso de cães e gatos a vísceras cruas de HI, criar ovinos evitando a utilização de cães, inspeção sanitária de matadouros
Família Anoplocephalidae Anoplocephala perfoliata
Equinos e asininos
Ácaro de forragem ( Oribatidae )
Íleo terminal, raramente ceco
4 a 8 cm de comprimento e 1,2 cm de largura. Escólex musculoso, desprovido de rostelo e acúleos, com 4 apêndices abaixo das 4 ventosas; não apresentam rostelo, nem ganchos. um único conjunto de órgãos reprodutores.
Larva: estágio cisticercóide Ovos: irregularmente esféricos ou triangulares A. perfoliata é mais patogênica
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo - ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens infestadas - Cisticercos são libertados no sistema digestivo e aderem à parede intestinal do intestino delgado para amadurecer - (parasita adultos de A. perfoliata vivem no instestino delgado) - segmentos grávidos da tênia se rompem e passam às fezes - ovos embrionados nas fezes.
HD: ulceração da mucosa e intussuscepção, congestão local levando à ocorrência de estrias de sangue nas fezes, cólica.
HI: sinais clínicos, epidemiológico, sorologia ou por imagem. HD: pesquisa de proglótes nas fezes.
Cães: praziquantel. Homem: excisão cirúrgica dos cistos hidáticos, albendazol.
Educação sanitária, controle e tratamento do cão e do gato portador, evitar acesso de cães e gatos a vísceras cruas de HI, criar ovinos evitando a utilização de cães, inspeção sanitária de matadouros
Família Anoplocephalidae Anoplocephala magna
Equinos e asininos
Ácaro de forragem ( Oribatidae )
Intestino delgado (as vezes estômago)
Até 80 cm de comprimento e 2,5 cm de largura, escólex grande e globuloso com 4 ventosas anteriores, sem apêndices.
Morfologia da larva: Membrana adventícea (pericisto), Membrana anista, Membrana germinativa ou prolígera (interna), Vesícula prolígera, Escólex, Liquído hidático, Areia hidática
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo - ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens infestadas - Cisticercos são libertados no sistema digestivo e aderem à parede intestinal do intestino delgado para amadurecer - (parasita adultos de A. magna vivem no estômago e instestino delgado) - segmentos grávidos da tênia se rompem e passam às fezes - ovos embrionados nas fezes.
HD: mais comumente encontrada no jejuno, causa enterite catarral ou hemorrágica obstrução e perfuração intestinal, cólica.
Observação de ovos com aparelho piriforme; técnica aboratorial: flutuação.
Tratamento antiparasitário mediante exames coproparasitológicos, vermífugos de amplo espectro: Pamoato de Pirantel, Embonato de Pirantel, Praziquantel.
Diagnóstico precoce
Família Anoplocephalidae Moniezia expansa
Ovinos e caprinos
Ácaro de forragem ( Oribatidae )
Intestino delgado
1 a 6 m de comprimento, ou mais, possuem escólex sem ganchos e rostelo e apresentam 4 ventosas proeminentes. Tem 2 conjuntos de órgãos genitais macroscopicamente visíveis ao longo da borda lateral de cada segmento. Ovos: triangulares ou piramidais
Fileira de glândulas interproglotes em toda a largura da borda posterior
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo - ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens infestadas - Cisticercos são libertados no sistema digestivo - ovos embrionados saem nas fezes.
Acometem mais animais jovens podendo causar diarreias graves, obstruções intestinais, perda de peso e atraso no crescimento
Tipicamente diagnosticada quando os segmentos móveis são vistos rastejando ao redor do ânus ou em uma evacuação. Ovos do parasita pode ser visto na flutuação fecal sob um microscópio
Família Anoplocephalidae Moniezia benedeni
Ovinos e bovinos
Ácaro de forragem ( Oribatidae )
Intestino delgado
1 a 6 metros de comprimento por 2,5 cm de largura (semelhante a M. expansa). Ovos: quadrangulares
Glândulas interproglotes se limitam a uma curta fileira, próximo à metade da borda posterior do segmento
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo - ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens infestadas (larvas cisticercóides se desenvolvem no HI em 2 a 6 meses dependendo das condições climáticas) - Cisticercos são libertados no sistema digestivo - ovos embrionados saem nas fezes. (No hospedeiros: cestóides vivem de 2 a 6 semanas quando são eliminados pelas fezes).
Infecções maciças podem levar a inflamação da mucosa intestinal e degeneração das vilosidades, anemia, diarreia. Animais apresentam constipação alternada com diarreia. Pode ocorrer obstrução intestinal.
Mesmos procedimentos para Anoplocephafa.
Anti-helmínticos: niclosamida, praziquantel, bunamidina, benzimidazóis.
Diminuir a população de ácaros na vegetação: aragem e replantio, evitar o uso de mesmo pasto utilizado para animais jovens em anos consecutivos. Difícil o controle dos hospedeiros intermediários.
Família Dilepitidae Dipylidium caninum
Cães, gatos e eventualmente crianças.
Pulgas ( Pulex irritans, Ctenocephalide s canis, C. felis ) e piolhos mastigadores ( Trichodectes canis )
Intestino delgado
Mede de 20 a 60 cm de comprimento, por 2 a 4 mm de largura. Escólex com rostro retrátil com 4- coroas de acúleos em forma de espinhos de roseira , apresentam poros genitais duplos e produzem cápsulas ovígeras. São ovais/alongadas como um grande grão de arroz.
Larva: estágio cisticercóide Ovos: protegidos por cápsula ovígera
Animal infectado excreta fezes com o ovo - larvas de pulga ingere o ovo - o cão ingere pulga com cisticercoide (forma larval) - Cisticercos são libertados no sistema digestivo delgado do cão (20- 30 dias) - ovos embrionados saem nas fezes. ( HI adulto são hematófagos e portanto não ingerem os ovos).
Dipilidiose (doença parasitária): assintomática em alguns casos. Humanos: Prurido anal, diarreia e cólicas e perda de apetite. Proglotes com movimento autônomo.
Clínico: presença de proglotes nas fezes ou na região perineal
Vermífugos de amplo espectro para eliminação do verme adulto
Controle dos HI
Família Dilepitidae Davainea proglotina
Galináceos
Moluscos gastrópodes (caramujo) Duodeno
Mede de 15 a 60 cm de comprimento, por 4 a 5 mm de largura. Escólex cinlíndrico e rostro curto com dupla coroa com 25-50 acúleos. Colo curto com a mesma largura do escólex. Um único conjunto de órgãos reprodutores
Larva: estágio cisticercóide Ovos: protegidos por cápsula ovígera (Cada cápsula possui apenas um ovo). As teníases em aves são raras em razão do desenvolvimento tecnológico da avicultura. Eventualmente, podem ser encontradas em aves criadas em “fundo de quintal”, causando enterite mucosa e baixo desempenho no crescimento e na produção de ovos.
Animal infectado libera cápsulas ovígeras pelas fezes - os moluscos ingerem (transforma em larvas cisticercoides em 3 semanas) - as aves comem os moluscos - liberam as larvas - se fixam na mucosa do duodeno e, cerca de 7 dias depois, completam o ciclo, transformando-se em cestódeos adultos.
Enterite hemorrágica grave, diarreia sanguinolenta, emagrecimento, aves com asas caídas, penas arrepiadas, prostração, caquexia intensa; queda na produção à prejuízos econômicos Lesões: mucosa intestinal espessa e com hemorragias
Não há envolvimento em Saúde Pública
Família Dilepitidae Raillietina tetragona
Galináceos
Coleópteros coprófagos e terrícolas, formigas e moscas.
Duodeno
Mede de 13 a 25 cm de comprimento, por 4 a 5 mm de largura. Rostro com dupla coroa de acúleos e ventosas armadas de acúleos. Proglotes anteriores em forma de trapézio e as posteriores mais longas do que largas. “colo” é muito proeminente.
Larva: estágio cisticercóide Ovos: protegidos por cápsula ovígera. Cada cápsula possui apenas 6- 18 ovos.
Animal infectado libera cápsulas ovígeras pelas fezes - o HI ingerem a cápsula ovígera contida nas fezes - as aves ingerem as larvas cisticercoides contidas nos hospedeiros - alcançarão o estágio adulto cerca de 2 meses depois.
Poderá ocorrer em animais criados em “fundo de quintal”. Os parasitos provocam nódulos caseosos ou calcificados na mucosa e na submucosa intestinal que lembram a tuberculose aviária. Parasitas intestinais são responsáveis por causarem sintomatologia diversa, como letargia, anemia, inflamação na bolsa de Fabricius e diminuição no consumo de alimentos
Clínico: presença de proglotes nas fezes ou na região perineal
Anti-helmínticos (niclosamida, butinorato): medicamentos que podem ser fornecidos pela água de bebida ou misturados à ação, para controle dessas verminoses;
Não há transmissão para humanos. Controle de hospedeiros intermediários; limpar diariamente os bebedouros e fornecer água limpa às aves; utilizar comedouros para fornecimento de ração; Limpar periodicamente as instalações; impedir o acesso das aves a águas paradas ou esgotos.