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Ebook sobre a codificação e codificadores da Umbanda de Alexande Cumino
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
O conceito alcançado entre nós pelo Espiritismo de Umbanda... (...)Sua prática variava, entretanto, segundo os conhecimentos de cada núcleo, não havendo, assim, a necessária homogeneidade de práticas, o que dava motivo a confusão por parte de algumas pessoas menos esclarecidas, com outras práticas inferiores de espiritismo. Fundada a Federação Espírita de Umbanda há cerca de dois anos, o seu primeiro trabalho consistiu na preparação deste Congresso, precisamente para nele se estudar, debater e codificar esta empolgante modalidade de trabalho espiritual, afim de varrer de uma vez o que por aí se praticava com o nome de Espiritismo de Umbanda, e que no nível de civilização a que atingimos não tem mais razão de ser [...] DISCURSO DE ENCERRAMENTO Pronunciado pelo 1° Secretário da Federação Espírita de Umbanda, Sr. Alfredo António Rego, na reunião de 26 de Outubro de 1941 (...) Tendo estabelecido como pontos fundamentais deste Congresso, a codificação da História, Filosofia, Doutrina, Ritual, Mediunidade e Chefia Espiritual, temos hoje a imensa satisfação de proclamar o pleno cumprimento do programa que nos traçamos, o qual foi executado fiel e rigorosamente, durante as oito noites de nossas reuniões [...]
A Umbanda será a futura religião que dominará no mundo [...] A Umbanda a que me refiro, não é essa Umbanda mistificada e misturada com os diversos credos fetichistas de hoje conhecidos no Brasil inteiro. Será uma Umbanda codificada , uma Umbanda pura , na qual se aproveitará de todas as religiões existentes na terra, somente aquilo que for sublime e perfeito. [...] (p.92) A CODIFICAÇÃO DA UMBANDA TRABALHOS FILOSÓFICOS E DOUTRINÁRIOS Há muito se fala em uma codificação na LEI DE UMBANDA ; entretanto, quem lançará a pedra fundamental?... Quem se atreverá a arcar com a enorme responsabilidade que atrairá para si a ira dos potentados das inúmeras religiões que dominam o mundo inteiro? Sim, aquele que se atrever a isso, lutará com todas as dificuldades possíveis e imagináveis, contra todos e contra tudo [...] Quando falo em codificação da UMBANDA, não me refiro ao aglomerado que se possa fazer entre algumas tendas espíritas, sujeitas a um determinado “centro” que as possa dirigir. Não é nada disso. A CODIFICAÇÃO a que me refiro, é uma luta tremenda que se terá que realizar em torno de milhares de “centros”, “tendas”, “terreiros”, “templos”, etc., com a finalidade de separar o “joio do trigo”, unificando-se todas as interpretações espíritas em torno de um só poder, de uma só ORDEM, sendo essa ordem incontestavelmente UNIVERSAL. [...] (P.96)
nossa palavra, precisam de saber a verdade sôbre UMBANDA, conhecer o seu código legítimo, segundo as leis morais, evangélicas e os preceitos divinos contidos em seus mistérios [...] Talvez amanhã mesmo, quem sabe, uma vez a lume se encontrem estas verdades que afirmamos de pé, nossas palavras não agradem também aqueles mesmos que nos convenceram para escrevê-las... uma vez que venham contrariar o gosto pela aceitação daquilo que elas desaconselham, mesmo contra o prazer da maioria [...] (o convite havia sido feito 15 anos antes, 1936, nota nossa) Aconteceu exatamente o que prevíramos. (agora na 4 edição em
Escrevemos para o umbandista e para o não umbandista. Ao primeiro fornecemos os argumentos científicos com os quais ele poderá justificar ao mundo a razão de ser da Umbanda. Ao
segundo damos explicações claras do que é a Umbanda [...] Eis porque, a seguir, damos à publicidade, sob o título “Diretrizes”, as sugestões que apresentamos à Federação de Umbanda. Está quase tudo por ser feito. Lutemos, pois, e comecemos pela Codificação. Comecemos pela Codificação na parte Científica e na parte Ritualística; mas não esqueçamos que a base da parte moral é confraternização de todos os umbandistas. (pp.8-11)
Na nossa obra “A Umbanda Esotérica e Iniciática”[1] apelei para os escritores que escrevessem uma obra para a grandeza da Umbanda, mostrando o que ela tem de religioso, filosófico e científico; pois bem, se realmente os que me seguiram tentam corresponder ao nosso apelo houve um que por vaidade e pretensão, querendo fazer obra pessoal, tenta desfazer as obras dos outros e tudo quanto sobre a Umbanda se tem escrito. E a vista disso, mais uma vez apelo para todos os escritores e homens de boa vontade, que escrevam obras cujo fim seja, para a grandeza e elevação da Umbanda. Não vamos querer na nossa vaidade e pretensão nos mostrar mais sábios e mais conhecedores da Umbanda do que os que anteriormente nos precederam tentando fazer obra nossa quando a
É nesse clima que se anuncia a realização do II Congresso Brasileiro de Umbanda: “Para elaborar o código que orientará a feitura da carta sinódica de Umbanda [...] p. A mesa foi composta com a participação dos deputados estaduais Átila Nunes (RJ) e Moab Caldas (RS), do bispo dom José Aires da Cruz, da Igreja Católica Brasileira, além de líderes umbandistas [...] Finalmente, foram aprovadas quinze resoluções, dentre as quais a primeira e mais importante se propunha a Promover a codificação da Doutrina Umbandista em todos os seus aspectos [filosófico, científico e religioso] inclusive a uniformização do ritual e atos litúrgicos [...] A única providência concreta nesse sentido foi a constituição de um grupo de quinze membros que no prazo de seis meses deveria elaborar a Carta Sinódica da Umbanda, a ser debatida em congresso extraordinário a ser realizado em abril de 1962 em Porto Alegre. A Comissão Codificadora deveria iniciar seus trabalhos no dia 16 de agosto do então corrente ano de 1961 [...] p.
Cooperar no trabalho de Codificação Doutrinária do Culto,
incluindo ritual e liturgia, auxiliando dessa forma a Comissão Nacional de Codificação [...] p. Os resultados do I Congresso Paulista, Direcionados pela estratégia acima, chegaram a um total de dezoito resoluções... Resolveu-se transformar a comissão organizadora em Comissão Permanente, com o objetivo de ... elaborar substancial trabalho sobre a Codificação do culto de Umbanda afim de ser oportunamente apresentada à Comissão Nacional de Codificação ou ao congresso extraordinário[...]
Resposta: De fato houve esse Congresso. Entretanto não creio cheguem codificar a Umbanda, mesmo que tenham nomeado para isso imponentes membros, entre doutores etc. A Umbanda, meus irmãos, já está codificada há muito tempo e eles sabem disso ...[6]
A Umbanda de alguns anos para cá foi enriquecida com uma vasta literatura, por onde se constata que ela pode ser codificada a qualquer momento, bastando para isso que a escolha seja feita por dentro do que há de mais certo e de mais interno. [7]
Leal de Souza, poeta, jornalista e escritor, foi o primeiro umbandista que enfrentou a crítica mordaz, ostensiva e pública, em defesa da Umbanda do Brasil [...] Ele o fez numa época que era quase um crime de heresia se falar de tal assunto. Foi também o precursor de um ensaio de codificação , ou melhor, foi o primeiro que tentou definir, em diversos artigos, o que era a Umbanda ou o que viria a ser no futuro esse outro lado que já se denominava de linha Branca de
Umbanda [...][8] Dissemos também que Leal de Souza foi um ensaísta de uma espécie de Codificação , pois já naquele tempo ele tentava classificar (segundo o entendimento que tinha na época) as 7 linhas da Umbanda Branca, sintetizada em Santos da Igreja Católica e ainda dissertava a sua Magia... Isso pode ser comprovado no “Mundo Espírita”, um jornal lá do Paraná, que o entrevistou, sob o título de “Espiritismo, Magia e as Sete Linhas de Umbanda”, no ano de 1925. [...][9] Diante do exposto e da leitura de sua entrevista, ficou bem clara essa “entrevista-arquivo” de Leal de Souza. Antes dele ninguém havia dito nada sobre a Linha Branca de Umbanda etc., etc., etc... Todavia, existem certos setores umbandistas que pretendem dar particularidades especiais na história ou nas origens da Umbanda do Brasil, doutrinando que: _ quem levantou o termo Umbanda pela primeira vez e “codificou” a dita Umbanda foi o Caboclo das Sete Encruzilhadas...
“Codificação da Lei de Umbanda” que apesar de insuficiente, demonstra a preocupação permanente dos sinceros [...] (op.cit. p.22) O futuro exige a codificação para a Umbanda como culto organizado, e não se tumultuarem os seguidores pelas contradições de ensinamentos desordenados; nessa época de conhecimentos científicos, em que tudo deve ser explicado à luz da razão. [...] A codificação se impõe, especialmente visando aos que abusam da credulidade alheia [...] Dando uma apreciação de síntese, visamos principalmente a Codificação do Culto de Umbanda, mas na certeza de que o pensamento codificador se processará lentamente [...]
[...] nos encontramos em presença de uma religião a pique de nascer, mas que ainda não descobriu as suas formas; ao ponto de, ao procurar uma solução na “codificação” de suas regras pelas “tendas federadas”, essas próprias federações (agora se contam 4 no Rio) lutarem entre si; e ainda se sonha estabelecer um mínimo de ordem e coerência...[11]
Com efeito, esta necessidade interna de codificação aparece desde as origens da Umbanda; ela domina as preocupações dos participantes do congresso de 1941, permanecendo ainda hoje um ideal a ser atingido [...] Se não existe até o momento um código definitivo, aceito unanimemente pelos umbandistas, não é menos verdade que a codificação e unificação religiosa permanece um ideal constante para as diferentes tendências [...] Nesses terreiros até mesmo a hierarquia e as relações entre os participantes podem ser codificadas ao extremo. Um exemplo disso são as apostilas da Tenda Mirim [...][12]
A Umbanda mais praticada, que se dissemina sem nenhum controle, é essa – misturada , que não dá importância à pureza, seja esta de cunho moral, com a pretensão de impor códigos doutrinários, seja de caráter ritual [...] As tentativas de “codificação” da Umbanda, no sentido de homogeneizá-la, partem geralmente dos setores mais
terreiro, por causa da ausência de cultura [...] Talvez o tempo possa permitir uma codificação , abrindo uma nova mentalidade dentro da religião [...] Vários seguimentos da religião umbandista vêm tentando uma codificação para todos os rituais. A Federação Umbandista do Grande ABC instituiu um conselho de culto que padronizou todos os seus rituais, trabalhos e sacramentos. As suas tendas filiadas seguem, na medida do possível, essa padronização [...] A codificação se for necessária, virá com o tempo [...] (pp. 61-62)
Finalmente, dia virá em que despontará o Codificador que há de dar uma forma final à Umbanda, mas talvez nesse dia, o seu trabalho já tenha sido facilitado por todos aqueles que o precederam e que não se recusaram a dar suas contribuições, enquanto a Obra Final ainda é considerada uma salada religiosa. (pp.17-18)
Muitos devem estar achando pretensiosa a obra que ora chega às suas mãos, caro leitor, e nós até entendemos o ceticismo e a inquietação que deve despertar uma obra como esta [...] Mesmo nós... ponderamos acerca do efeito psicológico de se usar um título com o “peso” de um termo como este: “código” [...] achávamos uma temeridade utilizar esse termo, pois a intenção nunca foi ferir suscetibilidades, e parecia-nos muito provável que isso ocorresse [...] Mas os Mestres (espirituais) insistiam no termo e, aos poucos, apresentavam desdobramentos do tema original (“A Ciência dos Orixás”) [...] O resultado foi um conjunto de temas e assuntos tão abrangente que, se não representava formalmente um “código religioso” , tratava-se no mínimo , de uma “codificação” extensa de vários pólos relativos aos fundamentos do Ritual de Umbanda Sagrada, tanto ao nível de sua estruturação no astral quanto de consciência religiosa e práticas rituais [...] Código de Umbanda não é, portanto, um código no sentido de “um conjunto de regras”, mas sim no sentido de “um conjunto de conhecimentos, conceitos e preceitos” [...]