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Apostila da Universidade Estadual de MaringáCentro de Ciências BiológicasDepartamento de BiologiaDisciplina: Zoologia de Deuterostômios
Tipologia: Notas de estudo
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 04/10/2010
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A identificação do animal é de suma importância, a qual pode ser feita em uma etiqueta, que acompanha o exemplar ou em livro de campo. Os dados básicos são o número de campo, o lugar onde o animal foi coletado, a data da coleta e o nome do coletor. Às vezes, o rótulo ou etiqueta trazem unicamente um número de série. Isso acontece, principalmente, no caso de animais preservados em meio líquido. O número pode ser escrito indicando que há notas em um caderno, ou que há outras partes preservadas do mesmo material. Os nomes da localidade (município, estado) são indispensáveis. O nome do coletor é importante, pois não só garante o crédito do trabalho, como facilita, mais tarde, o fornecimento de dados adicionais. Na data da coleta é registrado o dia exato, mês e ano. Deve-se dar o ano por inteiro, visto que o material científico deve ser preservado por tempo indeterminado. Outros dados podem ser incluídos: dados ecológicos do animal (ambiente e método de coleta), altitude, medidas biométricas, cor dos olhos, sexo e partes nuas das aves. Para rotulagem, utiliza-se papel vegetal, escrito em nanquim ou grafite. Num caderno de campo devem ser anotados: sexo do exemplar, o método de coleta (tiro, tipo de armadilha), dados sobre o local de coleta (tipo de vegetação, extrato vegetal), existência e número de filhote, se fazia parte de um bando ou estava isolado, nome vulgar regional, condições climáticas (chuva e frio), data de coleta, coletor e outros dados dos exemplares (medidas, coloração das partes moles, etc.). Na etiqueta também deve constar a identificação sistemática do indivíduos (Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie, além do nome regional).
Na preparação por via úmida utilizam-se líquidos fixadores e conservantes. O fixador prepara os tecidos do animal para a conservação permanente. O principal fixador usado é o formol. Geralmente, utiliza-se o formol em diluições de 10%, ou seja, nove partes de água para uma de formol. Para a fixação do material biológico injeta-se o fixador nas cavidades gerais (abdome e tórax) e, segundo as necessidades, nas massas musculares maiores e em todo o corpo do animal. Neste processo, o formol enrijece os tecidos em seis a doze horas, sem torná-los demasiados duros ou quebradiços. O álcool é o principal conservador. No comércio é encontrado na concentração de 96% o qual é preparado à concentração de 70% para a conservação. O formol tem alguns incovenientes para quem o usa em grandes quantidades e de forma intensiva, uma vez que irrita as mucosas e destrói a camada mais externa da pele das mãos, as quais ficam grossas, sem tato e descascam de maneira desagradável. Para tanto é adequado o uso de luvas de borracha. A este tipo de conservação prestam-se todos os grupos de animais, entretanto deve-se evitar a preservação de animais com pêlos, uma vez que estes animais adequam-se melhor a taxidermia Os frascos, nos quais o material biológico será acondicionado devem ser suficientemente grandes para impedir a deformação do corpo do animal. A boca do exemplar a ser preservado, assim como outras estruturas indispensáveis a identificação do animal, deve ser matida aberta, utilizando-se para isto frações de isopor.
para os de tamanho grande. O restante da carne já cozida deve ser retirada com auxílio de pinças ou tesouras. Nunca raspar com faca ou qualquer outro objeto cortante. A complementação da limpeza será feita com banhos alternados:
A palavra taxidermia vem do grego taxis (arranjo, organização) e derme (pele), significando a arte de empalhar os animais. A taxidermia consiste na preparação da pele de um animal para estudos científicos ou exposição. Tradicionalmente, mamíferos e aves são os animais geralmente utilizados para serem preservados em coleções científicas. Neste processo, todas as partes moles devem ser retiradas, ou seja a pele deve ser completamente isolada, só restando o que fica diretamente aderido aos ossos. A esta operação denomina-se escalpelação. A escalpelação deve ser completa e minuciosa, evitando deixar restos de músculos ou gordura aderidos a face interna da pele. Usa-se durante esta operação substâncias absorventes para reter os líquidos corporais. A pele é excessivamente tratada com fubá ou fécula de batata. Deve-se aguardar pelo menos duas
horas (variável de acordo com o tamanho do animal), entre a morte e o início da escalpelação para que o sangue coagule e os líquidos corporais comecem a secar. As preparações dos vertebrados apresentam uma série de aspectos em comuns. São os seguintes os cuidados preliminares:
Continua-se o deslocamento da pele até as costas, de modo que os dedos possam passar livremente entre a pele e o corpo. Corta-se a ligação dos genitais e do intestino com a pele. Em seguida, com o bisturi ou com os dedos desnuda-se os primeiros centímetros da cauda, aperta-se firmemente a cauda entre duas hastes de uma tesoura, que é mantida firmemente. Puxa-se o corpo também com firmeza, mas devagar. A cauda geralmente se destaca com facilidade e vira-se ao avesso. Segura-se com uma das mãos as duas coxas, que ficaram presas ao corpo, e com a outra mão, descola-se a pele até encontrar os braços, que são trabalhados do mesmo modo que as pernas. Prossegue-se o deslocamento do restante da pele, ainda aderida aos músculos. No crânio, retira-se toda a matéria existente no interior. Envenena-se a pele e o interior do crânio com bórax, como explicado anteriormente.
Na preparação do novo esqueleto do animal deve-se proceder da seguinte forma: enrola- se algodão ao punho ou tornozelo do animal dando-lhe a forma da musculatura anteriormente ali existente. Com um aplicador de madeira envolto em chumaço de algodão, dá-se-lhe a forma cilíndrica, de comprimento igual ao do corpo do animal (focinho até a base da cauda), enchendo-se completamente a pele. Este molde não deve esticar a pele nem deixá-la muito solta. Com agulha e linha fecha-se a incisão ventral. Caso a escalpelação não tenha sido feita até a ponta dos dedos, injeta-se formol a 10% em cada dedo ou artelho. Para fixação do animal a uma superfície plana utiliza-se alfinetes ou pregos que atravessem as mãos e os pés. A posição do animal após a taxidermização, deve ser a mais próxima daquela verificada quando vivo e em ambiente natural.
A ave morta deve ser apanhada pela perna (tarso-metatarso) ou pelo bico, nunca pelo corpo ou pela cauda para não danificar a plumagem. A seguir, introduz-se na garganta um chumaço de algodão para impedir a saída dos líquidos e matérias do tubo digestório. Tomados os cuidados de limpeza logo após a coleta, faz-se um cartucho de papel afunilado e fechado. Ajeita-se com cuidado as asas, dispondo-as na sua condição natural, fechadas. Alisa-se a plumagem, e coloca-se a ave com a cabeça para baixo. Uma série de anotações devem ser feitas na caderneta de campo, assim que a ave esteja morta. Estas anotações devem descrever a ave viva em seu ambiente natural, tais como características de coloração, pois estas desaparecem ao fim de algumas horas após a morte (cor do bico, do tarso, das partes nuas do corpo e da íris). O método de captura e os dados sobre o local, formação vegetal (mata, capoeira, cerrado) e altura aproximada, também devem ser considerados. No caso de captura com rede, devem ser anotados os dados relativos à situação desta (se estava cantando, isolada, aos pares ou em bando). Também deve ser observado se o bando era da mesma espécie ou misto. Caso estive nidificando, anotar se os dois sexos colaboravam na construção do ninho e o tipo de árvore. Não se deve esquecer de anotar o dia e a hora da coleta, bem como as condições do tempo. A taxidermia inicia-se com uma inspeção rigorosa do exterior da ave. Verifica-se a presença de ectoparasitas (piolhos ou larvas de moscas). Sangue coagulado deve ser removido com água oxigenada (20 volumes) e seco aplicando-se fécula de batata ou fubá. Substitui-se o chumaço de algodão, colocados na garganta e cloaca, por outros limpos. Afasta-se as penas que cobrem o meio do corpo, fazendo-se a inserção no lado ventral. A incisão deve ser iniciada um pouco acima da ponta do esterno, estendendo-se até ao ânus. Deve-se procurar cortar apenas a pele delgada, pois a abertura do abdome resulta em afloramento da massa intestinal. Vai-se secando o campo de trabalho com fécula de batata ou fubá.
Terminada todas estas operações, passa-se à fase final ou acabamento. O acabamento consiste na confecção de um corpo de algodão, que irá dar uma forma bastante aproximada ao corpo da ave quando em vida. Para tanto, deve-se comparar o corpo do animal (carcaça) com o volume do algodão (ou estopa) enrolado no arame ou vara de bambu. Esta estrutura, necessariamente, deverá ter certa consistência. Cobre-se o manequim com a pele. Caso fique sobrando algodão, empurra-se o excesso, para dentro, com uma pinça, cuidadosamente, sem contudo, alterar a forma do corpo. À esta fase prende-se novas hastes (arames) os quais modelarão braços e pernas. Por fim, costura-se a ave com agulha e linha. O bico deve ser fechado e amarrado com linha passada com a agulha, de narina a narina. Terminada a taxidermia, ajeita-se as penas, e envolve-se a peça em uma camada fina de algodão e deixa-se secar por alguns dias (5 a 10 dias). Na carcaça, verifica-se o sexo, praticando uma incisão do lado esquerdo do abdome, levantado as vísceras com o auxílio da pinça. Este movimento descobre os órgãos sexuais internos, dispostos na linha mediana, acima dos rins, que estão colados na parede posterior da cavidade abdominal. Se o exemplar é macho, vêem-se, simetricamente dispostos os dois testículos quase redondos. Seu tamanho varia muito, sendo muito pequenos na época de repouso sexual e crescendo durante o período reprodutivo. A fêmea tem apenas um ovário, o esquerdo, que se apresenta como um corpo irregular, formado de pequenos glóbulos de tamanho variável, que são futuros ovos.
. fita métrica: para a medição prévia dos animais; . tesoura: para o corte de tecidos; . bisturi: para fazer incisões na pele; . pinça: para apanhar fragmentos de carnes em lugares inacessíveis; . seringa com agulha: para os casos especiais em que as carnes não podem ser retiradas a fim de injetar formol (em patas, por exemplo); . jornais: para facilitar a limpeza do local utilizado para o trabalho prático;
. fubá: para secar líquidos, quando do descolamento da pele; . bórax: para o envenenamento da pele; . algodão: para enchimento; . barbante: para fixação do molde; . formol: para injeção nas patas, etc.; . olhos de vidro de diferentes cores e tamanhos; . cola: para fixação dos olhos (durepox); . agulhas e linhas: vários tipos grossas e finas para coser as peças; . pincéis: deverão ser de vários tamanhos, para pintura e retoque das peças; . arame: de várias espessuras, de acordo com o tamanho do animal; . alicate: corte do arame; . furadeira e brocas: para madeiras ou suportes para a fixação dos animais; . escova: a fim de alisar e limpar pêlos e penas; . lima: afinar a ponta de um arame ou dar acabamento a uma peça; . martelo: para pregar as peças nos suportes.
Corrêa Fo. A. Técnicas Modernas de Taxidermia. s/ editora. 89p. Gealh, A. M. Preparação de Animais Vertebrados. 24p. (mimeografado). Hjortaa, H. Taxidermia. Embalsamento de aves e mamíferos. Coleção Cultura e Tempos Livres. 2ª. Edição. Editorial Presença. Lisboa. 99p, 1975. Lima, M. F. C. Manual de Taxidermia para Aves e Mamíferos. XII Congresso Brasileiro de Zoologia. 1992. 26p (mimeografado). Perez, A. Manual completo de taxidermia. Editora Vecchi. 1981, 205p.