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Tipologia: Notas de estudo
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Ministério das Relações Exteriores Departamento de Promoção Comercial Divisão de Informação Comercial
MAPA
Superfície: 550 mil Km² População: 61,7 milhões de habitantes (2004) Densidade Demográfica: 112 hab/km² (2004) População economicamente ativa: 26,5 milhões de habitantes (2004 – estimativa) Principais Cidades: Paris, Lyon, Marselha, Lille, Toulouse, Nice, Bordeaux, Nantes, Strasbourg, Toulon. Moeda: Euro (cotação em 2004: Euro/US$ 1,24) PIB a preços correntes: US$ 2 trilhões (2004) Composição do PIB: (2004) Agropecuária 2,7% Indústria 24,3% Serviços 73,0% Crescimento real do PIB: 4,2% (2000) 2,1% (2001) 1,1% (2002) 0,6% (2003) 2,3% (2004) PIB “Per capita”: US$ 32.722 (2004) Produção (principais produtos): Agricultura: trigo, centeio e aveia. Pecuária: bovino, caprino, suíno e aves. Indústria: aeronáutica, automobilística, farmacêutica, informática, alimentícia, artigos de luxo (alta-costura, perfumaria, malas, bolsas, calçados). Comércio Exterior: Importações: US$ 422,2 bilhões (2004) Exportações: US$ 433,9 bilhões (2004) Comércio Bilateral Brasil-França: Exportações brasileiras: US$ 2,2 bilhões (2004) Importações brasileiras: US$ 2,3 bilhões (2004) DADOS BÁSICOS
ASPECTOS GERAIS
2. População, centros urbanos e nível de vida População A população francesa é composta de vários grupos ét- nicos, principalmente os gauleses e os celtas, que deram à região o nome de Gália, hoje França. São também importantes as populações de origem romana, grega e germânica. Desta- cam-se, ainda, os árabes e judeus instalados no sul do país, na fronteira com a Espanha. O maior número de imigrantes nas últimas décadas são provenientes do norte da África - Marro- cos, Tunísia e Argélia. A população francesa foi estimada, em 2004, em 61, milhões, dos quais 51,4% são mulheres e 48,6% homens. Cer- ca de 25% da população é composta por jovens com menos de 20 anos, 58,6% na faixa etária de 20 a 64 anos e 16,4% com mais de 65 anos. A taxa média de crescimento da população entre 1984 e 2004 foi da ordem de 0,6% ao ano, com densida- de demográfica de 112 habitantes por km2. A França atrai muitos imigrantes. No período entre as guerras, com sua baixa densidade demográfica, o país neces- sitava de trabalhadores imigrantes, mesmo refugiados, prin- cipalmente gregos, armênios, russos e espanhóis. Após a Se- gunda Guerra, a entrada de imigrantes continuou estimulada e no fim da década de 1960 ocorreu o “baby boom”, um índice representativo de nascimentos no país. Entretanto os filhos do “baby boom” ainda não estavam em idade de trabalhar, e mais imigrantes entraram no território francês procedentes inicial- mente da Espanha e da Itália, depois do Magreb e Portugal, da África subsaariana, do Oriente e da Ásia. Na década de 1980, o país controlou energicamente a imigração. Nas épocas de crises, a imigração causa debates, mas pode-se observar que os indivíduos que compuseram an- tigos fluxos imigratórios e seus descendentes se integraram to- talmente aos comportamentos e hábitos de vida dos franceses. Estima-se em 4 milhões os antigos imigrantes estrangeiros no país e em 12 milhões os provenientes de imigrações recentes. Tendo-se em vista a imigração desde o século XIX, pode-se estimar que um francês em cada quatro é de ascen- dência estrangeira. Evolução da população, 1994- (Em milhares de habitantes) Ano População 1994 59. 1995 59. 1997 59. 2000 60. 2002 61. 2004 61. Fonte: INSEE. Institut National de la Statistique et des Études Économiques.
ASPECTOS GERAIS Composição da população, 2004 Faixa etária Homens % Mulheres % Total % População total 29.975.324 48,6% 31.708.967 51,4% 61.684.291 100,0% Menos de 20 anos 7.989.639 13,0% 7.637.168 12,4% 15.626.807 25,1% De 20 a 64 anos 17.903.135 29,0% 18.187.013 29,5% 36.090.148 58,6% Mais de 65 anos 4.082.550 6,6% 5.884.786 9,5% 9.967.336 16,4% Fonte: INSEE. Institut National de la Statistique et des Études Économiques. Centros urbanos A França possui 52 áreas urbanas com mais de 150 mil habitantes. Paris é a principal. A Ile-de-France, que engloba a grande Paris, é a região mais desenvolvida da França, com densidade demográfica superior a 200 habitantes por km2. Destacam-se, ainda, Lyon, Marselha, Aix-en–Provence, Lille, Nantes, Nice e Toulouse. População das regiões e departamentos da França metropolitana, 2003 Regiões Superfície População Densidade Km² Milhões Hab/Km² Île-de-France 12.011 11,131 927 Rhône-Alpes 43.698 5,814 133 PACA 31.400 4,665 149 Nord - Pas-de-Calais 12.414 4,013 323 Pays de la Loire 32.082 3,312 103 Aquitaine 41.309 2,988 72 Bretagne 27.209 2,978 109 Midi-Pyrénées 45.348 2,638 58 Centre 39.151 2,467 63 Languedoc-Roussillon 27.376 2,402 88 Lorraine 23.542 2.319 99 Picardie 19.399 1,869 96 Haute-Normandie 12.318 1,787 145 Regiões Superfície População Densidade Km² Milhões Hab/Km² Alsace 8.280 1,775 214 Poitou-Charentes 25.809 1,668 65 Bourgogne 31.582 1,612 51 Basse-Normandie 17.589 1,436 82 Champagne-Ardenne 25.606 1,337 52 Auvergne 26.013 1,314 51 Franche-Comté 16.202 1,131 70 Limousin 16.942 0,711 42 Corse 8.680 0,266 31 França Metropolitana 543.965 59,635 110 Fonte: INSEE. Institut National de la Statistique et des Études Économiques.
ASPECTOS GERAIS
3. Transportes e comunicações O setor de transportes na França é desenvolvido e ágil. As rodovias são as mais utilizadas para o comércio doméstico e transporte de pequenas distâncias. Na exportação e na im- portação o meio marítimo é o mais utilizado. Comércio exterior da França, por modalidade de transporte, 2002 (Em milhões de toneladas) Modalidade União Européia (15) Terceiros países Entrada Saída Importações Exportações Ferroviário 8,4 12,7 1,1 1, Rodoviário 78,6 70,3 10,1 10, Fluvial 3,3 11,0 1,7 0, Marítimo 32,3 34,7 124,1 36, Aéreo 0,1 0,1 0,3 0, Outras 8,3 8,9 23,9 2, Total 131,0 137,7 161,2 50, Fonte: Ministère de l’Equipement, dês Transports de l’Aménagement du Territoire, du Tourisme et de La Mer. a) Rodovias A política de transporte privilegia a da combinação do transporte rodoviário com o fluvial. São diversas as vantagens, dentre as quais destacam-se: custo mais baixo, conservação do meio ambiente e segurança. A rede rodoviária francesa é a mais extensa da União Européia com 985.902 km, incluindo vias municipais, estradas departamentais, nacionais e auto-estradas. As redes interna- cionais e domésticas estão centradas em Paris, reforçando o peso da capital na organização do território. Em razão das curtas distâncias, o transporte rodoviário é o mais utilizado e responde por aproximadamente 73% dos transportes de mercadorias. É composto por cerca de 39 mil empresas que empregam mais de 340 mil pessoas. b) Ferrovias O setor passou por mudanças em 1997 e 1998, quando a Rede Ferroviária Francesa foi encarregada de exercer, em nome do Estado, as responsabilidades inerentes ao ordena- mento, desenvolvimento da infra-estrutura ferroviária e me- lhoria da qualidade dos serviços prestados. Em 2001 foram contabilizados 31.500 km de vias fér- reas, dos quais 14.500 km eletrificados e 1.530 km de linhas de grande velocidade (TGV). A infra-estrutura é composta por 1.047 estações para embarque e desembarque de viajantes e 1.800 para transporte de mercadorias. A França detém o recorde de velocidade com o trem de grande velocidade que circula por 1.281 Km, em até 270 km por hora. O tráfego anual é de em torno de 295 milhões de via- jantes na rede principal, 71 milhões na rede de trem de grande velocidade e 528 milhões na rede Ile-de-France. São transportadas, aproximadamente, 130 bilhões de toneladas de mercadorias. c) Hidrovias O transporte fluvial de mercadorias da França é eco- nômico e confiável. A rede de transporte fluvial, em especial as principais vias – Sena, Ródano, Mosela, Reno, Canal de Dunkerque – dispõem de vantagens inegáveis como alternati- va ao transporte rodoviário. Nesse sentido, investimentos em infra-estrutura estão sendo feitos com o objetivo de duplicar o transporte fluvial nos próximos dez anos. Em 2003, o transporte fluvial representou quase 55 milhões de toneladas e 3% do total do transporte terrestre. Entretanto, na parte modal para as principais bacias – Nord- Pas-de-Calais, da Mosela, do Reno e Sena -, representa 15% a 20% do transporte terrestre. A rede hidroviária de transporte de mercadorias é com- posta por cerca de 1.900 embarcações, pertencentes a apro- ximadamente 1.000 empresas, dentre as quais 900 contam menos de seis empregados.
ASPECTOS GERAIS d) Transportes aéreos Uma frota de cerca de 904 aeronaves (aviões e helicóp- teros) com bandeira francesa transportam, por ano, mais de 100 milhões de passageiros e cerca de 4,8 bilhões de toneladas de mercadorias ao ano. Aeroporto de Paris: (2000)
departamentos e 22 regiões. Comporta, no ultramar, 114 co- munas, 156 cantões , 13 distritos, 4 departamentos e 4 regiões (DOM), quatro territórios (TOM) e as coletividades territoriais com estatuto particular – Mayotte e Saint-Pierre-et-Miquelon. As regiões, criadas em 1955, são um território formado por 2 a 8 departamentos na metrópole e de um único depar- tamento no ultramar. As iniciativas de desenvolvimento eco- nômico e territorial são planejadas em nível regional. É uma coletividade local administrada por uma assembléia eleita: o conselho regional e seu presidente. É também uma circuns- crição administrativa sob a autoridade do prefeito da região. Suas competências referem-se ao desenvolvimento econômico e territorial, à formação profissional, e a construção e manu- tenção das escolas. É uma coletividade local administrada por uma assembléia eleita; o conselho regional e seu presidente. É também uma circunscrição administrativa sob a autoridade do « préfet » da região. Os departamentos, instituídos em 1789, são um ter- ritório de base da presença do Estado. A circunscrição admi- nistrativa está sob a autoridade do “préfet”, representante do Estado e chefe de seus serviços descentralizados, e de uma coletividade local autônoma, administrada por uma assembléia eleita: o conselho geral e seu presidente. Os distritos são uma circunscrição administrativa super- visionada por um “sous-préfet”. Os cantões, criados em 1789, são uma circunscrição territorial intermediária entre a comuna e o distrito. Trata-se de uma circunscrição eleitoral. As comunas, instituídas desde 1789, são a estrutura de base da organização administrativa francesa. Existem quase 37.000, número bem superior aos de outros países europeus, 80% deles têm uma população inferior a 1.000 habitantes. Dispõem de um conselho municipal e de uma autoridade exe- cutiva que é o prefeito (“maire”), eleito pelo conselho munici- pal.
5. Organizações e acordos internacionais A França é membro, dentre outras, das seguintes orga- nizações econômicas e financeiras internacionais: ONU (Orga- nização das Nações Unidas); União Européia; OCDE (Organiza- ção para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico); OMC (Organização Mundial do Comércio); G-7; FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura); BIRD (Banco Mundial); FMI (Fundo Monetário Internacional). ASPECTOS GERAIS
ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS
1. Conjuntura Econômica Com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2 trilhões, e, segundo dados de Banco Mundial em 2003, a França é a terceira maior economia da Europa e a quinta maior do mun- do. Essa posição deve-se ao dinamismo, principalmente, dos setores de transportes, comunicações, indústrias agroalimen- tares, produtos farmacêuticos, produtos de luxo (bolsas e ma- las, moda, perfumes, bebidas, entre outros), além do setor bancário, de seguros e de turismo. A França integrou-se à União Européia na sua criação e pertence à zona do Euro, que adota uma moeda única, em circulação desde 1º de janeiro de 2002. A economia européia constitui um mercado único. Note-se que a maior parte do co- mércio exterior dos países da UE é realizada dentro da própria Europa. A moeda única objetiva facilitar as trocas comerciais e os investimentos entre os mercados. Aos 15 membros da União Européia (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itá- lia, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido), somaram-se, em 2004, dez novos países (Chi- pre, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Mal- ta, Polônia, Eslováquia e Eslovênia), perfazendo um total de 25 membros. A política econômica do Governo francês é a de pro- mover o crescimento do investimento doméstico, estabilização das políticas monetária e fiscal, além da geração de empregos. Apesar de vigorar, há décadas, um programa de privatização de empresas estatais, o Governo ainda controla grande parte da economia, 53,7% do PIB, em 2004. A despesa do Governo em relação ao PIB é a mais alta entre os países-membros do G-7. Uma das prioridades para 2005 é dar continuidade ao programa de privatização. A primeira empresa a ser vendida é a Société des Autoroutes du Nord et de la France (SANEF), II – ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS uma das maiores empresas operadoras de estradas na Europa. Está avaliada em torno de 4 bilhões de Euros. Pretende tam- bém vender até 35% do grupo Areva, maior grupo de energia nuclear do mundo. O governo espera que o movimento dê uma flexibilidade maior à empresa para explorar oportunidades co- merciais no exterior, particularmente na Ásia. O setor produtivo francês é fornecedor direto de servi- ços básicos à sociedade, desenvolvendo, através de parcerias público-privadas, projetos essenciais de saneamento, de água, de energia, de transportes e de comunicações. O comércio exterior francês é direcionado em mais de 60% para os países-membros da zona do Euro. A França é um importante exportador mundial de máquinas e equipamentos e também é grande produtor e exportador agrícola, princi- palmente de cereais e produtos da agroindústria. É o quarto maior exportador mundial de bens e terceiro maior exportador de serviços. No período de 2000-2004, o total do comércio ex- terior cresceu, em média, 6,9% ao ano, acumulando superávit na balança comercial de US$ 26,6 bilhões. O país atrai cerca de 8% do total dos investimentos di- retos mundiais, graças à qualidade da mão-de-obra, ao alto nível de pesquisa, ao domínio de tecnologias avançadas e à estabilidade da moeda. Em 2003, a França ocupou a segunda posição entre os países da União Européia, após Luxemburgo, no recebimento de investimentos diretos estrangeiros, com um total de US$ 47 bilhões.
ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS O setor de serviços é grande responsável pelo cresci- mento econômico, uma vez que participa com cerca de 73% do PIB e responde por quase toda a criação de novos empregos em anos recentes. Apesar do dinamismo do setor agrícola, é pouco expressiva sua participação no PIB, de apenas 2,7% em
A taxa de desemprego tem apresentado crescimento ao
longo do qüinqüênio 2000-2004. O crescimento do desempre- go está acompanhado de um aumento na duração média do desemprego, que praticamente dobrou nos últimos trinta anos. Os desempregados com idade superior a 24 anos têm duração média de desemprego superior a dois anos e, para aqueles com idade entre 15 e 23 anos, o período médio é de 8 meses. Taxa de desemprego, 2000- Desemprego 2000 2001 2002 2003 2004 (%) 9,5 8,7 9,0 9,5 9, Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Profile 2004. A inflação anual, medida pelo sistema harmonizado da União Européia, com tendência ascendente desde 2002, foi da ordem de 2,1% em 2004. Entretanto, as pressões externas que causaram esse crescimento tendem a diminuir nos próxi- mos anos. A previsão indica uma inflação de 1,7% em 2005 e de 1,5% em 2006. Os preços do petróleo no mercado interna- cional devem continuar elevados em 2005, mas o impacto no índice de preços ao consumidor diminuirá durante o ano, face os efeitos favoráveis na apreciação continuada do Euro. Índice de preços ao consumidor, 2000- Índice de preços ao consumidor 2000 2001 2002 2003 2004 (%) 1,7 1,6 1,9 2,1 2, Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Profile 2004. 2. Principais setores de atividade 2.1. Agricultura, pecuária, silvicultura e pesca A produção agrícola francesa é a maior da União Euro- péia. Em razão da diversidade climática, várias culturas são exploradas. O setor é auto-suficiente na maioria dos produtos de clima temperado, que abastecem principalmente os merca- dos da Europa ocidental. A França é o sexto maior produtor agrícola mundial e o segundo maior exportador, após os Estados Unidos, entretan- to, o destino de 70% de suas exportações é a própria União Européia. Os principais itens exportados são: trigo, carnes bo- vina e suína, aves domésticas e laticínios. Especialidades regionais incluem beterraba na Picardia, laticínios na Normandia, porcos na Bretanha, gado no Charo- lais, milho na Aquitania, frutos e vegetais mediterrâneos nas terras férteis em torno de Avignon, bem como nas terras irri- gadas a oeste do Languedoc-Roussillon. Trigo é produzido em vasta área da bacia de Paris e na planície da Beauce. O setor agrícola francês tem sido subsidiado ao longo do tempo. A posição da França no mercado mundial agrícola, torna-a importante nas negociações no âmbito da Organização Mundial do Comércio, juntamente com os Estados Unidos. A importância do setor na formação do Produto Inter- no Bruto tem diminuído desde 1945 e o êxodo rural tem-se apresentado contínuo. Em 1970, o número de trabalhadores
na agricultura, reflorestamento e pesca era da ordem de 2, milhões de pessoas; atualmente esse número caiu para cerca de 1 milhão, incluindo trabalhadores temporários. Apesar dis- so, observa-se uma expansão na produtividade, em razão do emprego crescente de novas tecnologias. A França é o maior produtor e exportador mundial de vinhos de alta qualidade, mas o consumo anual “per capita” tem diminuído. Em 2000, foi de 60 litros por pessoa, cerca de 20% inferior ao apresentado em 1987. A área florestal cobre cerca de 28% da área total do país. Entre 1992 e 2001 o reflorestamento contribuiu com um aumento de 4,6% na área total de florestas. ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS A pesca em alto mar tem decrescido em razão da dimi- nuição de cardumes, tanto no Atlântico norte como no mar do Norte. Em volumes pesqueiros, a França ocupa o quarto lugar entre os países da União Européia, após a Dinamarca, a Espa- nha e o Reino Unido. Em 2003, a produção agrícola francesa diminuiu, em valor, 1,4%, em razão de uma baixa de 2% ocorrida na produ- ção vegetal, fortemente afetada pelas condições climáticas, e também de uma baixa de 1% na produção animal. O setor agrícola apresentou, em 2004, condições climá- ticas mais favoráveis, que produziram excelentes resultados, conforme mostra a tabela a seguir. Produção das principais culturas agrícolas, 2003- 2 0 0 3 2 0 0 4 CULTURAS Área plantada Produção Área plantada Produção (1.000 ha) (1.000 tons.) (1.000 ha) (1.000 tons.) Cereais 8.950 54.914 9.308 69. Trigo tenro 4.523 29.047 4.828 37. Trigo duro 353 1.428 405 2. Cevada 1.758 9.844 1.626 10. Aveia 136 555 124 594 Centeio 290 1.282 328 1. Oleaginosas 1.857 5.015 1.794 5. Colza 1.082 3.361 1.117 3. Girassol 694 1.505 606 1. Soja 81 149 80 152 Leguminosas 458 1.921 445 2. Favas forrageiras 78 276 79 345 Ervilhas secas 368 1.620 356 1. Beterraba 400 29.358 384 29. Batatas 142 5.961 146 6. Forragem 1.586 16.787 1.451 18. Fonte:Ministére de L’Agriculture de L’Alimentation de la Pêche et de la Ruralité.
2/3 do mercado nacional, e dos mais de 200 fabricantes de autopeças. No setor automobilístico a França é o segundo maior produtor europeu e o quarto maior do mundo. Como a ofer- ta de veículos é bastante superior à demanda, cerca de 70% da produção são exportados, principalmente para outros paí- ses da União Européia. Esse setor representa 7% do Produto Interno Bruto e é responsável por aproximadamente 360 mil empregos, 1,2% do total da mão-de-obra empregada. O setor é um grande comprador de insumos das indús- trias de bens intermediários, principalmente aço, alumínio, vi- dro e borracha, além de componentes elétricos e eletrônicos. Indústria alimentícia A França é conhecida internacionalmente pela sua gas- tronomia, que combina “savoir-faire” tradicional com inovado- ras tecnologias e conquista cada vez mais novos mercados, em todos os continentes. A indústria alimentícia transforma produtos originários da atividade agrícola e pesca em produtos destinados à ali- mentação humana e animal. O setor reúne as empresas co- mercializadoras e distribuidoras, bem como os fabricantes de equipamentos e materiais utilizados no processo produtivo. As empresas alimentícias são em sua maioria pequenas e médias, 90% delas possuem menos de 250 empregados e 50%, menos de 50 empregados. O setor conta com aproxima- damente 4.250 empresas. Cerca de 28% das indústrias estão localizadas na zona rural, notadamente na Bretanha, Pays de Loire, Ile de France, Rhône-Alpes, Nord Pas-de-Calais. A qualidade dos produtos alimentícios é controlada em todos os níveis da cadeia produtiva. A produção e distribuição dos produtos são regulamentadas por normas que definem de- senho, habilitação e equipamento, bem como regras de higie- ne pessoal e de equipamentos. Agentes do Estado certificam o cumprimento das referidas normas. Trata-se de um setor muito regulamentado, em particular pelo Ministério da Saúde. Além de cumprir essas regras, as empresas devem obedecer também às normas de proteção ambiental. Os principais produtos da indústria alimentícia são: pro- dutos lácteos; leite; máquinas para cozimento; embalagem e acondicionamento; cubas de processamento para produção de laticínios e máquinas e equipamentos para a panificação. Indústria da moda e de artigos de luxo Reúne, principalmente, os ramos de atividades ligados à alta-costura, joalheria, bijuteria, fabricação de bolsas, calça- dos e malas de luxo, perfumaria e cosméticos. As marcas mais expressivas são Yves-Saint-Laurent, L. Vuitton, Chanel, Bac- carat, Hermes, Jean-Paul Gaultier, Dior e Cartier. São artigos de alta qualidade e com um mercado bastante específico e de pouca difusão, como a alta costura. O setor é formado essencialmente por indústrias de pe- queno e médio porte que empregam mais de 200 mil pessoas. Paris é centro da criação e das decisões, mas os fabricantes estão presentes em todo o território francês. A indústria de tecidos de lã está localizada no norte, a leste os tecidos de algodão e a região de Lyon dedica-se à seda e outros tecidos nobres. Indústria farmacêutica A França é o quarto maior produtor mundial e quinto maior exportador de produtos farmacêuticos. O setor em- prega cerca de 95 mil pessoas. Os principais laboratórios são Sanofi-Synthélabo, Biomérieux-Pierre Fabre, Servier e Aven- tis-Pharma. Indústria aeronáutica e espacial A França é um país pioneiro no campo da aeronáutica. Nos últimos anos o setor passou por diversas mudanças. As empresas francesas mais importantes estão agrupadas em um grande grupo europeu denominado EADS (European Aeronau- tic, Defense and Space Company), fruto da fusão das empre- ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS
ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS sas Aérospatiale Matra (francesa), DaimlerChrysler Aerospace (alemã) e Casa (espanhola). O EADS ocupa o terceiro lugar na escala mundial, atrás da norte-americana Boeing e Lockheed Martin. O setor conta com uma diversidade de fabricantes de equipamentos que figuram entre os líderes mundiais. A região de Ile-de-France congrega cerca de 35% das atividades do setor. Indústria da construção e obras públicas Quatro grandes nomes dominam o setor: Vinci Cons- truction, Buygues Construction, SPIE e Eiffage. Existem tam- bém diversas empresas de pequeno e médio porte. O setor é composto por 294 mil empresas que empregam mais de um milhão de pessoas, com negócios da ordem de 130 milhões de Euros. Cerca da metade da atividade do setor está localizada em quatro regiões: Ile-de-France, Provence Alpes Côte d’Azur, Rhône-Alpes e Nord-Pas-de-Calais. 2.3. Mineração Desde o final do século XIX até após a Segunda Guerra Mundial, a mineração foi de grande importância para o setor industrial. Carvão e minério de ferro representaram grande parte da riqueza econômica da França. Entretanto, a explo- ração de minas de carvão vem decrescendo nos últimos anos face à paralisação de algumas minas pouco rentáveis. 2.4. Energia A taxa de dependência energética francesa situa-se em torno de 51%. Em 1973 essa dependência foi de 76%. Essa superação é explicada pelo constante crescimento na produção de energia nuclear. A França é, hoje, o segundo maior produtor mundial de energia nuclear, após os Estados Unidos. Entretan- to, pode-se observar moderada expansão do consumo, face às medidas adotadas a partir de 1973, com a crise do petróleo, de desestímulo às indústrias que demandam alto consumo, como é o caso das siderúrgicas. A produção doméstica de petróleo representa apenas 2,5% do consumo, os restantes 97,5% são importados, principalmente do Oriente Médio. A produção de eletricidade em 2003 foi da ordem de 567 milhões de KW/h, dos quais 78% de origem nuclear. Produção de eletricidade, 1973- Em bilhões de KW/H 1973 1980 1990 2000 2003 Nuclear 14,8 61,3 313,7 415,2 441, Hidráulica, eólica e fotovoltaica 48,1 70,7 58,3 72,5 65, Térmica 119,5 126,0 48,2 53,1 60, Fonte: MINEFI - Ministére de l’Economie, des Finances et de l’Industrie. O consumo de energia está assim distribuído: