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Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Ministério das Relações Exteriores Departamento de Promoção Comercial Divisão de Informação Comercial
MAPA
Superfície: 756.626 km 2
População: 15,05 milhões (2002)
Densidade demográfica: 19,9 hab/km 2 (2002)
Principais cidades: Santiago, Concepción, Viña del Mar, Temuco, Valparaíso, Talcahuano, Antofagasta, Arica, Talca, Iquique e La Serena.
Moeda: Peso ( US$ 1 = 720,0 Ps) (setembro 2002)
PIB, a preços correntes: US$ 66,45 bilhões (2001)
Crescimento real do PIB: 2,8% (2001)
PIB per capita: US$ 4.297 (2001)
DADOS BÁSICOS
Setores de atividade 2001 Comércio e serviços 10, Indústria de manufaturas 15, Serviços financeiros 12, Mineração 8, Transportes e Comunicações 7, Agropecuário e florestal 4, Saúde e educação 10, Construção Civil 8, Habitação 7, Eletricidade, gás e água 3, Administração Pública 3, Pesca 1, Outros 6,
Comércio exterior total do Chile (2001): Exportações: US$ 17.634 milhões FOB Importações: US$ 17.181 milhões CIF
Intercâmbio comercial Brasil – Chile (2001): Exportações brasileiras: US$ 1.352 milhões FOB Importações brasileiras: US$ 853 milhões FOB
à pecuária, leiteira e de corte, e à extração de madeira. c) Região sul - a característica principal dessa re- gião é a presença de um relevo formado por numerosos fiordes, canais e ilhas. O clima é temperado, marítimo e chuvoso. Os rios são caudalosos e a vegetação, devido à alta pluviosidade, é abundante e formada principalmente por espécies autócto- nes protegidas ( lengas, araucárias , etc.).
O país é afetado periodicamente por sismos, alguns de conseqüências graves. Sua costa é percorrida, em parte, pela corrente marítima fria de Humboldt, graças à qual as tempe- raturas nas cidades do norte e do centro são bastante mode- radas, se comparadas às de outras situadas na mesma latitu- de.
Temperaturas médias (máximas e mínimas) nas principais cidades
Máxima Mínima
Santiago 23,3 0, Concepción 18,9 - 1, Viña del Mar 17,3 5, Temuco 18,8 - 3, Valparaíso 17,3 5, Talcahuano 18,9 - 1, Antofagasta 20,5 7, Arica 22,9 8, Talca 21,6 - 2, Iquique 22,0 10, La Serena 18,4 4,
2. População, centros urbanos e nível de vida
População
A população chilena, segundo resultados preliminares do Censo 2002, é de 15.050.341 habitantes. Entre os censos de 1992 e 2002, a população do país cresceu a um ritmo mé- dio anual de 1,2%, contra um aumento médio anual de 1,6% na década anterior.
População – Principais centros urbanos (resultados preliminares do Censo 2002)
Santiago: 6.038.974 (Região Metropolitana) Viña del Mar: 298. Antofagasta: 298. Valparaíso: 270. Talcahuano: 249. Temuco: 243. Iquique: 215. Concepción: 214. Talca: 203. Arica: 184. La Serena: 159.
Distribuição da população por idade, 2001 (estimativa) Grupo/Faixa Etária População Participação (%) De 0 a 4 anos 1.433.549 9, De 05 a 09 anos 1.455.925 9, De 10 a 14 anos 1.432.316 9, De 15 a 19 anos 1.307.689 8, De 20 a 24 anos 1.211.111 7, De 25 a 29 anos 1.203.852 7, De 30 a 34 anos 1.214.723 7, De 35 a 39 anos 1.208.714 7, De 40 a 44 anos 1.080.445 7, De 45 a 49 anos 1.895.701 5, De 50 a 54 anos 1.738.082 4, De 55 a 59 anos 1.615.180 4, 60 anos ou mais 1.604.665 10, Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas - INE^ ASPECTOS GERAIS
Grupos étnicos, idioma e religião
A miscigenação entre aborígenes e espanhóis, no início da colonização, é origem da maior parte da população chilena. Posteriormente, houve imigração de alemães, ingleses, italia- nos, iugoslavos, franceses e árabes, bem como de outros lati- no-americanos. Nos últimos anos, registrou-se grande fluxo de imigrantes de países vizinhos, especialmente peruanos, e, nas décadas de 80 e 90, houve importante imigração de coreanos. O idioma oficial é o espanhol. A Constituição do país prevê a separação entre o Estado e a Igreja. Há liberdade de religião e mais de 80% da população declara-se católica.
Principais indicadores sócio-econômicos
População urbana (2000) 84,6%
População urbana com acesso
a saneamento básico (2000) 98%
Investimento estrangeiro direto
(ingressos líquidos) (2000) US$ 3,7 bilhões
Dívida externa global (2001) US$ 37,8 bilhões
Reservas internacionais (abril de 2002) US$ 15,4 bilhões
Taxa de desemprego (média 2001) 9,2%
Índice de qualidade material de vida (*) (1998) 96,
Habitantes por médico (2000) 834
Leitos hospitalares por 1.000 hab. (1999) 2,
Automóveis particulares por 1.000 hab. (2000) 75,
Telefones fixos por 100 hab. (dezembro de 2001) 23,
Telefones celulares por 100 hab. (dezembro de 2001)34,
Computadores pessoais
(por grupo de mil pessoas) (2000) 82,
ASPECTOS GERAIS
Usuários de internet – porcentagem da população (2001) 20% Taxa de alfabetização da pop. de 15 anos ou mais (1999) 95,5% Expectativa de vida ao nascer (2000-2005), em anos 75, Número de estudantes primários (2000) 2.430. Número de estudantes secundários (2000) 822. Número de estudantes universitários (1999) 424. Fonte: Banco Central de Chile, Banco Mundial, FMI, Instituto Nacio- n a l d e E s t a d í s t i c a s , M i n i s t e r i o d e E d u c a c i ó n P ú b l i c a , Ministerio da Saúde, Ministerio de Transportes e Telecomuni- c a ç õ e s.
3. Transportes e comunicações
Transportes
Pela configuração geográfica do país, o sistema de trans- portes terrestres no Chile é constituído basicamente por redes rodoviárias e ferroviárias paralelas ao eixo norte-sul. O trans- porte marítimo serve toda a costa chilena, sendo, no caso particular das ilhas e canais do litoral sul, a opção mais ade- quada, além do transporte aéreo.
Rede rodoviária
A rede rodoviária chilena tem aproximadamente 79. km de extensão, sendo que 13.699 km são pavimentados, 35.556 km de cascalho e 30.315 de terra. O eixo do sistema é a rodovia internacional Pan-americanana, que vai desde a fron- teira peruana até Puerto Montt, no sul do país. No ano de 1976,
Os principais portos chilenos, que juntos movimentam cerca de 61% da carga total do comércio exterior deste país, são Valparaíso, San Antonio, San Vicente e Iquique. Com o objetivo de aumentar a eficiência, o Governo privatizou esses portos em 1999. Com a privatização, as tarifas portuárias tor- naram-se aproximadamente 30% mais baixas do que as pra- ticadas anteriormente. O transporte de cabotagem é reservado exclusivamen- te aos navios de bandeira chilena. A Empresa Maritima del Estado - EMPREMAR é responsável por cerca de dois terços do movimento da cabotagem. O tráfego marítimo entre o Brasil e o Chile é regula- mentado pelo Convênio sobre Transportes Marítimos, estabe- lecido em 1974 (ver capítulo IV, Relações Econômicas e Co- merciais Brasil-Chile). A relação das empresas de navegação que operam no tráfego Brasil-Chile está no Anexo I.13.
Transportes aéreos
Segundo dados da “Junta de Aeronáutica Civil”, o Chile possui onze aeroportos com instalações para receber vôos in- ternacionais, tanto de carga como de passageiros, sendo que o de Santiago atende a todos os continentes; Arica e Iquique atendem América do Sul e América do Norte; Antofagasta aten- de Argentina e Bolívia; Calama atende Bolívia; La Serena, Concepción, Temuco, Puerto Montt e Punta Arenas atendem à Argentina. Finalmente, o aeroporto da Ilha de Páscoa oferece um vôo ao Tahiti. No que se refere à operação de vôos domés- ticos comerciais, além dos acima citados, o país conta com mais 17 aeroportos, estes atendendo apenas ao tráfego naci- onal: Copiapó, El Salvador, Chillán, Los Angeles, Pucón, Osorno, Valdívia, Balmaceda, Antártica, Puerto Natales, Punta Guanaco, Bahia Posesión, Rusfin, San Sebastián, Cerro Sombrero, Porvenir e Puerto Williams. Existem, ainda, para uso de aero-
naves civis de pequeno porte, cerca de 260 pistas de pouso. O principal aeroporto é o Comodoro Arturo Merino Benítez, localizado a 20 km do centro de Santiago. Também conhecido como Aeroporto de Pudahuel, teve sua nova ala internacional inaugurada em fevereiro de 1994. Em 1997, a principal empresa local, Lan-Chile, com- prou a segunda colocada, Ladeco, passando a ter o controle sobre a mesma. Em janeiro de 2001, o grupo Lan-Chile-Ladeco passou a ter 78,0% do tráfego aéreo doméstico, seguido pela Avant, com 14,9 %, a Aerocontinente com 6,9% e outros ope- radores com 0,2%. Em março de 2001 a Avant anunciou o fim de suas operações aéreas. Em outubro de 2001, o grupo Lan- Chile decidiu eliminar a marca Ladeco, criando em seu lugar a Lan Express, exclusivamente para o mercado interno de pas- sageiros. Em junho de 2002, a Direção Geral de Aeronáutica Civil decidiu proibir as operações da empresa peruana Aerocontinente Chile, em virtude de problemas de manuten- ção das aeronaves. De janeiro a abril de 2002, o grupo Lan-Chile/Lan Express obteve 96,9% do mercado doméstico de passageiros. As outras duas empresas em operação, Aeromet e Aerovias DAP, obtiveram apenas 0,3% e 0,7% do mercado nacional de passageiros, respectivamente, no mesmo período. Geralmente, as conexões aéreas regulares sem balde- ação entre os dois países se fazem entre São Paulo e/ou Rio de Janeiro e Santiago. A VARIG também opera atualmente um vôo Santiago/São Paulo/Salvador/Recife/Natal e um vôo Santiago/Buenos Aires/São Paulo, enquanto que a TAM, além dos seus vôos que partem de Santiago, oferece vôos ao Brasil partindo de Iquique. As companhias estrangeiras fazem esca- la em Buenos Aires
ASPECTOS GERAIS
Comunicações
O Brasil está comunicado ao Chile pelo sistema DDI, estando em funcionamento, internamente, o sistema DDD. Em maio de 2002, as seguintes empresas concessionárias estavam em operação no Chile: “Compañia de Telecomunicaciones
ASPECTOS GERAIS
Marítima Aérea Terrestre TOTAL
Exportações p/ o Chile (US$) 1.516.844.808,15 134.269.477,74 1.839.776.752,55 .1.490.891.038,
Importações do Chile (US$) 1.543.176.306,53 150.753.845,19 1.263.493.932,21 1.857.424.083,
TOTAL 1.060.021.114,68 185.023.322,93 1.103.270.684,76 2.348.315.122,
Comércio Bilateral Brasil-Chile por Via de Transporte – Ano 2001
Marítima Aérea Terrestre TOTAL
Exportações p/ o Chile (US$) 22,0% 5,7% 35,8% 163,5%
Importações do Chile (US$) 23,1% 2,2% 11,2% 136,5%
TOTAL 45,1% 7,9% 47,0% 100,0%
Transporte de carga por via aérea (mil ton./km)
Ano Operações nacionais Operações internacionais 1997 301.217 1.507. 1998 355.883 1.771. 1999 340.738 1.766. 2000 340.750 1.955. 2001 349.732 1.981.
sistema de Governo é de administração regional, estruturada da seguinte forma: o governo interior da região corresponde ao Intendente, nomeado pelo Presidente da República e as- sessorado por um Conselho Regional de Desenvolvimento, como órgão resolutivo, normativo e fiscalizador do governo. As funções de administração são apoiadas pelas Secre- tarias Regionais Ministeriais, que, por sua vez estão descen- tralizadas dos Ministérios e subordinadas ao Intendente da Região, destacando-se, entre elas, a Secretaria Regional de Planificação e Coordenação. As regiões são administradas pelo Intendente e as pro- víncias pelo Governador, subordinado ao Intendente. Como instância de representação consultiva, existe o Conselho Eco- nômico e Social Provincial, presidido pelo Governador. A administração dos municípios corresponde aos alcaldes (prefeitos), que são a autoridade executiva superior, e por um Conselho, presidido pelo alcalde, como órgão resolutivo, normativo e fiscalizador da prefeitura. Ambos são eleitos em pleito popular a cada 4 anos.
5. Organizações e Acordos Internacionais
No plano político, o Chile é membro da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados America- nos (OEA). Pertence também, entre outros, aos seguintes or- ganismos internacionais de caráter econômico ou financeiro:
FMI Fundo Monetário Internacional BIRD Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura ALADI Associação Latino-Americana de Integração BID Banco Interamericano de Desenvolvimento
SELA Sistema Econômico Latino-Americano OMC Organização Mundial de Comércio OMA Organização Mundial de Aduanas OMPI Organização Mundial de Propriedade Intelectual OMT Organização Internacional de Turismo UNCTAD Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento OIE Escritório Internacional de Epizootias APEC Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico
ASPECTOS GERAIS
ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS
1. Conjuntura Econômica
A política econômica implantada pelo Governo chileno desde 1973 tem procurado favorecer a livre iniciativa e limitar a atividade estatal a algumas áreas consideradas estratégicas ou que, por sua natureza monopolística, acredita-se não de- vam estar a cargo do setor privado. Nesse sentido, é exercida a tutela estatal, por intermédio da Corporación de Fomento de la Producción (CORFO) e de alguns Ministérios sobre entidades tais como a Empresa Nacional de Petróleo (ENAP), Empresa Nacional de Minería (ENAMI), Empresa de Ferrocarriles del Estado, Empresa Portuaria de Chile (EMPORCHI), Empresa Nacional del Carbón (ENACAR), etc. A estatal Corporación Na- cional del Cobre (CODELCO) é a maior empresa chilena. Desde 1979 até 1982, o Governo chileno manteve a taxa de câmbio em $ 39 por dólar, e grande parte da economia nacional baseou-se nessa premissa. Muitas empresas e pes- soas físicas endividaram-se em dólares, confiando na infor- mação e na segurança que o governo anunciava publicamen- te. Contudo, repentinamente, a partir de 1982, essa situação não pôde ser mantida. Teve início uma série de desvaloriza- ções do peso chileno, que junto à precária situação financeira mundial, determinou uma profunda crise no país e a falência de muitas empresas e bancos. Para enfrentar essa conjuntura e evitar a falência de outros bancos, o Banco Central do Chile comprou grande parte das carteiras vencidas, com uma obri- gação de recompra a longo prazo. A crise financeira represen- tou perdas para o Banco Central de cerca de 40% do PIB anu- al. Essa situação dos bancos foi praticamente superada para o final da década de 90. A partir do ano de 1985, começa-se a aplicar no Chile uma política monetária relativamente ativa, com o tipo de câm- bio flutuante dentro de uma faixa e a conta de capitais muito
mais restrita do que esteve durante os dez anos anteriores. A autoridade monetária obteve, assim, espaço para exercer al- gum tipo de controle sobre a emissão de moeda ou as taxas de juros. Para o período de 1985-1988, as autoridades econômi- cas propuseram-se a apoiar uma forte desvalorização do peso para reduzir o déficit em conta corrente do balanço de paga- mentos. Durante a segunda metade da década de oitenta, o Governo concentrou esforços na orientação da política econô- mica para enfrentar as restrições externas. A partir de 1990, o Banco Central do Chile passou a ser legalmente independente do Governo, com o explícito objeti- vo de velar pela estabilidade da moeda e de exercer um con- trole indireto sobre o nível de preços, a fim de mantê-los a taxas similares às praticadas pelos países industrializados. Em 1998, a economia chilena completou 15 anos de crescimento contínuo. Durante aquele ano, o déficit em conta corrente era equivalente a 5,1% do PIB, que foi financiado com empréstimos e investimentos externos de médio e longo prazos. O setor público estava com superávit, equivalente a 0,4 pontos percentuais do Produto. A inflação era de 4,7%, taxa inferior à do ano precedente. Em 1999, o Chile experimenta crescimento negativo (-1,0%) em seu PIB, acompanhado de sensível aumento na taxa de desemprego que registrou, nesse ano, uma média de 9,7%. As autoridades econômicas prosseguiram com políticas monetárias restritivas, mediante manutenção de taxas de ju- ros elevadas acima das praticadas no mercado internacional, visando a eliminar a pressão sobre as contas públicas e o excesso de gastos. A inflação, principalmente em conseqüên- cia da contração da demanda, foi de apenas 2,3%. Em 2000, registra-se a recuperação do PIB chileno, apresentando um crescimento de 4,4%. Não obstante, a taxa de desemprego fica em 9,2%, bem próxima do registrado no ano anterior. Com relação à inflação, observou-se uma eleva- ção para 4,5%.
ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS
desvalorização do peso chileno. O fenômeno da expansão no volume dos embarques estendeu-se a praticamente todas as atividades de exportação, sendo alguns exemplos os casos do salmão (incremento de mais de 40%), celulose (da ordem de 10%) e, até mesmo, cobre (cerca de 5%). As importações de bens (CIF), por sua vez, apresenta- ram queda anual de 5,0%, passando de US$ 18,050 bilhões, em 2000, para US$ 17,179 bilhões, em 2001. A contração mais acentuada nas importações foi apresentada pelo item bens de consumo (- 7%). As importações de bens intermediários, be- neficiadas, de alguma maneira, pela queda da cotação inter- nacional do petróleo, em termos de valor, apresentaram con- tração de 4,9%, enquanto que as importações de bens de ca- pital apresentaram diminuição de valor de 2,1%. O saldo positivo da balança comercial chilena aumentou de US$ 336 milhões, em 2000, para US$ 452 milhões, em 2001. O déficit na conta corrente do balanço de pagamentos aumen- tou de 1, 073 bilhão de dólares em 2000 para 1,241 bilhão em 2001, aumentando, como proporção do PIB, de 1,4%, em 2000, para 1,9%, em 2001. O fluxo líquido de capitais para o Chile aumentou de US$ 491 milhões, em 2000, para US$ 2,36 bilhões, em 2001. Não obstante, o resultado do balanço de pagamentos foi re- vertido, passando de um superávit de US$ 337 milhões, em 2000, para um déficit de US$ 596 milhões, em 2001, situação que resultou em uma queda similar na posição de reservas internacionais do país, as quais, no fechamento de 2001, totalizaram o montante de US$ 14,226 bilhões. A dívida externa global do Chile registrou incremento de 2,6% em termos anuais, passando de US$ 36,84 bilhões, em 2000, para US$ 37,79 bilhões, em 2001. Essa situação con- trasta com a taxa média anual de crescimento, da ordem de 12%, que a dívida tinha acumulado no período 1998/2000. O incremento registrado no fluxo líquido de capitais para o Chile explica-se porque os investimentos estrangeiros dire- tos apresentaram importante recuperação promovida pela
mudança ocorrida nos preços relativos dos ativos nacionais que, por sua vez, foi induzida pela desvalorização. Boa parte dos investimentos estrangeiros diretos ingressados em 2001 foram voltados à compra de participações majoritárias em com- panhias das áreas de telecomunicações e de energia elétrica, sendo, portanto, escasso seu impacto no tocante ao desenvol- vimento de novas atividades econômicas ou à criação de no- vos postos de trabalho.
Ano 2002
De acordo com dados oficiais, no primeiro trimestre de 2002 o PIB expandiu-se 1,5% em relação a igual período de 2001, apresentando seus principais componentes a seguinte evolução: exportações de bens e serviços 6,0%; importações de bens e serviços – 5,5%; e demanda interna – 2,5% (consu- mo agregado – 2,6% e investimentos -2,0%). O incremento registrado no valor agregado, em moeda local, das exportações de bens e serviços explica-se quase exclusivamente pelo aumento real, da ordem de 14%, experi- mentado, entre os períodos sob exame, pela taxa de câmbio peso chileno/dólar norte-americano, já que as receitas, em dólares, provenientes das exportações continuam a apresen- tar quedas. No período janeiro a maio de 2002 as exportações chilenas de bens acumularam o valor de 7,47 bilhões de dóla- res e diminuíram, dessa forma, 8,7% em relação a igual perí- odo de 2001. Contudo, a contração das exportações vem atenuando- se nos últimos meses, já que as cotações internacionais dos principais produtos exportados pelo país, como cobre, celulo- se e farinha de peixe, vêm apresentando clara recuperação, embora sem chegar a alcançar os níveis do início de 2001. Dentro desse panorama mais otimista, vale mencionar a informação fornecida pelo Banco Central de que o Indicador Mensal de Atividade Econômica (Imacec), que normalmente antecipa com bastante exatidão a evolução do PIB, após ter-
ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS
se expandido 3,0% em janeiro, 1,3% em fevereiro e 0,4% em março, cresceu a uma taxa de 3,9% em abril de 2002, a mais elevada desde julho de 2001. Também começam a observar-se indícios de ligeira melhoria na situação do emprego. Segundo dados oficiais, de março para abril de 2002, o desemprego manteve-se estabili- zado no nível de 8,8% do total da força de trabalho do país, diminuindo 0,3 ponto percentual em relação a igual período de
Em contrapartida da evolução algo mais favorável pro- jetada para os termos de troca com o exterior, se espera que o volume dos embarques expanda-se a uma taxa inferior à inicialmente projetada (da ordem de 5%), em decorrência da forte contração ocorrida na demanda por produtos chilenos nos mercados da Argentina e outros países da América Latina. A respeito, dados oficiais indicam que no período janeiro a maio de 2002, as exportações chilenas para alguns países da América Latina tiveram a seguinte evolução: Argentina (- 65,1%); Paraguai (-42,9%); Uruguai (-25,9%); e Brasil (- 21,6%). As importações chilenas de bens no período janeiro a maio de 2002 acumularam o valor de 6,35 bilhões de dólares e diminuíram 10,7% em relação a igual período de 2001, re- sultado associado diretamente à persistência de tendências desfavoráveis no consumo agregado e os investimentos. Em relação às perspectivas da economia chilena, já se antecipa que em 2002 as exportações poderão manter-se es- tabilizadas ou, até mesmo, registrar ligeiro crescimento. Da mesma forma, estima-se uma progressiva elevação nos pró- ximos meses do ritmo de crescimento do PIB e a conseguinte reversão das tendências negativas apresentadas ultimamente pelo consumo e os investimentos. Projeções indicam que a expansão do PIB chileno em 2002 poderia oscilar entre 2,5% e 3,0%.
Produto Interno Bruto a preços correntes 1996-
1996 1997 1998 1999 2000 2001 PIB (em US$ bilhões)75,8 82,8 79,3 73,0 74,9 66, Crescimento real (%) 7,4 6,6 3,2 - 1,0 4,4 2, Fonte: Banco Central de Chile
Formação do PIB, por principais setores de atividade
Setores de atividade 2001 Comércio e serviços 10, Indústria manufatureira 15, Serviços financeiros 12, Mineração 8, Transportes e Comunicações 7, Agropecuário e florestal 4, Saúde e educação 10, Construção Civil 8, Habitação 7, Eletricidade, gás e água 3, Administração Pública 3, Pesca 1, Outros 6, Fonte: Banco Central do Chile
Taxa de desemprego 1996-2002 (%)
1996 1997 1998 1999 2000 2001 Abr. 2002 6,5 6,1 6,2 9,7 9,2 9,2 8, Fonte: Banco Central de Chile, Boletín Mensual
ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS
Mineração
A maior riqueza natural do Chile são suas imensas re- servas de minerais, que corresponderam, em 2001, a 42,4% do valor das exportações do país e a 8,3% do PIB. Compara- tivamente a 2000, houve em 2001 forte queda (12%) do valor das exportações do setor. Em 2001, o cobre representou, em valor, 87,2% das exportações chilenas de minérios. Em 2001, o setor da mineração representou pouco me- nos da metade do valor das exportações do país (42,4%) e teve uma participação de 8,3% na formação do PIB. Também em 2001, o cobre representou cerca de 87% da exportação mineral do país, cujos destinos mais importantes são: Ásia 40,0%; Europa 31,9%; e América 27,6%. O Chile produz quase 35% do mineral de cobre do pla- neta, respondendo por cerca de 40% do mercado mundial. O setor estatal lidera a produção do complexo mineiro-industrial chileno, através da empresa Corporación Nacional del Cobre de Chile (CODELCO) , que, no ano de 2001, foi responsável por 33,6% do cobre produzido no país. Nos últimos anos, como resultado de investimentos es- trangeiros no setor de mineração, a produção das minas pri- vadas tornou-se bastante expressiva, embora a CODELCO siga mantendo a liderança no setor em nível mundial como a maior produtora de cobre do mundo. Em 2001, a empresa produziu 1.592 mil toneladas de cobre fino, o que representou 11,8% do mercado ocidental. Outros produtos minerais também importantes são: mi- nério de ferro, molibdênio, ouro, manganês e zinco.
Produção mineral (principais itens) 1998 – 2001
Produto 1998 1999 2000 2001
Cobre (1.000 t.) 3.707 4.434 4.611 4. Minério de ferro (1.000 t.)(1) 9.112 8.535 8.729 8.
Molibdênio (t.) 25.517 27.268 32.882 33. Zinco (t.) 16.166 32.263 31.414 32. Manganês (t.) 48.159 40.581 41.718 30. Ouro (Kg.) 43.824 45.663 49.568 40. Prata (t.) 1.337 1.380 1.221 1. Fonte: Banco Central de Chile, Instituto Nacional de Estadísticas - INE. (1) (^) Não inclui a produção de pellets
Produção chilena de cobre comercializável (milhares de toneladas métricas)
1996 1997 1998 1999 2000 CODELCO-CHILE 1.221,31.231,21.402,81.507,51.515, División Chuquicamata 632,3 650,2 650,2 630,1 630, División Salvador 89,9 88,3 88,1 91,7 80, División El Teniente 344,7 343,2 338,6 346,3 355, División Andina 154,4 145,5 164,0 249,3 258, División Radomiro Tomic – 4,0 161,9 190,1 191, Outros produtores 1.894,52.160,82.284,12.883,73.086, TOTAL 3.115,83.392,03.686,94.391,24.602, Fonte: Comisión Chilena del Cobre.
Indústria de transformação
Nos primeiros cinco meses de 2002, a produção indus- trial chilena caiu 1,4% em relação a igual período de 2001, enquanto a ocupação industrial foi 4% menor. Entre as causas do desaquecimento industrial, estão o baixo nível de investi- mentos e o impacto da situação argentina (queda de 40% das exportações chilenas de maior valor agregado para o país vi- zinho). Os destaques positivos ficaram por conta dos setores de calçado e couro (alta de 40,1% nas vendas totais entre janeiro e maio de 2002) e papel e celulose (alta de 8,1%). No ano de 2001, a produção industrial chilena registrou
ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS
crescimento de 0,8% em relação ao ano anterior. O setor de bens de capital, com aumento de 9,0% em 2001, foi o grande responsável pela relativa estabilidade da produção industrial em 2001, já que todos os outros setores registraram baixa: bens de consumo não-durável (-2,0%), bens de consumo du- rável (-6,2%), bens de consumo intermediário (-1,5%). Ainda em 2001, a indústria manufatureira chilena con- tribuiu com 15,7% para a formação do PIB. Dos principais pro- dutos analisados que compõem a indústria manufatureira, des- tacou-se em 2001 o setor de cerveja, que mostrou um cresci- mento de 11,5% em relação ao ano anterior.
Energia
Apesar dos aumentos de eficiência no consumo e do surgimento de novas fontes energéticas, como o gás natural, o petróleo segue sendo o principal combustível da economia chilena, suprindo cerca de 40% de suas necessidades energéticas. A produção nacional de petróleo cru, desde o ano de 1992, vem apresentando quedas substanciais em seus ní- veis de produção, em virtude do progressivo esgotamento dos poços em exploração. De 1997 a 2001, a queda da produção chega a 21,5%. Atualmente a produção interna cobre apenas 4% do total do consumo doméstico de petróleo. Diante das escassas reservas petrolíferas chilenas, a Empresa Nacional de Petróleo (ENAP) reorientou suas ativida- des para o exterior com o objetivo de satisfazer a demanda total. A principal fonte de fornecimento de petróleo ao Chile é a bacia de Neuquén, na Argentina, responsável por cerca de 50% da demanda nacional. Em 1994, começou a operar o Oleoduto Transandino , ligando Neuquén ao porto de San Vicente, no Chile. Quanto ao refino, a indústria nacional aten- de 84% da demanda chilena. A eletricidade é outro importante elemento da matriz energética do país. As maiores empresas do setor são: Em- presa Nacional de Eletricidade S.A. (ENDESA), GENER,
CHILQUINTA, Colbún S.A., Pehuenche S.A. e CHILECTRA S.A. A produção total de energia, desde o ano de 1994, tem de- monstrado um crescimento de forma sustentada e, em 2001, atingiu a cifra de 41,3 mil GWh, o que representa incrementos de 4,3% em relação à produção de 2000 e de 26,8% em rela- ção à produção de 1997. No tocante à distribuição de eletricidade, o setor minei- ro é o maior consumidor (34,9% em novembro de 2001), se- guido pela indústria (29%), setor residencial (16,2%) e co- mércio (9,4%). Existem importantes reservas de gás natural no extre- mo sul do país, na região de Magalhães, mas a produção naci- onal está em queda desde 1997, ano em que começou a ope- rar o Gasoduto Andino, que transporta gás natural da Argenti- na para o Chile a fim de abastecer o consumo de combustível na região metropolitana, especialmente. Atualmente encon- tram-se em avaliação projetos para construir outros dois gasodutos a partir da Argentina para o consumo da zona Norte do país e para abastecer o importante parque industrial da VIII Região. Em 2001, a produção local de gás natural alcan- çou 2.683,7 milhões de metros cúbicos, o que significou queda de 16,4% em relação a 1997. A produção bruta de carvão mineral caiu abruptamente a partir de 1997, quando o Governo desativou as minas de Lota, as mais importantes do setor, já que seus custos de pro- dução encontravam-se acima do preço do produto vigente no mercado internacional, tornando economicamente inviável sua manutenção. Nos anos recentes, o setor enfrentou uma série de crises e iniciou um processo de reestruturação que prevê a extinção da indústria carbonífera da zona de Concepción/ Arauco. Apesar de certa melhora em 1999, a produção carbonífera voltou a cair em 2000 e 2001. Em 1998, a produ- ção atingiu o volume mais baixo, com 378,6 mil toneladas, contra 1.415 mil toneladas em 1997. Em 2001, o volume de carvão bruto produzido no Chile alcançou 510 mil toneladas.